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34 - Verdade revelada


Actualmente

A chuva torrencial parara e dera lugar a um arco-íris e um céu límpido, onde se abria um dos portais para o outro lado do véu. Cila preparava na sua forma pacífica a cela destinada ao ser preverso que capturara e escravizara sua espécie. À sua frente numa enorme bolha de sabão via o laboratório do Dr. Raúl. Maurício estava reunido com uma fénix, um humano, uma dríade e uma ninfa de água doce. A conversa confirmava que ele não era mesmo o Señior. Um fio de dúvida ainda lhe atravessara o espírito até então.

Sana, a kitsune finalmente acabara com a tempestade que começara e Tânis tinha passado há dois minutos pela prisão Veuna e partido novamente. Vinha com a informação sobre o impostor. A skinwalker tivera razão o tempo todo: havia um impostor infiltrado dentro da DOM e agora que ele estava preso, ela podia aliar-se à força policial.

Bernardo e Inês tinham acabado de prender o mutante na melhor cela do Comando quando ela apareceu. Podia sentir o faro do mutante mesmo antes de chegar ao Comando.

O mutante fedia a lixo e a pele morta. Todos os mutantes tresandavam de maneira igual, porque todos sem exceção eram a escumalha do sobrenatural. Criaturas provenientes do purgatório. Haviam sido humanos comuns noutra vida, porém humanos muito maus e perversos. Na morte, desprezados por o paraíso e o inferno, foram condenados a viver a eternidade no purgatório. O problema é que alguém abrira uma fenda no dito cujo e alguns mutantes fugiram e voltaram ao mundo terrestre. Claramente eles não seriam melhores do que haviam sido em vida, visto que o purgatório não melhorava ninguém, só piorava.

Aquele não era um cheiro agradável, pelo contrário, mas Tânis seguiu-o sem hesitar e teve o prazer de o ver do outro lado das grades pela fresta de uma porta. Ele apenas não estava nas grades certas, mas a situação mudaria sem tardar. Essa era uma promessa que ela teria o imenso prazer de cumprir.

Foi apanhada em flagrante por Bernardo e não teve hipótese senão contar a verdade sobre quem era. Ela sabia quem Bernardo era. Um humano de músculos que preenchiam a vista e de carácter com uma boa reputação no Reino das fadas.

- Sou a Tânis - disse quase atropelando as palavras - Sou uma Artemísia.

Bernardo fez uma expressão surpresa e estendeu a mão para se cumprimentarem.

Tânis farejou o perfume do chefe da DOM.  Os componentes de seu perfume eram musgo de carvalho e lavanda. Um cheiro agradável para homem.

- Sei quem é e pela descrição do meu consultor, você é uma skinwalker. Estarei em erro?

- Não - respondeu surpresa - Você é bom.

- Obrigado. Eu tento o meu máximo. Sou chefe de equipe, tenho que liderar e a boa liderança vem do exemplo, mas acho que não preciso dizer, não é? Um líder reconhece o outro.

Tânis sorriu de maneira controlada, o que fez uma cova na sua bochecha esquerda. Ela não gostava de se destacar na sua equipe, mas sabia que no final do dia toda a equipe sabia quem representava a autoridade no grupo. Ela era a líder porque Cila era novata e ainda muito ingénua e Sana uma rebelde que provocava tempestades a cada vez que seu emocional era afectado. Contudo prometera a si mesma que não a ía denunciar a ninguém. De certeza que alguém já tinha reparado que aqueles trovões ferozes de ultimamente saíam do padrão do normal, mesmo sendo normais para a época do ano.

- Vocês encontraram o Señior? Ou está aqui para levar o mutante? - perguntou Bernardo quase implorando mentalmente por um sim, mas a esperança caiu por terra.

- Não e... mais ou menos - Tânis olhou em volta para se assegurar que ninguém os via - É assim, talvez esse mutante nos leve até ele.

- E vai trair o patrão dele?

- Não superestime um mutante. Eles traiem o próprio irmão e vendem a própria mãe se o interlocutor souber fazer uma boa troca. O único lado que eles realmente defendem é o deles mesmos.

