18: Um mergulho
Vocês são umas vadias sortudas. Agradeçam pelo capítulo adiantado, é só deixar uma estrela e com comentário. :)
Sem analisar a situação, parece fácil
Sou cuidadoso com as palavras, mas ainda é difícil me entender
Social House, em Boyfriend.
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• DAMIANO RUSSO •
Olho para o lado para me certificar de que ela não está pálida como quando desmaiou. Ao contrário disso, está com as faces coradas, as pupilas dilatadas e os olhos bem abertos, focada no livro nas suas mãos.
Não consigo deixar de me sentir preocupado. Primeiro porque ela está na minha responsabilidade durante um fim de semana inteiro, e segundo porque não quero que nada dê errado nessa viagem. Planeei duas sessões pesadas e eu quero que ela aguente as duas sem recaídas parecidas com a outra.
Ter ela esticada nos meus braços, branca e trêmula, não foi das melhores visões. Não quero que aconteça novamente.
— Tudo bem? — chamo a sua atenção. Ela me olha no mesmo segundo.
— Sim, tudo bem — responde e dá um sorriso tímido, daqueles que me fazem querer acabar com ela.
— Ótimo — aceno e ela volta a ler, dessa vez ainda mais corada e tentando esconder o rosto com a mão livre.
Desvio o olhar para a aeromoça, que passa para checar se todos os passageiros estão bem a meio da viagem. Faço sinal com os dedos para que ela pare e ela sorri ao se aproximar.
— Boa tarde, senhor. Chamou por mim. Está precisando de alguma coisa?
Quando ouve a voz da moça, Alexa olha diretamente para ela e depois para mim com curiosidade, noto pelo canto do olho.
— Sim. Quero saber o que vocês têm de lanche — me mantenho na monotonia.
— O menu de hoje para lanches inclui frutas e vegetais frescos, iogurte natural, ovos, barras de cereais integrais, bolachas de aveia, queijo magro, frutas secas e sementes — ela informa mecanicamente.
Bato o indicador de leve no queixo antes de pedir, pensando em algo saudável para ela.
— Por favor, traga um iogurte natural com frutas picadas e sementes de abóbora, uma fatia de pão integral com...gosta de húmus? — volto o olhar para a Fadinha, que parece desconcertada, mas assente —...com húmus, uma omelete de vegetais e um batido de morango.
A comissária anota tudo com pressa e suspira ao parar de escrever.
— Senhor, o lanche é limitado para cada passageiro. Se quiser mais de uma opção, deve acrescentar no valor pago na passagem — ela explica, como se eu já não soubesse.
— Então eu farei isso — encolho os ombros.
— Certo. Um momento, senhor. Com licença.
A comissária de bordo se vai e depois de fazer o pagamento e esperar alguns minutos pela comida, a bandeja larga chega e é colocada na minha frente.
Eu agradeço com um aceno de cabeça e logo passo a bandeja para o assento da Fadinha, o que a faz arregalar os olhos e afastar os braços para receber a comida.
— Coma — ordeno.
— Lucca, é muita comida. Não precisava tanto! — ela guincha.
— Você não almoçou e ainda faltam algumas horas de voo. Sem contar que vamos chegar antes do jantar — retiro o canudo do papel e coloco no copo de plástico do batido, levando à boca dela depois — Beba.
Alexa obedece e rodeia os lábios cheios no canudo, puxando uma pequena quantidade do batido, que tem o seu sabor favorito.
— Hm...— se afasta do canudo e engole —...não cabe tudo isso na minha barriga. Você vai ter que me ajudar.
— Eu te acompanho, apenas coma.
Ela pega um garfo e logo ataca a omelete. Noto que está com fome, pois, mal termina de mastigar, coloca outra garfada na boca. E isso me intriga. Se estava com fome, por que não disse?
— Esse bocado é pra' você — me passa o prato da omelete, onde deixou um pedaço.
E assim acontece com a sanduíche de húmus. Alexa come e deixa metade para mim. Só o batido ela tomou sozinha, se recusando a partilhar comigo. Eu não tomaria na mesma, nem o iogurte, pela alergia.
Fui obrigado a pedir um suco para fazer descer toda a comida.
— Ai, estou estufada — ela reclama, acariciando a barriga por cima do moletom.
— Ótimo. Assim diminuímos as chances de você passar mal de novo.
