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25 - No centro de tudo

Actualmente

Luana Almirante estava um espanto no seu vestido vestido verde esmeralda. Os seus cabelos castanhos caíam lisos sobre suas costas semi-nuas e os seus lábios brilhavam por causa do batom que escolhera para a ocasião. Pedro praticamente caíra a seus pés quando a encontrara antes de entrar pela porta do baile. Ele já estava cansado de saber que ela era bonita, mas estivera longe de imaginar que conseguia ficar ainda mais. Alguém devia tê-lo avisado que aquele baile era um estilo de confraternização de gente bonita muito bem vestida, pois não se conseguia achar ao mesmo nível, embora tivesse vestido uma roupa que o fazia parecer um CEO de uma empresa com sucesso na banca.

Melinda não era muito de se aperaltar, mas naquela noite estava decidida a dar nas vistas. Inês tinha sido uma querida e oferecerasse para lhe arranjar o cabelo. Fizera uma trança que nascia na frente da cabeça de Melinda e se colava a ela até terminar pouco abaixo de seu ombro esquerdo. O penteado colocava seus olhos verdes em destaque, assim como a própria cor laranja de seu cabelo e sua pele perfeita. Para variar, fôra ela quem foi buscar Maurício. Não havia grande escolha, Maurício estava temporariamente sem carro e Melinda não tinha ideias preconcebidas baseadas em machismo, o que Maurício adorava. Quando o homem abriu a porta, teve a sensação que a fada mais sexy batera à sua porta. Ela realmente não fizera por menos. Vestira a sua cor preferida, vermelho vivo e parecia que a qualquer momento pegaria fogo. Maurício temeu pegar fogo também, pois sentiu certas partes de seu corpo darem sinais involuntários, sinais esses que pretendia esconder de Melinda a todo custo. As suas calças ligeiramente largas não o tinham desmascarado, mas preferia não pensar nisso, o que era impossível, porque Melinda estava que nem uma bomba atómica perfeitamente armadilhada para o fazer explodir.

- Vamos? O Pedro já lá deve estar - disse Melinda.

- Claro. Eu só vou ver se o meu tio não está outra vez a preparar-se para dormir na banheira.

Melinda premiu os olhos e arqueou as sobrancelhas, tentando visualizar a situação em sua imaginação. Quando pensava que o cientista não a surpreenderia mais, percebia que estava enganada.

Quando Maurício começou a fechar a porta, Melinda escutou Raúl cantar uma música infantil.

- Ainda bem que não vou cá ficar para o ouvir. É maçador. Ele fica cantando essa música para criancinhas sem parar - desabafou.

- Há muito tempo que não ouvia essa música. Não me lembrava mais que existia.

- Era uma vez um cuco que não gostava de couves - cantarolou Maurício.

Melinda gargalhou.

- Vamos lá.

Conforme Melinda andava, Maurício notou a racha que o seu vestido tinha de lado. Não era demasiado grande, mas era grande o suficiente para ver as suas pernas perfeitamente delineadas e ligeiramente musculadas. Ficara quase hipnotizado com aquela vista do paraíso.

O carro dela cheirava bem, mas apenas após cinco minutos de viagem é que Maurício conseguiu reconhecer o cheiro a lavanda. Com o tempo iria perceber que aquela fragrância era a predileta de Melinda, entre todas as existentes.

- Tens um escritor preferido? - perguntou Melinda. Não era apenas uma tentativa de fazer conversa e quebrar o silêncio, estava genuinamente interessada em saber a resposta.

- Quem disse que gosto de ler?

- Não preciso que mo digas. És uma pessoa demasiado culta para alguém que não lê. Diz lá!

Maurício raciocíniou um pouco.

- Não sei se tenho. Nenhum nome me vem à cabeça.

- Deves ter um gênero preferido.

- Gosto de policiais e de livros sobre o antigo Egito.

- Ó, somos dois então.

- Também gostas?

- Sim. O meu gênero preferido é suspense policial. Nada de muito estranho tendo em conta a minha profissão e sempre adorei tudo que tem mitologia, mesmo antes de entrar para a DOM. O antigo Egito é cheio dela.

- Verdade. O antigo Egito é rico em histórias que parecem inventadas, cheias de divindades e coisas sobrenaturais. Depois que me encontras-te em Marrocos, por vezes, dou por mim a pensar que afinal tudo é real.

- Entendo. Também tenho esses momentos, onde a minha cabeça dá tantas voltas tentando me encontrar respostas coerentes, que me fica a doer.

- Na verdade - disse Maurício olhando para o lado oposto a Melinda - Existe um livro que li há muitos anos que combina os dois temas. É um livro incrível, fala de uma tumba enterrada, de um vendedor de antiguidades egípcias, mortes, enfim, é policial, o problema é que não faço a mais pequena ideia do nome da obra, nem do nome do escritor. Já procurei, mas foi em vão. Portanto, peço desculpas, mas nem dá para recomendá-lo com a pouca informação que posso oferecer sobre ele.

- Já me aconteceu. É por isso que hoje em dia aponto todos os livros que leio.

- Não estás a brincar?

- Não mesmo. A propósito, o meu escritor preferido chamasse David Safier.

- Policial?

- Não. Sei que o meu gênero preferido é policial, mas os livros desse homem são não são.

- Vou experimentar. Olha, acho que é ali...

- De onde vem a música e a essas luzes? Com certeza é...

Após estacionar o carro, os dois andaram até à porta do recinto festivo. Os dois demasiado tímidos para se aproximarem um do outro como desejavam fazer. De repente o ambiente entre os dois ficou embaraçoso. A ficha caiu apenas nesse momento, aquilo era um encontro.

Um encontro!

O recinto festivo tinha uma decoração simples, porém chique, evocando a intelectualidade e bom gosto. Melinda não se pôde impedir de olhar em volta com olhar de lince, tentando avistar Pedro e Luana. Perguntava-se se já tinham chegado e obteve a sua resposta quando os seus olhos se fixaram na banca de ponche e rissóis. Claro que Pedro se ía encontrar perto dos comes e bebes, desde que o conhecia que ele se pelava por uns bons petiscos portugueses caseiros. Achou Luana quase bonita demais para uma escritora. Aquela mulher estava parecendo uma manequim de revista.

- O Pedro e a Luana estão ali - informou Maurício - Que casal de encher as vistas - comentou.

- Não há como negar - Melinda constatou.

Os dois estavam cientes que os outros à sua volta também poderiam muito bem pensar o mesmo deles, sobretudo a parte de serem um casal.

Ao andar na direcção de Pedro e Luana, Melinda estava longe de imaginar quem iria encontrar ali. Tinha sido descuido não pensar nisso, mas mesmo assim as surpresas não ficavam por Estela no lado oposto do salão falando com o Editor chefe. Íam muito além disso. Muito além mesmo.

Quando Maurício foi na direção da casa-de-banho teve o desprazer de se cruzar com Estela. Pensou no mesmo instante em tirar Melinda dali, mas sabia que a agente nunca iria sair dali por causa da presença de sua progenitora.

- Que prazer revê-lo! - disse Estela olhando para si de alto a baixo de uma maneira que fez Maurício se sentir extremamente desconfortável.

Para ele não era um prazer. Não se conseguia sentir bem face àquela mulher. Ela só lhe trasmitia más energias, apesar de seu sorriso e de ser uma mulher bonita.

Respondeu com um "olá" apressado e andou quase a passo de corrida para a casa-de-banho dos homens.

Melinda falava com Luana e Pedro, ambos animados e desfrutando da ocasião. Felizmente eles não eram o estilo de casal que faziam a companhia se sentir a mais.

- Posso tratar-te por tu? - perguntou Luana.

Melinda respondeu positivamente.

- O teu cabelo é ruivo natural? - perguntou olhando a bela trança de Melinda.

- Sou sim. Fui tirar ao lado do meu pai.

- Somos duas, então. Não fui tirar nadinha ao lado da minha mãe. Um desgosto para a minha mãe. É aquela história, pais divorciados, um pai que não quer saber...

- Lua... - Pedro ía interrompê-la.

- Não é preciso - Melinda descansou-o - Não faz mal.

- Desculpa - Luana levou as mãos à boca, percebendo que as palavras que acabara de dizer provavelmente tinham magoado a agente. Afinal, o que era um pai ausente comparado a um pai morto?

- Não faz mal. Um dia, eu prometo, eu vou descobrir o que aconteceu. Eu vou acabar com o tanto de perguntas que me assolam desde a infância. Mas agora não vamos falar disso. Não estamos aqui para isso.

- Mais ou menos - disse Pedro.

- Olhem, estão a ver aquela mulher de óculos e cabelos encaraculados, é a Lídia Fraga Neto.

- A jornalista? - perguntou Pedro.

- Exatamente. Ela tem dois livros publicados sobre dois casos de desaparecimentos.

- No estilo Maddie McCain? - indagou Melinda.

- Exatamente nesse estilo, tendo em conta que são dois casos sem resolução e aconteceram em Portugal, imensas suposições vêem à tona.

- E mais uma vez acabamos a falar em desaparecimentos - comentou Pedro - Mel, Mel...

O olhar de Melinda estava vidrado algures no centro da sala, onde alguns homens estavam agrupados falando. Não parecia ser nada de incomum, no entanto havia algo naquele cenário que fizera Melinda ficara absorta em pensamentos. Lembranças talvez. Um daqueles homens era-lhe tão familiar a ponto de ela poder jurar que o conhecia há tanto tempo quanto se lembrava de si mesma.

- Conheces? - perguntou Maurício com uma expressão completamente diferente da que apresentara antes de ir à casa-de-banho.

- É difícil responder. Sinto que ele se parece muito com alguém que conheço, mas não estou a conseguir associar o rosto a um nome.

- Isso também me acontece.

- Estás bem, Maurício? Estás esquisito.

- Não é nada, não te preocupes.

"Não é nada, não te preocupes"? Se antes desconfiava, nesse momento teve a certeza de que algo não estava certo com Maurício.

- O que foi? Ouviste alguma conversa que te desse a entender tratar-se do Señior? O que foi?

Maurício desviou o olhar, um claro sinal que expressava seu desejo de fugir do assunto. Ele não tinha a mais mínima noção do quanto era transparente, tão pouco do quanto Melinda conseguia ler em si e no mar pacífico de seus olhos. O vigarista em si não era pário para uma intuição como a de Melinda, muitos menos para os sentimentos que começavam a aflorar entre os dois.

O fim da música dava início a outra e as palavras fizeram Melinda mergulhar na profundidade da letra e na harmonia da melodia. Adorava aquela música de Carolina Deslandes, mas esquecera-se de sua existência. A sensação era parecida com aquele rosto ali no centro do salão. No centro de tudo.


O toque de seu telemóvel despertou-a do seu torpor com violência. Era Lavínia. A sua irmã mais nova não dava notícias há tempo demais.

- Oi, Vi.

- Mel, estou a ir para o Porto, estás em casa?

- Não, Vi. Estou num baile de caridade.

Podia quase vislumbrar a expressão de surpresa de Lavínia em seu silêncio.

- Tudo bem. Amanhã é sábado, dás o almoço ou vais trabalhar? - perguntou Lavínia.

- Está tudo bem, Vi? - perguntou Melinda.

- Está - respondeu a irmã vagamente - Preciso de motivos para estar com a única irmã que conheço? Faz quase um mês que não falamos.

- É verdade - assumiu Melinda - Vem almoçar em minha casa, então.

- Estarei lá um pouco antes do meio dia.

Curtas e directas, era assim que Lavínia e Melinda sempre se comunicavam.

Lavínia. Aquele homem tinha os traços de Lavínia, a mesma cor de olhos, de pele e de cabelo. O mesmo formato de sobrancelhas, queixo e nariz... Era isso, aquele homem era parecido com Estela e consequentemente com Lavínia e era por isso que seu rosto era tão familiar.

- Maurício!

O homem virou-se para si, todo o seu corpo demonstrando a química que o atraía para si.

- Temos de nos aproximar daquele homem e descobrir tudo sobre ele. És o homem perfeito para esse trabalho. Prometo que te compenso mais tarde.

- Eu? - depois de três segundos fez-se luz na sua cabeça - Claro, eu é que sou o vigarista experiente.

- Exatamente. Não me leves a mal.

- Eu não levo - Maurício respondeu, já se afastando e indo na direção daquele grupo extremamente bem vestido.

🔥🔥🔥

Maurício afastou-se esperando que Melinda não avistasse ou cruzasse com a sua progenitora. O ideial seria ficar ali onde estava, olhando para si enquanto se afastava, espalhando charme. Sentia os olhos dela sobre si e gostava da sensação.

Convencer aquele grupo de homens que era um super fã da editora Estantin e leitor voraz, não fôra difícil. Aqueles homem pareciam estar dispostos a acreditar em qualquer coisa que lhes fosse contado. Apresentara-se com o segundo nome: Luís e com o sobrenome de sua mãe, Liras. Já fizera isso noutras ocasiões. Era a sua maneira de não mentir, nem de se revelar completamente. Dava juz àquela velha frase que dizia "Com a verdade me enganas".

Os homens apresentaram-se um a um, até que chegou a vez do loiro que aparentava ter cerca de quarenta anos. O homem que Melinda achara estranhamente parecido com a sua progenitora e com a sua irmã.

- García. Enzo García - disse o homem com um sotaque levemente castelhano ao pronunciar o nome.

- Pensei que não houvessem Enzos velhos - brincou, dando algumas gargalhadas, o que não fez o homem rir, pelo contrário, a sua expressão ficara extremamente rígida e seu olhar glacial.

Alguém debruçou a cabeça sobre seu ombro e disse "remende o que acabou de dizer, ele não suporta que o chamem de velho".

- Não que você seja velho, obviamente - remendou de seguida - Estava a falar das crianças de ultimamente. Houve uma onda grande de Enzos e Valentinas de há uns anos para cá.

- É verdade - disse um dos homens ali presentes, fazendo a situação aligeirar-se e a expressão do loiro ficar menos tensa.

Enzo García ignorou então a onda de raiva que sentiu e então seus olhos pousaram em alguém. Maurício olhou instintivamente. O homem olhava para Estela, apesar de manter algum tipo de conversa com o grupo. Maurício olhou de um para o outro sem parar. Estela não o via, nem a si, nem ao suposto Enzo.

- Desculpe perguntar, é que a sua cara não me é estranha? Você é do Porto? Se não for intromissão - não era verdade, mas Melinda precisava de seus talentos de vigarista.

- Eu sou de... Galiza.

Os míseros segundos de pausa na sua frase deram a Maurício uma confirmação do que ele já desconfiara. Fôra vigarista demasiado tempo, de modos que era quase impossível não detetar um mentiroso. Um sempre reconhece o outro. Também vira suficientes episódios de Lie to me, para saber quais são as microexpressões de alguém que está mentindo.

- Quer saber, o senhor nem parece espanhol. Fala muito bem português. Aliás, você tem um sotaque límpido e perfeito.

Enzo García trocou um olhar significativo com o senhor Castanheiro, o senhor de bigode comprido que aconselhara Maurício a emendar aquilo que tinha sido uma ofensa. Ofensa para si era acharem que o podiam enganar tão na sua cara. Estava claro que o homem não se chamava Enzo García, e de espanhol ele não tinha nada, nem o sotaque. Podia enganar qualquer um, mas não um mentiroso profissional como ele.

A maneira como ele olhava Estela era bastante intrigante, pôde notar, antes mesmo que a escuridão fosse a novidade daquele baile.

De repente a electricidade foi abaixo, deixando para trás um zunido estranho. As pessoas desorientadas começaram a reclamar. Uma voz tentando destacar-se informou que iria até à caixa de electricidade ver o que se passava. Entretanto Maurício sentiu umas mãos violentas sobre si. A sua boca foi tapada com algum tipo de tecido e foi obrigado a andar para algum lugar que não conseguia ver.

O seu único pensamento unia-se a Melinda. Como ela estaria? Teriam feito o mesmo consigo? Porquê? Para onde o estavam levando? E só por último, questionou-se se o seu passado de vigarista não o apanhara enfim.

🔥🔥🔥

Oii, brasinhas, sei que demorei um pouco, mas não tinha nada preparado.

Não esqueçam do feedback e até ao próximo capítulo. 😗😘

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