Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Parte 1

As rosas estão por todo lugar.

Há corações de todas as cores pendurados por fios de náilon no teto.

Casais que vivem brigando estão na sua melosidade nada casual.

Há também mais flechas e cupidos do que eu pude contar.

Parece que fizeram da minha escola um ambiente corrupto de afetividade, ninguém está a salvo.

E eu posso jurar que estou sentindo o maldito do cheiro das margaridas de Amélia Rodrigues de onde estou.

Hoje, Fortaleza parece estar absorta em amor, paz, companheirismo, afetividade e carinho. E isso porque o dia dos namorados é apenas daqui alguns dias, mas parece que minha adorada cidade precisa comemorar, não só o dia, mas a semana toda do amor.

E isso seria maravilhoso, se eu não estivesse com um problema gigantesco bem acima de mim.

E tudo por causa da droga do dia dos namorados.

Mais precisamente por uma estúpida viagem com os meus amigos.

Na verdade, a culpa foi toda minha.

Mas é bem mais fácil culpa-los. Isso diminui a raiva que estou sentindo de mim mesma.

Desde o início do período letivo, quando magicamente todos os meus melhores amigos começaram a namorar, combinamos de fazer uma viagem no tão esperado dia do amor.

Tinha apenas uma coisinha em questão.

Eu não tinha/tenho um namorado.

Isso não era necessariamente um problema nem pra mim e nem para eles. Já que o que estava me deixando animada era passar um tempo junto deles.

Contudo, descobrimos a quase um mês que o pacote que queremos fechar requer seis pessoas, e não cinco. E o irmão de Amélia, Evan Rodrigues, se recusa a entrar nessa por não querer se misturar com um bando de pirralhos de dezesseis anos com hormônios a flor da pele, palavras dele, não minhas.

Em resumo da situação, Evan, tecnicamente seria nosso responsável,  na visão dos nossos pais. Mas o único interesse de ir com a gente é visitar a namorada que mora longe, tanto que ele nem mesmo irá ficar no chalé conosco. 

Sendo exatamente por isso que nosso problema, ou melhor, meu problema, começou. Lembro-me como se fosse ontem da nossa conversa. Rafaela Pax afirmou com clareza que o pacote inclui seis pessoas, sendo uma maior divisão do dinheiro, deixando automaticamente mais barato para cada um. Mas todos já tinham seus acompanhantes, exceto eu.

Depois de uma longa discusão, os cinco decidiram que seria eu a arranjar um par. Argumentei bem falando que não sou lá muito sociável e meu ciclo de amizade se resumia apenas a eles.

Connor Lautner, namorado de Amélia, discordou. Disse que sou muito simpática para não ter alguém a levar. Já meu melhor amigo, Rui López, disse que acreditava 100% em mim, já que nunca tive um namorado e não irei arranjar um nem tão cedo, quando o ouvi dizer, minha boca se abriu tanto em choque que quase sinto meu queixo tocar o chão.

O que passava em minha cabeça era a pergunta se era isso que todos achavam de mim.

Que eu era incapaz de conseguir alguém para sair comigo.

Foi exatamente por essa sua maldita fala que toda a confusão se desenrolou. Com o sangue nos olhos e a cabeça quente disse a todos eles que eu poderia sim levar alguém, afinal, estava saindo com um carinha a duas semanas, contando com o dia de hoje, totalizaria quase dois meses.

O único problema é que isso era mentira, e custou muito para fazê-los acreditar, até mesmo porque disse ele que não poderia ir conosco a viagem porque seus pais não dariam permissão, quando todos estavam perdendo a paciência com minha mentira e afirmando que faltava com a verdade, eu garanti que iria levá-lo.

Odeio ser tão impulsiva.

É por isso que estou tão emburrada enquanto todos estão tão felizes. Porque tenho menos de 24h para achar o perfeito par romântico, considerando que viajamos amanhã, na sexta-feira a noite, para aproveitarmos o sábado e o domingo dos namorados.

— Por favor, Maia. Quer tirar essa carranca da cara? — pede Rui

— Quem está com carranca aqui? — indago, mal humorada e cruzando os braços

— Você! — responde Amélia

Somos amigos desde que me entendo por gente, e agora que ambos estão namorando, seus respectivos parceiros entraram na nossa amizade,  é como se todos se conhecessem desde sempre.

— Quando vai nos apresentar o cara com quem está saindo? — a ruiva indaga

— Já disse que vocês vão se conhecer na viagem — meu celular vibra, e encontro a desculpa perfeita para me afastar daquele assunto — Desculpa, mas preciso atender

Afasto-me deles, não passava de um alarme, mas era uma boa oportunidade de fuga para não usá-la. Estou observando a todos, atenta. E finalmente meus olhos batem em alguém que não está acompanhando. O conheço, não o suficiente, mas já é algo, estamos na mesma sala, apesar de não termos trocado mais que dez palavras ao longo desse período.

