Capítulo Trinta e Um
Dylan Watson:
Acho que nunca, nem nos meus sonhos mais loucos, pensei que estaria nessa situação. Quero dizer, namorar um agente secreto? E ainda mais, um agente secreto que está tentando se livrar da tia mais maluca, egocêntrica e... honestamente, assustadora que já existiu? Quando minha vida se transformou em um enredo de filme de ação cheio de reviravoltas?
Eu era uma pessoa comum. Minha rotina era previsível, pacata até, e eu gostava disso. Mas então, ele apareceu e trouxe com ele esse universo caótico, repleto de intrigas, perseguições e segredos. De repente, me vi cercado por coisas que antes só existiam na tela do cinema. E ele... bom, ele parecia sempre estar um passo à frente de todo mundo. Às vezes, eu me perguntava como ele conseguia; como ele podia ficar tão calmo quando eu mal conseguia respirar de tanto nervoso.
E aí tem a tia. Ah, a tia!
Aquela mulher conseguia fazer qualquer vilã de filme parecer amadora. Era como se ela tivesse nascido para causar problemas, e claro, ele estava determinado a acabar com as conspirações malucas dela. Parecia uma missão impossível, mas, para ele, desistir nunca foi uma opção. O que ele faria para salvar o mundo? Tudo. Até arriscar a própria vida.
Eu, por outro lado, me pegava pensando... *Isso vale mesmo a pena?* Será que a adrenalina que percorria minhas veias toda vez que eu entrava em uma situação perigosa compensava o medo que se instalava no fundo do meu estômago? Ou será que eu estava apenas sendo um pouco masoquista? Só sei que, mesmo no meio do caos, era impossível negar a fascinação que tudo isso exercia sobre mim. A emoção, o perigo, o desconhecido... era como um imã. E eu, apesar de tentar ser a voz da razão, continuava sendo puxado para esse mundo com ele.
Talvez fosse loucura. Ok, com certeza era loucura. Mas, entre um suspiro aliviado e uma batida acelerada no peito, percebi que também tinha algo de incrivelmente viciante nisso tudo. O problema? Eu não sabia se estava preparado para enfrentar o que viria a seguir, mas, de alguma forma, sabia que não poderia mais voltar para aquela vida simples. E, no fundo, uma parte de mim estava curiosa demais para desistir agora.
Alguém estalou os dedos bem diante do meu rosto, me arrancando dos meus pensamentos. Virei-me e vi minha irmã, ainda completamente imersa na tarefa de escolher roupas para os bebês. Claro, os bebês que, segundo ela, "vão demorar bastante para nascer". Mas lá estávamos nós, em plena missão de compras. De acordo com nossa mãe, Emily e até mesmo Madison, eu estava sendo "arrastado para o futuro", como se isso fosse uma tarefa coletiva.
— Você não acha que é cedo demais para comprar essas coisas? — perguntei, erguendo uma sobrancelha e cruzando os braços, um pouco cético.
Minha irmã, com aquele sorriso típico de quem sabe mais que todo mundo, respondeu sem hesitar.
— Nunca é cedo demais para se preparar! Além disso, quem sabe quando encontraremos algo tão fofo novamente? Meu bebê e o meu futuro sobrinho ou sobrinha não podem usar qualquer coisa. Tem que ser perfeito.
Revirei os olhos dramaticamente, mas um sorriso começou a escapar. A empolgação dela era quase palpável, e mesmo que eu tentasse resistir, estava sendo sugado pela energia. Ela estava radiante, examinando cada roupinha como se estivesse prestes a descobrir um tesouro escondido. Enquanto observava minha irmã manusear cada peça com o tipo de cuidado que só uma mãe entusiasmada tem, percebi que a expectativa estava contaminando a todos nós. Até os filhos de Vincenzo, que estavam por ali, pareciam fascinados com as roupinhas, como se estivessem imaginando qual delas seria aprovada pelos futuros bebês.
Eu ri baixinho, me divertindo com a situação. Posso dizer com certeza: eles serão irmãos mais velhos incríveis. E francamente, não sei quem está mais animado, minha irmã ou as crianças.
Madison, que estava ao meu lado, se mexeu e exibiu um pequeno vestido cor-de-rosa, seus olhos brilhando com nostalgia.
— Amigo, isso me lembra daquele vestido que sua irmã desenhou para o baile de formatura anos atrás — comentou ela, virando a peça nas mãos para observar a etiqueta. — Espera... esse é o desenho dela!
— É claro que é — falei, balançando a cabeça com um sorriso. — Essa loja vende as roupas que ela e o Vinicius criam. Ela está aqui para garantir que qualquer um a reconheça. Não se engane.
Madison deu um risinho de aprovação, seus olhos se enchendo de admiração.
— É incrível ver o trabalho deles ganhando reconhecimento assim. Sua irmã é um talento nato. Eu ainda lembro de todos os vestidos maravilhosos que ela fez para mim nas entradas de tapete vermelho.
Enquanto nós falávamos, minha irmã voltou, com os olhos curiosos, espiando o vestido.
— Então, o que acharam? Gostaram desse?
Madison segurou o vestido com cuidado, como se fosse uma relíquia preciosa, olhou para mim e declarou:
— Eu adoro. É tão original! Me lembra muito o vestido do nosso baile de formatura.
Minha irmã sorriu, os olhos brilhando com orgulho, visivelmente satisfeita com o elogio.
— Fico feliz que tenham gostado! Eu e o Vinicius colocamos tanto amor em cada peça que criamos. — Ela suspirou, mas então fez uma pausa e colocou a mão na testa, num gesto dramático, como se estivesse prestes a protagonizar uma novela. — Só queria que o Dylan ainda usasse as roupas estilosas que eu faço. Agora ele só quer coisas mais masculinas! — Ela soltou um suspiro exagerado. — Onde está o meu irmão estiloso, que não se prendia a padrões?
Madison riu, o riso suave e caloroso.
— As pessoas mudam, mas o Dylan ainda tem estilo, viu? Ele só encontrou uma nova maneira de se expressar.
— Eu sei, eu sei... — minha irmã respondeu, resignada. — Mas sinto falta de quando podíamos compartilhar o guarda-roupa.
— Ei, eu ainda uso algumas peças, de vez em quando — falei, dando um tapinha no ombro dela. — Lembra como fiquei um arraso no seu casamento?
Ela me lançou um olhar desafiador, com um sorriso travesso.
— É, mas você precisa usar com mais frequência! — E revirei os olhos dessa vez, mas sem deixar de sorrir. — Sei que parou de usar essas coisas para se "ajustar" nesse ramo de dono de restaurante, mas você sabe o que eu penso sobre isso.
Balancei a cabeça, rindo.
— Não estou fugindo da moda, só estou dando uma pausa. Cuidar de um restaurante exige outro tipo de estilo. Mais prático, menos... brilhoso.
Minha irmã deu uma risada alta e me deu um leve empurrão no ombro.
— Você é impossível, mas ainda é meu ícone fashion.
— Disse a estilista e designer de roupas — falei, piscando para ela, que soltou uma risadinha divertida.
Ela balançou a cabeça, fingindo estar ofendida, mas o sorriso no rosto não a deixava negar a verdade.
— Você sabe que estou certa — ela disse, com um tom meio desafiador. — Quem entende de estilo aqui sou eu, e você devia me ouvir mais.
Eu revirei os olhos, mas não pude evitar um sorriso.
— Certo, certo, estilista suprema. Eu prometo considerar suas recomendações... mas só se você não me colocar em algo cheio de lantejoulas outra vez. — Pisquei de novo, sabendo que ela adorava exagerar nas escolhas quando me vestia.
Ela gargalhou, jogando os cabelos para trás de um jeito teatral.
— Ah, as lantejoulas te transformaram num verdadeiro *divo* no meu casamento! Você deveria estar me agradecendo.
