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Bônus Dois

Antônio Browns:

Ser um espião é uma arte complicada, que exige um equilíbrio entre verdades e mentiras, disfarces e segredos. E vou te dizer, isso se torna particularmente complexo quando sua própria família acha que você está sempre mentindo — mesmo quando eu insisto que está tudo bem no trabalho. Quer dizer, quem acreditaria que "tudo bem" realmente significa uma fuga alucinante de helicóptero ou um jantar improvisado com um ditador?

A verdade é que, no meu ramo, a falsidade não é apenas uma ferramenta, é um estilo de vida. É como uma segunda pele. Carrego um mundo paralelo cheio de intrigas, espionagem, e perigos, cuidadosamente camuflado por sorrisos e respostas vagas nas reuniões de família. Eles jamais poderiam entender ou, pior, suportar saber. Proteger essa barreira entre as duas realidades é essencial.

Só que tem um problema: meu irmão mais velho. Ah, ele parece ter uma missão pessoal de me provocar até o limite. Toda vez que ele lança aqueles comentários sarcásticos sobre minha vida amorosa — ou melhor, sobre a "falta" dela — eu preciso conter o riso. "Então, e essa namorada que nunca vimos? Ela é real ou só mais um disfarce?" ele pergunta com aquele sorriso convencido. Se ele soubesse o quão perto da verdade ele está... Mas eu apenas sorrio de volta, lançando uma resposta casual, enquanto internamente estou criando mil maneiras de disfarçar melhor o próximo encontro clandestino com uma informante perigosa.

É sempre uma mistura estranha de emoções: frustração por ele chegar tão perto, alívio por ele nunca suspeitar do real motivo e, admito, uma pitada de humor. Porque, no fundo, existe algo irônico em ser um mestre da mentira e ainda ter que usar essas habilidades para lidar com as piadinhas de família.

Mas, no fundo, não é só sobre esconder segredos — é sobre proteger aqueles que amo. Meu trabalho é perigoso, e a última coisa que quero é que meu irmão, ou qualquer outra pessoa da família, se envolva nesse caos. Então, mantenho a fachada, suporto as provocações e finjo que minha vida é tão desinteressante quanto eles acreditam. Afinal, se eles realmente soubessem... bem, aí sim, a coisa ficaria muito mais complicada.

Naquele momento específico, todos os meus pensamentos complicados sobre espionagem, segredos e mentiras se dissiparam como fumaça ao vento. Meus olhos encontraram os dela – os curiosos e brilhantes olhos de Madison Hastings, a mulher que, sem que eu percebesse, estava prestes a se tornar a dona do meu coração. Um peso enorme se abateu sobre mim. De repente, o mundo secreto que eu guardava com tanto zelo, aquele emaranhado de mentiras e mistérios, ameaçava vir à tona. Tudo o que eu escondia para proteger quem amo estava agora perigosamente próximo da superfície.

— Então, com o que você trabalha? — Madison perguntou casualmente, mas com um sorriso cativante que quase me fez esquecer a gravidade da situação. — Sei que você trabalha com o Vincenzo.

Senti meu estômago revirar. Essa era a pergunta que eu sempre temia, mas que inevitavelmente chegava mais cedo ou mais tarde. Tentei desviar com uma brincadeira.

— Você não disse que gostou da personalidade dele naquele jantar com a família do Dylan? — Sorri, mas meu sorriso era só fachada.

Ela me lançou um olhar penetrante, do tipo que atravessa qualquer fachada que eu tentasse manter. Ela suspirou, se acomodando na cadeira à minha frente, e eu já sabia que vinha algo sério.

— Sim, eu gostei da personalidade dele. E vejo que ele realmente ama o meu amigo com todo o coração. Mas... — ela hesitou, como se estivesse escolhendo bem as palavras — quando ele falou sobre o trabalho, parecia que estava mentindo. Isso me deixou... intrigada.

Ótimo. Lá estava ela, Madison, a mulher que fazia meu coração bater mais forte, prestes a desfiar o fio de lã que mantinha meu mundo secreto intacto. Inclinei a cabeça, tentando parecer mais relaxado do que estava, enquanto considerava as palavras dela.

