Sejam compreensíveis com o Taehyung e com o Jungkook, bebês  <3
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Taehyung precisava entender que o outro o amava e precisava que ele o amasse também, – mesmo que isso não fosse uma necessidade, já que o ruivo faria isso mesmo sem perceber. Mas ele estava ocupado demais pensando se ter assumido um compromisso era uma boa idéia, e isso afetou Jungkook de uma maneira gigantesca. 

Ou Taehyung concordaria com um namoro de verdade, ou apenas continuariam amigos. 

Chamava-os disso mas não sabia bem. Taehyung ter falado com ele normalmente no outro dia o deixou irritado e ao mesmo tempo satisfeito. Ficar longe do ruivo não estava nos planos, não mesmo. Mas tê-lo agindo como se tudo estivesse as mil maravilhas era de tirar a paciência de qualquer um. E o mais inaceitável é que ele realmente parecia bem. Ou fingia muito bem.

Jungkook não gostou nem um pouco da idéia de Taehyung com outra pessoa. Socaria-o sem nem se importar caso isso acontecesse.

Mas depois de bater nele, o que diria? "Sinto saudades"? Não. Fora de cogitação.

Pelo menos o fato de Taehyung ter ido a um bar era um sinal que não estava com ninguém. Mas foi só Jungkook pensar novamente que um estalo na língua foi inevitável. 

Se Taehyung estava em um bar era provavelmente a procura de um novo alguém para preencher o vazio que ele mantinha, causado por aquele que agora ignorava-o enquanto dirigia.

Não queria piorar as coisas naquela noite, e sabia muito bem que o moreno iria trabalhar pela manhã, então apenas permaneceu em silêncio como fora pedido. 

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Jungkook observou a casa de Taehyung enquanto finalmente se aproximava dela. Queria negar a si mesmo, mas era impossível. A presença de Taehyung o fazia um bem enorme, e mesmo que tivesse pedido silêncio, o que mais desejava era que ele continuasse falando. Ou melhor, o irritando. 

Não compreendeu muito bem o motivo do outro ter realmente aceitado ficar calado. 

Taehyung fazendo algo que Jungkook pedia sem antes reclamar do quanto era extorquido? Era até irônico pensar que poderia contar nos dedos. 

Estacionou em frente a casa do outro e desligou rapidamente o carro, olhando pela primeira vez para o ruivo depois de alguns minutos evitando-o. 

Taehyung estava preso em pensamentos quando sentiu a mão quente de Jungkook sobre seu rosto. Um singelo toque que agora era tão raro obter, mesmo que a meses atrás recebesse isso a todo instante. 

Olhou Jungkook pelo canto do olho antes de suspirar e sorrir pequeno, abrindo a porta e saindo do carro, evitando o contato – já que não desejava perder a sanidade e beijar Jungkook ali mesmo. 

– Obrigado. – Falou baixo antes de olhar para Jungkook. – Te vejo depois. – Não esperou nenhuma resposta, caminhando alguns passos e abrindo a porta, fechando em um baque alto. 

Jungkook assentiu quando já não havia mais Taehyung do seu lado; quando já não havia o morno de sua mão sobre a bochecha do outro; quando já não havia nada além de um vazio ao seu lado. 

Ligou o carro ao que começava a dirigir para sua casa, agora, sozinho. 

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Não poderia nem ao menos chamar aquilo de boa noite de sono. Tudo o que conseguiu foi uma maldita insônia e olheiras. 

Tentou fazer o possível para não se estressar enquanto ouvia o que o assistente falava e falava. Só queria que seu turno acabasse e voltasse para casa, torcendo para que dessa vez nenhum Taehyung ligasse para ele em plena madrugada pedindo carona.

– Senhor, está tudo bem? – O assistente de cabelos negros falou, enquanto ajeitava alguns papéis sobre a mesa de seu superior. – Hoje o senhor não parece afim de trabalhar.  

– Estou bem, Jimin. Só estou com sono, minha noite não foi muito agradável ontem. – Confessou, tomando o café que havia no copo descartável sobre sua mesa, jogando no lixeiro em seguida. 

– Eu entendo. Infelizmente você precisa assinar alguns papéis pois o chefe quer para alguns minutos. – Disse com um sorriso consolador. 

– Certo. O que temos pra hoje? – Disse, se ajeitando na cadeira e recebendo alguns papéis em mãos. 

– Não muito. Se você assinar esses aqui, e mais esses. – Falou ao que colocava mais alguns sobre a mão de Jungkook. – Depois disso creio eu que tenha acabado. Ontem o senhor fez quase tudo. 

– Se não fosse pela sua enorme ajuda eu ainda teria aquela porção de coisas pra fazer. Obrigado, Jimin. – Disse, recebendo um sorriso em concordância do outro. 

– Que nada. – Disse sem graça. 

– Certo, vamos terminar logo isso para darmos uma volta. 

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Taehyung estava terminando de arrumar as madeixas vermelhas quando pegou o celular e fitou a tela de bloqueio. Uma foto sua e de Jungkook quando ainda estavam namorando. 

Sentia falta. Muita. Todo aquele tempo procurando o que não conseguia achar longe dos braços de Jungkook o fez repensar em tudo. 

