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Capítulo Vinte e Oito

Vincenzo Alves:

Contemplar Dylan naquele momento me trouxe uma sensação tão intensa de gratidão que mal conseguia descrever. Ele estava ali, radiante, sua voz cheia de vida, imerso em uma conversa animada com a família e o senhor Henke, um homem sempre tão respeitável. O sorriso de Dylan iluminava todo o ambiente, como se a luz que emanava dele fosse contagiante. Era impossível não ser arrastado por aquela energia vibrante.

Eu, meio absorto nessa cena, deixei meu olhar vagar, quase sem querer, até meus filhos. Eles estavam completamente encantados com os presentes recém-recebidos, suas risadas ecoando pela sala. Mark, sempre tão meticuloso, estava concentrado montando um brinquedo para Bonnie, o que arrancava de mim um sorriso discreto. A dedicação dele me lembrava de como, apesar de tudo, as pequenas coisas têm tanto significado. Enquanto isso, eu ajudava Stephen, que mal podia conter a empolgação, a desvendar os mistérios do presente que ele tanto aguardava. Seu entusiasmo era tão genuíno que eu me pegava rindo sozinho, contagiado pela felicidade simples de uma criança.

Mas foi quando minha atenção se voltou para Bianca e a adorável senhora Watson que o cenário realmente ganhou vida. Elas riam de forma tão efusiva, os olhos brilhando, em resposta a alguma piada espirituosa de Dylan sobre o senhor Henke. Claro, Dylan sempre teve essa habilidade de cativar todos à sua volta, de transformar um simples comentário em algo que ressoava, algo que conectava. Eu me permiti perder um pouco o foco, absorvendo tudo. Aquela sala estava cheia de amor, daquelas conexões que a gente só vê em momentos especiais. Era como se cada pessoa ali estivesse em sintonia, uma cena que eu sabia que carregaria comigo para sempre, como uma fotografia mental da pura felicidade.

Sabe, a vida é feita dessas pequenas alegrias, dessas cenas que às vezes passam despercebidas, mas que, quando você para para observar, são tudo o que realmente importa. Aquele momento... eu não trocaria por nada no mundo.

Meu celular vibrou de repente, interrompendo a atmosfera alegre da reunião em família. O som parecia deslocado em meio às risadas e conversas animadas, e um arrepio sutil percorreu minha espinha. Eu sabia que algo estava errado antes mesmo de olhar a tela. Com cautela, peguei o telefone e vi o nome de Isadora aparecer com uma mensagem curta, mas carregada de urgência: "Precisamos conversar. Agora."

Deixei escapar um suspiro quase inaudível, mas o suficiente para que meus filhos, sempre atentos, levantassem as sobrancelhas em curiosidade. Levantei-me da cadeira, tentando disfarçar o desconforto que me atravessava, mas senti os olhares desconfiados de Mark e Bonnie fixos em mim.

— Já encontraram alguma pista sobre aquele assunto? — murmurei, com a voz levemente trêmula, enquanto sentia a tensão tomar conta do meu corpo, transformando meus músculos em fios rígidos.

Do outro lado da linha, a voz de Isadora soava grave, mas antes que ela pudesse dizer algo, ouvi murmúrios e resmungos abafados no fundo. A voz irritada de Demitre soltou um xingamento, e logo em seguida, Antônio mencionou algo sobre um roubo. Meu coração acelerou.

— Benjamin e Demitre acabaram de capturar um dos capangas — disse Isadora rapidamente, sua voz transbordando urgência. — Eles estavam prestes a invadir minha casa.

Minha mente disparou, correndo para Helena e Liz. Um nó se formou na minha garganta, e as palavras saíram quase sem controle:

— E as meninas? Helena e Liz, estão bem?

— Estão perfeitamente bem. Nós conseguimos nos livrar dos outros capangas que as perseguiam — a voz de Isadora se suavizou um pouco, como se o alívio estivesse começando a se instalar. — Quando eu digo "nos livrar", quero dizer que tivemos que tomar medidas drásticas. Benjamin cuidou de eliminar as evidências... mas um dos capangas sobreviveu. Estamos pressionando ele para obter mais informações.

