Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

8: Shrek


Olha ela toda gostosa passando sem comentar e deixar estrelinha...que pena, não vai receber visitinha.

Me lamba e me consuma como uma vitamina
Porque o meu corpo é um doce veneno
Oh, ele é
...
E agora, o que acha de mim?

Lana Del Rey, em Radio.

• • •

• ALEXA LEBLANC •

Me desculpem por ter estado tão ausente ultimamente - digo para a câmera, gravando para as story's, dentro do elevador — É que, como vocês sabem, eu comecei a trabalhar na empresa do meu pai, e tem sido um pouco difícil conciliar tudo, mas eu prometo dar um jeito. Só não desistam de mim, que ainda tem muita coisa boa e vem aí uma novidade.

Acabo o vídeo depois de piscar um olho para a câmera e sorrir, para depois postá-lo e guardar o telefone na bolsa.

Realmente o trabalho na empresa tem sugado um pouco do meu tempo e me impedido de me manter ligada aos meus seguidores, mas, no meu íntimo, eu sei bem que não é só isso que tem tirado o meu foco.

A minha distração tem nome, um rosto lindo e uma voz que me faria abrir as pernas automaticamente. Só para não falar do cheiro e daquele corpo másculo.
Lucca Rossi é o motivo de eu ter me desviado do que antes era a minha prioridade, e ele tem toda a culpa de eu ter feito dele o objeto dos meus sonhos impuros. Até eu estou espantada com a maneira com que tudo em mim o reconhece até quando penso no seu nome.

Já se passou uma semana desde a reunião, no dia em que ele me deixou tão fraca, que eu podia desfalecer ali mesmo, aos seus pés. Ele me atraiu e me dominou de forma natural, o meu corpo simplesmente se submeteu a ele como nunca me submeti a ninguém, e a minha mente sofreu um apagão. Eu não conseguia pensar em mais nada além de ficar ali, acatar as suas ordens e agradá-lo.

Me aproximar dele de um jeito sexual foi mais fácil do que eu pensei, mas tem sido bem difícil chamar a sua atenção desde então.

O ogro tem me ignorado durante todos esses dias. Se eu tento falar sobre o trabalho, ele finge que está ocupado e que depois falará comigo. Se vou falar do que conversamos no outro dia, ele manda eu ser uma boa menina e esperar.
Enquanto isso, me olha com cobiça, faz insinuações que só eu posso entender e aos poucos me enlouquece.

Eu estou cansada de ser uma boa menino!

Tem sido desgastante sustentar a expectativa de finalmente me ver nos seus braços, de deixar que ele faça o que quiser comigo, é frustrante. Eu não achei que quereria ficar com alguém tão cedo depois do Pierre, mas aqui estou, a fantasiar sobre braços fortes e mãos tatuadas em mim.

É isso que eu quero e anseio com toda a minha alma, é quase insuportável. Sinto que vou explodir a qualquer momento se ele não me tocar, é como se algo me puxasse até aquele homem com uma força incalculável, e cada vez que o vejo, a minha vontade é me ajoelhar e pedir que me tome para si.

Tal como agora, que ele vem da sua sala com a Carla, a dos recursos humanos. Tenho visto os dois muito juntos ultimamente. Tentei me convencer de que é só trabalho, mas nada tira da minha cabeça que os dois têm alguma coisa. Talvez seja só paranoia ou um ciúme idiota pelas coisas que me prometeu, mas a visão deles juntos, a trocarem mais palavras do que ele trocou comigo na última semana, me desagrada sem níveis que eu não quero mensurar.

Ainda mais quando ela sorri desse jeito tão meloso quando ele diz algo.

Com um suspiro, tento manter uma expressão neutra e passar pelos dois sem dizer uma só palavra, mas ela se adianta e para na minha frente.

— Bom dia, Alexa — cumprimenta e abre uma pasta para me mostrar — Preciso saber o que você acha dessas modelos. O Lucca já aprovou, mas a sua opinião é muito importante também.

Olho de soslaio para o chefinho, que já se dirigiu à recepção para falar com a Maddy.
Fico com água na boca na hora. Posso estar confusa e chateada pelo modo que decidiu agir comigo, mas não posso evitar que o meu corpo reaja a ele. Esse Lucca é o aperitivo, a entrada, o prato principal e a sobremesa, tudo junto.

