Fuga
— Eu vou sair daqui de qualquer forma, Lana. E espero que você venha comigo. — Abraço minhas pernas.
— É óbvio que eu vou! Acha que vou te deixar sozinha? — Me dá um tapinha. — Então, qual o plano?
— Eu sabia que ia topar, te incluí no plano, de qualquer jeito. — Ri.
— E qual é o nosso plano de fuga? — Me abraça de lado, enquanto eu abro um mapa.
— Você vai vir aqui de madrugada, apenas para eu não cair muito alto. Tenho tudo que preciso para subir.
— E onde vai ficar depois? — Me olha com um certo medo da resposta.
— Por quê? Não posso ficar na sua casa? — digo num tom tão sério que é inacreditável quando eu caio na gargalhada. Ela estranha. — É brincadeira! — A empurro, brincando. — Eu pretendo me virar mesmo...
— Sabe que se precisar de um lugar, eu dou um jeito de te esconder lá em casa. — Sorri.
— Sei disso. — Sorrio de volta, olhando em seus olhos.
— Charlie, seu horário de visita acabou. — a enfermeira avisa e eu não perco a oportunidade de mandar um dedo do meio pra aquela velha que vivia me enchendo.
— Eu venho te ver, ok? — Me abraça e pisca pra mim.
— Às onze. — Retribuo e cochicho para ninguém ouvir.
— Certo. Até lá. Te amo! — Beija minha bochecha rapidamente.
— Eu também. — Sorri fraco.
Então, eu entrei, decidida que aquela seria a última vez que estaria sendo mantida presa ali.
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