— Está preocupado comigo, senhor Lucca? — brinca, se virando para mim.
Fica muito perto do meu rosto, com os olhos brilhantes e as bochechas contraídas num sorriso. A boca cheia e rosada me chama, me convida, mas eu me controlo.
Noto um pouco do batido rosa na sua bochecha. Como foi aí parar? Eu não sei.
— Você precisava comer — fujo da sua pergunta — Estava com fome e não disse nada.
— E você chamou a comissária e pediu um lanche enorme para mim — incita, piscando um olho.
— Sim, não sei lidar com gente doente — faço cara feia, me remexendo no assento — Não quero que fique doente.
— Isso se chama pre-o-cu-pa-ção — ela fala em sílabas, com um sorrisinho convencido no rosto — Só é macho demais para admitir.
Só eu sei o tamanho da vontade que tenho de arrancar esse sorriso satisfeito da sua boca e enfeitá-la com uma mordaça.
Então eu me inclino na sua direção e lambo o bocado de batido na sua bochecha, o que a faz suspirar contra a minha pele e morder o lábio inferior.
Porra, queria morder ainda mais forte!
— Sim, eu me preocupo com você, Fadinha — digo, fitando os seus olhos de íris inocentes demais para o seu próprio bem — Mas não use isso como uma arma para me atingir, o gatilho pode ser puxado na sua direção em segundos.
Meu tom ameaçador a deixa assustada, eu noto quando ela estremece e engole em seco. Então eu volto a me acomodar no assento e ela também, mas noto a sua hesitação em falar comigo ou olhar para mim diretamente.
A deixei com medo e eu deveria me sentir um filho da puta por gostar disso, mas não me sinto. Quero que ela saiba que não sou como qualquer um que conhece ou namorou, eu não sou um príncipe encantado, não a prometerei coisas enfadonhas ou direi frases bonitas. Alexa é minha propriedade e eu sou o seu dono, fora isso, nada acontecerá entre nós.
— Contratei uma cozinheira. Quando chegarmos, pedirei que prepare alguma coisa para você jantar — informo, manobrando o volante para fazer a curva que dá para a estrada direta do chalé.
Maurice fez questão de proporcionar um carro para mim, no intuito de me agradar. Quando disse que iria com uma "amiga", ele me deu um sorriso nojento. Me apeteceu socar a sua boca até não sobrar um só dente por arrancar.
Mas fiquei silenciosamente satisfeito quando me lembrei de que a "amiga" que levaria é a Fadinha, a própria filha dele, e estou mais satisfeito ainda ao vê-la sentada ao meu lado, cantarolando a música que toca na playlist.
— Por que está tão calada? — reclamo por não ter dito nada desde que descemos do avião — Está se sentindo mal?
— Um pouco, sim — murmura.
Imediatamente paro o carro no meio da estrada e solto o meu cinto. Minha respiração acelera à medida que agarro o seu queixo e viro o seu rosto para mim. Começo por analisar a coloração da sua pele e depois as suas pupilas, mando que abra a boca, e quando não o faz, eu mesmo o faço, forço os seus lábios e dentes a se separarem e analiso a língua dela.
Tudo está nos conformes, nada de palidez, suor frio ou boca seca. Mas não fico mais calmo. Se ela disse que está mal, é porque está.
— Dor de cabeça? — investigo, ainda com a mão no queixo fino dela.
Ela suspira e morde o lábio inferior, o que me desconcentra por completo.
— O que você quis dizer com "o gatilho pode ser puxado na sua direção"?
— Sério que ficou com isso na cabeça durante todas essas horas? — semicerro o olhar, incrédulo.
— Eu não esqueço nada do que me diz.
— Porra — me afasto e me apoio no assento novamente — Eu só não quero que você crie ilusões, Fadinha. Odiaria ter que te deixar mal.
Alexa bufa em resposta e passa a mão nos cabelos, exasperada.
— Por que sempre tem que tocar nessa tecla? — guincha, a voz treme — Por que tem que me lembrar toda hora que eu não devo me apaixonar? Eu sei!
— Pois, não parece — ergo uma sobrancelha, o que só a deixa mais irritada.
— Qual é o seu problema, Lucca? — funga, me olhando com mágoa.