E será que vejo bem? São sapatos Gucci que ele usa? Não consigo ditar o quão atraente ele é, em todos os sentidos.

— Posso ficar com a pasta? Prometo dar uma olhada assim que me acomodar na minha sala —esboço o meu melhor sorriso falso depois de lutar para tirar os olhos do sócio do meu pai.

Não estou com ânimo para falar com ninguém, muito menos com a mulher que com certeza tem ocupado oitenta por cento do tempo de expediente do Lucca.

— Claro, toma — ela sorri de volta e me passa a pasta — Vou esperar o seu feedback até mais tarde.

Eu aceno em confirmação, contorno o seu corpo,  a começo a percorrer novamente o corredor, em direção à sala que o meu pai cedeu a mim. O meu cargo não exige um escritório individual, mas o que posso dizer? São benefícios de ser filha do chefe.

— Alexa! — ouço a voz de comando do diabo atrás de mim, fico parada com a mão na maçaneta até que ele chega perto — Preciso trocar uma palavra com você. Vá até a minha sala mais tarde.

— Vou checar a minha agenda e ver se tenho tempo — finjo desinteresse, mesmo que o arrepio na minha espinha, a água na minha boca e o bambolear nas minhas pernas digam o contrário.

— Você vai até a minha sala mais tarde para conversarmos — dessa vez, ele determina e segura o meu antebraço com força. Me sinto uma doente por ter gostado da pequena dor, mas arfo, em repreensão de um gemido vergonhoso — E se não o fizer, eu venho pessoalmente te buscar.

— Às vezes me esqueço do quão amoroso você é, chefinho zombo e reviro os olhos, uma maneira de ignorar a rapidez com que líquidos começam a arruinar a minha calcinha.

— Revire os olhos para mim de novo, e a próxima coisa que você verá é a sua bunda toda vermelha no espelho — ameaça, num tom frio e cortante, que me deixa com os pêlos arrepiados.

Sem me dar brechas para retrucar, o sócio do meu pai me dá uma última olhada que me diz que sim, verei a minha bunda toda vermelha no espelho, larga o meu braço e se vai pelo corredor. Eu fico parada, hipnotizada pela sua figura altiva a caminhar para longe sem olhar para trás.

É doentio demais querer que ele cumpra a promessa de me surrar?

— Senhorita Alexa? — desperto num sobressalto e me viro para ver a Maddy muito perto.

Como ela chegou aqui sem que eu a ouvisse?! Será que viu a minha interação com o novo associado? Suor escorrer pela minha têmpora.

Ah, bom dia, Maddy — solto com um sorriso amarelo.

— Bom dia, senhorita — sorri e noto que quer me agradar — Já mandei preparar o seu chá. Vai querer mais alguma coisa?

— Água, não se esqueça da água — peço e giro a maçaneta para entrar na sala, que é menor do que a do Lucca, mas que me serve muito bem.

Decorei ao meu gosto, em tons neutros de castanho, cinza e bege. Coloquei algumas plantas para dar vida, incluindo um pequeno canteiro de orquídeas vermelhas na janela. Já sinto como se fosse um pequeno refúgio, assim como é o meu quarto.

Suspiro e tento controlar o sobe e desce do meu peito, em uma respiração descontrolada. Pedi água à Maddy, mas a verdade é que preciso é de um banho frio para aliviar toda essa tensão nos meus músculos. Me sinto quente, muito quente. E o motivo não está muito longe daqui, porém, gosta das coisas feitas à sua maneira, então continuarei de molho até que decida o contrário.

Tomo o meu assento atrás da secretária e descalço as botas pretas para pisar no chão frio.
Pendo a cabeça para trás e fecho os olhos, mordendo o lábio enquanto penso naquele homem.
Não consigo evitar lembrar que há uma possibilidade dele estar a foder a Carla e isso me deixa imediatamente de mau humor.

Será que ele seria capaz de me marcar desse jeito e depois desistir e seguir para outra? Não, ele não seria louco a esse ponto! Quero dizer, eu senti a química entre nós e ele também não. Nós ainda temos assuntos a resolver, e com assuntos quero dizer que quero que ele me foda, tal como prometeu no outro dia.