Era um adulto e precisava agir como tal, ou jamais teria o mais novo para si novamente. Queria receber o carinho de Jungkook. 

A maneira como ele o fazia sentir tão feliz e amado. Sim, aquilo que só Jungkook conseguia fazer com apenas um olhar e um sorriso nos lábios. No modo sempre tão atento pela qual era recebido quando falava algo – por mais bobo que fosse – e o outro o encarava fascinado. Queria ser a alegria de Jungkook também. 

Teria-o novamente. E teria naquela noite. 

Se Jungkook não o aceitasse, bem, pelo menos teria tentado.

Não se sentiria culpado quando saísse com um outro alguém tentando suprir aquilo que não teria do mais novo, já que foi ele que não o aceitou novamente, mesmo que estivesse realmente apto a mudar. 

Suspirou pesado, olhando novamente sua face no espelho. Tsc, se arrumando para agradar alguém.

Ou melhor, O alguém. 

Sorriu convencido enquanto caminhava para a saída de sua casa. Jungkook deveria ser maluco para terminar com ele. Lindo daquele jeito? Chamaria-o de sortudo se os dois já não soubessem disso. 

Taehyung pediu um táxi e explicou o endereço para qual desejava ir, e pelo caminho, avisou por mensagem a Jungkook que estava indo para a casa dele. 

O que não adiantou já que o celular de Jeon estaria descarregado. 

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Depois de Jungkook ter dado uma carona ao assistente até sua casa depois de passarem o resto da tarde conversando, resolveu voltar para a sua própria.

Já tinha várias idéias para fazer naquele cair de noite, e a melhor delas seria a primeira que ele colocaria em prática: dormir. 

Implorou aos céus sabedoria e racionalidade quando observou Taehyung encostado no muro de sua casa com os braços cruzados, em uma típica posição de provocação. 

Droga! Bonito demais, encantador em demasia aos olhos apaixonados do moreno. Taehyung sabia bem como mexer com seu psicológico. Mas ainda sim, precisava conter seus desejos. Não tinha mais nada com o outro, e precisava entender isso – mesmo que não desejasse. 

Não estava com paciência, mas imaginou que Taehyung não estava ali para tirar o pouco que restava. 

Ele parecia muito sorridente e convencido, como se tivesse planejado exatamente tudo que aconteceria no momento que Jeon colocasse os pés para fora do carro. 

E bem, planejou mesmo. O suficiente para seu coração se manter calmo quando Jungkook saiu do carro com os olhos duvidosos e as sobrancelhas arqueadas. 

Por pouco tempo, até muito se fosse pensar consigo, já que quando Jungkook parou em sua frente com os cabelos bagunçados e os lábios umidos, Taehyung quase sentiu seu coração querer sair pela boca. 

Jungkook mexia consigo sem nem mesmo ter feito nada! Só bastava estar ali; aquela presença tão próxima. 

– O que faz aqui? – Manteve a voz baixa, de modo que o ruivo não pensasse estar incomodando. Não estava, portanto que não começasse a falar e fazer besteiras. 

– Eu avisei que viria, Jeon. – Manteve a voz no mesmo tom do outro. Sabia o quanto Jungkook voltava cansado do trabalho, e tê-lo falando calmamente daquele jeito era algo que só via quando namoravam. Bem, pelo visto Jeon também não tinha intenção de se irritar naquele noite. 

– Meu celular está descarregado. – Disse, se afastando para a porta e ouvindo o som típico ao destrancar a trava. Olhou para Taehyung que parecia aguardar o convite que não tardou. – É... você quer entrar? – Disse, mas não estava confiante que o outro fosse mesmo aceitar quando assentiu e passou ao seu lado, adentrando o local. 

Não sabia quem era o mais maluco. Taehyung por resolver aceitar o pedido ou ele por fazer o pedido. 

Os dois na mesma casa? Não sairia coisa boa, com certeza. 

Jungkook fechou a porta e foi até o sofá se deitando totalmente esparramado. Taehyung provavelmente já estava vasculhando sua geladeira procurando algo para beber. Típico de quem se sente em casa. Não estava lá muito errado e Jungkook não o culpava. Meses atrás era a casa dele. Quer dizer, ainda era. 

– Jungkook, você não comprou nenhuma cerveja? – Taehyung falou enquanto se aproximava com um litro pequeno de Iogurte em mãos. – Sério mesmo? – Aproximou-o do rosto de Jungkook em clara provocação. 

– Eu não gosto tanto de beber como você e sabe bem disso. – Falou sem muito interesse. Só comprava bebidas para eles porque Taehyung pedia, se não fosse por isso, viveria apenas de água. 

– Droga! – Trouxe novamente o litro para perto e o abriu, tomando o líquido rosa em goles necessitados, retirando os resquícios sobre os lábios com a língua. 

A maldita língua! Jungkook pensou enquanto observava tudo. 

Levantou do sofá passando por Taehyung e se dirigindo ao quarto, fechando a porta atrás de si. Não a trancou, porém. 

Taehyung não entraria ali, entraria? 

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Sim, ele entrará em muitas coisas, menino jeon