— É complicado, você sabe — comecei, escolhendo cada palavra como se fosse um jogo de xadrez. — Às vezes, precisamos ocultar certas verdades para proteger as pessoas que amamos. Isso pode dar a impressão errada.

Madison assentiu, seu rosto demonstrando compreensão, mas eu podia ver a curiosidade brilhando em seus olhos. Ela não ia deixar isso pra lá tão facilmente.

— Eu entendo o conceito de segredos, mas ainda assim... algo parecia estranho naquela noite. O Dylan é meu melhor amigo, e eu só quero ter certeza de que ele está bem — ela disse, a sinceridade na voz, quase me desarmando.

Minha mente estava em um turbilhão. Como diabos eu ia sair dessa? Eu tinha que caminhar em uma linha tênue — manter minha verdadeira identidade em segurança e, ao mesmo tempo, conquistar a confiança de Madison. Não era só uma questão de trabalho. Era uma questão de coração.

Respirei fundo, olhando diretamente nos olhos dela.

— Madison, você é importante para mim — falei, tentando transmitir a profundidade do que eu sentia. — Assim como o Dylan é para você. Eu faria qualquer coisa para te proteger. Mas há partes da minha vida que... simplesmente precisam permanecer em segredo, por razões de segurança.

Ela me estudou por um momento, em silêncio, enquanto ponderava o que eu havia dito. Depois de um tempo que pareceu uma eternidade, um pequeno sorriso suave surgiu em seus lábios.

— Eu entendo. Acredito em você, mesmo sem saber os detalhes. A amizade que tenho com o Dylan é preciosa demais para eu deixar qualquer dúvida sobre o Vincenzo afetá-la — ela disse, estendendo a mão na minha direção.

Estendi a minha e segurei a dela, sentindo um alívio profundo se espalhar por mim. Entre segredos e mentiras, estava surgindo algo verdadeiro, e a confiança dela era algo que eu sabia que precisava proteger.

— Mas se conheço o Vincenzo, ele já deve ter contado sobre o trabalho dele para o Dylan — continuei, tentando manter o tom leve. Madison arqueou uma sobrancelha surpresa. — Bem, Vincenzo e eu temos uma relação um tanto... diferente. Ele é mais meu chefe, mas confia na minha discrição. Nós entendemos os riscos envolvidos — expliquei, na esperança de tranquilizá-la.

Ela parecia processar a informação, ainda com um olhar preocupado, mas também curioso.

— Acho que preciso conversar com o Dylan sobre isso. Quero ter certeza de que ele também está confortável com a situação. Nossa amizade é importante demais — ela murmurou, pensativa.

Assenti, respeitando sua preocupação. A maneira como ela cuidava de Dylan era algo que eu admirava. Engraçado pensar que, quando conheci o Dylan, meu primeiro instinto foi odiá-lo por ter magoado Vincenzo. Mas com o tempo, percebi que o cara era, de fato, bom. Não que eu pudesse admitir isso em voz alta, claro. Vincenzo provavelmente me daria um soco, e Madison... bem, ela provavelmente seria mais criativa e me chutaria nas partes baixas.

Estávamos no apartamento dela, um lugar onde eu me sentia surpreendentemente à vontade. Desde que nos conhecemos, eu vinha aqui em segredo, driblando os fãs malucos que, pelo que ouvi, quase machucaram o ex-namorado dela. A ideia de alguém machucá-la ou controlá-la por ser uma estrela de cinema me enchia de uma raiva silenciosa.

As luzes suaves do apartamento iluminavam sua beleza de um jeito quase mágico. Seus olhos brilhavam, mas havia uma mistura de encanto e preocupação. Ela se aproximou, nossos olhares se cruzaram de novo, e naquele instante, parecia que o mundo inteiro tinha sumido.

Ela sorriu timidamente, e a suavidade da sua voz quebrou o silêncio carregado.

— Você continua sendo meu refúgio, o único lugar onde posso ser eu mesma — disse ela, com os olhos cheios de gratidão.

Eu segurei suas mãos, sentindo o calor delas contra as minhas, e sorri.