— O meu problema? — aponto para o meu próprio peito — Você. Você é o meu problema! E eu tenho que bater na mesma tecla sempre, porque se eu não o fizer, você nunca deixará de ser um problema!
— Eu odeio quando você é tão mesquinho — me olha de cima a baixo, reprovando o meu comportamento.
— Então me odeia sempre — dou de ombros e volto a ligar o carro.
— Sim, eu te odeio! — cospe, mas sei que é de boca para fora.
Posso apostar que essa breve discussão até deixou a sua buceta gulosa e molhada. Noto pelo modo que esfrega as coxas grossas uma na outra, como se buscasse por alívio.
— Se não fosse tão malcriada, eu te faria gozar na minha boca aqui mesmo — provoco, de olho na estrada — Mas tudo que eu quero fazer agora é te amordaçar, amarrar e encher de chicotadas esse rabo malcriado!
Ouço um gemido fraco ao meu lado, mas ela não diz nada. Apenas olha pela janela para evitar me confrontar, e eu faço o mesmo e continuo com a viagem, até que chegamos ao nosso destino.
O chalé tem uma aparência nada humilde e quase desusada. Parece que foram poucas as vezes que alguém veio para cá, o que me deixa curioso se Alexa conhece o lugar.
Uma piscina ocupa a parte lateral do chalé, que é rodeado por pinheiros e arbustos de frutas silvestres. Uma escada de madeira, que é o material que foi usado para construir noventa por cento do imóvel, nos leva até a varanda, que é uma área vasta que recebe os visitantes com cadeiras rústicas almofadadas, que combinam com a mesa de centro ao lado.
— Faça as honras — passo as chaves para a Fadinha, que continua com um bico resmungão nos lábios.
Ela recebe e enfia a chave exata da fechadura, entrando antes de mim, com a sua bolsa de ombro apenas, enquanto eu tenho que carregar a sua enorme mala e ainda a minha bolsa.
— O que tem aqui? Todo o seu guarda-roupas? — arrasto a mala até o hall de entrada coberto de vasos de plantas.
— Alguns vestidos e biquínis — murmura, olhando em volta.
— Biquínis? Está gelado nesse lugar! Nem pense que vai entrar na água.
— Vinte graus, Lucca, não está tão gelado assim — ela diz e se vira para mim.
— Continua sendo frio — insisto.
— Você é italiano, é normal que sinta frio mesmo que não esteja tão frio assim, está acostumado com o calor — refuta, me fazendo franzir o nariz — Eu também entendo de calor, mas sou muito mais resistente ao frio do que imagina. Francesa, mon bébé.
Termina a sua explanação com uma piscadela atrevida.
Eu definitivamente vou amordaçar, amarrar e espancar essa garota!
Vou responder, mas ouço vozes ao longe, que vão se aproximando aos poucos. Dentre os donos estão duas mulheres e um homem.
Não me lembro de ter contratado homem algum.
Os três estão vestidos de branco e preto, como um uniforme, e param em fila indiana para se apresentarem.
— Boa tarde, senhor e senhora. Sejam bem-vindos, espero que tenham feito uma boa viagem — a mulher mais velha cumprimenta.
— Olá, boa tarde! — Alexa cumprimenta com seu ânimo habitual — Me chamem de Alexa, senhora é tão formal.
— Como quiser, Alexa — ela continua — Eu sou a Mary, esta é a Jenna, minha filha, e este é o James, meu sobrinho.
— E o que o James faz? — intervenho, medindo-o com atenção — Não me lembro de tê-lo contratado.
— Sim, senhor. Tem razão. Pedi que James viesse para me substituir, meu marido está doente e eu preciso voltar para casa — a mulher explica — Ele é ajudante de cozinha e estuda gastronomia, é tão bom quanto eu, lhe garanto.
Mesmo assim, não me sinto à vontade com outro homem podendo ter a visão que eu tenho de Alexa. Sei que ela não vai dar a mínima chance a ele, mas isso não se trata de desconfiança, e sim de possessão. Tudo nela é meu e nem um olhar eu quero dividir com outro.
— E a Jenna, o que ela faz? — dessa vez é a Fadinha que intervém.
— Ela ajuda na limpeza da casa. Varre, limpa, lava e cuida das plantas — Mary sorri para ela — Já limpamos e deixamos tudo nos conformes. James apenas precisa de orientação para o cardápio. Os dois lhes servirão enquanto aqui estiverem.
