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33: Una promessa di eternità

Elah atualiza com frequência a estória delah...

Espero que gostem. Está muito satisfatório esse capítulo.

Eu sei que ele está perdido em si mesmo
Mas eu amo aquele homem
Como ninguém consegue
Ele move montanhas e depois as coloca no chão novamente

Lana Del Rey, em How to disappear.

• • •

• ALEXA LEBLANC •

Finalmente, o tão esperado dia do lançamento da campanha chega. Devia ser um dia feliz e cheio de sentimento de realização, pois, é o meu primeiro projeto como parte da LeBlanc, mas não consigo deixar de lado a desolação que sinto em saber que faz uma semana desde que perdemos uma das nossas lindas modelos. Cindy ia querer mais do que ninguém ver o resultado do trabalho feito com tanto entusiasmo e dedicação, mas já que isso não será possível, fiz questão de guardar lugares para a sua família e pedir que eles fossem o melhor recebidos possível, pois, verão a filha, que agora brilha no céu, brilhar nas telonas também.

Envolta em papéis e deslizando o dedo no ecrã do meu Ipad, sentada à mesa da cozinha, eu suspiro, repassando a lista de convidados confirmados mais uma vez, e depois, mandando mensagem para a empresa prestadora de serviços que ficou encarregada das lembranças. Todo convidado, ao sair, terá direito à uma mini garrafa de perfume, cada uma com uma das três fragrâncias da campanha da Agathe. E, tornando tudo mais especial e combinado com o tema Vale das Fadas, as garrafas terão pinturas feitas à mão de flores silvestres e fadas esvoaçantes.

Pego um morango na tigela e dou uma mordida, fazendo cara feia depois. O sabor não me agrada, está doce demais, e pela primeira vez na minha vida, eu perco a vontade de comer um morango.
Devolvo o morango semi mordido e faço esforço para engolir.

Dou sequência no trabalho, revisando os últimos detalhes até que tudo esteja encaminhado e perfeito, e assim eu possa descansar até poder começar a me arrumar.

- Seu pai está ligando para você - ouço a voz do Damiano.

Imersa no trabalho, minhas costas se retesam pelo susto, e logo depois, um suspiro escapa da minha garganta ao vê-lo sem camisa, vestindo apenas uma calça de moletom e chinelos.

Nós transamos todas as noites dessa última semana, exploramos todas as posições que o nosso quarto permitia, e até quebramos a pia do banheiro, mas parece que a cada transa que temos, mais eu quero transar. Acho que estou com saudades de uma sessão pesada. Isso ou estou no período fértil, o que é muito pior.

Só sei que Damiano é gostoso pra caramba, e tudo que eu quero fazer sempre que olho para ele é morder cada canto do seu corpo. Excepto um canto bem específico, que eu prefiro lamber.

- Ei, o celular - ele chama a minha atenção.

A nuvem de tesão que inundou a minha mente se dispersa e eu paro de morder a ponta da caneta. Sugo a baba que quase escorreu da boca e me ajeito na cadeira.

- Não quero falar com ele - digo pela centésima vez.

Não atendi nenhuma das ligações do meu pai na última semana. Atendi apenas uma da minha mãe pedindo que eu voltasse para casa e outra tentando descobrir onde eu estava. Eu neguei nas duas e disse que precisava de espaço.

Hoje preciso de espaço mais ainda. Não quero que eles arruinem o meu dia. Estou realmente confusa com tudo que aconteceu, e chateada porque eles decidiram simplesmente minimizar a quase morte de Louis, e continuar sendo sócios e amigos do agressor. Isso eu não consigo perdoar tão cedo, nem sei se vou.

- Hoje é o dia da campanha - ele me lembra.

- Exatamente - dou de ombros, vendo ele se sentar na cadeira ao meu lado e deslizando o meu celular pela mesa até parar na minha frente.

Viro o ecrã do celular para baixo. Não quero ter que ver "Papa" com emojis de coroa e coração vermelho estampados na tela.

- Ele é o dono da empresa - Damiano diz, entredentes - Pode querer saber como as coisas estão a correr. Você não pode ignorá-lo para sempre.

Por mais chateada que eu esteja, ele tem razão. Maurice é meu pai, e eu não deixei de amá-lo e respeitá-lo como tal. Não quero tirar a sua autoridade como dono da empresa, e por mais estranho que pareça ouvir Damiano me incentivar a conversar com o meu pai, eu deixo a minha raiva de lado e pego o celular.

