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Robby estava no carro com o pai, indo em direção ao México, Johnny simplesmente o arrastou a essa viagem para salvar Miguel que fugiu do torneio para ir atrás do pai.
Robby estava mau humorado e entediado, ele poderia estar em Los Angeles de boa agora, mas não... Johnny resolveu o arrastar a essa viagem para salvar alguém que nem é amigo dele.
A viagem durou quase um dia inteiro, para Robby ia ser tão mais fácil deixar Miguel no México, assim ele não teria mais alguém para concorrer com o carinho e atenção de Johnny, olha que idéia brilhante, toda a disputa entre os dois acabaria e Miguel ia morar no México, Robby só vê vantagens nisso.
Mas quando eles finalmente chegaram no México, Johnny e Robby procuraram por Miguel em vários lugares do país, Johnny com toda a sua burrice não parava de falar o nome de Hector para os outros e Robby só queria bater no pai sempre que ele falava sobre o Salazar.
- Se ele é um homem tão perigoso igual você me falou não acho que seja recomendado você falar o nome dele em voz alta- Robby o aconselha, sendo o único pensando com sensatez entre os dois
No fundo Johnny sabia que Robby estava certo, ele deveria parar de ficar falando o nome de Hector o tempo todo.
[...]
A busca continuou por horas, já estava anoitecendo e pai e filho seguiram uma pista que tiveram, acabando que eles pararam em uma espécie de ringue de luta clandestina.
Hector foi notificado por um dos lutadores de que tinha duas pessoas procurando por Miguel, o mais velho olhou de longe para os dois e acabou se levemente se interessando por Robby, mesmo olhando de longe dava para ver que Robby tinha feições de um anjo.
Hector nunca escondeu de ninguém que é bi, mesmo tendo pegado mais mulheres que homens na sua vida, ele pegou um ou outro, mas infelizmente o México é um país muito homofobico, países latino-americanos normalmente são, Hector ainda é julgado por algumas pessoas e as pessoas que julgam o fato dele gostar de homens se arrependem depois e aprendem a nunca mais julgar alguém por nada.
Mas Hector não podia se entregar, vai que esses dois sejam da polícia, ele precisava ficar na surdina por um tempo até esquecerem dele, essa é a única forma dele não ser preso por causa dos seus negócios ilegais.
Acontece que ele até tentou levar Miguel como "refém", nunca se sabe quando vai precisar usar alguém como refém ao seu favor, mas o garoto acabou fugindo dele nesse processo quando Johnny e Robby o acharam.
[...]
No dia seguinte, Robby estava com fome e no hotel em que estava não tinha nada que o agradava, ele ia ficar no México com o pai e Miguel por mais uns 2 dias e depois voltariam para Los Angeles, mas eles não podiam dormir no carro e escolheram passar esses 2 dias em um hotel.
Robby foi até uma lanchonete, Miguel e Johnny não estavam no hotel, eles tinham saído para comprar algumas coisas que precisavam para esses dois dias, por sorte Robby tinha dinheiro para pagar um lanche enquanto os dois não voltam.
Enquanto Robby olhava o cardápio, pensando no que ia pedir, no caso ele estava tentando entender o nome das comidas, ele sabe só um pouco de espanhol e nunca prestou muita atenção quando tentavam o ensinar, agora ele está se fodendo não sabendo nem o que pedir.
Robby olhou de relance para um homem sentando ao seu lado, era Hector que tinha saído de onde estava escondido para saber mais sobre aquele belo anjo que conseguiu o fazer sentir algo e se ele for da polícia, coisa que para Hector é difícil pois ele parece ser muito jovem, o Salazar ia descobrir antes que ele caia em ruína e ele não conseguiu ter Miguel como refém, quem sabe ele consiga com esse garoto, mas isso é só como última opção a ser feita.
- Não sabe o que pedir ou não está entendendo o que está escrito?- O mais velho puxa assunto no idioma nativo de Robby, só de olhar para Robby já dava para perceber que ele não era dali
-Não estou entendendo nada que está escrito- O mais novo confessa envergonhado, Hector riu, chamando a garçonete e pedindo algo para o Keene antes que ele se perdesse mais- O que pediu?- Pergunta curioso
- Quando a comida chegar você vai saber. E então, o que esse doce anjo veio fazer no inferno?
