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. . . . . ╰──╮ 43. Ayana╭──╯. . . . .

Estou tão farta e cansada deste mundo
Todas essas mulheres com seus sonhos despedaçados
Do toque suado e desesperado de algum homem
maldição, eu já tive o suficiente
Quando você veio a pensar que a recusa era sexy?
Você não vê as lágrimas nos olhos dela?
First Aid Kit - You Are The Problem Here

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"Eu acho que mulheres são muitas vezes mais capazes do que homens" (Kai)

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– Onde está o seu marido? – Kai perguntou e a mulher se desesperou ainda mais.

– Por favor, majestade. Castigue-me o senhor, por favor, não deixe que ele o faça.

O olhar de Kai ficou mais duro ao notar outras pequenas cicatrizes pelas mãos da mulher.

– Você tem filhos? – Kai perguntou forçando os dentes fazendo-a chorar mais.

– Majestade – uma criança chegou cochichando – não bate nela não, por favor. Ela sempre ajuda a gente.

– Eu não vou fazer isso – Kai resmungou de volta para a criança – quem é o marido dela?

– É ele – a criança apontou para um dos conselheiros.

– Eles têm filhos? – Kai perguntou novamente para a criança.

– O filho mais velho deles morreu tem pouco tempo, agora ficou só a menina, mas ela é boazinha, não bate nela não, por favor.

– Eu não vou bater e nem castigar nenhuma das duas – Kai falou, mas parecia usar todas as suas forças para conter a raiva dentro de si – A menina está por aqui?

– Acho que sim, senhor – o menino respondeu – ela deve estar no meio da multidão.

– Se você me trouxer a menina sem machucá-la, vocês todos serão convidados para jantarem comigo hoje.

O menino sorriu e correu ainda descalço pela multidão adentro. A mulher seguia chorando caída no chão, provavelmente arrependida por ter falado alguma coisa. O conselheiro, marido dela estava com o semblante pétreo e enfurecido. Alguns minutos se passaram até que o menino voltasse com uma criança de no máximo quatro anos com olhos vermelhos de tanto chorar.

– Olhem bem para elas – Kai falou para todos os outros – o primeiro que encostar nelas na intenção de ferir ou humilhá-las, terão o mesmo destino dos nobres que estão presos nas masmorras.

– Ela é minha mulher – por fim o conselheiro gritou sem conseguir se conter – não pode me tirar o direito que tenho sobre ela e a minha filha.

Kai olhou sério para ele e depois olhou para a mulher ainda caída no chão com a sua filha do lado. Deixou seus olhos passarem por diversas cicatrizes de queimaduras pelos braços da mulher e da criança e depois voltou seus olhos para Aylin que deixou transparecer um desejo de violência que eu nunca tinha visto em mulher nenhuma.

– Faz quanto tempo que não tem uma briga descente, Aylin? – ele perguntou parecendo se divertir – a de ontem com certeza não conta, não deu nem tempo de começar a se divertir.

– Muito mais tempo do que eu gostaria de admitir – Aylin deu de ombros.

– Vamos fazer o seguinte – Kai falou olhando para Aylin e depois para o conselheiro – Eu proponho um duelo de mãos limpas entre você – ele apontou para o conselheiro – e a minha amiga Aylin. Se você ganhar, deixo que aplique o castigo destinado à sua mulher em mim, mas se você perder, sua mulher e sua filha estarão livres de você e você não chegará próximo a elas enquanto vocês viverem. Além disso, levará a mesma marca nas costas para que ninguém nunca mais esqueça do dia de hoje.

Murmúrios puderam ser ouvidos de todos os cantos. O homem pareceu se inflar de orgulho ao ver o tamanho da Aylin. No seu olhar eu podia ler perfeitamente a frase "isso será fácil" e tenho que admitir que na hora que eu olhei para Aylin, não pude evitar um calafrio. Ela tinha um porte parecido ao meu e eu sabia que sem uma espada, eu não poderia fazer nada contra um homem do tamanho do conselheiro.

