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•Capítulo Quatro•

Dias atuais...
Fevereiro de 2021.

A boate estava cheia, o cheiro de suor e o som alto estavam fazendo a minha cabeça doer, o cheiro das bebidas que eu preparava estava me deixando com uma dor horrível no estômago. Eu queria que o meu turno acabasse logo para sair dali e comprar o que faltava para casa, então voltaria, dormiria toda manhã e tarde, e voltaria de noite.

Fodida merda, pensei, quando um cara que mal conseguia se manter de pé de tão bêbado se aproximou do bar. Ele se sentou em uma das banquetas e começou a falar algumas abobrinhas.

Olhei para o relógio na parede atrás do bar. Mais cinco minutos. Só mais cinco minutos e estaria fora daqui.

Servi mais algumas bebidas e o homem continuava ali, falando e falando. Eu o ignorei, assim como o meu colega de trabalho Ian, e continuei com o meu trabalho.

Quando vi que o meu turno havia acabado, tirei o avental preto com o logotipo da boate e entrei na despensa atrás do bar. Peguei minha bolsa, olhei as horas no meu celular ainda mais fodido que o meu estômago, e saí da boate pelas portas do fundo.

Estava amanhecendo e as lojas ainda não estavam abertas, nem uma pequena loja de conveniência.

Amaldiçoei internamente e fui para o meu apartamento, ignorando o meu estômago que agora roncava pela fome. Só mais algumas horas, eu disse a mim mesma, você já está acostumada com isso. E estava, nos últimos meses estava me alimentando de petiscos que eram servidos na boate, e da sopa solidária que era servida na igreja perto do prédio onde eu morava. Eles não serviam toda noite, sempre era uma noite sim, uma noite não, mas eles me davam sopa extra, e eu levava meu próprio pote para isso.

Tinha emagrecido uns bons dez quilos nesses quase três meses, essa era a vida de quem não tinha dinheiro. Ou comprava o kit de higiene, ou comia. E eu não ficava sem fazer a minha higiene. Não tinha como. Então estava fazendo o que eu podia para passar por aquilo. Enquanto isso, procurava um trabalho para fazer durante o dia, o que significava grana extra e menos tempo para mim. Mas eu tinha que sobreviver.

Assim que cheguei ao prédio, subi as escadas e fui para o meu apartamento. Larguei a bolsa no sofá e fui para a geladeira. Estava vazia, completamente vazia. Tinha apenas uma jarra de água.

Determinada a aguentar mais algumas horas até o supermercado ou alguma loja de conveniência abrir, tomei água até estar entupida e o estômago estar reclamando e fui me deitar. A minha cama era de casal, tinha ganhado de Ian no ano passado e o colchão também. Eram as coisas mais novas que eu tinha no meu apartamento.

Deitei e me cobri até o queixo, tentando relaxar enquanto o meu estômago continuava reclamando, mesmo lotado de água.

No fim, acabei adormecendo, mas a fome me seguiu até em meus sonhos.

Quando acordei, duas horas depois, me levantei e tomei um banho. A água estava fria. Merda, não tinha como pagar a conta de água.

Saí de debaixo do chuveiro tremendo e me sequei o mais rápido possível. Me agasalhei, com um casaco de lá por cima de uma blusa de frio fina e vesti uma das minhas centenas de calças jeans, essa era preta e surrada. Calcei meu par de botas preferidos, não me importando com o seu estado deplorável — amava aquelas botas, aliás, foi até Julia que me deu.

Peguei minha bolsa e saí, determinada a usar os duzentos dólares em minha carteira para quitar a divida de água e comprar alguns mantimentos. Não podia ficar vivendo de sopa para sempre. Também procuraria um lugar mais barato para morar. Aquele prédio estava praticamente caindo e os apartamentos eram deploráveis, e o aluguel? Tinha um preço absurdo.

Assim que cheguei na rua, coloquei o meu gorro, sentindo o ar frio da manhã batendo em meu rosto e enfiei as mãos nos bolsos do casaco, querendo ter um par de luvas naquele momento.

Mas também não tinha como comprar um no momento, então decidi comprar no próximo mês.

Andei rápido, aproveitando para aquecer o meu corpo e sair o mais rápido daquele bairro. Não queria ser roubada de novo, e dessa vez, se alguém levasse o meu dinheiro eu estaria ferrada.

Completamente ferrada.

Assim que cheguei ao centro mais movimentado, me enfiei entre as pessoas que passavam apressadas pelos grandes passeios e fui na direção do supermercado mais próximo. Não ficaria de bobeira na rua. Não confiava mais em andar sozinha. Ao pensar nisso, me lembrei do que aconteceu com Julia, e o porquê dela ter ido embora do Brooklyn. Aquele fodido Walter. Doente.

Rangendo os dentes ao pensar no cara, lembrei que a uma hora dessas não devia nem existir os ossos do traste. Sua morte foi merecida, e eu queria estar lá para me vingar pelo que o maldito fez a Julia.