- Não sei quando você passou a ser tão compreensivo sobre a situação do meu pai - digo, antes de clicar no ícone verde - Allô, père...

- Père? Quando você decidiu parar de me chamar de Papa, Dauphin?

Papa é mais informal e carinhoso, enquanto père é mais formal. Não me sinto pronta para continuar a ser a filha amorosa que estou acostumada a ser, por enquanto. Então me limito a manter o respeito, mas demonstrando que estou descontente com eles e que isso só irá mudar se as suas decisões também mudarem.

Eu suspiro, sabendo que o sentimento de injustiça e desolação que as decisões politicamente egoístas dos meus pais, ainda prevalece no meu íntimo.

- Eu estou ocupada agora. Seja o mais breve possível, por favor - digo, desconfortável, ouvindo o suspiro de rendição do outro lado.

Damiano pousa a mão no meu joelho e acaricia a minha pele descoberta.

- Queria saber como vai tudo por aí. Sei que você fez um trabalho excelente, mas eu estou só ansioso. Você vai lançar a sua primeira campanha! - meu pai diz com entusiasmo.

Eu sorrio, sei que ele não gosta desse clima entre nós, e eu menos ainda. Mas não posso dar o braço a torcer, quem deve fazer isso é ele.

Arrepiada com o toque manso e provocador na minha perna, observo enquanto os dedos longos do meu namorado sobem pela minha coxa, exploram a parte interna dela e sobem a barra do meu vestido de dormir.

Ele é transparente e não deixa muito para imaginação. Mas Damiano não é do tipo que se contenta em olhar, ele gosta de marcar suas digitais em mim. Quanto mais tempo passa me tocando, melhor para ele. E quem sou eu para reclamar?

- A campanha não é minha. É de todos nós, e mais ainda, da Agathe. Eu apenas contribuí para que desse tudo certo, assim como todo o meu time - eu digo, minha voz falhando em algumas palavras pelo formigueiro incessante em minha pele.

Me remexo na cadeira, tentando me afastar do seu toque para poder me concentrar na ligação, mas ele me lança um olhar de advertência com uma carranca, claramente ordenando que eu não me mova. Imediatamente fico quieta.

- Eu sei, eu sei, filha. Você não sabe o orgulho que me dá ver você finalmente trabalhando para assumir o que é seu por direito um dia - meu pai responde.

Não sou muito fã de ter essa conversa de herança. Eu prefiro viver um dia de cada vez, sem a pressão de ser a herdeira do grande império que meus pais construíram.

Não quero ter essa conversa. Não agora que Damiano se esgueira em baixo da mesa e coloca a cabeça entre as minhas pernas.

- E-está tudo bem - digo, já querendo encerrar a ligação - Não se preocupe, está tudo perfeitamente encaminhado. Nos vemos mais tarde.

- Mas, filha, eu queria...- ele diz, mas já estou clicando no ícone vermelho.

Jogo o celular junto dos papéis na mesa e finalmente olho para baixo. As pontas dos dedos de Damiano se enrolam nas alças da minha calcinha minúscula e descem a peça pelas minhas coxas arrepiadas, deixando caminho aberto para que a sua língua comece a explorar a minha fenda molhada.

- Sou viciado no seu gosto, sabia? - ele diz, com a cara na minha buceta, entre uma lambida e outra. Respondo com um gemido manhoso - É único...

Ele abocanha a minha buceta de forma lenta e cuidadosa, saboreando o mel da minha excitação. Sua língua desliza ao longo da minha carne, sugando o sabor a cada passada. A maneira como seus lábios tocam os meus, levemente, quase provocando, faz meu coração bater mais rápido e meus gemidos soarem mais altos. É como se ele estivesse saboreando o momento, não apenas a minha buceta.

Enquanto continuo a observá-lo de cima, minha boca aberta num "O", com gemidos incessantes e roucos escapando dela, noto como ele mantém contato visual comigo, seus olhos brilhando com um toque de malícia e desejo, claramente ciente do efeito que a sua performance tem sobre mim. Ele substitui as lambidas por sucções, desta vez um pouco rápido, e seus lábios se curvam em um sorriso discreto.

Jogo a cabeça para trás, sentindo o meu clitóris ser devorado pelas suas chupadas demoníacas.

A forma como ele me chupa é deliberada, quase como se estivesse dançando ao ritmo de uma música que só ele pode ouvir.

