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74 - Acontece que o Ivanov é IRMÃO da Ingrid

HENRIQUE

O dia passou voando, e tudo que eu mais queria era que Amora voltasse o quanto antes para casa. Não me sentia a vontade sabendo que ela estava sozinha com aquele homem que mal conhecia.

Assim como eu, Sabrina ficou inquieta durante o dia inteiro, o que conseguiu me deixar ainda mais aflito, pois Amora mesmo tem mania de dizer que nossa bebê é sensitiva.

Meu limite de espera foi três horas da tarde. Não é possível que aquilo demorasse tanto, ela só precisaria acompanha-lo até a delegacia e esses trâmites.

Ligo uma vez, e nada. Depois mais duas, três, quatro... E caixa postal. Beleza, alguma coisa tinha acontecido.

Sei que precisava manter a calma, mas não consigo ser uma pessoa sã nesse tipo de momento. Me conheço o suficiente para saber que estou à beira de ter um ataque de nervos, então ligo para Lázaro e explico toda a situação.

O homem, juntamente a Janna, Igor e Larissa chegam em menos de dez minutos.

A porta estava encostada, então não me espantei com o estrondo que o empurrão de Igor fez ao entrar.

— O que tá acontecendo, Henrique!? — pergunta Igor, apavorado. Os outros vêm andando logo atrás, e Sabrina se anima com a movimentação dentro da casa.

O pânico toma conta de meu corpo, e eu mal consigo falar. A imagem do tal Thomas Ivanov rondava minha mente, e a sensação de conhecê-lo me atingia em cheio novamente.

Ou eu estava ficando louco, ou algo de muito errado estava acontecendo. Pelo andar da carruagem, tinha certeza de que a opção correta era a segunda.

— Amora recebeu uma ligação antes do dia amanhecer, do cliente dela! Ele estava desesperado, falando que a polícia estava em sua casa... Ela foi ajuda-lo, e até agora nada! — falo, jogando o corpo contra o sofá.

O estresse era tanto que até tontura estava sentindo. Sabrina pula no como da avó, que tenta dividir a atenção entre o assunto e a criança.

— E qual o nome dele? — pergunta Igor, ainda andando de um lado para o outro. Lázaro senta ao meu lado, enquanto Janna fica de pé, apenas aguardando as próximas palavras para realizar a procura nas redes sociais.

Porra, o que Amora estava pensando ao aceitar um trabalho desse nível sem ao menos procurar sobre o tal Ivanov na internet? Sei que é nova no mercado de trabalho, mas sua atitude foi no mínimo inconsequente. Para piorar, também me sentia culpado, pois a apoiei incondicionalmente, sem ao menos contestar a decisão. Poderia sim ter levantado esse questionamento, e porra, jamais me perdoaria se algo estivesse acontecendo com ela.

— Thomas Ivanov, Igor. Esse nome soa familiar, e as feições do maluco também, mas... Não consigo lembrar de jeito nenhum! — passo a mão no rosto, limpando o suor que escorria de meu cabelo.

Estávamos no verão, e o calor estava de matar. Junto ao estresse então, porra, a vontade que dava era de me atirar pela janela.

Igor recosta a testa na parede, como se tentasse elaborar algo para encontrar a filha. O problema é que aquilo estava fora do nosso alcance naquele momento, pois não havia vinte e quatro horas de sumiço. Não tinha como envolver polícia, pois não daria em porra nenhuma.

O silêncio tomou conta da sala, e apenas é interrompido quando Janna, em um ataque de fúria, simplesmente joga o celular fortemente contra a parede.

Imediatamente Larissa leva a neta ao quintal, nos deixando a sós com a mulher que aparentava ter perdido toda e qualquer sanidade. A criança precisava ser levada à escola, então, em seguida, minha sogra o fez.

— O que foi isso, Janna? — pergunta Lázaro, nervoso.

— Acontece — diz, com sangue nos olhos —, que esse filho da puta do Ivanov, é IRMÃO da MALUCA da Ingrid — se desespera.

Todos arregalamos os olhos, nervosos, sem ter noção do que fazer em seguida.

— Você tem certeza disso, Janna? — pergunto, trêmulo.

Ela anda até o celular espatifado no chão, pega e aponta em minha direção. Ali tinha uma foto de minha ex esposa ao lado do homem, que antigamente não tinha tantas tatuagens.

