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Capítulo Sete - Nunca duvide de mim

Dacre voltou com o chocolate quente mais rápido do que eu imaginava – a barista o reconheceu e adiantou nossas bebidas, caprichando no chantilly e na temperatura. Ele se sentou ao meu lado no sofá novamente, eu joguei minhas pernas sobre as suas e me aconcheguei no abraço dele, segurando meu chocolate quente com as duas mãos. E, bom, eu não quero sair daqui tão cedo.

– Você escreve? – Dacre me pergunta, tirando-me do meu estado imaginário.

– Hã?

– Livros, contos, histórias que guarda em uma pasta no seu notebook para ninguém achar, você escreve?

– Às vezes, nada sério. E nada que eu ache que vale a pena ser compartilhado.

– Sério? No que você estava trabalhando quando nos conhecemos?

– E-mails, nada demais. – Reviro os olhos.

– Está se sentindo melhor?

– Aham – tomo um gole do meu chocolate que está quase acabando.

– Você consegue patinar? Porque se aquele pouco de gelo te derrubou, fico imaginando como você se sai numa pista.

– Eu patino muito bem, Dacre. A melhor patinadora de todas.

– Não acredito em você. – Nossos rostos estão próximos agora.

– Tem uma pista de patinação bem perto daqui, podemos ir lá e tirar a prova.

– Nós vamos fazer uma aposta?

– Se você gostar de apostar para perder, podemos fazer uma.

– Se você for uma péssima patinadora, você vai ter que me mostrar as coisas que escreve quando não está fazendo trabalhos da faculdade.

– Você vai se decepcionar tanto. – Termino minha bebida e deixo o copo vazio na mesa. – O que eu ganho se eu mostrar que sou uma ótima patinadora?

– Um encontro comigo.

– Mas só um encontro?

– O melhor encontro da sua vida, garota tola.

– O que nós ainda estamos fazendo aqui, então, perdedor?

Dacre joga a minha perna para longe dele, pega seu celular e óculos em cima da mesa, deixa seu copo sobre a mesa e sai correndo. Todo mundo no estabelecimento olha para ele como se ele fosse um louco, então eles olham para mim. Eu dou de ombros, pego o meu casaco, visto-o e vejo Dacre do lado de fora, apertando os braços contra seu corpo.

Balanço o casaco dele e saio calmamente, como se deixá-lo passando frio não partisse o meu coração.

– Seu casaco, perdedor – entrego-o e ele o veste o mais rápido que consegue.

– Não está mais nevando.

– Que bom para nós – deixo-o para trás com passos cautelosos.

– Ei, aonde você está indo? – ele me alcança e passa seu braço pela minha cintura. Institivamente, eu tiro a mão dele de lá, mas ele torna a colocá-la ali. – Eu não vou te derrubar, prometo.

– Pista de patinação, lembra?

– Achei que você não estivesse falando sério.

– Eu nunca falei tão sério na minha vida, Dacre. Nunca duvide de mim, ainda mais apostando o melhor encontro da minha vida.

– Ei, não se esqueça que você vai ter que mostrar seus textos se isso for mentira. – Ele brinca com o meu cabelo e eu dou um tapa em sua mão.

– Eu não aposto para perder.

– E eu acho que estou fazendo um investimento com essa aposta.

– É? No que você está investindo?

– Em você.

– Isso soou um pouco cafajeste e romântico ao mesmo tempo – puxo-o para atravessarmos a rua enquanto o sinal está aberto para pedestres.

– Eu posso te filmar quando você entrar na pista de gelo e cair?

– Não, por dois simples motivos. Eu não vou cair e você vai entrar comigo.

– O que? Isso não fazia parte da aposta.

– Mas faz parte da lista de coisas que você vai fazer em Vancouver quando sair comigo.

– Ok, parece que temos alguém dando as ordens aqui. – Ele aperta a minha cintura.

Andamos pela rua como se ela fosse completamente nossa. Acho que estar ao lado de Dacre faz qualquer coisa parecer incrível. Eu vi essas ruas vezes demais, mas parece que estou aqui pela primeira vez.

Encontramos a pista de patinação com poucas pessoas – o que se torna muito bom para eu conseguir esfregar na cara do Dacre que eu sei patinar. Alugo um par de patins para mim e Dacre pega um para si, mas não parece muito confiante com a ideia de patinar.

– Eu vou depois de você – ele diz um pouco amedrontado.

– Com medo de pagar um mico na frente dessas pessoas? – já estou terminando de amarrar o meu patins.

– Talvez, eu acho que nunca patinei na vida.

– Bom, sempre tem uma primeira vez para tudo.

Dacre ainda olha para os patins com uma cara de quem odiou a ideia.

– Ok, você fica aí colocando os seus enquanto eu te mostro a aposta que você acabou de perder.

Eu não patinei ainda nesse inverno, nem mesmo quando fui para Whistler com Sam e os pais dela no Natal. O peso dos patins é estranho nos meus pés enquanto eu caminho até o portão da pista. Olho para trás e vejo que Dacre nem tentou colocá-los.

As lâminas do meu deslizam quase que perfeitamente na camada de gelo. Eu deveria ter feito isso antes! Rapidamente assumo o equilíbrio e controle que tenho – se eu soubesse que faríamos isso, teria trazido meus patins – e começo a deslizar sobre o gelo.

É tão natural para mim que em dois minutos eu já estou patinando de costas e tentando alguns truques muito simples. Tento não olhar para Dacre porque tenho medo que ele consiga me desequilibrar. Mas não posso deixá-lo sozinho, então depois de me exibir para todos na pista, eu paro em frente ao banco que ele está sentado.