Saindo dos meus pensamentos, entrei no supermercado movimentado e peguei uma cesta, entrando nos grandes corredores. Fui na área de grãos e procurei por algo que dava sustância e fosse barato. Mas nada ali era barato. E eu tinha exatamente 175 dólares para gastar com coisas para casa.

Desistindo daquilo, fui pegar papel higiênico, pasta de dente e quando olhei para a parte das escovas de dentes novas, pensei na minha. Sim, precisava de uma urgentemente.

Peguei uma escova de dentes e shampoo, do meu favorito de pera, e também peguei creme para cabelo.

— Certo... — olhei o preço dos sabonetes. Estava barato esse mês. Aproveitei aquilo e peguei logo uns cinco.

Peguei o meu celular da minha bolsa pendurada em meu ombro e fiz a conta de quantos aquilo tudo tinha dado. Ainda tinha 160 dólares.

Pensei que se soubesse administrar aquele dinheiro, conseguiria guardar alguns dólares para o dinheiro reserva em minha bolsa. Sim, perfeito.

Comprei o básico de grãos, comprei café e pão de forma, cairia bem já que eu quase não estava fazendo comida. Comprei ovos e decidi que aquilo já estava bom.

Fui para o caixa e paguei tudo. Estava cheia de sacolas quando saí do supermercado, não tinha como andar a distância toda até meu apartamento com aquelas sacolas.

Suspirei, teria que pagar um táxi. Infernos, também poderia ter pagado a conta de água antes de vir ao supermercado. Bufando de raiva, esperei na calçada e assim que um táxi parou para um passageiro descer, eu praticamente me enfiei pela porta traseira que estava aberta.

Dei o meu endereço para o homem e já tirei o dinheiro para pagá-lo.

Alguns minutos depois, estava na frente do meu prédio pronta para entrar, quando uma voz familiar gritou:

— Ei, vadia! — Olhei para trás, conhecia bem aquela voz.

Era do mesmo adolescente que me roubou três meses atrás, aquele que estava com um grupo, mas dessa vez ele estava sozinho.

Me apressei para dentro, mas logo senti algo nas minhas costas. Paralisei.

— Me passa o que você tem. — disse, sua voz perto do meu ouvido.

Todo o meu corpo tremeu com raiva. Não estava acreditando naquilo. Não, não ia deixar aquilo acontecer de novo.

— Eu não tenho dinheiro. — falei entre os dentes.

Ele apertou o que quer que fosse nas minhas costas, sua respiração agora no meu pescoço.

Fechei os olhos, sentindo lágrimas sob as minhas pálpebras.

— Me dê o que você tem. — Agora ele havia sussurrado, fazendo o meu estômago vazio revirar.

— Eu. Não. Tenho. Nada. — Vocíferei, me preparando para correr.

— Ah, você tem. — Então senti sua mão descendo pelo meu lado. Estremeci, engolindo em seco.

Seja forte. Seja. Forte. Recitei as palavras em minha mente sem parar.

— Você sequer saiu das fraldas. — Sua mão parou, como se ele tivesse ficado surpreso com a minha resposta. — Ainda fede a talco de bebê.

Assim que as palavras saíram da minha boca, algo se chocou contra a minha nunca e eu caí, as sacolas caíram ao meu redor. A pontada de dor fez o meu estômago revirar ainda mais e eu vomitei, colocando a mão no abdômen e me encolhendo no chão.

Ouve um clique em cima de mim, e eu não precisava olhar para cima para saber o que era. Sabia que tinha uma arma apontada para mim.

— Ei, seu merda! — Uma voz masculina gritou de algum lugar próximo. — Eu chamei a polícia!

— Merda. — O adolescente vocíferou. — Nós não terminamos isso.

Então pude ouvir seus passos rápidos se afastando para longe de mim.

— Ei, moça. — A voz masculina disse, estava perto. Logo, senti mãos me erguendo e me sentando.

Coloquei a mão na cabeça, gemendo, tudo estava rodando, a rua estava borrada. Meu deus.

— Você precisa ir para o hospital, está sangrando. — olhei para cima, para o dono da voz. Era jovem como eu, lindo. Tinha um rosto gentil, bem bonito, e os olhos castanhos ainda mais gentis. — Eu vou levá-la até o hospital mais próximo.

— Não precisa... De verdade. — falei, apoiando a mão no chão e tentando me levantar. 

Quando não consegui, ele me ajudou.

— Por favor, vamos. Eu te levo. — ele me sustentou enquanto eu focava tudo ao redor. — Ele a acertou com a arma.

Olhei para o rosto do homem novamente, sentindo uma súbita vontade de chorar.

— Tudo bem. — funguei. — Mas eu tenho que guardar as minhas coisas primeiro.

Ele concordou e me ajudou a subir com todas as sacolas. Enquanto o observava no meu apartamento, me perguntei porque não sentia nada por um homem como ele. Seria tão bom ter alguém que realmente se preocupasse comigo, mas eu não tirava o maldito Késsio da cabeça.









Boa madrugada a todas! Como vocês estão?

Espero que estejam bem!

O que acharam do capitulo? Espero que tenham gostado! Até o próximo!

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