- Resgatar um amigo, no caso meu inimigo das garras do pai malvado
- Pai malvado?- Agora é Hector que está curioso- Me conte mais
- Eu não deveria, essa história não é minha, não deveria sair por ai contando as coisas, desculpa ter começado a falar sobre esse assunto- Pede, Hector realmente estava achando esse garoto fofo e ingênuo
Pai malvado... Isso deixou Hector confuso, ele não tem filhos e a única pessoa que esteve com ele ontem foi Miguel.
Enquanto Robby comia o que a garçonete trouxe, Hector estava pensando, Miguel é seu filho? Mas isso é impossível, todos os casos que ele teve com garotas acabou que elas não sairam do país, Hector ia descobrir se fosse pai, mas se bem que...
Carmem Diaz, ela fugiu do Equador com a mãe e nunca mais a viu.
Foi nesse momento que Hector começou a ligar os pontos, Carmen fugiu, Miguel tem mais ou menos a mesma que um filho dele com Carmen teria hoje em dia, Miguel vindo para o México agora que já tem uma certa idade para querer conhecer o pai, tudo isso é estranho e ao mesmo tempo com muito sentido.
Mas enfim, Hector pensava nisso depois, ele poderia pedir para um de seus empregados investigarem tudo sobre um possível "Miguel Diaz" e ai suas perguntas iam ser respondidas.
- E então, o que além de procurar o seu animinigo você veio fazer mais na cidade, doce anjo?- Hector tinha um sorriso no rosto
- Esse apelido está me deixando sem graça- Robby sorri para ele, um sorriso lindo
- Eu achei o apelido perfeito para você- O mais velho passa a mão levemente pelo rosto de Robby que ainda continha aquele sorriso
Hector nem sabia qual a sexualidade de Robby, mas arriscar não ia matar ninguém.
- Ninguém nunca te chamou assim?
- Para as pessoas eu sou tudo, menos um anjo e muito menos doce, as pessoas tem medo de mim
- Por qual motivo?
- Briguei na escola e joguei sem querer esse garoto que viemos ajudar do segundo andar- Robby revela, olhando para baixo, envergonhado, mesmo sabendo que aquilo foi um acidente, ainda causava vergonha em Robby
Hector sorriu com isso, um doce anjo com atitude e um toque de maldade, isso é raro de encontrar.
- Ninguém confia em mim até hoje, até tenho gente do meu lado, mas lá no fundo eu percebo que eles ainda tem medo de mim e quando tem medo simplesmente me odeiam pois não fiz boas escolhas na vida, nem antes e nem depois do acidente na escola, é melhor ficar quieto, você deve estar cansado de ouvir um estranho tagarelar sobre pessoas que você nem conhece- Robby completa
- Eu estou gostando de ouvir sua história, você pode contar o que quiser, as vezes é bom ter pessoas para o ouvirem, isso alivia a alma e te impede de surtar
- Ninguém nunca para pra me escutar, mas tudo bem, eu não quero contar mais nada no momento. A comida está realmente boa, como se chama?
- Enchiladas. Nunca comeu antes?- Pergunta, Robby nega sem falar nada, para a primeira vez que ele comeu realmente gostou- Mas eu fico feliz que tenha gostado, as vezes é bom conhecer novas culturas, seja em questão de comida ou outras coisas- Comenta, chamando a garçonete para pagar pelo prato
- Você não precisa pagar, eu trouxe dinheiro
- Eu pedi o prato, eu pago- Ele insiste, Robby tentou pagar mesmo assim, mas Hector negou
- Bem, já que eu não consegui pagar a minha comida, eu posso te pagar um sorvete ou alguma outra coisa?
- Eu tenho que ir trabalhar agora, na próxima você paga, se nos vermos novamente enquanto você estiver aqui- Hector estava conseguindo conquistar Robby
- Tudo bem então, e aliás o meu nome é...
- Na próxima vez que nos virmos você me conta o seu nome e eu te conto o meu, assim fica um assunto pendente para conversarmos. Tenha um bom dia, doce anjo- Se despede com um sorriso, deixando Robby no restaurante
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