Pego a maldita pasta com as modelos escolhidas para a campanha. Reconheço duas por serem rostos da empresa, mas as três no fim são desconhecidas para mim. Além de não cumprirem o padrão normal que eu sempre achei absurdo, mas que o meu pai faz questão de manter, a última delas faz o meu sangue ferver e todas as minhas paranóias ganharem mais vida na minha cabeça.

A Carla é uma das modelos!

Levanto da cadeira num pulo e recolho a pasta para levar comigo. Mas paro no caminho. O que eu estou a fazer? Indo pedir satisfações sobre um assunto que nem deveria me importar tanto assim?

O Lucca é só um homem! O homem mais gostoso que eu já tive o prazer de conhecer, mas é só um homem. E eu sou a Alexa LeBlanc, sou o desejo de qualquer um.

— Se concentre, ta chienne! me disparato e dou um bofetada forte no meu rosto.

O conheço há menos de um mês, nunca o toquei e ele nunca me prometeu exclusividade. Eu estou a agir como uma puta emocionada e encabulada.

Ele não significa nada e não vale tamanha importância.

A porta se abre após duas batidas e a Maddy surge com uma bandeja na mão. Eu pego imediatamente a garrafa de água e bebo, sentindo o caroço na minha garganta finalmente descer. Ela me olha de forma estranha e fita os meus pés nus.
Espero que ela deixe o chá na mesa e saia, para poder pegar o telefone na bolsa e ligar para o meu conselheiro particular, que atende apenas na terceira tentativa.

Acho bom que esteja entre a vida e a morte, senão eu mesmo te mato por ter me interrompido — ele ameaça, e eu posso notar que está ofegante.

Não posso acreditar que o Louis está a transar às oito da manhã!

— Por que demorou tanto para me atender? Está com o Trevor, não é? — investigo enquanto luto para ouvir os barulhos de fundo.

Ao menos tenho um motivo para estar feliz, o meu primo vai bem com alguém de que gosta. Ele e o filho do amigo e sócio do meu pai parecem apreciar muito um ao outro, se é que me entendem.

Me respeita, que eu sou trabalhador — finge estar ofendido — Estou em uma gravação para a marca, tive que correr porque o celular estava longe.

— Não retiro o disse, você já não me surpreende — dou uma pausa e ele bufa do outro lado da linha — Preciso que me dê um conselho.

Um conselho às oito da manhã? Bicha, o que você fez? — solta em tom acusatório.

Ele sabe que eu sempre ajo por impulso e às vezes acabo por fazer coisas das quais me arrependo depois.

— Eu não fiz nada, foi ele que fez! — guincho, indignada, dessa vez por não ter feito nada mesmo.

Não te chupou até gozar? Pediu para você dar o cu? Arrancou o seu cílio enquanto te beijava?

— Pelo amor de Deus, Louis. Nós ainda nem transamos! — coloco a mão no rosto, com vergonha do primo que tenho.

Então o que ele pode ter feito de tão grave que você teve que me ligar pra' pedir conselho?!rosna, e o meu ouvido até dói.

— Cala a boca e me escuta! — berro de volta e começo a andar de um lado para o outro, descalça — Eu acho que ele ficou com uma funcionária.

Hm? E daí? murmura, desinteressado. Eu abro a boca em choque.

— E daí? Como assim "e daí"?

Prima, ele mal te tocou ainda e você já quer contrato de exclusividade? Nem que ele já tivesse te tocado. Não era só foder como deve ser que você queria?

— Bom, sim, mas... — sibilo, envergonhada, ao notar que talvez tenha feito tempestade em copo de água.

Mas nada. O máximo que você pode fazer é continuar a provocá-lo até que ele tome uma atitude - o sábio Louis diz.

— Mas e se ele não tomar uma atitude? Eu estou quase a me arrastar pelas paredes, Lou! — reclamo, esfregando as pernas uma na outra.

Boa ou má, ele vai tomar uma atitude, e você vai encarar o que seja como a LeBlanc que é incentivar suspira depois - Tenho que retomar as gravações. Depois eu te ligo.

— Tudo bem, até depois — despeço, mas ele já desligou a ligação.

Caio sentada no sofá, com uma garrafa de água na mão e os pés descalços.
Tento pensar no que fazer, mas nada surge além de tentar saber o que se passa. Mas não posso falar com o Lucca sobre isso, não quando ele tem me evitado. Então decido chamar a Carla.

Quando ela aparece, já voltei a calçar as botas e estou inteira e controlada na minha cadeira, a fingir que trabalho muito, quando o único trabalho que faço agora é tentar controlar o impulso de perguntar "Você e o Lucca transam?".

— Pediu para me chamar? — ela se aproxima e fica na frente da mesa.

— Sim — sorrio, o rosto duro que nem pedra — Pode se sentar.

Ela se senta na cadeira que indiquei e espera que eu coloque cada dossiê de cada modelo espalhados na mesa.

— Essa é você, não? — faço uma pergunta retórica ao apontar para a sua foto. Muito bonita, por sinal. Ela confirma, as bochechas coram — Não sabia que era modelo, Carla.

Tento parecer interessada e curiosa, para que ela não desconfie que estou a ferver por dentro por mais informações.

— E não sou — dá de ombros, tímida — O Lucca quis mudar um pouco os parâmetros da campanha, e decidiu colocar modelos plus size.

Mordo o lábio inferior com a menção do nome do ogro e tento ignorar a intimidade com que ela fala sobre ele.

— E você se ofereceu para o trabalho? Admiro muito isso — instigo, sem ter certeza do que desejo obter com essa observação.

— Não, eu nem quis participar — nega, horrorizada — Ele me colocou na campanha e não deu brecha para negativas.

— O Lucca te colocou como modelo? — a minha voz sai alta demais e denota a minha nítida surpresa.

Ela me olha por um tempo antes de responder, e eu me amaldiçoo internamente.

— Sim, isso mesmo. Mas se você não concorda com isso, eu posso procurar outra modelo — ela bombardeia, e eu me odeio por ter despertado alguma insegurança nela.

— Não, não se preocupe — estendo a mão para tranquilizá-la — Sei que vai se sair bem. Gostei da seleção das modelos. Podemos avançar.

— Ufa! — pousa a mão no peito e suspira em alívio — Obrigada. Eu vou marcar uma reunião com elas então.

— Me avise o dia. Eu quero participar — peço e deixo que ela recolha os dossiês e os organize na pasta — Hm, Carla...

— Sim? — me olha, um brilho de satisfação nas suas íris.

Penso seriamente no que dizer a seguir, mas logo me dou conta de que, se não perguntar agora, talvez não tenha como perguntar depois.

— O Lucca é bem difícil de lidar, não é? - pergunto e me sinto estúpida no segundo seguinte — Quero dizer, eu não falo muito com ele, mas parece que ele odeia todo mundo...

— Verdade - ri e se levanta da cadeira — Mas até que temos nos dado bem. Ele é frio às vezes, mas se esforça para ser o mínimo agradável possível.

— Certo — dou um sorriso amarelo e observo ela se virar e ir embora.

Então ele só não se esforça para ser agradável comigo? É isso?
Afundo na cadeira e solto um resmungo.

— Idiota! — cuspo — Maldito ogro, pedra de gelo dos infernos!

Me vejo a falar sozinha em voz alta pelo corredor, indo ter a bendita conversa que o chefinho solicitou mais cedo.
Se ele quer conversar, vamos conversar. E eu juro que dessa conversa eu não saio até que ele decida se vai ou não me comer.

Não bato na porta, apenas entro.
O Lucca não está no escritório. Olho em volta e está deserto.
Noto que o seu telefone está na mesa, o computador ligado e um pote plástico de salada de frutas lacrado.

Me aproximo na ponta dos pés, como quando era criança e ia fazer uma coisa muito errada. E não é para menos, eu vou pegar o telefone do chefinho e mexericar.

Estico a mão em direção ao aparelho e quase o pego.

— Vai me procurar no telefone?

Dou um gritinho de susto, giro nos saltos das botas e caio de bunda na secretária. Podia ser pior, podia ter tido a pior vergonha da minha vida se caísse no chão, então me seguro no lugar e aperto as mãos nas bordas da madeira.

O Lucca surge da porta que presumo ser o banheiro, com um toalha pequena que limpa as suas mãos recém lavadas.

— Acho que você é muito grande para caber nele — rio sem graça, enquanto ele está com uma expressão de ogro, que é o que ele é.

— Grande seria a surra que você levaria se não estivéssemos dentro da empresa — ameaça e caminha até mim, eu engulo em seco.

Quero tanto essa tão aclamada surra!