A cada movimento de sua língua, sinto uma mistura de ansiedade, fascínio e tesão avassalador crescendo dentro de mim. É uma mistura de sensações que não consigo definir claramente, mas que me prende completamente. Damiano continua, agora mordiscando o meu clitóris e intercalando com sua língua penetrando o meu canal, enquanto seus dedos me abrem mais e mais para si.

Ele então se afasta ligeiramente para trás, deixando a minha buceta dormente e pulsante, e aquela dorzinha no fundo do ventre sem a sua final liberação. Eu solto um gemido de frustração e abro os olhos, sentindo-os úmidos pelas lágrimas finas que se formaram.

- Ahm? O que foi? Por que parou? - bombardeio, meu peito subindo e descendo incansavelmente e a minha voz tão fina de tanto que eu gemi.

Como se estivesse se deleitando com a minha reação, ele sorri enviesadamente e pousa a mão na minha virilha, bem acima da tatuagem.

- "Sim, senhor" - ele lê, balançando a cabeça em demonstração de aprovação - Eu adoro essa tatuagem.

- Eu também, mas não para. Eu ia gozar, por favor - imploro, segurando o tesão no lugar.

Eu preciso que ele me faça gozar agora, ou eu não responderei por mim. Só ele pode aliviar essa tensão das minhas costas.

- Estou pensando em começar a fechar o outro braço...a primeira tatuagem será na mão, talvez - ele conversa comigo como se não estivesse me chupando há bem pouco tempo - Me apresente o estúdio onde fez.

Reviro os olhos e engulo em seco. Eu vou enlouquecer com esse homem.

- É sério que quer falar sobre tatuagem agora? - olho para ele, que beija a minha buceta inocentemente. Ela pulsa outra vez - Eu não fiz num estúdio, fiz em casa. Mas se quiser, eu falo com o tatuador e...

- O tatuador? - ele me interrompe e o barulho da sua cabeça batendo na mesa me sobressalta.

Damiano sai de forma desajeitada de baixo da mesa e me fulmina com o olhar, deixando claro que ficou irritado. O porquê eu ainda não entendi.

- Você fez com um homem?! - ele vocifera, transtornado.

Volto a me sentar corretamente, sabendo que o momento foi arruinado e que eu vou ficar só na vontade mesmo. Ergo um pouco a bunda da cadeira e subo a calcinha, ajeitando o vestido depois.

- É uma tatuagem e ele é o técnico de tatuagem, o único que eu conheço. O que você queria? - rebato, também irritada pela sua idiotice.

Ele me privou do orgasmo. Quem devia estar zangada sou eu!

- O que eu queria? - ele continua, deitando fumo pelas narinas como um touro - Sei lá, que talvez você não ficasse nua na frente de um cara qualquer!

- Damiano, não precisa disso. É só um tatuagem e eu não fiquei nua! - exclamo, começando a arrumar os papéis na pasta.

- Ele te depilou? - indagou, pousando as mãos em cima dos papéis para que eu lhe dê atenção. Eu fico calada, odiando a sua explosão de ciúmes infundada - Eu fiz uma pergunta, Alexa, me responda!

- Não, eu já estava depilada - murmurei - E eu não sei porque está tão chateado, se nós nem estávamos juntos na altura...

- Nós não precisamos ter um rótulo para você ser minha. Logo na primeira vez que coloquei os olhos em você, passou a me pertencer!

Por poucos segundos a fio, eu fecho os olhos e guardo a resposta que tinha para dar. Meu lado feminista me impele a responder à altura, mas a verdade é que eu perco toda a pose de durona quando se trata de Damiano. Perto dele, sou mais submissa do que alguma vez fui feminista.

- Sinceramente, eu não quero discutir por alguém que só estava fazendo o seu trabalho - tento finalizar a conversa, mas ele não parece muito a fim de parar.

- Alguém que podia ser uma mulher - continua e passa a mão na testa, limpando o suor.

Ele está mesmo suando porque um homem fez uma tatuagem minúscula na minha virilha?!

- Damiano, por favor, não exagere - reviro os olhos e continuo a organizar os papéis quando ele se afasta.

- Eu estou exagerando? - aponta para o próprio peito e suspira, parecendo cansado - Estou com dor de cabeça...

Observo-o caminhar até a janela ampla da cozinha e abrindo-a para deixar o ar entrar. Damiano inspira e expira inúmeras vezes, como se estivesse realmente se sentindo mal.