- Na verdade eu não sei nada sobre mutantes - admitiu Bernardo - Nunca tinha ouvido falar até vocês sequestrarem o consultor da DOM.

- Então, senhor Bernardo Teles, deixe-me acabar este assunto, 'tá? Depois de levar os criminosos para a prisão do outro lado do véu, eu volto para lhe dar uma lição sobre mutantes, combinado?

- Tudo bem. Posso ir consigo até à cela? Ver o seu modus operandi?

- Não me leve a mal, mas eu acho melhor você não ver ou estar presente. Isso pode ter uma influência negativa no mutante e... não é uma coisa bonita de ser ver.

Bernardo anuiu.

- Tudo bem. Ele está bem do outro lado dessa porta - olhou para a dita cuja - Eu espero aqui. Parta uma perna.

- É o quê? - perguntou Tânis, sentindo-se ofendida, levando a mão ao peito.

- É uma maneira de dizer boa sorte - explicou Bernardo.

Tânis percebeu e sem mais uma palavra abriu a porta anteriormente encostada. Viu de imediato o mutante. Desta vez o enjaulado era ele. Não tinha a mínima ideia de quem se tratava porque a criatura ainda exibia a figura de Duarte, mas iria obrigá-lo a se revelar.

Não o saudou. Seria hipócrita de sua parte.

- A vida corre bem? - perguntou como se se interessasse minimamente.

- Quem é você?

Os olhos de Tânis sobrecairam directamente nos galhos que se entrelaçavam nos pulsos do mutante. Aquele era o trabalho de uma dríade experiente. Sabia reconhecer aquele poder e não era por ser uma criatura sobrenatural e sim por estudar muito. Não era uma Artemísia à toa.

- Sou a pessoa que te vai tirar daqui, mas com uma condição, aliás, duas.

O mutante ergueu as sobrancelhas.

- Primeiro quero saber quem és.

- Duarte Padilha.

- Quem realmente és, não a identidade roubada. Duarte Padilha foi morto por ti, mas vou fechar os olhos, porque a troca de informações é muito importante.

Foi então que o mutante percebeu que não estava a falar com uma simples policial. Talvez nem fosse humana.

- Quero que tires essa pele - ordenou Tânis.

O mutante deu uma risada e sacudiu a cabeça.

- As coisas não se passam assim.

- Não percas tempo a inventar desculpas porque eu conheço o poder de transição de um mutante. Podes transformar-te em qualquer um, tu só matas porque queres.

- Não seria inteligente duas pessoas iguais andarem por aí.

- Eu não vim para falar disso. Quero saber quem és. Tira a pele!

Como se tivesse tirando pele queimada após uma exposição prolonganda ao sol, o mutante descascou-se de sua pele. A visão daquilo seria no mínimo traumatizante para Bernardo. Lá estava o corpo de Duarte largado no chão que nem pele velha de cobra.

Ela conhecia aquele rosto, tinha a certeza, mas não conseguia lembrar de onde. Normalmente ela ligava suas lembranças a odores, mas independentemente da pele que o mutante vestisse ou despisse ele sempre cheiraria a lixo, porque ele era o que era e nada mudaria isso.

Sua mente viajou para a época em que não sabia que existia magia no mundo, quando era apenas uma jovem humana, noiva e com projectos de vida banais e humanos que a faziam feliz. Lembrou-se de seu vestido branco, moderno e que custara dois mêses de seu salário de perfumista. Lembrou-se de seu noivo, vestido de noivo e pronto para dizer o sim e do homem que entrou na capela e apontou uma espingarda a todos os presentes na igreja. Era ele. Aquela tinha sido a primeira vez que Tânis o via, não imaginando que não seria a única. Ele matara seu noivo, matara seus convidados e até a matara a ela, mas não de vez.

- Ezlíria - Tânis proferiu, sabendo que aquilo tudo era obra do destino e que só aquela deusa podia estar por trás daquilo. Não era uma coincidência.

Mal o reconheceu, só conseguiu pensar em vingança, mas sabia o poder de suas responsabilidades. Não era apenas uma skinwalker, era uma Artemísia, uma espécie de policial que se certificava que os criminosos sobrenaturais íam para a prisão que deviam. Veuna era o seu nome. Humanos não podiam adentrar, com a excessão de Señior. As leis haviam sido modificadas simplesmente nesse propósito.

Engoliu em seco. Por muito que controlasse a vontade de o estrangular com as próprias mãos, isso não queria dizer que não sentisse a garganta seca e o ódio fervilhar dentro de si.

- Qual é o teu nome? - perguntou Tânis - O verdadeiro, claro.

Ouvir da boca dele, seria apenas uma confirmação, porque ela tinha a certeza que era ele, o assassino que vira matar seus amigos, familiares e o amor desua vida.

- António Barata.

Tânis virou as costas para ele não ver a sua expressão disformada por o ódio. Após um minuto virou-se de novo.

- António, onde está o Señior, o grande fundador da Rede? Onde o encontro?

- O que me dá em troca?

- Aquilo que você quer. Andar no meio dos humanos, tendo uma vida de... vivo.

- Não sei se é uma troca justa?

- Eu acho que é. O que achas que te espera depois de teres traído a tua própria espécie? Depois de teres traficado seres humanos, matado outros e assumido a vida deles? O teu lugar era no purgatório ou na prisão de Veuna. Acredita, não irias gostar das instalações, portanto a liberdade é o melhor que poderias ter. Se fores esperto, aceitas, se não fores vais para a prisão de Veuna.

António sorriu perversamente. Ele sabia muito bem porque não ousavam dizer-lhe que voltaria ao purgatório. Isso o alegrava. Deu de ombros.

- Tudo bem, eu digo onde o podem encontrar. Até vos ajudo.

Eu sabia.

Tânis sorriu. António não era leal a ninguém. Afinal das contas tratava-se de um serial em massa que matara a própria família sem remorsos. Fazê-lo acreditar que ía sair impune dos crimes cometidos na Rede era fantástico. Ele ía provar do próprio veneno. Essa era uma promessa da qual não iria descorar.

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Filhos do tempo

Melinda só queria conseguir entender o que aquilo tinha a ver com Xavier, com o seu desaparecimento ou com a sua localização atual.

Filhos do tempo

Após a sua irmã de outra vida ter pronunciado essas palavras, ela não conseguira mais ignorar. Era uma pista sobre Xavier.

Quando Emira terminou de contar a sua história, mesmo pensando naquelas palavras na voz de Violante, Melinda soube o que se passara. Estava claro que nem água. Emira não estava apenas se autocompadecendo de uma culpa que não era sua. A culpa era realmente sua. Apesar de estar sendo sarcástica ao falar com Óscar e isso ter ficado claro para Melinda e os restantes presentes no laboratório, o homem não interpretara o azedume da ninfa dessa forma, cego por o próprio desejo.

"Tem de pular uma geração" dissera a ninfa e Óscar entendera "Utiliza um neto". Não sabia por onde Ester e Ernesto andavam, porém o pupilo de seus olhos continuava vivendo na casa que era sua e ela tinha dois filhos. A única razão que levou Óscar a escolher o menino em vez da menina era o sexismo e o machismo que marcavam parte de seu caráter. Com certeza o menino era melhor, mais energético, mais inteligente... tudo se baseando no facto de ser menino. No tempo de juventude dele não podia sequer cogitar que mulheres pudessem conduzir ou se candidatar à presidência de um país. Esse era Óscar.

"É claro" Melinda pensou, fechando os olhos e abanando a cabeça desgostosa "Ele raptou o próprio neto para servir os seus desejos e matou o meu pai para ele não falar o que viu. Se calhar reconheceu-o." Mas onde estaria o Xavier? O que ele fizera com o Xavier?

- Temos de o encontrar - disse Melinda - Quero que ele me diga onde está o meu irmão.

- Nós vamos - Maurício agarrou nas suas mãos quentes.

O olhar de cada um perdeu-se no infinito do olhar do outro. No azul do olhar de Maurício, o verde do olhar de Melinda se emaranhava encontrando uma nova cor, um novo brilho, uma nova certeza, eles eram a combinação perfeita mesmo no meio de uma multidão. Não importando se ela não aparentava mais a aparência adulta do dia anterior, isso em nada abalava o que os dois sentiam, porque o amor estava lá, crescendo gradualmente.

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Estela estava a alguns passos de uma porta de escritório de hotel prestes a descobrir o seu pato bravo que não se dignara a apresentar-se no baile da Estantin. Se havia algo que ela não suportava era a rejeição. Soubera que ele estivera no baile, ela também estivera, consciente e preparada para agradecer tudo o que o homem fizera por si e ele simplesmente não se dignara a apresentar-se. Mas ela era esperta. Conseguira seguir as pegadas dele com a ajuda do editor da Estantin e tinha a certeza que ele estava ali.

Alheio a um bom par de actualizações sobre os seus colaboradores, a Sede da Rede e o impulsionador, Óscar estava a um passo de sair porta fora.

Alheio ao facto de ter a sua filha mais nova do outro lado da porta, ele a abriu e deparou-se com ela.

Frente a frente, Óscar sentiu-se talvez pela primeira vez na vida como um rato na ratoeira. Estela olhou para o seu rosto, estudando cada traço antes de emitir o mínimo som que fosse. O silêncio entre os dois carregado de desconforto foi interrompido por a palavra que mudaria muita coisa. E foi Estela quem a proferiu.

- Pai?

O tom interrogativo dava espaço para a dúvida, mas não o suficiente para Óscar achar que poderia sair dali como se nada fosse. Ele nem conseguiu responder.

- És tu, pai? Como isto é possível?

Ele deveria saber desde o princípio que Estela herdara a sua dedução rápida, a sua astúcia. Ela sempre fôra a mais parecida com ele.

- Pequena estrela - ele disse, fazendo com que a dúvida se dissipasse.

Nesse momento Estela confirmou que era ele, o seu pai, Óscar. Era assim que ele a chamava em criança. E mais ninguém a chamaria assim, muito menos daquele jeito. Até o timbre de voz denunciava a sua identidade.

- Tu... - cerrou os olhos durante um segundo, no qual sentiu a sua inspiração fluir - Não morreste?

- É uma longa história - respondeu o homem.

- Imagino que seja.

Estela sentia-se flutuar num sonho. Na verdade ela sempre sentira a presença do pai como a de um anjo da guarda olhando por ela do céu. Agora acabava de perceber que ele fôra seu anjo na terra. Só que a revolta estava atingindo-a fortemente, deixando seu âmago num turbilhão de sentimentos contraditórios. Por um lado sentia-se feliz por poder estar com ele frente a frente, por outro sentia raiva dele por tê-la feito chorar a sua morte e por fazê-la acreditar nisso durante... trinta anos. Haviam-se passado cerca de trinta anos.

Chorara na vida apenas por dois motivos: o desaparecimento de seu filho pródigo e a morte de seu pai. Como não sentir raiva ao ver que suas lágrimas haviam sido por uma razão falsa? Afinal, lembrando-se bem, ela tinha visto o corpo inerte de seu pai no caixão, no velório. Realmente ele tinha muito a explicar.

Desconfortável Estela entrou por aquela porta ignorando completamente que estava de forma inconsciente impedindo Óscar de tomar conhecimento do que acontecera na Sede da Rede.

Era o destino. Ele sempre agia de formas misteriosas, cruzando linhas paralelas, fazendo com que no final cada coisa ocupasse o seu devido lugar na hora certa. Aquele era o lugar de Óscar, ali naquele momento, contando à sua filha mais nova porque se fizera ausente na sua vida, porque falsificara a própria morte, sem ter noção nenhuma de qual seria a reação de Estela. No fim das contas, haveriam sempre coisas imprevisíveis trilhando o caminho da vida. Haveriam sempre coisas desafiando a razão e harmonia e a prova disso estava para lá de uma porta, num hotel em duas distintas formas de gente.

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Eu sei que desta vez o capítulo demorou um pouco mais, mas a boa nova é que só faltam mais 1 ou 2 capítulos e o epílogo para o fim desta aventura.

A introdução de Dom do Tempo já está disponível no meu perfil para puderem guardar na biblioteca.

Eu estou apaixonada pela capa, mesmo ela sendo provisória.

^.^

Este capítulo contém crossovers de futuros livros.

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