Houve um silêncio breve, mas pesado, enquanto eu tentava digerir a gravidade do que Isadora acabara de relatar. Meu estômago se revirava, mas precisava manter a cabeça no lugar.

Nesse momento, reconheci a voz do meu pai, baixa, mas firme, no fundo da ligação. Ele estava se preparando para interrogar o capanga capturado. A tensão no ar era palpável.

— Fica de olho no que meu pai conseguir tirar desse cara — disse eu, tentando manter a calma, embora soubesse que tudo estava longe de estar sob controle. — E não deixe ninguém ver ele. Vamos focar na outra questão que me contou.

— Já estou nisso — respondeu Isadora, sua voz voltando à urgência profissional. — E posso te garantir, Emily Montgomery não está envolvida nas coisas sujas do pai. Nem aquele idiota sabia no que estava investindo.

Senti um alívio discreto invadir meu peito. Emily era uma das melhores amigas de Dylan, e saber que ela não estava metida nisso faria as coisas um pouco mais fáceis para ele. Meu olhar vagou na direção de Dylan, que continuava animado, alheio ao turbilhão de informações que girava na minha cabeça. Isso, pelo menos, o pouparia de uma dor desnecessária.

— Isso me alivia — murmurei, tentando manter a voz estável. — Mas continue investigando. Quero saber sobre todos os encontros e movimentações deles.

Antes que pudesse continuar, percebi os olhares preocupados dos meus filhos ainda cravados em mim. Era hora de tirar o peso da curiosidade que os incomodava. Forcei um sorriso, o tipo de sorriso que um pai coloca no rosto para assegurar que tudo vai ficar bem, mesmo quando não tem certeza disso.

— Está tudo bem, pessoal. Só estou falando com a tia Isadora sobre um trabalho chato. Vamos continuar nossa comemoração, e eu cuido disso depois, certo?

Meus filhos assentiram, embora os olhos curiosos de Bonnie ainda me perfurassem. Aos poucos, eles voltaram à brincadeira, mas eu sabia que a desconfiança pairava no ar.

Isadora desligou em segundos, mas minha mente permanecia dividida. Eu tentava me misturar novamente à conversa alegre, rir dos comentários engraçados e aproveitar a presença dos meus filhos. No entanto, havia uma parte de mim, sempre conectada àquela ligação, à tensão que pairava no ar fora daquela bolha de felicidade.

Era engraçado como, mesmo nos momentos mais felizes, as sombras do perigo e da incerteza podiam se infiltrar, como se fossem visitantes não convidados. Mas, no fundo, eu sabia que nossa união como família seria a âncora que nos manteria firmes diante de qualquer tempestade que estivesse por vir.

*****************************

Dylan, Bianca, Tereza e Mark tinham saído por alguns segundos para ajudar as crianças a desembrulharem os presentes. Quando o silêncio se instalou, o senhor Henke se aproximou de mim com um sorriso tranquilo e aquele olhar sábio de quem já viveu muito.

— Desde que conheci o Dylan, acho que nunca o vi tão alegre quanto hoje — disse ele, com a voz carregada de um carinho quase paternal. — Fico muito feliz por ele ter encontrado alguém que o valorize como ele merece.

Essas palavras me tocaram profundamente. Eu sabia que Dylan era uma pessoa especial, mas ouvir aquilo vindo de alguém que o conhecia tão bem trouxe um calor ao meu coração. Com um sorriso sincero, olhei para o senhor Henke e respondi:

— Fico feliz em ouvir isso, Senhor Henke. Dylan realmente é uma pessoa incrível, e ele merece toda a felicidade do mundo.

Enquanto observávamos as crianças abrindo os presentes com uma energia contagiante, Dylan estava no centro de tudo, rindo e brincando com elas como se ele próprio fosse uma delas. Ver seu sorriso, a maneira como seus olhos brilhavam, preenchia o ambiente de uma alegria pura. Era impossível não sentir o coração aquecer com aquela cena.

O senhor Henke continuou, agora com o olhar fixo em Dylan, o brilho nos olhos denunciando um orgulho quase palpável.

— Ele passou por muitos desafios ao longo da vida — começou ele, a voz um pouco mais suave. — Mas ver o sorriso dele hoje... isso me enche de orgulho. Tenho certeza de que você tem uma grande parte nisso.

Essas palavras ressoaram em mim. Eu sabia o quanto Dylan significava para mim, e ouvir alguém reconhecer o quanto eu o fazia feliz era como um reconhecimento silencioso do amor que compartilhávamos. Com o coração apertado de emoção, respondi baixinho:

— Eu o amo muito, Senhor Henke. E farei de tudo para mantê-lo sempre assim, feliz.

Nossos olhares se cruzaram, e, sem precisar de mais palavras, um entendimento silencioso se formou entre nós. Era como se, naquele momento, o laço entre Dylan, sua família e eu se fortalecesse ainda mais. Tudo parecia perfeito, como uma dessas noites que você sabe que vai lembrar para sempre.

Enquanto a noite avançava, o riso das crianças continuava a preencher o ar, e nós nos juntamos a elas. Brincamos, contamos histórias e compartilhamos momentos que, sem dúvida, seriam guardados em nossos corações. O Senhor Henke se aproximou novamente, dessa vez com um brilho especial nos olhos.

— Esta é uma noite que nunca poderemos esquecer — disse ele, a voz embargada de emoção. — Ver a felicidade no rosto do Dylan é um presente inestimável.

Ele pegou a mão de Tereza com um gesto suave e beijou sua palma, e o sorriso dela era tímido, mas cheio de amor.

— Assim você me deixa envergonhada — Tereza soltou uma risadinha que fez Mark engasgar, tentando conter o riso.

Bianca, com um toque leve, bateu no ombro dele.

— Isso é um pouco... desconcertante de ouvir — Dylan sussurrou no meu ouvido, fazendo-me rir.

— Eu sou completamente delicada, vocês que me fazem ser raivosa de vez em quando — Tereza disse, apontando para os filhos com uma falsa expressão de irritação.

— Mãe, só sabemos como você é — Bianca falou, mandando um beijo para a mãe. — Mas te amamos desse jeitinho.

Tereza revirou os olhos, fingindo desgosto.

— Onde você aprendeu a ser tão descarada assim? — ela perguntou, com uma sobrancelha erguida.

— Tivemos uma boa professora, você mesma — Dylan respondeu, o tom de voz carregado de diversão.

— Lembro bem que era assim com a gente — Bianca acrescentou com um sorriso travesso.

— Só porque agora são adultos, acham que não posso colocar vocês de castigo? Ainda posso, e farei, se continuarem — Tereza ameaçou, mas o sorriso brincava em seus lábios.

Dylan e Bianca levantaram as mãos em rendição, rindo.

— Sabemos muito bem com quem estamos lidando, mãe querida — Dylan falou, com aquele sorriso que fazia meu coração disparar.

Eu soltei uma risada leve, mas fui rapidamente envolvido na "brincadeira" de Tereza.

— Até você está ficando abusado? — ela disse, estreitando os olhos para mim. — Ambos estão de castigo sem fazer... coisas íntimas — disse ela, olhando disfarçadamente para as crianças que se aproximavam, mudando a frase no último segundo.

— O que são coisas íntimas? — Bonnie perguntou com a curiosidade inocente de sempre.

Dylan, sem perder a compostura, passou a mão no cabelo dela e riu suavemente.

— Coisas de adultos, querida.

— Então papai e o tio Dylan não podem mais fazer? — Stephen perguntou com a expressão mais séria do mundo.

— Isso mesmo, querido — respondeu Tereza, claramente orgulhosa de si mesma. — Nem a tia Bianca e o tio Mark.

Mark, sempre rápido, se defendeu com um sorriso inocente.

— Mas eu nem disse nada contra minha adorável sogrinha.

— Vai ter que pagar pelo que esses dois disseram — Tereza retrucou, e a sala explodiu em risadas.

Era nessas pequenas trocas, nas brincadeiras, que percebíamos o quanto estávamos todos conectados. A leveza daquele momento, em contraste com as tensões do dia a dia, era um presente raro. Eu sabia que, não importa o que viesse, teríamos sempre essas lembranças para nos manter fortes.

Enquanto observava Dylan interagir com todos, uma mistura de sentimentos tomava conta de mim. Havia algo magnético nele, algo que eu não conseguia ignorar. O jeito como ele ria, como seus olhos brilhavam de uma maneira tão genuína, tão aberta... Era impossível não sentir o coração disparar. Dylan sempre foi assim, desde que o conheci. Havia uma leveza nele que parecia puxar todos à sua volta, como se fosse a estrela que todos gravitavam ao redor. E, naquele momento, mesmo com a sala cheia, era como se ele fosse o único ali.

Eu me peguei sorrindo, quase sem perceber, enquanto o via ajudar as crianças com os presentes. Ele se divertia genuinamente, sem qualquer pressa ou preocupação, como se o tempo tivesse parado. E, de certa forma, eu também queria que parasse. Era nesses pequenos momentos que eu sentia a profundidade do que estava crescendo entre nós, algo que eu não podia mais negar.

Ainda me lembro da primeira vez que o vi. Eu, sempre tão fechado, com minhas defesas erguidas, e ele, tão diferente de qualquer um que eu já conheci. Dylan me fez baixar a guarda sem nem se esforçar. E agora, aqui estava eu, observando-o como se ele fosse o centro do meu mundo.

O senhor Henke disse algo sobre a felicidade de Dylan, e eu tive que concordar silenciosamente. Ele parecia mais feliz do que nunca, e isso me fez pensar. Será que eu tinha alguma parte nisso? Será que, de alguma forma, eu contribuía para esse brilho nos olhos dele?

Perdido nesses pensamentos, nem percebi quando Dylan se aproximou de mim, os olhos ainda brilhando com a diversão. Ele se inclinou um pouco, e a proximidade fez meu coração dar um salto.

— O que está pensando? — ele perguntou, com aquela voz suave que sempre fazia algo dentro de mim se mexer.

Eu hesitei por um segundo, mas depois sorri, tentando manter a leveza.

— Estava pensando que você fica bem feliz no meio das crianças. Parece que nasceu pra isso.

Dylan riu, um som que fez meu peito se aquecer. Ele se sentou ao meu lado no sofá, tão perto que nossas pernas quase se tocavam. E, naquele momento, a sala cheia de pessoas e risadas pareceu desaparecer. Só havia ele e eu.

— Acho que você me conhece bem — ele respondeu, me lançando aquele sorriso que fazia o mundo parecer um pouco mais brilhante.

Eu queria responder algo espirituoso, algo que quebrasse a tensão que começava a se formar entre nós, mas as palavras simplesmente não vieram. Em vez disso, o silêncio se instalou, um daqueles silêncios que não eram desconfortáveis, mas carregados de algo mais. Algo não dito, mas sentido.

Dylan virou o rosto para mim, e nossos olhos se encontraram. Por um momento, eu quase pude ver a mesma confusão nos olhos dele que eu sentia dentro de mim. Era como se, mesmo sem palavras, estivéssemos nos perguntando a mesma coisa: "O que é isso que estamos sentindo?"

Antes que pudesse responder àquela pergunta silenciosa, Tereza interrompeu o momento com alguma piada que fez todos rirem. Dylan desviou o olhar e se juntou às risadas, mas eu continuei observando-o, sentindo o calor do momento ainda pulsar entre nós.

Eu sabia que algo havia mudado. Algo que, por mais que tentássemos ignorar, estava crescendo. E a verdade era que, por mais assustador que fosse, eu não queria que parasse.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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