— Eu agradeço, de verdade. Só ainda estou limpando as lantejoulas da minha casa até hoje... — brinquei, rindo junto com ela.
Madison, que observava a troca divertida, não aguentou e se juntou à risada.
— Se vocês dois começarem a discutir sobre moda, eu vou precisar de pipoca. É sempre um show à parte!
Minha irmã deu de ombros, com aquele sorriso de quem sabia que tinha ganhado a discussão.
— Moda não é só o que você veste, mano, é como você vive! — disse ela, com uma pose dramática, como se estivesse pronta para subir numa passarela.
— Sim, sim... a vida como uma eterna passarela — brinquei, balançando a cabeça e rindo.
A verdade é que, mesmo com todas as provocações e brincadeiras, eu não trocaria esses momentos por nada. Éramos uma família cheia de opiniões fortes e discussões divertidas, mas no fundo, era exatamente isso que nos fazia tão unidos.
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Compramos tantas sacolas que até Madison soltou um assobio impressionado, olhando para o montante.
— Uau, acho que vocês estão montando um enxoval para um batalhão de bebês — ela brincou, enquanto tentava equilibrar algumas das sacolas.
Eu já estava sentindo o peso nas mãos e, sinceramente, só conseguia pensar em uma coisa no momento: comida.
— Podemos ir comer agora? — pedi, quase suplicando, enquanto olhava para minha irmã com a esperança de que ela finalmente estivesse satisfeita com as compras.
Minha irmã, é claro, estava longe de terminar seu dia de "preparações". Seus olhos brilharam com uma nova empolgação.
— Tem um lugar de comida mexicana que eu quero muito ir! — ela disse, quase saltitando de animação. — Pode ser?
Olhei para Madison, que ergueu uma sobrancelha como se dissesse "você não vai escapar dessa". Suspirei, mas não pude evitar um sorriso.
— Tá bom, mas você paga, irmã. Se é você que quer tanto ir, pelo menos isso, né?
Ela soltou uma risadinha travessa e balançou a cabeça.
— Fechado! Mas só se você prometer que não vai reclamar das pimentas.
Eu ri, sabendo que ela estava se referindo à última vez em que experimentei comida mexicana com ela e quase coloquei fogo na boca.
— Prometo. Mas eu não garanto sobreviver.
Minha irmã riu, claramente já antecipando a minha "batalha" com a comida apimentada.
— Ah, você vai sobreviver sim! — disse ela, dando uma piscadela. — Acredite, vale a pena o sofrimento!
Madison riu ao nosso lado, divertindo-se com a troca.
— Só quero ver você chorando de novo por causa de um taco — ela provocou, me dando um leve empurrão no ombro.
— Ei! — protestei, tentando soar ofendido, mas a verdade é que até eu lembrava daquele momento de maneira cômica. — Aquele taco estava sabotado! Não era humano aquilo.
— Certo, certo — minha irmã disse, claramente se divertindo com a lembrança também. — Vamos ver se você aguenta dessa vez.
Fomos em direção ao restaurante mexicano que ela tanto falava, carregados de sacolas e já com a barriga roncando. Quando finalmente chegamos, o cheiro de temperos frescos, especiarias e tortillas quentes nos envolveu imediatamente. O lugar era aconchegante, com uma decoração vibrante e colorida, cheia de pequenos detalhes que me faziam sentir como se tivéssemos atravessado a fronteira para o México.
— Pronto, aqui estamos! — minha irmã anunciou com um sorriso vitorioso, como se tivesse acabado de nos levar ao paraíso gastronômico.
Sentamos à mesa, e o garçom nos trouxe o cardápio. Eu já podia sentir o suor na testa só de ler as descrições dos pratos mais apimentados. Madison, é claro, aproveitou a chance para me provocar ainda mais.
— Vai pedir algo sem pimenta, ou vai direto para o "fogo na boca"? — ela perguntou, com um sorriso malicioso.
— Eu vou ser corajoso desta vez — respondi, me preparando mentalmente. — Mas, por favor, tenham um extintor por perto.
