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41 - Siringe


Observei a aurora boreal dançando na borda daquele mundo. A beleza do céu contrastava com a escuridão do penhasco. Gael disse que ninguém sabia ao certo o que tinha lá em baixo, só que era sempre negro. Nunca amanhecia lá. Eles chamavam aquele lugar de noite eterna.

Um arrepio me subiu. Prometi a mim mesma que jamais me aproximaria daquela borda.

Entramos no jardim das fadas, as árvores estavam cobertas de orquídeas e pequenas criaturas voavam por todos os lugares. O som das asinhas batendo lembrava o das abelhas. Por onde passavam, deixavam um rastro de brilhos diáfanos.

Uma fada pousou no meu ombro. Leve como uma pena. O corpo humanoide tinha os membros alongados demais. A pele era esverdeada e o cabelo branco mais parecia uma penugem. Seis asas bordô saíram batendo como uma borboleta.

Duas fadas descansavam sobre uma folha. Uma tinha a pele cinza azulada e quatro asas violetas, a outra era de um rosa quase branco com oito asas amarelas. Quanto maior o número de asas, mais elas se pareciam com uma flor.

Carissimi — Gael me chamou. —, vai nascer uma aqui.

Observei o botão de tulipa vermelha. O centro da flor emitia uma luz fraca bruxuleante. Lá dentro, um novo ser estava pronto para alçar voo. Essa fada era toda verde, suas asas eram cheias de veios, exatamente como uma folha. Ela bocejou enquanto se espreguiçava.

Um berçário de fadas, feito de botões de flores.

— Olá, Siringe. — Elisa cumprimentou uma cabra.

Branco e peludo, o animal saltitava com elegância. A cada salto eu ouvia um som de flauta. De repente as costas do bicho começaram a se arquear. O quadrúpede se transformando inacreditavelmente em silhueta de mulher

— Há quanto tempo não me fazem uma visita! — a criatura abraçou Elisa e apertou as bochechas do Gael. — E você, criança, quem é?

As pernas, ainda cobertas de pelo, terminavam em cascos fendidos. Cada vez que ela respirava eu ouvia o som da flauta.

— Meu nome é Alma. — me apresentei. — O seu corpo canta. — observei.

— Eu sou Siringe — ela sorriu —, o espírito do vento.

Saindo da cabeleira dourada, dois chifres cheios de perfurações emitiam sons quando ar passava dentro deles. Ela era a própria flauta! Oca e perfurada, cantando a melodia do vento.

— Siringe á a ninfa das criaturas mestiças também. Como ela mesma, metade mulher, metade cabra-montês. — Gael abriu um sorriso bem largo. — E vai nos ajuda a chegar até às Brumas.

Ela ficou intrigada com o que ouviu.

— É um lugar perigoso demais para mortais como vocês.

— Por isso estamos aqui. — Elisa fez cara de anjo. — Não queremos ser afogados pelas lindas sereias. E como elas são humanas e peixes, a ninfa das criaturas mestiças pode ajudar.

Siringe cruzou os braços.

— Essas crianças de hoje em dia, sempre atrás de confusão! — um esboço de repreensão. — Tragam-me alguns caniços.

E enquanto a ninfa se ocupava com o que tinha pedido, fui explorar os arredores. Me espichei para acompanhar a trilha de uns bichinhos engraçados.

— O que está fazendo? — Gael mastigava alguma coisa, como sempre!

— Subindo nessa pedra para ver aqueles bichinhos.

— Não é uma pedra. — ele provocou.

A superfície em que me encontrava era cinza e rugosa, com um pouco de musgo exatamente como uma pedra.

— O que é então? Uma rocha?! — trocei. — Uou!

O chão tremeu e três pernas brotaram dos dois lados. Uma cabeça saiu da carapaça e o bicho começou a andar comigo em cima.

— Eu estava certo. — Gael continuava sorrindo preguiçosamente. — Não é uma pedra!

— Vai me ajudar ou não?!

— Ora, não seja medrosa e desça logo daí! — zombou.

Eu olhei para baixo. Ele tinha razão, era só descer. Escorreguei pela carapaça sem grandes dificuldades.

— Viu? Eu estava certo de novo.

De jeito nenhum eu ia dar esse gostinho para ele!

— Onde está o cavalheirismo quando precisamos dele? Morto!

— Onde está a praticidade quando precisamos dela? De férias! — Gael respondeu na lata.

Ele não merece a minha atenção! Virei as costas. Uma serpente amarela estava comendo as flores rasteiras do chão.

— Todos os animais são inofensivos? — perguntei.

— Sim, senhora.

Ouvi a voz doce de Siringe chamar. Outra cobra, coberta de musgo e flores, fazia cócegas em...

Caí com tudo!

— Um monte de glíter! — soltei uma risada. Eu estava coberta de purpurina dourada! Soprei um punhado, uma chuva brilhante se formou enquanto as partículas flutuavam até o chão.

Gael me encarava totalmente pasmo.

— Algum problema?! — levantei sacudindo o brilho da roupa. — Gosto de glíter!

— Faz alguma ideia de... onde... o glíter vem? — a cara dele me avisou que eu não ia gostar da resposta.

— Não? — saiu como uma pergunta.

— É cocô de fada.

Ele não riu. Engoli em seco. Droga! Ele estava falando sério!

— Não podia me deixar ser feliz em paz?! — tentei desesperadamente desgrudar aquilo de mim. Sem sucesso. Aí sim ele riu da minha cara.

— Eca! — Elisa fez uma careta quando me viu chegar. — O que aconteceu com você?! Tem cocô na sua cara!

— Eu tropecei.

Siringe se afastou um passo, e todos eles riram na maior alegria da minha situação purpurinada!

— Isto — a ninfa mostrou a flauta-de-pã que tinha feito com os caniços. —, pode enfeitiçar as sereias. Enquanto estiverem hipnotizadas pela melodia, vocês estarão seguros. Quando a música cessar, tudo volta ao normal. É como um feitiço que se volta contra o feiticeiro, as sereias ficam fascinadas com o som, assim como a voz delas fascina a outros. Mas como a sereia muda não tem voz, não pode ser usado contra ela. Esta habita justamente as brumas que procuram. Minhas fadas os guiarão até lá.

Elisa soprou a flauta e um eco da própria Siringe brotou. O aviso da ninfa se mesclou à canção de forma agridoce:

— O caminho para as Brumas circunda os arredores da Floresta Negra. 

Olá a todos! 

Espero que estejam se divertindo com a leitura. Não esqueçam de deixar uma estrelinha para mim. Bjos.

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