— E você continua sendo meu sonho que se tornou realidade — respondi, minha voz baixa, mas cheia de sinceridade. — Não importa o que aconteça lá fora, sempre encontraremos nosso refúgio um no outro.

Nossos rostos se aproximaram lentamente, e quando nossos lábios se encontraram, foi como se o mundo tivesse parado. O beijo foi suave, cheio de promessas silenciosas e de um amor que crescia a cada momento. Tudo ao redor desapareceu, e naquele instante, éramos apenas nós dois, envolvidos na magia do que estávamos construindo juntos.

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Ficamos a noite toda conversando, o som de nossas vozes se misturando com a trilha sonora de uma comédia leve que coloquei na TV sem muito compromisso. O filme estava lá, sim, mas nossa atenção estava completamente um no outro. Madison tinha uma maneira de fazer perguntas que me desarmava, o tipo de curiosidade genuína que me fazia querer compartilhar, mesmo sobre a parte complicada que é minha família.

Ela se inclinava para frente, os olhos fixos em mim enquanto eu contava anedotas sobre a infância, sobre meus irmãos, e eu a ouvia com igual atenção. Quando ela falava sobre sua vida, seu rosto se iluminava de um jeito quase hipnotizante, especialmente quando descrevia suas aventuras nos sets de filmagem. Cada história era carregada de paixão, e eu me pegava rindo com ela, totalmente fascinado pela sua energia.

— E então, nessa cena, eu estava no meio de uma tempestade falsa e a peruca simplesmente voou. — Ela riu, e eu ri junto, contagiado pelo som suave e despreocupado de sua risada.

— Eu adoraria ver isso! — brinquei, com um sorriso de canto, mas, na verdade, tudo que eu queria era ouvir mais. Havia algo em como ela transformava até os contratempos em algo memorável, em como seus olhos brilhavam quando falava com paixão sobre o que fazia.

A cada minuto, meu respeito por ela crescia. Não só por ser talentosa, mas por ser tão genuína, tão humana. Havia uma química entre nós que parecia crescer a cada troca de olhares, a cada risada compartilhada. Às vezes, eu me pegava apenas observando seus lábios enquanto ela falava, o som da sua voz se misturando com a minha própria admiração.

— E você? — Ela perguntou, de repente, pegando-me de surpresa. — Já pensou em como seria atuar? Você tem aquele jeito misterioso... poderia ser um agente secreto ou algo assim. — Ela me lançou um olhar brincalhão.

Ri, um pouco nervoso, mas satisfeito com o elogio implícito.

— Acho que seria o agente secreto mais desastrado de todos os tempos, — brinquei, tentando esconder o quão perto ela estava da verdade. — Mas, sério, prefiro o meu trabalho nos bastidores.

Ela sorriu de volta, e havia algo naquele sorriso que me deixava sem ar por um momento. Estávamos perto, nossas pernas quase se tocando no sofá. E, por um segundo, o mundo fora daquele apartamento parecia não existir. O filme esquecido na TV, a conversa pausada, e era como se estivéssemos suspensos em uma bolha de tempo, apenas nós dois.

— Sabe... — comecei, hesitando por um segundo antes de continuar. — Eu nunca tinha conhecido alguém como você. Quero dizer, alguém que faz o que você faz, mas ainda assim consegue ser tão... pé no chão. É incrível.

Ela corou, e eu pude ver o leve rubor subir em suas bochechas, como se minhas palavras a tivessem atingido de um jeito inesperado.

— Acho que você também me surpreendeu — ela respondeu, sua voz suave. — Nunca imaginei que uma noite assistindo comédias pudesse ser tão... especial.

Foi nesse momento que nossos olhares se encontraram de uma forma diferente. Não era apenas admiração ou curiosidade. Era algo mais profundo, algo que eu podia sentir no ar entre nós. E quando nossos rostos começaram a se aproximar, foi quase inevitável. Nossos lábios se encontraram, primeiro de forma suave, como um toque incerto, mas logo se aprofundando, carregado de promessas não ditas.

Naquele beijo, havia mais do que palavras podiam expressar. Era uma química que transcendia o que estávamos dispostos a admitir, uma conexão que já não poderia ser ignorada. E, pela primeira vez em muito tempo, senti que estava exatamente onde deveria estar.
No auge da nossa conversa, quando o riso ainda pairava no ar e a conexão entre nós parecia mais forte do que nunca, meu celular começou a vibrar insistentemente, quebrando o momento perfeito. Soltei um suspiro frustrado e olhei para a tela, reconhecendo o número da agência. Madison ergueu a cabeça, seus olhos curiosos percebendo que algo importante estava acontecendo.

— É a agência — murmurei, relutante, enquanto deslizava o dedo para atender. Tentei manter um sorriso no rosto, apesar da irritação crescente. Eu não queria que essa noite perfeita fosse interrompida. Do outro lado da linha, Isadora, minha agente, estava falando rapidamente, com uma urgência que não combinava com o momento descontraído que eu estava compartilhando com Madison.

As palavras dela eram apressadas, falando sobre um novo projeto que surgiu do nada, mas minha mente vagava, dividida entre a responsabilidade que eu sabia que não podia ignorar e o desejo de continuar ali, naquela bolha de tranquilidade com Madison.

Enquanto a voz de Isadora ecoava em meu ouvido, Madison se aproximou, silenciosamente, e segurou minha mão. O simples toque dela transmitia tanto—apoio, compreensão, e algo mais profundo que ia além das palavras. Aquele gesto me trouxe de volta ao presente, me ancorando. Eu a olhei, agradecido, e sorri, sabendo que, independentemente do que o mundo lá fora exigisse de mim, o que tínhamos ali valia mais do que qualquer coisa.

— Está ouvindo o que eu estou dizendo? — a voz de Isadora cortou meus pensamentos. — Precisa vir imediatamente para a agência. A Laura voltou com uma tonelada de novidades, e, além disso, há mais riscos do que imaginávamos.

Suspirei, sabendo que não havia como escapar. O dever me chamava, como sempre.

— Estou indo — respondi com uma voz calma, mas por dentro, eu já estava planejando o quanto mais eu poderia adiar minha partida. — Não precisa esperar, logo estarei lá.

Assim que a chamada terminou, virei-me para Madison, que observava tudo com aquele olhar compreensivo que me deixava ainda mais fascinado por ela.

— O trabalho me chama — falei, tentando esconder a decepção, enquanto me inclinava para beijar sua bochecha com carinho. — Mas vou te manter atualizada. Prometo.

Ela sorriu suavemente, mas antes que eu pudesse me afastar, segurou a gola da minha camisa e me puxou para um beijo. Não foi um beijo apressado ou impessoal. Foi suave, cheio de carinho e de algo profundo, como se ela quisesse me deixar com uma lembrança que durasse até nos encontrarmos novamente. Cada toque dos lábios de Madison parecia contar uma história de afeto e de uma conexão que estava crescendo a cada dia. O calor daquele momento inundou meu peito, fazendo todo o resto desaparecer por um instante.

Quando nos afastamos, os olhos dela ainda brilhavam com uma mistura de doçura e desejo. Ela passou os dedos suavemente pela minha camisa, ajustando-a como se fosse uma desculpa para prolongar o toque.

— Tenha um ótimo trabalho, — ela disse, sua voz suave como sempre.

— Você também, — respondi, com um sorriso que eu sabia que ela entenderia. Era mais do que apenas uma despedida. Era uma promessa.

Saí do apartamento com o coração aquecido, ainda sentindo o gosto doce do beijo dela nos meus lábios. E enquanto o mundo profissional voltava a me envolver com todas as suas exigências, aquele beijo, aquele momento íntimo, permanecia como um lembrete silencioso de que, apesar de todas as obrigações e responsabilidades, o que Madison e eu tínhamos era especial. Algo que eu nunca deixaria que as pressões externas destruíssem.

O sorriso permaneceu no meu rosto enquanto eu seguia para o meu compromisso, sabendo que, não importa o que viesse a seguir, sempre haveria um pedaço de Madison comigo, aquecendo meu coração.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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