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50 - Esse filho da puta estava me traindo

AMORA

Passaram-se quatro anos desde que a vida virou de cabeça para baixo com meu relacionamento com Henrique, um dos melhores amigos do meu pai, e, como se já fosse pouco, a gravidez inesperada.

Estava em uma fase inconsequente, onde tentei recuperar o tempo perdido com meu atual marido, e acabei não prestando atenção no preservativo. Mas, de qualquer forma, não me arrependo. Hoje tenho a princesinha mais linda do mundo ao meu lado e me orgulho diariamente de sua evolução.

Sabrina é uma criança muito esperta, e, da mesma forma que aprendeu comigo, tenho certeza que aprendi muito mais com ela. O único problema de saber demais, é que talvez entenda mais do que precisava sobre coisas que não deveriam lhe incomodar nessa fase da vida.

Acontece que, por mais que ame Henrique com todas as minhas forças, preciso admitir que nosso casamento se desgastou com o tempo. Lá no início, ele até fazia questão de me surpreender. Jamais esquecerei de sua surpresa no prédio subterrâneo no meio do mar. Mas hoje em dia... Ah, hoje em dia mal nos vemos.

Nossa vida é muito corrida. Por mais que trabalhássemos no mesmo lugar, nossas áreas eram completamente diferentes. Henrique é um dos CEO's da LHR - Lázaro, Henrique e igoR - enquanto eu, herdeira do senhor Bragança, estou à frente da área jurídica, portanto, mal nos víamos durante o expediente.

Lá no início, passávamos o intervalo juntos, mas agora, enquanto trabalho pela manhã e Henrique fica com Sabrina, a tarde ele vai à Empresa, e fica até a noite. Nesse período, fico com ela e trabalho de home office enquanto a baby vai para a escolinha. Resumindo: quando o bonito chega em casa, já estou dormindo há séculos.

Pois é. O que era extremamente quente e dava choque quando se tocava, agora fazia uma rapidinha no fim de semana antes da filha acordar. E assim seguíamos nossa vidinha de casados.

O problema é que, como se já não chegasse tarde o suficiente, Henrique retornava do trabalho durante a madrugada. Não sei se era coisa da minha cabeça, mas vez ou outra até sentia um cheirinho de álcool.

Me contentei com isso durante muito tempo, até que Mahmoud, meu melhor amigo, colocou uma 'pulguinha' atrás de minha orelha. Por que tão tarde? O que estava acontecendo para tanta demora?

Acabei me tornando uma pessoa neurótica. Cogitava mil e uma possibilidades de Henrique estar me traindo. Porra, tenho certeza de que me amava, mas, né? Tem o fator tempo influenciando suas atitudes. Não que isso justifique uma possível traição, mas porra, com o tempo, acabei percebendo que, para ele, ficar na rua até tarde era bem mais interessante do que chegar cedo e passar um tempinho precioso com a esposa.

Já não aguentava mais tantas interrogações e minha cabeça, então resolvi surpreendê-lo e esperar sua chegada acordadíssima. Está certo que precisei de muito café para concluir o feito, mas fiz questão.

Ouço a porta no andar de baixo de nossa nova casa bater, e, como lá no início de nosso relacionamento, sinto borboletas embolarem em meu estômago. Estava ansiosa por sua chegada, e, principalmente, para presenciar sua surpresa ao chegar no quarto e encontrar a belíssima esposa acordada.

A cada degrau, meu coração dava uma acelerada. A porta se abre e Henrique adentra o quarto, já tirando a gravata e largando a pasta ao lado da porta. Um belo sorriso preenchia seu rosto, que agora possuía um pequeno trevo de quatro folhas tatuado próximo ao olho direito.

Meu marido aparentava estar feliz, e isso deixava meu coração quentinho. O problema é que, ao me notar sentada na beira da cama, fecha a cara, dá um gemido estranho e coloca a mão no peito.

Porra Amora - dá um sorriso sem graça - que susto do caralho!

Levanto e ando em sua direção.

- Nossa - jogo meus braços ao redor de seu pescoço -, pensei que ficaria feliz ao me encontrar acordada - sorrio, encarando seus olhos cor de esmeralda.

- Claro que fico feliz, meu amor! - dá um selinho em meus lábios - Só não estou mais acostumado com isso... - sorri - só vou tomar um banho, e já venho, está bem? - desvencilha-se, joga o celular na cama e vai até o banheiro de nossa suíte.

Volto à cama e encaro seu telefone, pensando se deveria ou não fuxicar suas mensagens e e-mail. Porra, não é possível que tenha me tornado a esposa psicótica que olha o celular do marido enquanto o mesmo não estava olhando. Isso é errado para um caralho.

Desisto da ideia e me jogo na cama, encarando o teto. Estou vestindo um baby-doll vermelho curto, bastante provocativo, pois sei que Henrique adora me ver vestindo esse tipo de roupa. Geralmente ele se empolga e até rasga.

Eis que, quando já estava distraída e imersa em meus próprios pensamentos, sinto o aparelho vibrar no meu pé. Porra, era Deus me dizendo que não seria tão errado assim olhar a tela de bloqueio.

Sinto um mal pressentimento e um aperto no coração. Toco na tela do aparelho e vejo uma mensagem um tanto quanto perturbadora.

Ingrid Leroy - Obrigada pela noite, meu querido! Aguardo ansiosamente por nossa viagem! :*

Imediatamente sinto minha bochecha queimar. Será que essa é a Ingrid que estou pensando? Ah, não... Não pode ser. Viagem? Obrigada pela noite? Puta que pariu, esse filho da puta estava me traindo... e pior, com a ex-esposa!