Pois bem, agora sim havia o reconhecido. Seu excesso de tatuagens o modificou de tal forma que acabei não ligando uma coisa a outra. E convenhamos que, depois da Grécia, jamais imaginei que Ingrid nos perturbaria novamente.

— Então sem dúvidas esse sumiço não foi aleatório. Alguma coisa de muito errada realmente está acontecendo! — diz Lázaro, sem conseguir esconder o nervosismo.

Levanto em um pulo, com o rosto emburrado. Precisava tirar minha mulher dessa situação, e sabia exatamente por onde começar.

— O que você vai fazer? — pergunta Igor, encarando o caminho que eu estava fazendo até a porta.

— Atrás da minha mulher, ué? O que mais faria? — pergunto, irritado. A pergunta era óbvia.

— E você faz ideia de onde ela está, gênio? — pergunta Janna, raivosa. Ela e minha esposa haviam se tornado melhores amigas.

— Na verdade, eu tenho uma ideia! — digo, os encarando — Mas não temos tempo a perder, pelo amor de Deus, até lá. No caminho explico! — abro a porta, já indo em direção à calçada.

— Não é assim que funciona, Henrique! — diz Igor, irritado — Temos que avisar à Larissa... E ao Mahmoud também!

Respiro fundo e olho em sua direção, o fulminado com o olhar.

— Minha mulher foi sequestrada por uma maníaca, você acha mesmo que vou me importar com quem sabe ou não o que estou fazendo exatamente agora? Ligue para os dois do carro, ou fique para trás! — esbravejo, cego de raiva. Não conseguia acreditar que isso estava acontecendo.

— Não esqueça de que estamos falando da minha filha, caralho! — diz Igor, passando a mão em sua careca.

— Ele tem razão, Igor! — Lázaro diz calmamente, enquanto Janna já está na varanda, falando com Mahmoud ao telefone — Avisamos à Larissa no caminho, e ainda passamos o endereço. Mas pelo amor de Deus, vamos logo, porque não estou com um bom pressentimento sobre isso.

Saio sem falar mais nada, e Lázaro me segue. Todos entramos no carro e, depois de um longo minuto de espera, Igor também adentra o veículo.

Dali, fomos direto à casa de minha falecida ex-sogra. Sem dúvidas aqueles filhos da puta estavam lá.

***

A frase "nem toda história de amor tem um final feliz" rodou diversas vezes em minha cabeça durante o percurso. Os outros até falavam sobre como poderíamos lidar com a situação se chegássemos lá e realmente o encontrássemos.

Mas nada, nem sequer uma palavra, saía de minha boca. Eu não conseguia pensar, apenas queria tirar minha mulher dos braços daqueles maníacos! Meu Deus, e se ela não estiver viva quando chegássemos lá? Eu não sei viver em um mundo sem Amora!

Meus pensamentos eram tomados por situações horrorosas, e eu mal conseguia respirar. Os devaneios me levavam para tão longe, que sequer percebi que havíamos chegado.

Minha ex-sogra faleceu pouco depois de meu casamento com Ingrid, e até pensamos em ficar com a casa, mas acabou que preferimos deixar o lugar para servir de encontro entre a família. Normalmente, era ali que Ingrid encontrava o irmão em datas festivas, já que o homem não tinha uma residência fixa, tampouco uma família que o prendesse.

Estacionei o carro em frente à casa, mas não consegui sair. Meu corpo enrijeceu, fazendo com que perdesse qualquer tipo de controle sobre mim mesmo.

Mahnoud, Daniele, Elioth e Larissa já estavam ali, o que achei um enorme exagero, até porque, Dani estava esperando um bebê. Além de estressante, a situação poderia ser perigosa! Aquele era o último lugar onde ela deveria estar.

Depois de alguns minutos digerindo tudo, saio do veículo e peço delicadamente que Dani, Larissa, Janna, Mahmoud e Elioth saíssem. Se pudesse, resolveria tudo sozinho, mas como iria precisar de ajuda, optei por Igor e Lázaro, meus companheiros de sempre.

Inicialmente eles resistiram, mas depois, acataram meu pedido. Menos Janna, aquela mulher era tinhosa.

Mahmoud se comprometeu a ficar com Larissa por perto, caso precisássemos de algum auxílio. Daniele e Elioth voltaram para casa, com a única exigência de que deveríamos informá-los de meia em meia hora sobre tudo que estava acontecendo.

Depois que as coisas se ajeitaram, finalmente pudemos observar o local. Como era de se esperar, as luzes estavam acesas, e a janela aberta. Ingrid é tão previsível que chega a me estressar.