Aproveito para arrumar todo o resto e sair esgueirada da cozinha. Não quero continuar essa discussão tola, menos ainda hoje, quando tudo deveria estar tranquilo aqui em casa.

Enquanto ele se recupera do chilique na cozinha, eu pego a roupa para mais tarde e tudo que irei precisar para me arrumar e levo para o outro quarto, depois me tranco lá.
Acho que vai ser bom para os dois, para que possamos esfriar a cabeça e trabalhar sem mais distrações. Teremos muito tempo para conversar mais tarde.

• DAMIANO RUSSO •

Ajeitando a gola da minha camisa, eu espero por Alexa na sala de estar. Faz mais de uma hora desde que eu bati a porta do quarto onde ela decidiu se trancar, e ela disse que já estava quase pronta.

Bom, eu tive tempo de preparar algo para o jantar e ainda me arrumar, e até agora, ela ainda não desceu.

Simples, no meu smoking preto complementado com um coque no cabelo, eu sei que não há nem um por cento de possibilidade de ser visto ao lado de Alexa. Ela vai roubar a atenção de todo mundo, até da própria marca quando surgir, tal como faz sempre que aparece.

Ansioso, enfio as mãos nos bolsos e bato o pé no chão repetidas vezes. Não vi o que ela irá vestir, nem calçar, pois, ela não permitiu, então estou completamente no escuro, esperando que ela surja no topo das escadas e eu possa, finalmente, contemplar toda a sua grandiosidade.

Porém, nada me preparou para o que se revela na minha frente. Todo o meu corpo se retesa instantaneamente quando os sons dos saltos ecoando pelo corredor dos quartos dão lugar à imagem de Alexa e toda a sua magnitude dentro de um vestido que se não foi feito para ela, não foi feito para ninguém mais.

Cuidadosamente, ela desce a escada, e eu me aproximo para ajudá-la nos últimos degraus.

Toda a raiva que senti mais cedo por saber que outro homem fez uma tatuagem nela simplesmente some, com o vento.

Alexa está simplesmente deslumbrante. Parece um ícone religioso, algo pelo qual qualquer um, sem dúvidas, se sacrificaria. Eu me sacrificaria por ela. Ela rastejou na minha pele e cravou o seu nome com suas lindas unhas no meu coração. Eu sou um homem marcado. É uma maldição e uma bênção.
Ela é graciosa e etérea, sedutora e fogosa, eruptiva e vulgar, romântica e pervertida e, no entanto, sempre, sempre muito feminina...e minha.

Sou um ser humano muito infeliz, e a minha querida mulher simplesmente teve que ser convocada para criar e equilibrar toda essa miséria. Ela é a única luz dourada em meio ao sombrio que me rodeia.

— Caramba, eu sou fã desses olhinhos fofos e inocentes olhando para mim como se eu fosse te corromper completamente e fazer coisas contigo que você nem poderia imaginar...por favor, continue me olhando assim — sai como um raio, mal consigo controlar as minhas próprias palavras.

Alexa arfa e desvia o olhar por um segundo, afetada com as minhas palavras. Por fim, ela pigarreia e tenta se recompor, mas o brilho fascinado ainda está ali, nas suas íris de pupilas dilatadas.

— Achei que ia elogiar o meu vestido — murmura e mais uma vez, dou uma boa olhada nela como um todo.

Uau!

- Hoje optei por começar de cima - digo, me referindo ao elogio aos seus olhos - Não há elogio já criado que te faça jus...acho que terei que inventar um.

Seus olhos brilham em desafio e ela acena para que eu vá em frente. Não preciso pensar demais. Se eu fosse um artista, com ela nunca me faltaria inspiração.

- Alexa, sei un incanto divino che ha marchiato la mia anima. Ogni tua imperfezione è un capolavoro, ogni tuo sguardo, una promessa di eternità.

Sei que ela provavelmente não entendeu uma só palavra do que falei, mas a sua reação é sorrir, como se soubesse exatamente que o que eu disse significa: Alexa, você é um encanto divino que marcou a minha alma. Cada uma das suas imperfeições é uma obra-prima, e cada olhar seu é uma promessa da eternidade.

- Damiano, le tue parole sono come un sogno che diventa realtà. Anche nel mio dolore, trovo bellezza nei tuoi complimenti, e ogni tua parola risuona come una dolce melodia nel mio cuore - ela sussurra, seus lábios doces se movendo gentilmente à cada palavra dita - Grazie mille, amore mio.