— Gustavo! — o chamo, aproximando-me

— Ei, Maia — cumprimenta — Como vai? — dou de ombros em resposta e sorrio

— Vou bem. O que acha de uma super viagem? — vou direto ao assunto

— Depende, pra onde? — indaga, explico quase tudo com quase todos os detalhes, ele parece gostar da ideia — Legal. Então ganho essa viagem com vocês sem pagar nada e o que tenho que fazer é apenas fingir que estamos saindo a um tempo? — com uma das suas mãos na alça da mochila que está no seu ombro, ele gesticula

Ehhh... Quase isso... — insegura, digo

— O que?

— Você pagaria a sua parte da viagem

— Então como eu vou ter vantagem nisso?

— Qual é, cara? Eu tô sem grana, por favor, quebra essa pra mim, economizei mais de três meses para juntar a minha parte  

— Eu vou poder... Sei lá, beijar você?

Penso por meio segundo antes de dar de ombros e responder:

— Sim!

— E será um final de semana com apenas nós seis? — anuo diante da sua pergunta — Em um Chalé com vários atrativos e tudo por duzentos reais vindo de cada um?

— Exatamente. O que me diz?

Gustavo faz a maior pausa dramática da história da humanidade, me deixando apreensiva e nervosa da cabeça aos pés.

— Ok! Eu topo, só preciso falar com meus pais antes, mas é quase certo — ele dá de ombros

Sorrio largo instantâneamente.

— Legal

— Legal — copia, lhe dou as informações mais detalhadas, de quando partidos, de onde e coisas do tipo

Na noite seguinte, estávamos em uma Van, Evan dirigia emburrado e não perdia a chance de fazer seus comentários ácidos.

— Estou me sentindo o tiozinho que leva as crianças pra creche — resmunga em alto e bom som

— Seu irmão é tão chato — reclama Rafa

— Eu ouvi isso — o ruivo diz, mal humorado

— Ela não está mentindo. Você é um porre — a própria irmã responde

Gustavo está ao meu lado, calado. Seu braço está em torno de mim, nitidamente tenso. É estranho. Achei que seria fácil, mas não se pode fingir uma intimidade de meses quando se tem uma de dias.

Cada um de nós está embasbacado com a vista a nossa frente. As horas com a bunda quadrada dentro de uma van compensaram 100% agora. O verde é incrível e o céu tão estrelado que poderia iluminar uma cidade inteira sem qualquer esforço. Há várias casinhas, de tamanho variado, mas poucas são grandes como a que ficaremos, todas estão com uma luzinha fraca e amarela acessa, olhando de onde estou, é muito lindo.

De noite, não dá pra ver muita coisa, mas noto a tirolesa mais afastada das construções e uma piscina pelas redondezas. E mesmo não usufruindo de nada ainda, sinto que esse foi o dinheiro mais bem pago de toda a minha vida, ficar sem sair para quase lugar nenhum por mais de meses economizando a mesada valeu muito a pena.

Evan nem nos deixou no chalé, ele saiu atrás da namorada. A caminhada a grande casa rústica não foi tão longa, entramos admirando cada detalhe. Não abrimos a boca para nada, absortos demais para tal coisa. Um largo sofá de frente a uma pequena televisão, é engraçado o contraste, há um tapete entre os dois, mais a frente, uma escada, com passagem tanto para esquerda quanto para direita, os quartos e banheiros ficam lá, vimos as fotos pela internet, mas nem se comparam com isso. Ao lado há a cozinha, com uma mesa de jantar capaz de abastecer a nós seis.

— Uau! — Connor Lautner é o primeiro a falar

— É muito lindo aqui! — diz Rafa, ela se aconchega a Rui, que passa o braço em torno da namorada

— Bom, são três quartos, acredito que não seja preciso discutir sobre — ele diz, não há nenhuma objeção, e não serei eu fazer alguma

— Bom, sendo assim eu estou indo dormir, estou morta de cansada, amanhã acordamos cedo para começar o dia — anuncia Amélia sobre sua retirada — Você vem amor?

— Hurum — murmura Connor em resposta, eles enlaçam a mão e nos desejam boa noite

— Amo vocês, bebês! — a ruiva ainda diz no topo da escada, seguindo para a direita

— Não sei vocês, mas também já estou  indo — Rui deixa um beijo no topo da minha cabeça e faz um toque de mão com Gustavo, ele sai seguido de Rafaela, que também se despede

Há um silêncio exorbitante no tempo em que estou a sós com o moreno, pelo menos até eu quebrá-lo.

— Então, você gostou? — indago

— Muito. Tudo é tão... — ele olha ao redor atrás de uma palavra digna para aquela descrição, então seus olhos param nos meus outra vez, e ele encontra sua voz — Bonito — sua voz sai baixa

— É. É tudo muito... Não sei, nem mesmo consigo explicar

Gustavo solta um riso nasalar pela minha falta de palavras.

— Eu entendo. Massss — suas mãos vão a nuca por um momento, ele parece constrangido —, como vamos fazer com o quarto? Quero dizer, podemos, se você não se importar é claro, dividir, mas, eu não sei, é você que...

— Não tem problema — o interrompo, rindo fraco pela sua falta de jeito —, não me importo em dividir o quarto com você

— Legal

— Legal — o copio










(1675 palavras)

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro