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Capítulo Dez

Vincenzo Alves:

Ter queimado o café da manhã foi um grande erro, pelo menos de acordo com as palavras da minha mãe. Mas, honestamente, quem estaria preparado para as travessuras de Stephen? Ou pior, preparado para que ele dissesse à minha mãe que fiz isso de propósito, só para irritá-la. Ah, esse garoto sabe como manipular as situações a seu favor.

Quando minha mãe nos encontrou, eu já sabia o que estava por vir. A crítica em seus olhos era tão clara quanto o sol em um dia de verão. Ela nem precisava dizer uma palavra para eu sentir aquele famoso peso da desaprovação materna. E claro, não ajudava o fato de que Stephen, o pequeno gênio do caos, olhava para mim com aquele sorrisinho travesso, como quem diz: "Eu avisei."

E aí, como se tudo fosse parte de uma cena planejada, minha mãe perguntou para onde iríamos comer. Ela sabia que o café da manhã estava perdido, queimado e destruído como meus planos de ter uma manhã tranquila. Ah, como eu queria responder algo espirituoso, mas sabia que a guerra estava perdida antes mesmo de começar.

Agora, a irmã do Stephen... Ah, essa é uma doçura. Ela sempre fica do meu lado quando a avó começa a discutir comigo. E sim, eu sei que não deveria ter favoritos, mas como não amar aquela garotinha que sempre me defende? Quando ela me olha com aqueles olhos grandes, sinto que pelo menos alguém acredita que eu tenho salvação.

Nos primeiros dias, toda essa dinâmica foi, no mínimo, estranha. Um misto de confusão, caos e pequenas batalhas pelo controle da situação.

Nos primeiros dias, a situação foi, no mínimo, esquisita. Acordar todo dia com Stephen tramando alguma coisa enquanto sua irmã, minha pequena defensora, me observava como se estivesse avaliando o campo de batalha. Quem diria que duas crianças poderiam controlar o ritmo da minha vida assim? Eu mal conseguia prever o que Stephen faria a seguir. Era como viver num filme de suspense, onde o vilão principal tem o rosto de um garoto de oito anos com um talento especial para a travessura.

No entanto, com o tempo, eu comecei a me adaptar. A verdade é que, quando você lida com uma mente tão criativa quanto a do Stephen, você desenvolve... estratégias. Comecei a prever os passos dele. Como aquela vez em que ele colocou ketchup no frasco de shampoo – peguei no ar antes mesmo de abrir o chuveiro. Claro, não fui sempre tão rápido. Teve aquela vez em que eu cai no truque da almofada de pum em plena reunião de família. Ah, como minha mãe riu... não que ela tenha se incomodado menos quando queimamos o jantar naquela mesma noite. A vida com Stephen era um constante jogo de gato e rato, e eu estava sempre dois passos atrás.

Mas a irmã dele, ah... ela era um doce de pessoa. Tinha o coração mais puro que eu já vi. Enquanto Stephen conspirava para me pregar peças, ela vinha com seu jeito meigo, entregando desenhos para mim. Ela me desenhava como um herói, de capa e tudo, enquanto eu tentava me equilibrar entre salvar o café da manhã e sobreviver aos planos maquiavélicos do irmão dela. Eu sei, eu sei, favoritismo não é justo, mas como resistir quando ela me abraça depois de uma bronca da avó? "Eu gosto do seu café, mesmo quando ele está queimado," ela sussurrava, e minha alma se derretia como manteiga na frigideira.

É engraçado como esses pequenos momentos podem mudar o clima do dia. O olhar crítico da minha mãe sempre me fazia sentir como se estivesse prestes a ser reprovado num exame que eu nem sabia que estava prestando. Mas a garotinha, com seu sorriso, me lembrava que eu não estava completamente falhando. Queimar o café da manhã, talvez, mas ser um desastre total? Nem tanto.

Então, cada dia se tornava uma nova aventura. Entre Stephen tentando superar seus próprios recordes de travessura e sua irmã sendo o bálsamo que curava as feridas deixadas por essas "aventuras," comecei a entender que a vida era uma montanha-russa com eles. E sabe de uma coisa? Talvez eu não seja o melhor cozinheiro, nem o adulto mais responsável do mundo, mas estava claro que, de alguma forma, tínhamos nosso próprio equilíbrio maluco.

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Quando terminamos o café, os gêmeos pularam dos assentos com a energia de sempre e correram atrás de Dylan, que já estava se preparando para sair.

— Eles se apegaram ao Dylan nesses últimos dias, não? — comentou minha mãe, soltando uma risada que parecia meio cúmplice.

— Acho que eles estão mais apegados ao Dylan do que a mim — murmurei, tentando parecer despreocupado.

— Claro, ele sempre aparece pra salvar o dia quando você faz alguma besteira — respondeu minha mãe, me lançando um olhar que era meio brincalhão, meio crítico. — Não posso culpá-los. Mas, sinceramente, você também não parece estar reclamando dessa rotina de ter ele indo até a sua casa todo santo dia, né?

Mordi o lábio, tentando evitar o sorriso que ameaçava escapar. Minha mãe me conhecia bem demais. Ela levantou uma sobrancelha, aquele olhar superior de quem sabia que eu estava mentindo.

— Não é verdade — menti, cruzando os braços como se isso reforçasse minha convicção. — Ele invade o meu espaço, todo dia, e isso me deixa... irritado.

Minha mãe soltou uma risada breve.

— Ah, filho, essa mentira não cola comigo — disse ela, levantando-se com aquela calma de quem tinha acabado de ganhar a discussão. — Liga pra mim quando terminar na empresa hoje, mas não esquece: tem que cuidar dos seus filhos. Se você falhar com eles, eu juro que quem vai te matar sou eu.

— Sei que você está brincando, mas esse olhar... quase faz parecer que você realmente vai fazer isso — brinquei, rindo sem graça, tentando aliviar a tensão.

Ela me lançou aquele olhar característico de "não brinque comigo", bagunçando meu cabelo de um jeito quase carinhoso.

— Eu não costumo brincar, querido. Sou sua mãe, sei muito bem como você pode ser um completo idiota às vezes. Onde foi que eu errei? Deve ter sido trocado na maternidade.

— Que? Eu sou seu filho, mãe! — protestei, ofendido, mas com um sorriso no rosto.

— Ah, duvido muito, considerando as coisas que você faz — ela disse com uma risada, mas depois seu olhar ficou mais sério, mais inquisitivo. — Se está interessado nesse rapaz...

A voz dela ganhou um tom animado, como se ela finalmente tivesse chegado onde queria. Ela sabia que estava cutucando algo que eu não queria admitir tão facilmente, e brincava com a caneta nas mãos, me estudando como se eu fosse um quebra-cabeça fácil de resolver. Enquanto ela filosofava sobre o quanto eu podia ser um grande idiota sobre os meus próprios sentimentos, meus olhos encontraram Dylan do outro lado do restaurante. Ele vinha em nossa direção com os gêmeos, cada um segurando um tupperware com docinhos.

— Antes que você diga alguma coisa, eles pediram porque você ainda não limpou o fogão — Dylan anunciou assim que chegou à mesa, um sorriso travesso no rosto. — Então, dei uns salgados que sobraram da remessa dessa manhã para eles.

— Você não limpou o fogão? — Minha mãe me encarou com aquele olhar mortal que só ela sabia fazer. — Sério? Ainda fico surpresa com as suas trapalhadas.

— E ainda disse que podia fazer isso mais tarde, deixando a gente sem café da manhã — completou Stephen, com uma expressão inocente que ele sabia usar muito bem para me incriminar.

Sério, esse garoto... Ele já tinha a avó no bolso, mesmo só tendo passado alguns dias com ela. Ele tinha aprendido direitinho com meus sobrinhos. Vou ter que lembrar de manter esses dois grupos longe um do outro da próxima vez.

— Eu consigo fazer uma limpeza rápida — me defendi, já sentindo a maré virar contra mim.

— Pai, você jogou massa até no teto, nos armários da cozinha e até na janela! — Stephen continuou. — Caiu até na televisão do apartamento.

Nesse momento, eu vi minha mãe e Dylan trocando olhares horrorizados. Ah, ótimo. Eu afundava mais a cada segundo.

— Tio Dylan, vamos alugar um filme para assistir mais tarde! — Bonnie falou, sempre a doçura em pessoa. — Você quer vir também? Papai sempre gosta quando você vai lá em casa, mesmo que ele negue ou faça cara de indiferente quando você vai embora. Depois, ele fica soltando suspiros tristes. Minha mãe disse que isso acontece quando alguém está apaixonado.

Quase engasguei com as palavras, desviando o olhar. Ah, Bonnie... a sinceridade infantil é uma arma devastadora. Eu sabia que Dylan, com o jeito direto que ele tem, não ia deixar passar o que ela acabara de dizer.

Antes que eu pudesse abrir a boca pra tentar salvar a situação, alguém chamou Dylan, e ele se afastou. Eu levantei rapidamente, saindo do restaurante depois de deixar o dinheiro da conta. Passei a mão pelos cabelos, sentindo a confusão e o nervosismo me dominarem.

— Onde você está indo? — Minha mãe perguntou, vindo atrás de mim com os gêmeos.

— Vou arrumar o apartamento — resmunguei, irritado.

— Não me diga que está bravo por causa do que a Bonnie disse — ela perguntou, um sorriso conhecedor brincando nos lábios. — Vincenzo, você é um livro aberto. Qualquer um que te conheça sabe de longe que você está apaixonado pelo Dylan.

Suspirei, destrancando o carro para os gêmeos entrarem.

— Não estou bravo com ela, mãe... Só que eu não consigo dizer o que sinto para ele. Tenho medo de destruir o que a gente tem — confessei, finalmente deixando escapar um pouco do que me atormentava. — É frustrante ser assim. Não parece nem que sou eu.

Minha mãe suspirou, mas seu tom ficou mais suave.

— Querido, isso é completamente normal — ela disse com uma delicadeza que só ela sabia usar. — Não precisa ter medo. Basta ser você. Ele vai se apaixonar pela pessoa incrível que você é, eu tenho certeza.

Mesmo que suas palavras fossem tranquilizadoras, uma tempestade de dúvidas ainda girava na minha cabeça, criando uma bagunça de pensamentos confusos.

— Vamos deixar isso pra lá por enquanto — murmurei, e ela assentiu calmamente. — Não acho que seja o momento certo para me declarar. Ele acabou de sair de um relacionamento de três anos, e tem tantas responsabilidades com o restaurante e com a mãe... ele precisa de tempo.

Minha mãe apenas sorriu, com aquele olhar de quem sabia mais do que eu jamais admitiria.

— Vou apoiar sua decisão. Está no caminho certo para se tornar uma pessoa madura. Estou orgulhosa de você — disse ela, apertando meu braço carinhosamente.

— Quer dizer que nunca te dei orgulho antes? — provoquei, um sorriso surgindo nos meus lábios.

— Se não quiser se magoar, vou te dar três segundos pra decidir se quer ouvir minha resposta sincera — respondeu ela, divertida, e eu pensei em todas as vezes que ela jogaria na minha cara as besteiras que já fiz.

— Melhor não dizer nada — ri.

— Garoto esperto — ela disse, me dando um tapinha no ombro. — Agora vai arrumar o seu apartamento!

Ela deu um beijo na testa dos gêmeos, que já estavam conversando entre si em uma espécie de código secreto que só eles entendiam. Um dia, vou decifrar esse idioma que criaram para planejar suas loucuras... mas até lá, vou ter que ficar de olho neles.

Enquanto dirigia de volta para casa com os gêmeos no banco de trás, a conversa entre eles estava mais agitada do que nunca. Eles falavam naquela língua secreta que tinham inventado, misturando palavras e sons que só faziam sentido para eles. Eu conseguia pegar algumas coisas no ar, mas a maior parte era pura confusão.

— Bonnie, não acho que ele vai descobrir isso tão fácil — Stephen disse, fazendo uma cara de conspiração enquanto olhava para a irmã.

— Claro que vai! Ele sempre percebe depois que já fizemos tudo! — respondeu Bonnie, com aquele sorriso sapeca no rosto, claramente se referindo a mim.

— Não estou nem um pouco surpreso que vocês dois estejam tramando algo — falei, olhando pelo retrovisor com um sorriso. — Mas dessa vez vou descobrir antes, só pra variar.

Eles riram em uníssono, como se soubessem de algum segredo que eu jamais entenderia. Era engraçado como eles pareciam estar sempre um passo à frente de mim, ou pelo menos fingiam estar. Com certeza herdaram essa astúcia de alguém que não sou eu.

— Papai, você acha que o tio Dylan gosta de você? — Bonnie perguntou de repente, do nada, com a mesma sinceridade desarmante de antes.

Eu quase engasguei com o ar, sentindo meu rosto esquentar.

— Bonnie, isso é... uma pergunta complicada — respondi, tentando manter a compostura. — Acho que o Dylan é um bom amigo, e é isso.

Stephen, que até então estava quieto, soltou uma risadinha.

— Só amigo? — ele perguntou com aquela voz inocente, que eu sabia que era tudo menos inocente. — Mas você fica diferente quando ele está por perto, papai.

— Que diferente? — tentei disfarçar, mas sabia que estava lutando uma batalha perdida. — Eu não fico diferente...

— Fica sim! — os dois disseram em coro, gargalhando como se tivessem acabado de ganhar na loteria.

Suspirei profundamente, sem saber como escapar dessa. Eles tinham uma forma de me ler que era quase assustadora. Como eu ia sair dessa agora?

— Olha, vocês dois... O Dylan é um amigo importante, ok? Não tem nada de mais nisso — falei, sem muita convicção.

Bonnie cruzou os braços, daquele jeito sério que ela fazia quando estava prestes a me dar uma lição.

— Acho que você devia contar pra ele o que sente, papai. A mamãe sempre diz que as pessoas precisam falar a verdade, mesmo quando estão com medo — ela disse, com a sabedoria de uma criança que parecia muito mais velha do que era.

Antes que eu pudesse responder, Stephen interrompeu, sempre com um comentário afiado na ponta da língua.

— Isso, papai! A Bonnie tem razão! Você vai esperar até quando? Até ele encontrar outra pessoa? Porque aí, você vai ficar chorando no sofá, e eu e a Bonnie não queremos isso — disse ele, com um ar prático demais para um menino da idade dele.

Eu não pude evitar uma risada, embora estivesse completamente embaraçado.

— Vocês dois são impossíveis — murmurei, balançando a cabeça. — Vamos mudar de assunto, ok? Já estamos quase em casa.

Eles trocaram um olhar cúmplice, mas, surpreendentemente, não insistiram. Em vez disso, começaram a discutir qual filme iam querer alugar mais tarde, deixando o assunto "Dylan e eu" de lado, pelo menos por enquanto.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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