Capítulo 2: incertezas
Tay estava jantando quando ouve a porta bater.
_ entre.
Era Luca.
Ele cruzou os braços sobre o peito ao dizer:
_ terá alta médica amanhã cedo.
_ que ótimo, quando nem sei o que sou.
_ isso não e irreversível e você terá sua memória de volta muito em breve Tay.
_ o que costumávamos fazer?
Tay o observou e o notou inquieto.
_ costumávamos ser os mesmos.
Desta vez Tay riu e Luca se sentiu um estúpido completo.
_ justamente por não saber o que sou que estou te perguntando.
_ você gosta de música e pinturas, gosta de literatura e arte em geral.
Ao menos ele a conhecia bem para lhe dizer aquilo, e talvez seria o único verdadeiro que poderia dizer a Tay.
_ é mesmo? Pareço uma chata intelectual...
Luca sorriu, a ultima coisa que Tay seria era chata.
Ela era inteligente, divertida, culta e sabia muito da vida.
_ definitivamente, chata você não é.
Tay observou a mão dele.
_ desta vez esta usando alianças? Ou estamos nos divorciando e neste momento sou um fardo para você?
Ele a fitou profundamente
_ sim, estou usando.
Luca lhe mostrou a aliança, que lhe havia sido cara.
_ e você não é nenhum fardo, Tay.
Tay ficou em silêncio e Luca se sentiu pouco a vontade sendo tão profundamente observado.
Tay notou que Luca tinha musculos definidos e um corpo bem atlético...
Observou que ele usava um coldre onde possuia uma arma.
Ela estremeceu.
_ você esta bem?
Luca perguntou preocupado.
_ sim.
_ tem medo de armas?
Luca perguntou a ela perplexo, mas sem deixa-la notar.
_ acho que isso produz a violência ao qual vivemos.
Que ironia
Uma polícial que descriminava armas.
Ela o notou sorrir.
_ não se preocupa. Estou do lado do bem.
Luca diz
_ que bem por isso.
Tay murmurou.
_ bem, preciso ir. Amanha estarei aqui bem cedo para leva-la.
_ para onde me levara?
_ estamos hospedados em um hotel aqui perto.
_ hum.
_ até logo e tenha uma boa noite, Tay.
_ até logo, boa noite.
Luca se retirou.
Novamente tay se perguntava porque ele era tao frio com ela.
Luca não se comportava como esposo apaixonado.
Ele parecia o tempo todo muito tenso e aflito.
Algo estava errado.
Será que ele não a amava mais?
Como seria quando recuperasse a memória?
Luca havia ido ao seu departamento.
Notou algo de muito estranho.
_ onde esta a Tay?
Ele fitou o investigador que o chamavam de Becker
_ não faço idéia.
_ ela estava com você ao que parece, e o esposo dela quer saber onde ela esta.
Luca deu um sorriso cínico.
Com sua experiência na polícia federal sabia que nada poderia ser dito sem uma total confiança.
_ pois peça para ele deixar um b.o, e talvez quem sabe fazer uma busca...
O homem se irritou e o puxou pelo colarinho da blusa.
Luca de imediato o afastou.
_ não tente desafiar a polícia meu caro.
Luca sentiu a ameaça.
As palavras do homem entrou em sua cabeça de forma bruta.
Após o ocorrido, Luca foi até o hospital onde a revelia buscou Tay.
_ disse que teria alta médica amanhã.
Tay disse observando aquele homem aparentando estar nervoso.
_ não tem porque esperar até amanhã, quando pode estar em casa hoje.
_ disse que estamos em um hotel.
_ por favor não fale mais nada.
Tay o fitou irritada.
_ porque esta falando assim comigo neste tom? E porque parece tão nervoso?
Luca fitou aquela mulher teimosa.
_ sou seu marido, e neste momento sou tudo o que você tem.
Luca viu nos olhos de Tay o seu desapontamento.
_ muito obrigado por me lembrar disto! Agora terei do que lembrar!
Luca deu um longo suspiro.
Porém, nada mais disse e nem mesmo um pedido de desculpas.
Ele não poderia se aprofundar em sentimentalismos com Tay naquele estado. Sem memória.
Quando chegam ao hotel, Tay notou que havia tardado quase 1 hora de viagem.
Luca abre a porta para que ela se acomode.
O hotel era luxuoso.
_ este hotel não fica a duas quadras do hospital.
Tay não havia mudado nada, Luca pensara.
Ela estava exatamente igual.
_ as vezes me pergunto se você perdeu mesmo a sua memoria.
Ela fitou aquele homem que parecia se esforçar para ser rude.
_ eu me lembraria de meu esposo se tivesse uma memória.
Luca a viu se afastar e caminhar ate a suite.
Quando Tay entrou a suite se olhou ao espelho enorme que havia no cômodo.
Viu uma cicatriz proximo a sua orelha.
Fechou os olhos e desejou se lembrar quem era.
Ela termina o banho.
Luca estava sentado ao estofado, e viu quando Tay apenas com uma toalha cobrindo o seu corpo e saiu do banho.
Tay o observou.
_ o que foi? Porque o espanto?
Luca desviou os olhos
_ espanto nenhum.
Disfarçou, e tomou uma dose da bebida.
Luca nunca havia visto Tay despida.
Eles trabalhavam juntos a alguns meses, e na noite em que Tay foi ferida pouco antes, haviam trocado um beijo.
Luca não pode deixar de observar aquelas curvas sedutoras de Tay.
Enquanto ela secava o corpo, ele se sentiu excitado.
Tay o viu levantar-se e caminhar ate a janela onde olhava para fora com o olhar perdido.
Ainda parecendo aflito.
Enquanto isso, ela buscou uma camiseta apenas e vestiu-se.
Ela se deitou a cama.
_ você não vem para a cama?
Luca fechou os olhos e pensou esta vivendo a sua pior resistência.
_ vou tomar uma ducha.
Ele murmurou e passou pela cama onde Tay estava acomodada.
Quando entrou na ducha estava visivelmente excitado.
_ isso vai ser pior do que pensava...
Quando voltou a cama a observou.
Tay o fitou.
Ele estava sem camisa e isso a deixou tensa.
_ isso é tão estranho.
Ela disse assim que ele se deitou
_ não se preocupa, não vou tocar em você.
Ora, porque não?
Tay pensou.
_ então não fazemos amor?
Tay perguntou.
_ é claro que sim, Tay porém, este momento é novo para você e eu a entendo.
Como ele poderia ser tão compreensível?
Entender que não faria amor com a própria esposa!
Que mancada.
Luca pensou.
_ que esposo tão compreensivo.
Tay murmurou irritada.
Luca não poderia toca-la, ou seu instinto a faria sua.
Nao podia fazer isso.
Tay não tinha memória.
Ainda que sentisse desejo por ela, não poderia faze-lo.
Luca fingiu que não a ouviu e de olhos fechados desejou que seu corpo não sentisse tanta vontade de tomar Tay para si.
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