Minha irmã e Madison riram, e fiz meu pedido, escolhendo um burrito que parecia "inocente" no cardápio. No fundo, eu sabia que estava jogando roleta russa com meu paladar. Quando os pratos chegaram, eu já estava suando só de imaginar o que vinha pela frente.
Minha irmã deu a primeira mordida no taco dela, e os olhos dela brilharam.
— Perfeito, como sempre! — ela disse, animada.
Peguei meu burrito com uma leve hesitação e dei a primeira mordida. No começo, era só sabor, delicioso, com todas as camadas de tempero equilibradas... até que o calor começou. Primeiro devagar, depois rápido demais. Senti minhas papilas gustativas se incendiarem.
— Você está bem? — Madison perguntou com um sorriso, já percebendo o meu desespero silencioso.
— Ótimo... totalmente... sob... controle — falei entre tosses e lágrimas nos olhos, agarrando o copo de água.
Minha irmã explodiu em gargalhadas, quase derrubando o taco no prato.
— Eu avisei que ia valer a pena! — ela disse, ainda rindo.
Enquanto eu tentava me recompor, só conseguia pensar em uma coisa: da próxima vez, eu definitivamente iria escolher algo mais seguro. Ou talvez não.
— Então, como está sendo com a mãe dos gêmeos de volta? — Bianca perguntou casualmente, enquanto saboreava seu prato, mas foi o suficiente para fazer Madison engasgar com a própria comida.
— Espera, *a mãe dos filhos do Vincenzo está de volta?!* — ela perguntou, surpresa, limpando a garganta e pegando o copo d'água com pressa. — Por que ninguém me contou isso antes?
Eu tentei não rir da reação exagerada de Madison e, claro, evitar dar muitas explicações desnecessárias. Já bastava estar no meio dessa confusão toda envolvendo espionagem, agentes secretos e planos malucos de dominação mundial. Não dava para sair por aí contando tudo para minhas amigas. Então, optei pela resposta mais diplomática possível.
— Sim, a Laura voltou — falei com um tom casual, tentando manter a calma na situação. — Mas relaxa, ela é super de boa. Uma pessoa muito legal de conversar e, pelo que vejo, ela só quer amizade com o Vincenzo.
Madison me lançou um olhar desconfiado, e eu sabia que ela podia sentir que tinha algo mais por trás da história. Mas era melhor deixar a versão simplificada no ar. Não ia ser nada fácil explicar que a "mãe dos filhos do Vincenzo", na verdade, era uma policial disfarçada que estava ajudando a desmantelar uma conspiração bizarra envolvendo a tia do meu namorado. Ah, e claro, Vincenzo? Um espião. Coisa básica do dia a dia, né?
— Humm... — Madison disse, claramente não convencida, mas aceitando minha resposta por enquanto. Ela deu um gole na água e, finalmente, respirou aliviada. — Bom, se você diz que está tudo tranquilo, vou acreditar em você. Mas sério, vocês precisam me manter mais atualizada sobre esses babados.
— Confia em mim, se você soubesse de tudo... provavelmente ia pedir pra sair dessa novela de ação maluca que eu vivo — murmurei, mais para mim mesmo do que para ela, enquanto Bianca ria baixinho, provavelmente se divertindo com o caos que minha vida virou.
— Olha, eu só quero garantir que as coisas não vão explodir de novo, literalmente — Madison falou, me olhando de lado com uma risada contida.
— Bom, explosões eu já não posso prometer — falei, rindo junto. — Mas, por enquanto, está tudo sob controle... ou o mais próximo disso que se pode ter com o Vincenzo, a Laura e uma tia maluca no meio.
O que mais eu podia dizer? Se minha vida fosse um filme, definitivamente não seria uma comédia romântica simples.
— Eu sei sobre o trabalho deles — Madison disse de repente, e seu tom chamou minha atenção. Olhei curioso para ela, assim como Bianca, que levantou uma sobrancelha.
— Como assim você sabe? — perguntei, enquanto Bianca cruzava os braços, já visivelmente intrigada.
Madison olhou de lado, como se estivesse decidindo se compartilharia ou não, e então soltou um suspiro.
— Eu meio que soube por causa do meu... do Antônio — ela finalmente revelou, hesitante, como se esperasse que aquilo fosse uma bomba.
Bianca soltou uma risada curta e me olhou, como se dissesse "eu sabia".
— Ahhh, então finalmente você contou que estão saindo? — Bianca falou, o sorriso dela ficando ainda mais travesso. — A gente já desconfiava, sabe? Ainda mais quando você mandava aquelas mensagens rapidinhas pra ele enquanto estava com o pessoal. Era meio óbvio.
Madison corou levemente e deu de ombros, tentando manter a compostura.
— Eu sou discreta, ok? — defendeu-se, embora a tentativa tenha saído meio desajeitada. — Mas, sim, estamos saindo há um tempo, e eu estou me envolvendo nesse mundo estranho de espionagem por tabela.
Eu não pude evitar uma risadinha, mais aliviado do que deveria estar.
— Fico feliz que ele tenha contado tudo para você. Honestamente, é bom saber que ele não está escondendo mais esse segredo todo.
Madison deu um pequeno aceno de cabeça.
— No começo, eu achei que fosse uma piada ou uma mentira. Quero dizer, quem entra num relacionamento esperando descobrir que o cara é... bem, o que o Antônio é, né? — Ela deu uma risadinha nervosa e continuou: — Mas ele me contou tudo, cada detalhe, e na seleção... cara, foi surreal. Ele é tão cuidadoso com tudo que faz, mas eu nunca imaginei que estivesse envolvido com esse nível de coisa.
— Bem-vinda ao clube dos que acham que a vida deles virou um filme de ação — brinquei, tentando aliviar o clima com humor. — Às vezes, eu ainda estou esperando alguém aparecer com uma câmera e dizer que isso tudo era um reality show secreto.
Bianca riu, mas Madison parecia pensativa.
— Agora eu entendo por que você sempre parece saber mais do que conta — Madison disse, com um tom mais suave. — Só espero que eu esteja preparada para lidar com tudo o que vem por aí.
Eu sorri para ela, compreendendo bem o que ela estava sentindo.
— Se te serve de consolo, eu também estou tentando me preparar — falei, dando um tapinha no ombro dela. — Mas juntos, a gente vai sobreviver a essa loucura.
Bianca soltou um resmungo repentino, me pegando de surpresa.
— Perdi minha fome — disse ela, com uma expressão de desagrado que me fez levantar uma sobrancelha de curiosidade. Antes que eu perguntasse, ela discretamente apontou para o lado.
Segui a direção do dedo dela e, para minha surpresa, avistei Mike, meu ex-namorado, caminhando diretamente na nossa direção. Meu estômago deu um nó imediato. Era exatamente o tipo de encontro que eu queria evitar, especialmente num dia que já estava carregado o suficiente.
— Sério? Logo agora? — murmurei, tentando decidir se fingia que não o vi ou se encarava a situação de frente.
— Ele está vindo pra cá mesmo? — Madison perguntou, olhando entre Mike e eu, claramente percebendo o desconforto no ar.
Bianca, que nunca foi de esconder o que estava pensando, bufou baixinho.
— Ele tá vindo direto pra cá. Se esse é o seu dia de azar, você acertou na loteria.
Suspirei, ajustando as sacolas que segurava. O que mais podia acontecer hoje? Primeiro, a revelação sobre Antonio, depois toda essa conversa sobre espionagem, e agora isso?
— Vai encarar ou sair correndo? — Bianca perguntou com um tom divertido, mas era óbvio que estava tentando aliviar a tensão.
— Vou encarar, acho... não tem pra onde fugir agora — respondi, respirando fundo.
Quando Mike finalmente chegou perto o suficiente, ele parou e, com aquele sorriso que eu reconhecia bem demais, me cumprimentou.
— Ei... quanto tempo, né? — disse ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
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Gostaram?
Até a próxima 😘
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