O Lucca para muito perto para a minha sanidade. E quando penso que vai fazer alguma coisa, me beijar ou agarrar, ele se estica e pega o telefone, colocando-o no bolso da calça.
Inspiro o seu cheiro, um perfume que se mistura ao seu odor natural terroso e quente. É perigoso tê-lo assim tão perto.

— Sente-se — ordena, mas está parado como um muro na minha frente.

— Você precisa sair da minha frente antes — olho para cima e mantenho o contacto visual.

Os seus olhos, duros e implacáveis, me prendem. As suas íris são verdes, num tom musgo com faíscas douradas. São tão diferentes e carregam tantas promessas. Eu quero que me use como o seu objeto e cumpra tudo.

— Na mesa — completa, sucinto e autoritário.

Eu demoro alguns segundos para fazer o que mandou, mas acabo por erguer o corpo para me sentar na mesa fria. As minhas coxas ficam espalmadas na madeira e o vestido, que já era curto, sobe um pouco mais.

Me sinto tão exposta, mas disposta a me expor mais para si. Subir o meu vestido por completo e abrir as minhas pernas. Estou cada vez mais devota à essa força que me leva até ele.

— Te chamei para conversar porque preciso que responda algumas perguntas — diz, ainda parado diante de mim enquanto percorre o olhar por todo o meu corpo e me despe mesmo sem me tocar.

— Estou aqui então — as minhas coxas se separam minimamente de repente, e ele nota, pois olha para elas por segundos.

— Não minta, não esconda nada, porque eu vou descobrir — volta a falar e eu aceno, vergonhosamente obediente — É virgem?

— Não — respondo de imediato, e ele parece satisfeito, pois acena devagar.

— Já transou com quantos homens? — chuta do nada, me fazendo arfar, e eu vejo a expectativa no seu olhar.

— Um — murmuro e aperto ainda mais a borda da mesa — Apenas um.

— Não minta, Fadinha — solta num tom ameaçador que só faz a minha respiração ficar ainda mais errática e o líquido grosso fazer a minha calcinha colar na minha vagina — Com quantos?

— Um! — guincho, chateada por ele não acreditar em mim.

Provavelmente acha que sinto vontade de transar com qualquer um que aparece na minha frente. Mal sabe ele que nem mesmo o meu ex despertou em mim tanto desejo quando ele.

— Com o seu namorado? — inclina a cabeça para o lado.

— Ex. Eu não tenho namorado — deixo claro. Não sou tão puta a ponto de transar com dois de uma vez.

Hm...assente roucamente e desce o olhar até as minhas coxas — Abra as pernas.

Me surpreendo com o seu pedido cru e fico parada, como uma idiota.

— As perguntas acabaram? — o meu peito sobe e desce com a expectativa do que ele irá fazer agora.

— Abra as pernas, Fadinha — repete, agora mais incisivo.

Eu o faço, mas o vestido justo trava os meus movimentos a meio do caminho, então não consigo abri-las por completo.

Então Lucca cola as suas coxas nos meus joelhos, passão as mãos com uma lentidão absurda pelas minhas pernas, e se arrasta até chegar na borda do meu vestido. Tudo isso sem tirar os olhos dos meus, fico hipnotizada e ofegante.
Continuando, ele sobe a borda até embolar o tecido na minha barriga e deixar a minha calcinha azul à mostra.

— Alguém pode entrar — a minha voz sai tão fina, de tão dolorida que a minha garganta está.

— Ninguém vai entrar — garante e invade os meus cabelos com a mão para agarrar um punhado na minha nuca — Você é uma fadinha delicada que eu vou adorar desviar para as sombras.

O aperto se torna cada vez mais e mais forte. A minha cabeça pende para trás e eu me esforço tanto para respirar e falar, quanto para olhar para ele. Mas isso que deveria me chocar, só me deixa mais molhada, tal como as suas palavras.

— Eu sou uma fada delicada — confirmo, com um sorriso ladino nos lábios — Uma fadinha delicada, fodida, carente e cheia de tesão.

As minhas palavras parecem ter acendido algo mais nele, pois ouço uma risada amarga como erva-moura, que reverbera pela minha pele e me faz estremecer. Com a outra mão, ele agarra a minha coxa direita e crava as pontas dos dedos nela, indo tão fundo, que me faz arfar e gemer alto, com o prazer da dor.

Sei que é tudo tão errado, mas eu quero mais.