— O tempo todo? — Alexa arregala os olhos.
— O tempo todo — Mary assente.
— Certo — a minha pequena se vira para mim — Querido, me acompanhe, por favor. Quero trocar uma palavrinha com você.
Eu a sigo, intrigado com o motivo dela ter usado um apelido carinhoso comigo, e também interessado na palavrinha que deseja trocar.
Alexa caminha pela casa com confiança, como se já conhecesse, e eu apenas fito a sua bunda contra o tecido maleável do moletom.
Não importa em que roupa está, essa garota sempre será a porra de uma grande gostosa.
Passamos pela sala de estar rústica e aberta, dando para o lado que tem a piscina, e ela leva as mãos à cintura quando para de andar.
— O tempo todo! — sussurra.
— Estou tão surpreso quanto você — minto. Não sabia que eles ficariam por cá durante todo dia, mas isso não me deixou tão indignado quanto ela está.
— E tem uma garota bonita para limpar, varrer e sabe-se lá o quê mais!
— "Sabe-se lá o quê mais"? O que isso quer dizer? — ergo uma sobrancelha inquisidora.
— Se eu disser o que eu penso, vamos acabar por brigar o dia todo.
— Certo — suspiro, passando a mão pelo cabelo despenteado — Vou dispensar o cozinheiro.
— Ah, por quê?! — exclama, surpresa, o que me incomoda.
— Não o contratei, não o quero aqui. Simples — dou de ombros.
— E eu não quero a Jenna aqui! — devolve.
— Dispense-a então.
— Dispense você. Não fui eu quem a contratou — devolve e cruza os braços como uma criança birrenta.
— Todo mundo está dispensado então.
Não espero resposta, dou meia volta e caminho de volta ao hall de entrada, onde apenas Mary e James estão.
— Onde está a sua filha? — pergunto, Alexa me olha de lado, como se quisesse me bater.
— Pedi que fosse arrumar a vossa bagagem no quarto principal — a senhora explica.
— Nós mudamos de ideias — digo, sem mais — Estão dispensados.
Os dois fazem expressões de surpresa e se entreolham, confusos com o motivo.
— É pela troca que fiz com James, senhor? Se assim for, eu posso ficar. Preciso do dinheiro, pelo meu marido...
— Não é nada disso. O pagamento se mantém. Eu e ela apenas queremos estar sozinhos por alguns dias — explico, vendo as suas expressões de alívio depois.
— Então podemos ir para casa, mas ainda seremos pagos?
— Exatamente — assinto, e até Alexa suspira em alívio.
— Obrigada, senhor. É muito gentil da sua parte! — ela sorri e eu aceno de leve com a cabeça.
— Agradeça à minha mulher. Ela achou melhor que fosse assim — puxo Alexa pelo ombro e lhe dou um meio abraço.
Mary agradece mais uma vez e fica a conversar com Alexa, enquanto eu vou explorar um pouco mais do chalé. Ao todo, tem quatro quartos e uma suíte principal, seis banheiros, uma sala de estar e outra de jantar, uma varanda ampla, piscina e um corredor escuro que dá para um lugar que eu deixo para visitar depois, já que Alexa aparece na minha frente com um maiô minúsculo.
Deixa os peitos apertados e sem alternativa senão escapar do decote, e quando dá uma volta no lugar para se mostrar, vejo que mal tampa as bandas da bunda e tem um pedaço das costas de fora.
Não costumava gostar muito de mulheres em maiô, mas acho que a minha opinião mudou depois de ver Alexa se exibir dentro de um.
— Vou dar um mergulho. Você vem? — pergunta, com seu rostinho de inocente, mas os olhos repletos de malícia.
— Um mergulho? Às cinco da tarde? — semicerro o olhar. Está frio e já vai escurecer daqui a pouco.
— Bom, se você não vai, eu vou.
Teimosa, a garota vira de costas e sai a andar para longe, rebola a bunda bonita sufocada pelo maiô, até sumir da minha visão.
Entretido, decido seguí-la e ver até onde vai a sua resistência ao frio. Lá fora, me sento em uma das espreguiçadeiras, ainda de camiseta polo e calças jeans, e observo ela testar a água com o dedo do pé e depois entrar nela com a graciosidade de um cisne.