Eu a observo, boquiaberto, enquanto ela responde em italiano. A surpresa se reflete em meu rosto, incapaz de esconder o choque. Alexa, que é francesa, fala um idioma que eu sabia que ela não dominava. Como ela poderia saber italiano?

- Eu decidi aprender assim que soube que você é italiano - ela explica com um sorriso suave - Entendi cada palavra do seu elogio.

Sua resposta me atinge com a força de uma revelação. A ideia de que ela se esforçou para compreender as minhas palavras, que dedicou tempo para aprender a minha língua por causa de mim, é avassaladora. Sinto uma onda de emoções - admiração, gratidão e uma possessividade intensa. O gesto dela, embora simples, é um testemunho profundo do quanto ela se importa.

Olho para ela com uma mistura de reverência e afeto, percebendo o quanto cada palavra e gesto dela têm o poder de tocar minha alma de formas inesperadas.

O silêncio entre nós se estende, carregado de um entendimento recém-descoberto. Eu sinto a necessidade de preencher esse espaço com algo mais, mas as palavras parecem insuficientes diante do gesto dela.

A surpresa se dissolve em um sorriso admirado, e eu me aproximo dela, sentindo o peso das suas palavras ainda reverberando dentro de mim. Meu coração bate com força, uma mistura de emoção e alívio.

- Você realmente fez isso por mim? - pergunto, a voz quase um sussurro, não conseguindo esconder a admiração que sinto - Aprendeu italiano só para entender o que eu disse?

Ela inclina a cabeça levemente, seu olhar é uma combinação de desafio e ternura.

- Sim, Damiano. Eu queria entender cada sentimento por trás das suas palavras. E agora que o entendi, posso dizer que o que você disse me tocou profundamente.

As palavras dela me envolvem como um manto quente. Sinto uma proximidade ainda maior, uma conexão que vai além das palavras e dos gestos. O esforço dela para aprender minha língua, a sinceridade em sua voz, tudo isso reafirma o laço entre nós, tornando-o mais forte e mais real.

Pego sua mão com delicadeza, sentindo a textura suave da sua pele contra a minha.

- A sua dedicação não passou despercebida, Alexa. Não consigo expressar o quanto isso significa para mim.

Ela sorri, seus olhos brilhando com uma luz que ilumina o ambiente ao nosso redor.

- Então, me diga o que mais posso fazer para te fazer acreditar que tudo o que faço é por você.

Sinto uma onda de emoção. As palavras dela e o gesto dela me fazem sentir um profundo desejo de protegê-la, de mostrar a ela que eu sou digno desse esforço, mesmo que eu não seja. Olho para ela com um misto de paixão e determinação, prometendo a mim mesmo que farei tudo ao meu alcance para retribuir o que ela me deu, de uma forma ou de outra.

A conexão entre nós se fortalece, e eu percebo que, apesar de tudo o que nos separa, encontramos algo precioso - uma compreensão profunda e uma conexão que transcende as barreiras que antes pareciam intransponíveis.

- Você já faz mais do que suficiente, só de estar aqui, pequena - murmuro, ela assente em silêncio e marca um passo vacilante para trás.

Aos poucos, o momento se quebra, a tensão no ar se dissipa, e enquanto esperamos que um de nós diga alguma coisa, a minha vontade de agarrá-la, tocá-la, tomá-la do meu jeito, só cresce e mais e mais.

E a medida que isso acontece, a minha culpa evolui para um caroço inflamado e escancarado no meio da minha garganta, esmagando o meu pomo de Adão, devorando minhas palavras e me tornando fraco. Eu estava tão certo de mim mesmo no início...mas ela veio, forçou, ela entrou...

- Acho melhor irmos andando, afinal, somos os anfitriões - ela sussurra em meio a névoa que me cerca - Chamou o meu táxi?

- Você vai comigo. Nada de táxi - digo, mesmo encabulado.

- Mas nós combinamos que não seríamos mais vistos juntos para não atrair mais atenção da mídia - ela relembrou.

- Eu não me importo mais em atrair a atenção da mídia, se estiver com você.

Meus demónios internos brigam entre si para que recobre o juízo. Eu preciso voltar ao que era antes, prometi isso aos meus pais e à mim mesmo, e por mais que queira bem a Alexa, não posso desviar do meu propósito maior. Giada tem razão, meus demônios têm razão. Quem sou para deixar de lado tudo o que me comprometi a fazer?