HENRIQUE

O dia foi extremamente agitado, e, como sempre, cheguei exausto em casa. Tive várias reuniões durante o dia, dentre elas, uma que me perturbou inicialmente. Quer dizer, demorei bastante para aceitar a ideia, mas precisei, né? Negócios são negócios.

Antes de me casar com Amora, vivi um relacionamento que parecia mais com um surto coletivo do que qualquer outra coisa. Nos casamos com 18 anos, assim que saímos do ensino médio, e como era de se esperar, não deu certo.

Pensei que nunca mais veria Ingrid, mas isso mudou na tarde daquele dia, quando recebi um e-mail um tanto quanto perturbador.

Leroy, Ingrid

Assunto: negócios

Oi, Henri! Quanto tempo, não é mesmo?

Darei uma passada na LHR no fim da tarde, para te buscar e levar para um jantar no meu restaurante.

Não aceito não como resposta.

Com carinho, sua ex-esposa.

Assim que li isso, senti a porra de um calafrio do cu até o estômago. O que essa maluca queria comigo? Será que esqueceu do tanto que me fez sofrer?! Quer dizer, isso não me atinge mais, afinal, tenho ao meu lado a mulher de minha vida... mas porra, não faz sentido.

Como de costume, após passar por um susto desse nível, liguei para Lázaro e ordenei que viesse correndo até minha sala..., o mundo simplesmente estava desmoronando e eu não sabia como não cair.

Ele chega em menos de cinco minutos, completamente esbaforido e desnorteado.

- Espero que alguém tenha morrido, porque sinceramente, não tenho energia, tampouco forças, para correr desse jeito pelos corredores - após bater a porta, apoia as mãos no joelho e respira pausadamente.

- Você é muito sedentário, Lázaro - ando até meu frigobar e pego uma garrafinha de água - pega aí - aponto em sua direção.

- Você me chamou aqui por quê? Para falar do meu físico? - coloca uma das mãos na cintura e aponta a garrafinha em minha direção. Sua posse me faz rir, o que diminui um pouco a tensão no ambiente.

- Ah, Lázaro, só você para me fazer rir em um momento como esse! - sento em minha poltrona.

- Vamos, cara -abre a garrafinha - pare de enrolar! -leva a água até a boca.

- Minha ex-esposa me convidou para um jantar hoje, e disse que não aceita não como resposta - bufo e olho para o teto, evitando o olhar julgador de meu amigo.

Como reação, Lázaro engasga com a água, que sai pelo nariz, me obrigando ir em sua direção e ajuda-lo a respirar direito novamente.

- Como assim, Henrique? - tosse, me encarando.

Levanto e vou andando até meu notebook, para mostrá-lo o bendito e-mail. Viro o aparelho em sua direção e aguardo terminar a leitura.

Depois de alguns minutos em silêncio, ele me encara novamente, balança a cabeça e diz:

- Caralho, isso vai dar merda. E Amora? Já falou com ela? - cruza os braços.

Respirei fundo e fiquei em silêncio, finalmente me lembrando do que deveria ter sido minha primeira atitude. Fiquei tão desnorteado que acabei esquecendo de entrar em contato com Amora assim que recebi o e-mail da maluca da Ingrid.

Quer dizer, com todo esse afastamento, talvez fosse até melhor segurar esse assunto durante um tempo. Mal nos víamos durante a semana e, sinceramente, isso estava acabando comigo. Ver minha esposa cada vez mais linda com toda aquela distância entre nós era de foder, e quem me dera ser da forma boa.

Fico feliz por ela estar conquistando seu espaço dentro da área que sempre sonhou, e respeito muito sua caminhada. O único problema é que, nesses quatro anos de casamento, minha quantidade de trabalho aumentou, e o dela também. Além de inúmeras reuniões, vez ou outra precisava viajar para fora do país, principalmente por conta do reconhecimento internacional que ganhei morando fora do país.

Tenho meus devaneios interrompidos quando Lázaro estala dos dedos em frente ao meu rosto.

- Acorda, Henrique! - estala novamente - Isso mexeu mesmo contigo, né? Acha que esse reencontro vai despertar algum tipo de sentimento?

- Não - dou uma pigarreada -, claro que não! Quer dizer, eu acho que não...

- Porra, Henrique! - se aproxima, segura meu terno pelo colarinho e levanta o punho próximo ao meu rosto - Se você trair ou ferir Amora de alguma forma, eu te enfio a porrada!

- Ei, ei! - afasto sua mão - É óbvio que não irei traí-la, né? E, porra - arrumo minha roupa -, quando se tornou mais amigo dela do que meu?

- Não sei quando rolou - cruza os braços -, só sei que rolou! Segura esse pau dentro das calças, senão farei questão de cortá-lo!

- Pode ficar tranquilo! Te chamei aqui porque isso me apavora..., não porque tenho sentimentos por ela o algo do tipo! -levanto e vou até a porta - Pode ir, já estou melhor - abro e aponto para fora.

- Tem certeza? - pergunta, andando em direção ao corredor.

- Absoluta - levanto a mão com três dedos de pé -, palavra de escoteiro!

Ele me encara novamente e com um sorrisinho de lado, e sai, sem olhar para trás. Fecho a porta, encosto meu corpo e escorrego até o chão, em prantos.

Ingrid acabou comigo. Foram meses e meses para tirá-la da cabeça! A realidade é que ela havia me ferido de uma forma que jamais fizeram..., e porra, por mais que amasse muito minha esposa, não sei qual seria minha reação ao vê-la novamente. Porra, porra, porra!

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