Alexa nada até a outra ponta em poucos segundos, exibindo a sua habilidade na natação, e quando retorna à superfície, de olhos fechados, passa as mãos pelos cabelos molhados.
As gostas de água escorrem pelo seu rosto, pescoço e seios, e tamanha visão acendem a minha tesão como uma tocha em noites escuras. A garota é fodidamente sensual e sabe disso, e faz de propósito para me deixar enlouquecido.
Puxo o ar com força e ignoro as palpitações nervosas no meu pau, que logo reage quando Alexa se aproxima da beira e apoia as mãos na pedra, ficando na minha frente.
— A água está ótima. Tem certeza de que não quer entrar? — insiste, incitando algo mais do que apenas nadar.
E eu que não sou fraco nem nada, me levanto da espreguiçadeira e já começo a desabotoar a camiseta, que logo cai ao chão, depois cuido das calças, meias e sapatos. Em poucos segundos estou de boxer, indo em direção à pequena fada que me espera ansiosa, com o lábio inferior entre os dentes.
A água está horrível, fria demais para o meu gosto, mas tenciono me esquentar colado à ela, então não é problema.
À medida que me aproximo, Alexa recua, batendo os braços na água e me fitando com afinco, ou melhor, fitando as minhas tatuagens e a minha cicatriz.
— Gosta do que vê? — ironizo a sua pergunta.
— Nunca vi nada melhor — seu peito sobe e desce em respirações pesadas e descompassadas.
— Repita.
— C-como? — gagueja quando bate com as costas na borda da piscina.
À medida que me aproximo, ela se retrai mais e mais, suga o lábio inferior até ficar vermelho.
Quando chego perto, rodeio o braço na sua cintura pequena e a puxo para perto. Me inclinar para cheirar o seu pescoço é automático. Das duas uma, eu estou fodido, ou estou muito fodido.
— O que você disse, quero que repita.
Lambo a sua pele suave e deixo uma mordida leve no local, que a faz gemer e entrelaçar as pernas na minha cintura. Seu olhar não abandona a fodida marca do dia da minha morte. Ela observa com os olhos brilhantes de uma emoção latente.
— Eu nunca vi nada melhor, senhor — murmura no tom complacente de submissa — A sua cicatriz...é tão bonita...
— Eu era um morto vivo depois de ganhar essa merda — franzo o sobrolho, espantado com o seu fascínio pela cicatriz — Gosta de saber que quase morri?
— Hmhm, não...— balança a cabeça e só então noto que o brilho nos seus olhos é das lágrimas acumuladas — Gosto de saber que sobreviveu, e que aguentou a merda que aconteceu.
Sua admiração por mim me deixa com o ego inflado ao extremo. Por tantas vezes eu me perdi na minha própria loucura por ter uma marca eterna no meu corpo, algo que me lembraria de tudo até o final da minha vida, e que, onde eu ia, lá estaria. Tantas vezes eu odiei olhar para o meu tronco nu, me considerei uma aberração, uma porra estranha e doida que tinha uma fodida cicatriz medonha.
Eu me odiava por isso, mas Alexa sente totalmente o contrário. Ela me admira, gosta do que vê quando olha para a cicatriz, sente até vontade de acariciar.
E isso, o seu fascínio, me excita ao ponto de pensar que foder com ela e com a sua vida nunca vai ser o suficiente.
Meu pau lateja dentro da boxer, louco para se enterrar nela de uma vez.
O quintal está deserto. Provavelmente os empregados já se recolheram para casa, o que implica que não há nada capaz de me impedir de foder a minha pequena aqui e agora, e vê-la gozar na água, misturando os nossos fluidos.
— Vira — mando, e ela o faz.
Apoiando-se na beirada, Alexa fica de costas para mim, a bunda majestosa empinada na minha direção e as costas levemente inclinadas para a frente.
Me alimento do som da sua excitação, e do sabor que preenche o ar, tornando-o cada vez mais quente. Já não está tão frio agora que afasto o maiô para o lado e libero a entrada do caminho que dá para o inferno. É tudo o que eu preciso, dela suscetível e excitada, e do seu canal aberto e latejante para mim.
Abro bem as mãos e espalmo uma nos seus seios por cima do maiô, agarrando com força, e com a outra, a imobilizo entre as minhas pernas.