Ficamos em uma distância segura para que pudesse passar exatamente os comandos de como tiraríamos Amora dali de dentro, de preferência viva, e sem nenhum ferimento.

— É o seguinte, — aponto para o segundo andar — vou entrar pela janela daquele quarto! Subir nessa árvore é mole.

Todos me observam em silêncio, aguardando as outras ordens.

— Pela pequena janela da parte de trás, a Janna pode entrar. De todos aqui, ela é a menor. Já vocês dois, — aponto para Lázaro e Igor — tocam a campainha e distraem quem estiver lá dentro da forma que puderem.

— Você pirou! — diz Lázaro, de olhos arregalados — E se estiverem armados? Porra, está maluco?

— É um bom questionamento — diz Igor, apreensivo —, e se estiverem?

— Eles não são tão idiotas a esse ponto. Burros sim, mas idiotas de arrumar armas, não. Devem estar usando pedaços de pau par se defender, ou algo do tipo. Confiem em mim, Ingrid não é doida nesse nível.

Juro que queria acreditar em minhas próprias palavras, mas a verdade é que realmente não dava para confiar em minha própria afirmativa. Naquele instante, tudo era possível. Mas tínhamos que acreditar nas melhores possibilidades.

— Beleza, — diz Janna, séria — e o que vamos fazer quando entrarmos?

— Vamos procurá-la — dou de ombros, como se fosse a resposta mais óbvia possível.

Então fomos, torcendo para que tudo desse certo. Assim que escalo a árvore por completo, entro no quarto. Assim que os rapazes têm certeza de que Janna também está dentro da casa, tocam a campainha.

NARRADOR

No meio tempo em que Henrique escalava a árvore e Janna adentrava a casa pelos fundos, Lázaro e Igor compartilhavam o mesmo medo. Queriam sair dali vivos, e ainda mais, queriam tirar Amora dali de dentro l quanto antes.

Igor saiu do lugar rapidamente, dando a desculpa de que tinha arquitetado um ótimo plano. Lázaro achava que ele apenas estava fugindo, mas largou a ideia quando viu o amigo saindo de um mercadinho 'tem tudo' que tinha ali em frente.

Igor chegou com uma enorme bandeja de balas, blusas brancas iguais e bonés azuis.

— Tome! — Igor entrega a camisa nas mãos de Lázaro — Vista isso!

Nesse momento, Henrique finalmente havia terminado de escalar a árvore.

— Beleza... — tira a roupa que estava usando, joga no meio dos arbustos do vizinho e veste — Mas para que isso tudo?

Igor também coloca a blusa, e entrega o boné ao amigo em seguida.

— Estamos vendendo essas balas para ajudar os idosos do Lar da Liminha. É uma causa nobre, nem um psicopata negaria ajuda aos velhinhos.

Lázaro olha para o céu e da um sorriso irônico, achando a ideia extremamente idiota. Antes que pudesse falar algo, Igor toma a palavra.

— Pode não ser a melhor das ideias, mas é o máximo que consegui pensar sob pressão. Se não gostou, lamento, mas é a nossa única chance, — aponta para Henrique entrando na casa — pois ele já entrou.

Lázaro suspira e levanta os braços, pedindo os doces.

— Beleza, mas você fala.

Ingrid não reconheceria Igor nem fodendo, até porque ele não estava na viagem. Lázaro estava sem barba, e o boné disfarçava bem seu rosto. Por mais que acreditassem que não seria ela atender a porta, tinham que se previnir de todas as formas.

Quando estavam próximos à porta, Igor sente um comichão em sua barriga, indicando que estava com dor de barriga. Esse era o efeito que o nervoso tinha sob seu corpo, mas não era o momento.

Lázaro observa a careta do amigo, e logo imagina do que se trata.

— Segura essa porra de cu! — aperta a campainha — Não tem como voltar atrás!

O coração do pai de Amora acelerava desproporcionalmente. A situação de seu amigo não era diferente. Nenhum dos dois jamais precisou atuar daquela forma, tampouco fingir ser alguém

A porta de abre poucos minutos depois, e Lázaro logo reconhece o brutamontes que estava ali parado. Rocha, o guarda costas de Ingrid.

Henrique estava certo, a garota estava ali. Agora, mais que nunca, precisariam agir perfeitamente, pois a vida da filha de Igor estava em jogo.

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