Aylin foi para frente do Kai e junto com Yugo tiraram a mulher e sua filha do meio. Kai pediu para que as crianças órfãs ficassem mais para o lado e Aylin saltitou novamente para o centro, como se tivesse ganhado o melhor dos presentes.

– Kai – murmurei – o que está fazendo? Olha o tamanho dele e o dela.

Talvez pela preocupação na minha voz, ele resolveu segurar a minha mão de maneira carinhosa.

– Não se preocupe – ele sorriu – está na hora de você conhecer um pouco o meu mundo também.

– Eu aposto com você Yugo, aquilo que tanto amo na cama – Aylin falou alto e sorridente fazendo diversos sons surpresos serem ouvidos – eu aposto que deixo esse conselheiro de merda desacordado em menos de nove minutos.

– Está se subestimando demais, Aylin – Yugo deu de ombros – eu aposto que você acaba com isso em menos de três, mas te dou o que você quer independentemente de você ganhar ou perder a aposta – um sorriso malicioso surgiu no rosto de Yugo me fazendo corar repentinamente pela naturalidade com que eles estavam falando aquilo e para tentar tirar o foco, resolvi falar novamente com Kai.

– O que eles estão fazendo? – perguntei tentando não olhar para o sorriso satisfeito de Aylin.

– Apostando – Kai seguiu acariciando a minha mão – a gangue da Aylin sempre faz apostas em brigas. Costumam apostar o tempo em que conseguirão derrotar seus inimigos.

– Apostam em quanto tempo elas vão ganhar e não em quem vai ganhar? – olhei novamente para a sacerdotisa de maneira admirada.

– Elas nunca perdem – Kai sorriu.

E de fato ele tinha razão, quando a briga foi autorizada, Aylin levou suas duas mãos para o chão e prendeu o pescoço do conselheiro com as pernas com tanta facilidade e naturalidade que parecia que havia sido ensaiado. Quando Aylin subiu o corpo para cima do homem, ela bateu com força com as mãos, uma em cada orelha e o homem cambaleou e caiu. Não havia passado mais do que um minuto.

Mais do que uma luta, aquilo para mim havia parecido um pequeno passo de dança. Talvez Kai tenha visto o meu assombro, porque ele sorriu abertamente para mim.

– O que foi isso? Ela não mostrou isso no dia em que lutamos com as sereias – falei ainda com os olhos cravados no homem ao chão desnorteado e na "filha dos deuses" de pé olhando para ele com uma cara decepcionada.

– Eu disse que elas nunca perdem – Kai deu de ombros – elas possuem um estilo de luta único por assim dizer. Naquele dia, ela estava um pouco fora de si para ser sincero. Acho que era muita coisa para ela assimilar em tão pouco tempo.

– Que sem graça – Aylin por fim deu de ombros – não deu nem para me divertir de novo.

– Que fique claro que perante a minha lei, homens e mulheres possuem os mesmos direitos. Homens não são mais do que mulheres e ricos não são mais do que pobres e essa será a marca que irá lembrá-los disso – Kai primeiro olhou para a mulher do conselheiro que seguia encolhida em um canto com a sua filha e depois olhou para Aylin – Aylin, marque as costas dele.

Entregaram um chicote nas mãos de Aylin, ela olhou para a mulher e primeiro ofereceu o chicote para ela, mas vendo que a mulher estava com medo demais até para aceitar isso, Aylin deu de ombros e chicoteou as costas do homem de maneira tão certeira que o fez gritar, mas mesmo seu grito não foi maior que o som do chicote batendo. Ali estava a natureza tirânica e fria do nosso rei, mas me perguntei se ele estava errado. Se ele fosse diferente, ouviriam ele?

Arrastaram o conselheiro marcado pela vergonha de ter uma cicatriz igual a de qualquer mulher e o deixaram também de lado.

– Que fique claro – Kai falou alto – minha palavra é lei. Irei voltar para Vixen em breve, mas deixarei um representante aqui em Khur. Viatrix, venha até aqui.

Trix se dirigiu até o rei e o reverenciou novamente, depois se virou para o povo.

– Viatrix será minha regente aqui em Khur. Discutirei as leis com ela e vocês a obedecerão sempre que eu estiver ausente.

– Mas é uma mulher – novamente os murmúrios.

– O próximo que eu ouvir falando de uma mulher como se elas fossem incapazes, terá o mesmo destino do conselheiro – Kai se irritou – Viatrix será a lei aqui na minha ausência. Agora vamos para os julgamentos. Primeiro, a mulher e a filha do conselheiro. As duas estão isentas de qualquer culpa e estarão sob a proteção do reino. Falem com Viatrix assim que isso tudo acabar – a mulher olhou com os olhos vermelhos e acenou com a cabeça e em seus lábios eu a vi repetir diversas vezes a palavra "obrigada" – Quero que os órfãos sejam acolhidos no palácio, existem diversos quartos sem usar ali, eles poderão ficar ali e quando forem um pouco maiores, poderão seguir seus destinos. Consiga algo que eles possam fazer, Viatrix, mas não esqueça que são crianças e precisam estudar também – Trix acenou com a cabeça – Quero que Viatrix escolha seu próprio conselho, os que estão aqui estão dispensados – mais murmúrios de indignação – e os sete ali – Kai apontou para os meus agressores e depois para mim – Quer dar alguma sugestão?

Arregalei os olhos e neguei com a cabeça, ele deu de ombros e se levantou, mas eu o puxei de volta.

– Por favor, Kai – meus olhos praticamente suplicaram – eles só foram imprudentes. Não... não pega muito pesado, por favor.

Ele soltou o ar que em algum momento havia segurado e acariciou meu rosto.

– Tudo bem, mas não posso deixar passar em branco – ele se virou para os jovens extremamente assustados e demorou alguns segundos antes de seguir – a pedido da rainha, eu não aplicarei nenhum castigo que os marque para sempre, porém, a partir de hoje, os sete irão trabalhar na cozinha e limpeza do castelo sob a supervisão de alguém de confiança da Viatrix. Espero que estejam agradecidos.

As mulheres choraram, talvez nunca tivessem trabalhado na vida apesar da situação horrível que todos estávamos. Os homens fizeram pose de durões e não falaram nada.

– Agora, os nobres que armaram a emboscada durante a minha vinda para cá – eles foram arrastados até o salão. Todos estavam extremamente magros, muitos terrivelmente sujos e sem dúvidas com desidratação – eles serão enforcados e pendurados nas muralhas. Seus corpos ficarão ali como lembrete. Aqueles que fizerem acordo com as lâmias por vontade própria, terão o destino igual ao deles. Aqueles que fizerem acordo com uma delas e forem isentos de culpa, deverão nos informar para que a lâmia responsável seja caçada. Aqueles que descumprirem, também terão o mesmo destino.

Abafei o grito com a mão. Meu coração estava dolorido. No fim, ele havia usado da mesma tática de Daneel e aquilo me apavorava. Não era qualquer um que tinha a coragem de ir contra uma lâmia mesmo quando eram forçados ao contrato.

– Isso não está aberto a discussão – ele falou baixo para mim – Sinto muito, Ayana, mas essa é uma das poucas coisas que eu não vou admitir.

E com isso, Kai enfim dispensou a multidão. Eu acredito que a maioria das pessoas saíram dali surpresas, ouso dizer que apenas os nobres não estavam nem um pouco felizes, mas podia ver a esperança no rosto de cada pessoa pobre e refugiada enquanto paravam na frente de Kai para reverenciá-lo com sorrisos e desejos de boa saúde. Por fim a massa parecia que iria ganhar voz e isso era inusitado e agradável ali naquele meio.

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