— Tão inocente — diz e afunda mais os dedos, até que sinto as unhas curtas quase cortarem a minha carne.

— Tão sem coração — devolvo, vendo a escuridão na sua expressão pela minha ousadia.

Ele me pune ao puxar mais o meu cabelo e afundar o rosto no meu pescoço, fungando para sentir o meu cheiro. Tê-lo tão perto é a perdição que eu não esperava que estava condenada, mas é tão excitante, que eu gemo exatamente como o faz rosnar: como uma gata no cio.

A ponta do seu nariz se arrasta no pescoço, a sua mão apalpa as minhas coxas e a outra puxa o meu cabelo. Que merda fodida de gostosa!

— Eu posso não ter coração, mas você é ingênua — fala contra a minha pele quente, arrepia-me.

Sinto a sua língua incrivelmente pontuda desenhar um círculo na pele do meu pescoço e gemo mais uma vez, envergonhada do quão cadela desse homem eu me tornei em tão pouco tempo, sem ele ter me tocado direito.

— Lucca...— gemo o seu nome, rouca, resfolegante — Por favor.

— Por favor o quê? — ele provoca e morde de leve onde lambeu, estremecendo as minhas estruturas — Hm, Fadinha?

— Quero que você me prenda pelos pulsos, seja rude comigo e assuma o controle total sobre mim digo direto, sem ter mais noção do que penso ou falo.

Apenas coloco para fora os meus anseios mais primitivos, quereres que eu nem sabia que tinha, vontades que apenas ele soube despertar.

— Você realmente não é tão inocente. Você é uma menininha safada, é isso que você é...

Ele raspa as unhas na minha coxa e a solta, deixando um rastro vermelho e ardente, delicioso para um caralho.

— Sim, sim...— fecho os olhos, uma lágrima escorre no canto do meu olho — É isso que eu sou.

— Se você quer que eu te foda, eu vou te foder até que não consiga lembrar o seu nome e nunca mais esqueça o meu — ele promete com veemência e agarra o meu pescoço duramente.

Eu me engasgo e me abro mais. Estou necessitada, preciso de alívio, preciso dele tanto quanto preciso do ar para respirar agora que ele me enforca, mas não quero que pare, não quero que pare.

Uma mão no meu cabelo e outra na minha garganta e eu me contorço toda, sentindo a sua respiração pesada e a sua língua molhada na minha pele, meu busto todo fica marcado pela sua saliva e os seus dentes. Estou completamente mole, entre engasgos, eu sufoco e sinto o ar evaporar, as lágrimas se acumularem.

Por que é tão bom ser tocada com tanta brutalidade? E por que ele não arreganha a minha buceta e me toca lá? Por que não me beija?! Eu preciso!

Quando nota que já não vou mais suportar, o Lucca afrouxa o aperto nos dois lugares, me liberando para voltar a respirar. Mesmo que precisasse respirar e que doesse o seu aperto, eu solto um resmungo em protesto quando ele se afasta. Queria que continuasse, que fosse até o fim.

Ele larga o meu cabelo como se não quisesse, passa as mãos de forma lenta, até chegar às pontas e abandonar os fios. O meu couro cabeludo está tão sensível e as veias do meu pescoço pulsam, doloridas, enquanto ele me observa recuperar os sentidos.

— Te quero na sexta — ele grunhe e vejo que também está fora de controle, como eu. Eu o afeto, por mais que tente não demonstrar.

A sua mão desce para a virilha e sem vergonha, ajeita a ereção dentro das calças. Só de imaginar o que guarda ali, a minha boca se enche de água e a minha buceta pulsa, descontrolada.

— Isso quer dizer que...— quase expludo em êxtase, a expectativa quase me come viva.

— Que vou te foder na sexta — diz, sem filtro, a sua boca suja é um dos caminhos para a loucura — Depois falamos sobre o horário e o local.

— Você sempre faz isso? — olho para o seu rosto de novo — Marcar para foder?

— Quem não marca são as pessoas que têm relacionamentos fixos, eu não tenho — explica e contorna a mesa para se sentar — Então sim, quando quero foder, eu marco.

Desço da mesa com cuidado, pois sei que precisarei de muito equilíbrio para me sustentar nas pernas gelatinosas, e ajeito o vestido, que graças a Deus, cobre as marcas dos seus dedos.
Gosto de quando ele é duro comigo, constato, mas seria bom se não fosse em alguns momentos.

— A Carla me disse que você é amigável com ela — solto, sem pensar — É difícil ser também comigo?

— O que as duas andaram a falar sobre mim? — ele se recosta na cadeira e franze o sobrolho, intrigado.

Passo a mão pela nunca para ajeitar os fios. Provavelmente pareço uma galinha depenada depois dele ter me escarranchado toda na sua mesa de trabalho.

— O que você ouviu — dou de ombros, a visão dele relaxado na sua cadeira perpetua as sensações que provocou em mim há poucos minutos.

— Bom, eu não marco para foder com a Carla, então faça as contas para saber por que sou amigável com ela e não com você— diz, com cada fio de cabelo no lugar, enquanto eu me pareço alguém que foi atropelada por um camião.

— O quê? — rio nervosamente — Quer me dizer que é um ogro comigo para que eu não me apaixone?

— Exatamente — confirma, o que me deixa instantaneamente indignada — Ter contacto sexual e ser amigável não é uma boa combinação. Você correria esse risco sim.

— E você não? — cruzo os braços na frente do peito, desafiando o homem tão cheio de si.

— Não — responde, monossilábico.

Abro a boca num "O" bem grande e ergo o indicador em riste na sua direção.

— Pois saiba que eu nunca me apaixonaria por um ogro como você! — cuspo e sinto a minha nuca ficar quente. Malditas brotoejas! - Tudo que eu quero é sexo, é a única coisa que tem para me dar.

O Lucca encrispa os lábios, visivelmente irritado, e deita o ar pelas narinas, como um dragão. Perfeito, consegui fazer com que tirasse a expressão desinteressada do maldito rosto. Agora ele sabe o que faz comigo.

— Ótimo, Fadinha — diz num timbre mais grosso — Mas espero que aprenda as regras rápido, senão essa sua linda bunda vai ficar mais vermelha do que a própria cor na sexta-feira, se você não parar de ser uma pirralha.

Engulo a saliva, que passa pela minha garganta e a queima. Sinto o meu pescoço pinicar mais e mais, e já posso imaginar as borbulhas a nascerem na minha pele suada da nuca.

— Quais regras? — murmuro e me sinto ultrajada pela sua ameaça.

— Conversamos sobre isso mais tarde — determina, pega o telefone no bolso e disca algumas coisas — Olhe as mensagens quando voltar para a sua sala.

— Por quê? — a minha curiosidade é muito e isso parece não agradá-lo, o que consequentemente não me agrada também.

— Pare de fazer tantas perguntas, menina - grunhe, impaciente — Apenas vá e faça o que eu mandei.

— Ogro — digo, tentando imitar o seu tom pesado, mas falhou miseravelmente.

— Fadinha — acena, como um cumprimento.

Bufo, irritada com o homem mais gostoso na face da terra, me viro e ando em direção à porta, mas faço questão de rebolar a bunda linda que ele ameaçou deixar vermelha na sexta.
Posso até ouvir o seu rosnado de irritação atrás de mim. É satisfatório e medonho ao mesmo tempo, e essa combinação é excitante demais.

Percorro o corredor sem me importar com o estado da minha aparência. Mesmo que esteja com o cabelo revolto, as faces coradas e a roupa amassada, eu corro para a minha sala, ansiosa para pegar ver o que me mandou.

E assim o faço. Olho as mensagens e vejo uma acabada de chegar. O remetente oculto contém o poderoso nome "Lucca Rossi", que me faz vibrar. E o conteúdo da mensagem me deixa boquiaberta.
Um manual de cem páginas com o título "A Bíblia Da Boa Submissa".

Cem páginas para ler sobre como agradar o meu chefinho.
Isso seria vergonhoso, se não fosse tão instigante. Eu quero aprender a como ser o que o Lucca quer, o tipo de mulher que o orgulharia, quero satisfazer o meu senhor.

Meu senhor.

— Ai, que entusiasmo! — guincho sozinha e gravo o número dele na minha lista de contactos importantes.

"Ogro", é assim que gravo. E já vou procurar a imagem perfeita para o ícone do contacto.

• • •

Ela toda felizinha...sabe nada, inocente...

Gostou? Então dá like e comenta nessa porra!

*link direto no perfil.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro