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CAP. 6 | A REGRA É CLARA: NUNCA CRIE EXPECTATIVAS.

ERA TERÇA-FEIRA de tarde quando voltei para minha casa, logo depois da faculdade. Estacionei e desci do carro procurando as chaves da porta da frente quando alguém chamou meu nome.

Era Joel se aproximando de mim. Ele estava trabalhando em seu carro, como sempre. Ele adora mexer nessa coisa.

- Oi - Murmurei ao me virar para ele. Suas sobrancelhas se juntaram em uma expressão preocupada.

- Tudo bem? Você... sumiu - Disse.

- Eu só tirei uma folga - Falei.

- Do trabalho?

- De tudo - Respondi. Eu o olhei e respirei fundo. - Joel, eu posso te fazer uma pergunta?

- Claro, o que quiser - Disse. Eu me aproximei dele e cruzei os braços, meio que abraçando meu próprio corpo. Eu estava incerta sobre falar isso, mas eu preciso, porque toda essa coisa está tirando o meu sono e Joel precisa me dar uma resposta.

- Por que parece que você está sempre fugindo de mim? - Questionei de uma vez. Ele me olhou surpreso, definitivamente não era algo pelo qual ele estava esperando.

- Como assim? - Perguntou de volta.

- Eu adoro a sua companhia, Joel. Gosto de conversar com você e de estar com você...

- Eu também gosto da sua companhia, Juno.

- É o que você faz parecer as vezes, mas você muda do nada e isso me deixa confusa - Expliquei. - Sempre que faço qualquer convite você sempre arruma algum motivo para não aceitar e se afastar. Eu não quero que você entenda isso como algo que eu esteja cobrando de você, mas eu preciso saber porque... porque tem me deixado meio maluca. Porque você age desse jeito?

Ele mordeu o lábio inferior de um jeito pensativo e suspirou. Suas feições pareciam cansadas. Joel colocou uma mão na cintura e ergueu os olhos para o alto antes de olhar para mim, parecia mais que ele esta evitando alguma coisa. Então finalmente falou alguma coisa:

— Não quero te dar falsas expectativas  - Começou. - Não quero ser o tipo de homem que faz parecer que pode oferecer mais do que realmente pode. Eu me odiaria se a magoasse por isso.

Eu não tinha o que dizer, então apenas balancei a cabeça positivamente. Eu queria uma resposta, aqui está ela. Definitivamente não era a que eu queria, mas não posso negar que passou pela minha cabeça que Joel pudesse me falar algo parecido.

— Entendi - Falei. Meu tom era apenas um esforço inútil de soar inexpressivo ou minimamente neutro. - Uhn... agradeço por ter respondido, eu tenho que ir agora.

Comecei a me afastar, indo em direção a minha casa.

- Juno - Ele me chamou e eu me virei para ele. - Eu sinto muito.

Retribui seu olhar, sentindo meu corpo inteiro formigar e esquentar, mas era de constrangimento e decepção. Eu queria tanto que fosse diferente.

— Tudo bem – Menti. – Alguns coisas precisam ser ditas da maneira como elas realmente são.

Depois disso eu corri para casa e assim que estava lá dentro, na segurança das paredes, senti que iria chorar, mas não fiz. Eu estaria sendo ridícula. Eu fui idiota o bastante para ter esperanças, mas no fundo eu sabia que as chances disso acontecer desse jeito eram grandes. Eu não sou o tipo dele. Joel não se interessaria por alguém como eu, ele me vê como uma garotinha.

Subi para o meu quarto onde deixei minha bolsa e fui tomar um banho. Eu ainda precisava ir para o trabalho, mesmo sem nenhum ânimo. É assim que as coisas são. Ficar em casa triste ou chorar não vai fazer com que Joel se interesse por mim do mesmo jeito que eu por ele. Eu preciso seguir em frente e se ele só quer ser meu amigo... eu vou ter que respeitar.

Esse pensamento não aplacou em nada o sentimento de rejeição que eu senti quando sai de casa para ir até meu carro e o vi exatamente do mesmo jeito que antes. Joel me olhou, e parecia que queria dizer alguma coisa, mas recuou quando percebeu que eu estava entrando no carro sem falar com ele. Eu aínda preciso digerir o que ele me falou. Se eu quero ser uma boa amiga para ele, sem ressentimentos, eu vou precisar de tempo.

ASSIM QUE CHEGUEI no trabalho me deparei com meu chefe na porta, pronto para me receber.

— Olha só quem resolveu aparecer essa noite.
Disse.

Eu revirei os olhos.
— Eu não sou uma boneca como você gosta de falar, eu sou humana e também preciso de descanso as vezes, sabia? – Falei.

— Então espero que esteja muito bem descansada, porque hoje você vai estar ocupada.

— O que isso quer dizer? - Perguntei passando por ele e indo para o meu camarim.

— Você foi reservada essa noite - Ele disse me seguindo de perto. - Adivinhe por quem...?

— Eu já imagino quem seja - Resmunguei entrando e deixando minha bolsa encima da penteadeira.

— Você não parece nada animada.

— Eu deveria estar?

— Pelo tanto que ele está te pagando, deveria. E eu sei que você vai ficar. Apenas sorrisos aos nossos clientes, bonequinha. Você sabe que é assim que fazemos – Essa foi sua maneira de me alertar. Se eu não estava bem, deveria fingir muito bem.

Eu bufei e apontei para a porta.
— Pode deixar, eu entendi seu recado. Vou estar sorrindo de orelha a orelha enquanto estiver com ele. Agora eu posso me trocar? Ou vou acabar me atrasando.

Sr. Huston me encarou por alguns instantes e então revirou os olhos. Ele já teria me mandado embora se não ganhasse tanto dinheiro comigo. O homem se retirou batendo a porta e eu tratei de trancá-la.

Ótimo, então hoje ele resolve aparecer?

Escolhi um figurino qualquer, porém que aínda não tinha usado antes. Eu não posso parecer relaxada ou isso vai gerar reclamações. Coloquei a máscara e terminei de aprontar meus cabelos. Assim que terminei já estava deixando o camarim e seguindo até a mesma sala de sempre.

Quando entrei, a primeira coisa que eu percebi era a iluminação. Estava muito mais claro do que das outras vezes. Dessa vez ele não tinha mais motivos para se esconder no escuro.

— Boa noite, senhor - Eu o cumprimentei, torcendo para que minha voz soasse doce e não sem emoção ou irritada. Eu aínda me lembrava do fato de que ele não apareceu no sábado, e também de que ele estava comprando um anel em uma joalheira. Talvez essa seja a última vez dele aqui.

— Boa noite, boneca - Ele respondeu de volta. Não reconheci nada em seu tom de voz. Estava como das outras vezes, baixo, rouco e dominador. - Venha aqui.

Caminhei até estar na frente dele, mantendo a distância de pouco mais de um passo. Coloquei meus braços para trás e esperei pelo que viria em seguida.

— Você não estava aqui ontem - Ele começou. - E nem na outra noite também...

— Tirei alguns dias para descansar - Falei.

— Pensei que tinha deixado claro que não gosto de não encontrar você - Ele disse me olhando com firmeza.

Me ocorreu o mesmo pensamento que tive ao vê-lo na joalheria, e meus olhos foram para sua mão. Sim, havia uma aliança ali, não se parecia com os anéis que ele estava no balcão, era como uma aliança de casamento. Como não percebi antes?

— E também não gosto quando não olham para mim enquanto falo.
Ele me repreendeu.

— Você não gosta de muitas coisas - Rebati, olhando-o finalmente. É claro que quase metade dos homens que estão nesse lugar são casados, mas nenhum deles age como se fossem meu dono. Ele não tem esse direito. - E você também não estava aqui na outra noite.

Ele pareceu surpreso por esse meu apontamento. Apanhando o copo cheio do que imagino que seja whisky, ele deu um gole.

— Então você percebeu? – Ele deu um gole e então prosseguiu: – Pensei que nem fosse notar minha ausência.

— Eu notei sim - Confirmei e isso o fez sorrir. - Agora, eu acho que o senhor não me chamou aqui para conversar, não é? Eu deveria começar logo já que sou paga para dançar e não conversar.

Não esperei que ele falasse e me afastei indo até o som. Eu não sei explicar como estou me sentindo e prefiro não pensar nisso agora. Ele não se opôs, apenas se recostou na poltrona e se colocou a me observar. Estava sendo difícil não demonstrar todo o meu incomodo, tanto pelo que vi no sábado, quanto agora por finalmente reparar na aliança em seu dedo.

Com apenas alguns instantes do início da coreografia, ele me interrompeu com um aceno de sua mão. Ótimo, isso deve estar tão horrível que ele precisou me fazer parar.

— Você não parece muito bem - Ele comentou quando eu fui até o som e o desliguei.

— Só não estou em um dia bom - Respondi controlando um suspiro. - Sabe, isso também acontece com pessoas como eu.

Ele ergueu uma sobrancelha. Parecia genuinamente interessado quando perguntou:

— Pessoas como você?

Eu concordei com a cabeça.

— Strippers, as garotas que trabalham aqui ou em outros lugares parecidos - Indiquei a porta, me referindo ao clube todo. - Também temos dias ruins, dias... decepcionantes.

Ele concordou lentamente com a cabeça.

— Eu imagino que sim - Murmurou. Ele se levantou e começou a se aproximar de mim, recuei um pouco, mas ele falou para me tranquilizar: - Relaxa, boneca. Não vou fazer nada demais.

— Você quer que eu saía? - Perguntei.

Ele negou com a cabeça enquanto dava a volta e parava atrás de mim.

— Definitivamente não - Afirmou. - Eu estava pensando em lhe dar isso quando acabasse, mas se quero ver uma boa dança, preciso que esteja mais animada do que está agora, então... considere isso como um agrado para tornar o seu dia fodido em algo melhor. Além de um pedido de desculpas também.

Senti seus dedos deslizando pelo meu pescoço, ofeguei baixo pelo toque. Ele afastou meus cabelos com cuidado, e posso jurar tê-lo ouvido grunhido baixinho. Em seguida algo frio trocou minha pele e ao olhar para baixo, vi o que ele estava fazendo.

- Oh...! - Exclamei, vendo o colar que ele estava prendendo no meu pescoço. Era o colar de diamantes mais lindo que já vi em toda a minha vida.

Ele colocou o colar no lugar e deslizou os dedos por minha nuca, parecia que ele continuaria descendo com seus dedos pela minha pele e naquele momento eu desejei que ele fizesse isso, mas então ele os afastou.

— Eu teria lhe dado no sábado, mas como você mesma percebeu, não consegui vir - Ele foi até a mesinha ao lado da poltrona onde está sempre sentado e apanhou seu copo.

Toquei o colar, sentindo a textura das jóias. Isso parece ser muito caro. Então era isso, era isso o que ele estava comprando na joalheria. Era um colar para mim.

— Você... não precisava fazer isso - Falei olhando-o. Eu estava incerta sobre isso. Já recebi presentes antes, mas nada era à toa. Todos queriam algo em troca.

— Eu senti que precisava recompensar você de alguma maneira - Ele deu de ombros. - Primeiro por ter dado a entender a você que sou o tipo de babaca de merda que pensa que pode comprar as pessoas. Não estou falando que não sou um bastardo, mas esse defeito eu não tenho. E eu também tenho levado tantas coisas suas. Quis que ficasse com alguma coisa também.

Eu sorri, afastando os cabelos para que ele visse melhor a maneira como as jóias refletiam em minha pele.

— Acho que eu só posso agradecê-lo então - Falei, me aproximando dele. Uma coisa me ocorreu e foi inevitável não questionar: - Mas me diga... sua esposa não acha estranho quando chega em casa levando peças íntimas de outra mulher?

Ele é muito mais alto do que eu. Hoje estava vestindo uma camisa branca mais justa e jaqueta de couro. Não é seu estilo habitual como um CEO, é mais como um motoqueiro badboy, mas combina tão bem. Ele úmideceu os lábios com a língua e eu posso ter certeza de que ela tem gosto de uísque. Despejei provar para descobrir.

— Esposa? - Ele perguntou, erguendo uma sobrancelha.

— Esse bambolê no seu dedo - Indiquei. - Não sei como não reparei nisso antes, mas você gostava de ficar no escuro, então provavelmente foi por isso.

Ele deixou o copo na mesa.

— Sou viúvo - Disse. Ele ergueu a mão e mexeu o dedo com o anel. - Há um tempo. Ainda uso a aliança por questões.... sentimentais, eu acho.

Isso me amoleceu um pouco. É fofo um cara que ainda usa a aliança da esposa morta. É claro que existe a possibilidade de ser mentira, mas eu vejo honestidade em seus olhos castanhos. Eu percebi que era um assunto sensível e deveria me afastar dele o mais rápido possível, mas não consegui não falar nada:

— Eu lamento – Digo sendo sincera. Ele concordou com a cabeça e então caminhou até o som. Ele ligou o aparelho permitindo que a música se espalhasse por todo o ambiente.

— Agora eu gostaria de ver àquela dança – Ele falou enquanto se sentava.

Eu concordei com a cabeça e caminhei até o centro da sala, movendo meus quadris devagar para ele.

— Como o senhor mandar.
Falei deixendo o robe cair pelos meus braços e começando com a dança.

DE MANHÃ QUANDO voltei para casa, aínda estava usando o colar. Normalmente eu deixo os presentes no camarim, mas algo nesse me faz querer manter comigo.

Depois de um banho, eu não teria tempo para dormir e teria que voltar direto para a faculdade. Quando sai de casa, vi Joel entrando em seu carro. Ele me viu e acenou com a cabeça cumprimentando. Eu acenei de volta, ainda sentindo a mesma decepção de ontem. Não havia amenizado em nada. Eu ainda o queria, e me lembrar de sua rejeição aínda doía.