Dois segundos bastam para eu abaixar a boxer e me posicionar na sua entrada carnuda. Dou um tranco para a frente e me enterro apenas até a metade, pois, ela se remexe e grita quando forço tudo.
A ajeito novamente, para que fique paradinha como eu quero.
— Isso...assim...— sibilo rente ao seu ouvido quando empurro até ao cabo e ela recebe, mesmo choramingando.
Alexa joga a cabeça para trás, apoiada no meu ombro, e eu agarro o seu cabelo, sem parar de amassar os seus peitos grandes na minha mão esfomeada. Entro e saio lentamente, tão lentamente, que quem vir de fora, pensará apenas que estamos a aproveitar um banho e a dar carinho um ao outro.
E não é muito diferente do que fazemos agora. Indo de um jeito tão terno como faço, é como dar carinho a um bichinho, ao meu bichinho, ela.
Seus gemidos são roucos e arrastados, seus olhos estão fechados à medida que entro e saio devagar, explorando as suas dobras que me sugam tão gostoso, tão apertado.
Não paro, com a água balançando preguiçosamente ao nosso redor, nem quando ouvimos vozes virem de dentro da casa, eu não paro.
Os três funcionários que acabei de dispensar estão a alguns metros de distância e param novamente em fila, provavelmente para se despedir.
Ainda assim, meus movimentos são constantes, Alexa luta para não gemer ao olhar assustada para as pessoas que nos assistem transar, mesmo sem saber que estamos de facto transando.
— Lucca...— ela chama, baixinho, e eu enfio com mais força dessa vez —...oh, porra!
— Não se preocupe, voyeurismo também não é a minha praia — zombo e olho para os três espectadores — Precisam de alguma coisa?
— Só queríamos avisar que estamos de partida — a senhora atira em voz alta pela distância.
— Certo, até mais.
— Até mais e boa estadia — Mary sorri e sai com a filha e o sobrinho no seu encalço.
Os três devem se sentir uns filhos da puta sortudos, por serem pagos por não fazerem absolutamente nada. Mas eu não me importo, ao menos não nesse momento. Também sou um filho da puta sortudo por poder entrar com mais força e rapidez agora, inclinando Alexa para ficar mais empinada e batendo as bolas na sua pele suave.
Fecho a garganta de propósito, mas um fodido gemido escapa, o que a faz sorrir de lado e me apertar mais, chupando o meu cacete enterrado na sua buceta gulosa.
— Olha só como você me engole todo, filha da puta! — digo, completamente enlouquecido entre as estocadas furiosas e os gritos estridentes da garota — Eu vou te estraçalhar.
— Por favor, por favor...— implora, murmurando também coisas que eu não entendo.
Arregaço a sua cabeça para trás e tomo o pescoço lindo dela com a minha mão. O aperto não é forte demais, pois, ainda quero ouvi-la gemer do jeito que só ela sabe, mas faço pressão suficiente para que se engasgue e deixe baba escorrer pelo canto da boca e queixo, esganada enquanto a fodo até o tutano.
Sinto o meu orgasmo se aproximar e o dela também, suas paredes me abraçam com mais força e os gritos se tornam tão finos e entrecortados, que eu sei que é questão de tempo até ela gozar.
Então faço o que eu, um fodido sádico, preciso fazer para me liberar, e o que ela, uma porra de masoquista, precisa para cair do precipício.
Abro bem a boca e cravo os dentes na lateral do seu pescoço. Ela grita, treme e geme, só falta xingar pela tesão que lhe consome à essa altura. Eu gemo também e mordo o seu ombro dessa vez, e é o que basta para que a minha porra abandone os meus testículos e inunde a bucetinha apertada dela.
Todo o seu corpo dá um solavanco para trás e é tomado pelos espasmos descontrolados. Sorrio de satisfação ao vê-la gozar e revirar os olhos no processo.
Uma filha da puta, mas uma filha da puta linda.
— Pronto, pequena...— beijo os locais das mordidas e ela estremece nos meus braços, afobada — Agora eu vou fazer o seu jantar e você vai ficar linda como só você consegue. A noite está apenas começando.
— Eu estou morta — choraminga, me olhando pelo ombro com a marca da mordida.
— Não, Fadinha, ainda não.
Ai, como eu queria um mergulho...
Gostaru? Deixa a estrela e diz o que achou!
Att: o próximo capítulo só sai na sexta ou no sábado.
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