– Como semana que vem já temos um encontro no meu apartamento, qualquer sábado depois dele eu estou livre. – Sorrio.

– Você faz isso desde quando?

– Desde que moro aqui. Você vem?

– Tudo bem, eu vou.

Ele fica de pé e caminha até o portão se apoiando na grade. Dacre está amedrontado como uma criança que vai patinar pela primeira vez. Eu me aproximo dele e estendo as minhas mãos.

– É só você deslizar o pé devagarzinho e não se inclinar para trás. – Digo. – Se você cair aqui, eu caio junto.

Dacre pisa no gelo, balança um pouco, mas ganha confiança e deixa o portão.

– Se você for segurando na barra, melhor – coloco a mão dele na barra e me afasto. – Observe como eu faço e depois tente, ok?

– Ok – é a única palavra que ele consegue pronunciar.

Demonstro lentamente a forma mais segura de patinar. No começo eu também não tinha confiança e morria de vergonha. Mas a cidade recebe tantos turistas que nunca viram neve na vida que os locais relevam se você cai enquanto patina.

Giro sobre meus patins e vejo Dacre se agarrando à barra de metal. Ok, tenho que admitir, ele fica muito fofo quando está com medo. Volto para seu lado e seguro a sua mão. Dito bem baixinho como ele deve fazer os passos e aperto sua mão mais forte quando ele vacila.

– Você está indo muito bem – aumento a velocidade de passada e ele agarra a barra de novo. – Confie em mim, Dacre.

– Não, eu não vou patinar mais agora. Eu preciso de um tempo – ele apoia seu corpo na barra e fica de frente para mim. – Não vou sair daqui, prometo.

Balanço a cabeça rindo e faço uma pequena exibição. Não fecho os olhos porque tenho medo de esbarrar em alguém e causar um acidente, mas sinto como se estivesse voando. Passo por uma garotinha e ela quase cai de cara no gelo quando eu dou um giro no ar.

Olho para Dacre e ele está distraído em seu celular, me filmando e rindo. Faço uma careta e vou até ele tranquilamente, fazendo algumas palhaçadas no meio do caminho e arrancando elogios dos outros patinadores.

Diminuo a velocidade quando chego perto dele e paro bem na sua frente, jogando meus braços ao redor do seu pescoço.

– Por que você está me filmando? – beijo o maxilar dele porque não sou capaz de alcançar seus lábios.

– Porque eu quero – ele segura a minha cintura e me puxa para mais perto.

– Você deveria estar patinando comigo e não só me olhando – bagunço um pouquinho o cabelo dele.

– Acho que você já percebeu que eu não consigo fazer isso.

– Eu fui tão horrível quanto você na minha primeira vez no gelo – fecho os olhos e respiro o perfume dele mais uma vez. – Eu estava com a minha família canadense e eu fui patinar com os gêmeos. E, bom, eu quase tropecei no meu próprio pé assim que entrei na pista.

– Você se machucou? – os dedos dele deslizaram pelo meu cabelo.

– Não, mas eu acabei com a roupa toda molhada.

– Eu não quero me machucar porque isso pode me trazer problemas com as gravações.

– Você teria mais chances de se machucar se ficasse fazendo manobras como eu, mas você só está aprendendo a andar. Só se lembre que, se for cair, caia de bunda.

– Ótima dica, heim, Laura – ele afasta o cabelo do meu rosto e descansa sua mão em minha bochecha. – Meu Deus, por que você faz isso ser uma coisa tão fácil?

– Patinar?

– Não, gostar de outra pessoa – os olhos dele encontram os meus e eu sinto que ele realmente quis dizer isso.

Levo meus lábios até os dele e beijo-o tão lentamente que posso sentir o calor do corpo dele contagiar o meu. A mão que estava em minha bochecha vai até o meu pescoço e eu tenho que me equilibrar nos patins para não bambear e cair. Dacre, eu odeio demais esse efeito que você tem sobre mim, mas me faz tão bem.

Os lábios dele estão devorando os meus, eu não tento nem lutar contra quando ele aumenta a intensidade dos beijos. Dacre não é desastrado como eu, mas seu pé desliza sobre o gelo e quase nos leva para o chão. Eu me afasto dele rindo.

– A gente dá uma última volta e vai embora, pode ser? – sugiro.

– Claro que pode.

A mão de Dacre agarra a minha mão e eu acompanho seu ritmo lento. Ele começa a se empolgar na metade da volta, decide não parar e passamos mais vinte minutos na pista antes de ela começar a encher e Dacre me convencer a ir embora. Ele liga para o motorista enquanto devolvo nossos patins.

– Você sabe o endereço da sua casa?

– Dacre, que pergunta idiota! – soco seu ombro.

– Perguntar não ofende – subimos as escadas até o nível da rua e esperamos próximos ao ponto de referência que o motorista deu para Dacre. – Parece que eu vou te levar para casa, o transporte público está quase parado, segundo meu motorista.

– Você me levaria para casa mesmo se estivesse o maior sol com a desculpa que eu passaria calor – dou de ombros.

– É o máximo que eu posso fazer pelo dia de hoje.

O sol está começando a se pôr no horizonte mesmo sendo quase quatro horas da tarde. Os tons rosados do céu brincam com os prédios ao nosso redor assim como brincam com a cor dos olhos de Dacre.

Ei, Tempo, por que você não cooperou comigo hoje? Você e o Clima andaram tramando contra mim? Então, só queria dizer que o dia foi maravilhoso. Olho para Dacre mais uma vez e flagro-o me observando. Sorrio, fecho os olhos e agradeço as coincidências do mundo por eu ter esbarrado com Dacre.

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