Se é ser visto com ela que eu preciso para estabelecer e garantir minha entrada irrefutável na mansão LeBlanc, então visto com ela eu serei.

Não que isso não me deixe satisfeito. Milhares de olhares estarão em cima dela esta noite, de homens mais específicamente, e eu preciso deixar claro a quem ela pertence.
Não serei capaz de me conter se eu vir um par de olhos pousar nela por um só segundo.

De modo cavalheiresco e sem aparentar que estou a pensar em formas de silenciar cada filho da puta que se aproximar dela hoje, eu estendo o braço na sua direção para que ela entrelace o seu.

- Vamos? Somos os anfitriões - pisco um olho cúmplice e quando a vejo ainda hesitar, continuo - Eu não vou sair daqui sem você. Vamos juntos ou ficamos em casa.

Isso é uma imposição e não uma sugestão. Eu não vou permitir que ela saia sozinha e nem vou querer sair sozinho. Então, a única escolha que lhe resta é entrelaçar o braço no meu e me acompanhar.

Juntos, caminhamos até à saída do apartamento, e dentro da limusine que aluguei depois do nosso pequeno embate mais cedo, nós nos sentamos um de frente para o outro. Queria agradá-la para que pudéssemos esquecer do que aconteceu, e de como eu me alterei por algo que aconteceu a tanto tempo e que não deve ter significado nada para ela.

- Tem champanhe. Posso te servir uma taça? - quebro o silêncio.

Parece que o momento emotivo que partilhamos no meio da sala de estar não foi o suficiente para quebrar o muro que erguemos pela coisa da tatuagem. Ela ainda está com um bico enfeitando os lábios e o olhar disperso. Enquanto eu nem sei para onde olhar para esconder o meu constrangimento.

Quando eu deixei de conseguir controlar as minhas próprias emoções?

- Sou um pouco sensível ao champanhe. Prefiro deixar para a afterparty - ela responde num murmúrio, sem olhar para mim.

Assinto, olhando em volta para achar uma saída. Os morangos no cesto atrás do champanhe me fazem arregalar os olhos com a ideia. Como eu fui me esquecer de ter pedido que preparassem morangos frescos, sumarentos e doces para ela?

- Pedi que deixassem morangos para você - pego o cesto pequeno e a incentivo a pegar um.

Para o meu completo desgosto, Alexa faz cara feia e estende a mão para empurrar o cesto de leve. Franzo o sobrolho e devolvo a fruta no lugar, enquanto a examino para saber quem é ela e o que fez com a minha mulher.

- Se fosse há alguns dias atrás, eu não hesitaria, mas acho que comi morangos estragados em algum momento e agora o meu estômago não os suporta mais - ela alisa a barriga em reflexo ao visível desconforto.

- Já foi ao médico? Quer que eu te acompanhe? Podem não ser os morangos - eu me preocupo, unindo aos mãos no colo.

- Não, nem preciso. É uma sequela da anemia, provavelmente. Daqui a alguns dias passa - ela diz, despreocupada, e limpa uma poeira invisível no vestido.

- Se perdurar, me avise. Não quero saber que está doente novamente - peço, tentando não parecer autoritário.

- Sim, senhor - suspira.

Bato o pé no chão, ansioso novamente, e espero que essa barreira não dure por muito mais tempo. Dormimos em quartos diferentes uma vez, mesmo estando na mesma casa, no outro dia, e eu não estou pronto para passar outra noite longe dela. O lugar dela é comigo.

- Olhe, pequena, sobre a tatuagem...

- Chegamos! - Alexa exclama e se vira para pegar a sua bolsa e depois ajeitar o cabelo antes que a porta seja aberta.

Ela parece ansiosa, porém, apesar disso, noto que ela quer evitar uma conversa constrangedora agora. Não é nem um pouco confortável para mim falar sobre um tatuador que viu mais do que deveria do corpo da minha mulher, e ainda assim, eu sei que precisamos falar sobre isso, porque eu sei que exagerei.

- Espera. Não desça ainda - agarro o seu cotovelo quando a porta é aberta pelo shawffer, que estende a mão para ajudar Alexa a descer.

- Essa conversa pode esperar, Damiano, o coquetel não - ela responde e se livra do meu toque delicadamente.