Entrei no carro e fui para a faculdade, sem conseguir deixar de pensar nele. Pearl percebeu meu humor e durante a pausa entre as aulas, ela se sentou ao meu lado.

— O que aconteceu? – Indagou. – Você está estranha hoje. Na verdade não só hoje.

Eu tenho escondido coisas dela durante um ano inteiro. Pearl é minha melhor amiga desde que começamos a faculdade. Não gosto de mentir e nem de omitir coisas dela. Queria poder contar tudo o que tem me afligido durante esses dias, mas eu tenho medo... medo do que ela pode pensar sobre mim.

— Pearl... – Comecei sem conseguir olhar para ela, fitando meus dedos que se mexiam nervosos. – Acho que preciso contar algo.

Ela se inclinou mais em minha direção e então eu a olhei. Pearl parecia preocupada, pelo menos seu olhar refletia isso.

— Me contar algo? – Repetiu. – Aconteceu alguma coisa, Juno?

— Não é nada grave – Falei. – É só que... estou cansada de guardar isso só para mim por tanto tempo. Sinto que se não compartilhar com alguém eu vou enlouquecer.

Seu olhar mudou de preocupado para curioso. Comecei a juntar minhas coisas para deixar a sala.

— Vamos, eu preciso contar isso logo antes que minha cabeça exploda.

Sai da sala com ela me seguindo. Cruzamos o prédio até o estacionamento que estava vazio. Joguei minha bolsa encima do carro e me virei para ela.

— Agora quem está enlouquecendo sou eu! – Ela exclamou. – O que é que você tem escondido de mim?

Outra razão para não ter dito nada a ela é minha preocupação nada infundada quanto a sua capacidade de guardar segredo sobre qualquer coisa. Pearl simplesmente não é uma pessoa discreta. Respirei fundo, sabendo que isso não teria mais volta.

— É sobre o meu trabalho – Comecei. – Pearl, eu não sou garçonete.

Ela ergueu uma sobrancelha.
— Não?

— Não – Confirmei. – Na verdade eu... eu sou stripper. Eu danço em um clube noturno.

Ela arregalou os olhos e me encarou espantada. Pearl não é puritana. Com certeza seu choque é porque ela não acredita que eu estaria em um lugar desses. Ela me acha certinha demais e sempre faz questão de reforçar isso.

— Você? – Pergunto com voz fina. – Em um... você tá brincando comigo, não tá?

— Não, não é brincadeira e você pode falar mais baixo? – Pedi entredentes.

— Como isso foi acontecer? – Ela perguntou em tom baixo. – Juno, eu nem consigo imaginar isso.

Indiquei o carro e ela entendeu o que eu quis dizer. Pearl deu a volta e entrou no banco do passageiro enquanto eu também entrava no do motorista. Alí teríamos mais privacidade.

— Olha, parecia uma boa idéia na época – Eu falei.

— E agora não é mais?

— Bom, aínda é – Falei. – Eu ganho bem e não tenho tido mais problemas financeiros. Tenho uma boa economia e posso até parar se quiser.

— Eu ainda não acredito – Ela murmurou chocada. – Juno, você é a certinha. É assim que essa amizade funciona, não é? Eu sou aquela que estaria no clube de stripper.

— As aparências enganam, Pearl – Falei relaxando meu corpo no banco. – E se você estiver pensando em algo mais, pode parar. Eu só danço nada além disso.

— Uau... – Murmurou. – E você escondeu isso de mim? Pensei que fossemos melhores amigas!

— E somos! Na verdade você é minha única amiga – Falei me virando para ela. – Mas você não sabe segura a sua boca fechada. Ninguém pode ficar sabendo, vai acabar com as minhas chances de conseguir algum emprego dentro da área jurídica.

— Você acha mesmo que eu contaria sobre isso para alguém? – Ela parecia até ofendida.

— Não propositalmente, mas eu conheço você.
Argumentei. Ela ponderou e então balançou a cabeça.

— É, você tem um bom ponto – Disse. De repente ela estava empolgada. – Eu quero saber tudo! Você sabe o quanto eu sou curiosa e isso... isso é uma bomba, Juno! Eu quero que você me conte tudo.

— Não vamos voltar para a aula?
Perguntei erguendo uma sobrancelha.

— E você acha que eu vou conseguir ouvir qualquer bobagem de Direito depois disso?

Eu ri com o que ela falou. Concordo com a cabeça.

— É, eu acho que não – Eu liguei o carro. – Vamos para minha casa conversar. Não vai ser o fim do mundo perder essa última aula.

Ela concordou com um gritinho empolgado. Eu sei o quanto Pearl gosta de uma fofoca, e imagino que ela esteja doida para saber cada detalhe da minha vida secreta. E eu também estou animada, já que finalmente vou poder conversar com alguém sobre isso.

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