Engulo em seco, a saliva descendo com as minhas palavras, e decido lhe dar o tempo que precisa.
Resignado, desço primeiro e dispenso o shawffer.
Algumas câmaras se voltam na minha direção e começam a disparar. Na entrada, um tapete rosa se estende até à porta, protegido por baias e seguranças.

Fico desconfortável com os flashes e toda a atenção, é claro, mas não vacilo. Estendo a mão para Alexa, que prontamente se deixa ser ajudada a sair do carro, e com um sorriso, acena para as câmaras e simplesmente começa a fazer poses ao meu lado.

É a nossa primeira aparição pública oficial, o que claramente me deixa nervoso, mas a sua confiança e o modo com que lida com tudo isso é suficiente para que eu não me importe em parecer bem.

Enlaço a sua cintura com uma mão e enfio a outra no bolso. Meu olhar raramente desvia dela. Primeiro, porque me sinto mais calmo se olhar para ela, e segundo, porque não há humanamente como ficar um minuto sem pousar os olhos nela.

Ela faz uma última pose com a mão no meu peito e também olha para mim. Espero que ela não sinta o quão acelerado o meu coração está nesse momento. Eu só quero que Alexa não pare de olhar assim para mim.

- Está tudo bem - ela sussurra num tom se segurança - Eu estou aqui.

- Você lida com isso muito melhor do que eu - sorrio fraco e ela dá duas batidas leves no meu peito.

- Então fique por perto, eu posso lidar pelos dois - diz com humor e pisca um olho atrevido.

Confiante e segura de si, ela entrelaça os dedos nos meus e me puxa para caminharmos pelo tapete rosa. Microfones, celulares e gravadores de áudios são estendidos na nossa direção. Milhares de perguntas são feitas e milhares de fotos são tiradas. Cada um dos nossos movimentos sendo perscrutados.

Não sorrio, não preciso, não vai adiantar de nada. Sei que Alexa rouba toda a atenção e eu gosto de simplesmente estar ao seu lado.

- Senhorita Alexa, quinze segundos da sua atenção, por favor!

- Qual foi a inspiração para esse belíssimo evento?

- Alexa e Damiano, vocês se conheceram no ambiente de trabalho. Como é lidar com as políticas empresariais?

Meu estômago se revira, um misto de ansiedade e desconforto. Sempre preferi o anonimato, o silêncio das sombras onde posso planejar e agir sem ser observado. Mas hoje, estou exposto. A primeira aparição pública ao lado de Alexa, a mulher que, de alguma forma, conseguiu se infiltrar nas muralhas que construí ao redor de mim.

Alexa me lança um olhar encorajador, seus olhos brilhando com uma confiança que só ela tem. Seu sorriso radiante é um contraste gritante com a seriedade que eu carrego.

- Alexa, você está radiante! Qual foi a inspiração por trás do look de hoje?

- Damiano, como é estar ao lado de uma das maiores influenciadoras do momento?

- Alexa, nos conte sobre a sua participação no lançamento dessa nova linha de perfumes da Agathe!

- É verdade que vocês dois estão oficialmente juntos? Como está a ser essa nova fase?

Tento manter a postura, mas cada pergunta parece um soco, rápido e direto. As luzes, os sons, as perguntas... tudo começa a se misturar, quase me sufocando. Mas então, Alexa aperta minha mão e se inclina suavemente para mim, sua presença tão leve e calma que parece dissipar o caos ao nosso redor.

Ela sorri para os repórteres, o sorriso dela é como um farol, capturando a atenção de todos.

- Estou muito feliz de estar aqui esta noite, apoiando essa marca incrível que tem sido parceira da nossa empresa por tanto tempo - ela diz, sua voz clara e melodiosa, dominando a situação com a facilidade de quem nasceu para isso - E estar aqui com Damiano torna essa noite ainda mais especial. É uma oportunidade única para celebrar algo tão elegante e sofisticado.

Os flashes disparam novamente, e sinto que metade das perguntas foi imediatamente esquecida pelos paparazzi, todos hipnotizados pela maneira como ela fala, como ela se move.

- Alexa, como influenciadora, qual é a importância desse evento para você?

- Você considera essa uma nova fase na sua carreira?

- Damiano, o que você acha dos perfumes da nova linha? Vai escolher um para a Alexa?

Ela me olha de lado, um brilho de diversão em seus olhos.

- Damiano tem um gosto muito refinado, acho que ele pode escolher um perfume melhor do que eu mesma conseguiria - ela diz, jogando a responsabilidade para mim de uma forma que sinto que é a maneira dela me incluir, de me fazer sentir parte disso.

Eu sorrio, um pouco nervoso, mas então decido abraçar o momento.

- Acho que qualquer coisa que ela usa fica incrível - digo, tentando manter o tom casual, mas sincero.

O barulho das câmeras se intensifica com minha resposta, e sei que acabamos de dar a eles a manchete que queriam.

Outra pergunta surge, mais invasiva desta vez: Damiano, como você lida com a fama repentina que vem com o relacionamento com uma pessoa tão pública?

Eu sinto a tensão se acumular novamente, mas antes que eu possa responder, Alexa fala com firmeza, mas com uma doçura que é só dela.

- O Damiano e eu temos um vínculo muito forte e respeito mútuo. Estamos a aprender a lidar com essa nova realidade juntos, e estou muito orgulhosa de tê-lo ao meu lado.

Seu tom é confiante, e as palavras dela parecem selar a questão, afastando qualquer dúvida sobre a nossa união. Ela é a minha âncora no meio desse turbilhão, e mesmo com toda a atenção sobre nós, sinto uma calma crescer dentro de mim.

Assim que nos aproximamos de um grupo de fotógrafos e jornalistas, um deles, mais ousado, ergue a voz sobre o barulho, lançando a pergunta que sinto como uma pedra atirada na água calma.

- Damiano, como vocês lidam com as críticas sobre a diferença de idade entre os dois, especialmente considerando que você é sócio do pai da Alexa?

Há um breve momento de silêncio, como se o mundo inteiro estivesse segurando a respiração. Alexa me olha, e percebo a confiança absoluta que ela deposita em mim. Mas é ela quem toma a dianteira, com uma certeza que não deixa espaço para questionamentos.

- A idade é apenas um número - Alexa começa, a voz firme, mas cheia de uma serenidade inquebrável - O nosso relacionamento é baseado em respeito, admiração e carinho. As críticas são inevitáveis, mas não nos definem. Estamos focados no que realmente importa, a nossa felicidade.

Ela lança um olhar direto ao jornalista, o que faz a pergunta parecer ainda mais insignificante. E então, passo a mão nas costas dela, como se lhe desse a permissão que sei que ela não precisa nesse momento, e tomo a palavra.

- Quanto à nossa parceria nos negócios - digo, a voz calma, mas cortante como uma lâmina bem afiada - A minha relação com Maurice e com Alexa são duas coisas distintas. Sou um profissional sério, e nada compromete a minha integridade ou os negócios que construo. Criticar a nossa relação pessoal com base nisso é tentar encontrar uma falha onde não existe. Estamos bem conscientes do que fazemos e de onde estamos.

Alexa sorri, satisfeita, e podemos ver que a resposta não deixou brechas. Continuamos a caminhar em direção ao evento, deixando os paparazzi para trás, enquanto o silêncio que os envolve é quase tão palpável quanto a admiração que sinto por ela.

Seguranças nos cercam, criando uma passagem entre os repórteres e os curiosos que se aglomeram para ter um vislumbre de nós. Caminhamos juntos pelo tapete rosa, lado a lado, com flashes ainda piscando ao nosso redor e gritos nos chamando de todos os lados.

Mas agora, a única coisa que realmente importa é a mulher ao meu lado. Alexa, com seu brilho, sua confiança, sua luz.

A tensão que sinto gradualmente se dissipa, substituída por uma sensação de calmaria ao lado dela.

Quando chegamos à entrada do salão, Alexa se vira para mim e sussurra.

- Viu? Não foi tão ruim assim.

Ela sorri com um brilho no olhar, e percebo que, de facto, com ela ao meu lado, posso lidar com qualquer coisa. Inclino-me ligeiramente e deposito um beijo no topo da cabeça dela, deixando que o gesto fale por mim. Ela ri baixinho e segura minha mão com mais firmeza, guiando-nos para dentro do evento, onde a verdadeira noite está apenas a começar.

O paparazzo intrometido: nossa, fui lacrado. :(

O que acharaaaammm? Satisfatório, né?

Sabiam que a autora tem instagram? Sabiam sim, suas safadas. Quem não der like e seguir lá vai ficar prenha. ;)

O vestido e sapatos da Alexa:


Damiano:


Fotos bónus:

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