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Ela não sabe, mas encaro seus olhos como se eles fossem uma galáxia inteira. Ela não faz ideia, mas venho sonhando com o momento em que eu ouviria sua voz tão de perto há meses.

Eu queria poder pegar a sua cintura e colá-la contra o meu corpo. Porque eu sei que ela não está sentindo nada disso, mas o meu corpo treme.

Eu finjo estar de boa, mas acho que ela percebe o momento em que meus olhos escorregam (muito sem querer) pelo seu corpo. Finjo que não estou fascinado pela forma como ela se veste: vestido azul meio colado, jaqueta de couro e tênis branco.

Finjo que ela não é a coisa mais linda que já vi, porque isso seria assustador demais.

- Eu?

Ela franze a sobrancelha.

- Bem, não tem mais ninguém na direção em que estou olhando... - ela responde o óbvio.

Merda. Aparentemente eu virei uma ameba.

- Sei disso - rio. - Claro. Estou bem, sim. Um pouco tonto. E você? Está bem?

Ela coloca as mãos no bolso da jaqueta e olha em volta. Então seus olhos voltam pra mim e ela estuda o meu rosto.

Sou um cara bonito. Modéstia parte, claro. Tenho a pele bronzeada, um rosto bem harmônico e o cabelo preto raspado rente à cabeça. Meu corpo tem músculos que não aparecem com brutalidade, mas que estão ali. Eu nunca tive nenhum tipo de problema de confiança, diga-se de passagem. As meninas caem de quatro por mim - e não estou reclamando.

Mas, agora, com essa menina fazendo uma análise demorada de mim, eu sinto que poderia ser um pouco mais bonito. Não sei. Não tenho ideia de que porra acabei de pensar.

- Estou meio tonta, também - ela diz, então tira uma mão do bolso. - Keenan, certo? - meu corpo se contrai quando balanço a cabeça, afirmando. - Eleanor - ela estende a mão pra mim.

Preciso prender a respiração quando estendo a minha também, porque só encostei na mão dela e à partir daí as coisas podem ficar bem vergonhosas pra mim.

- Eu sei - respondo, dando um sorriso de lado. - Está curtindo a festa?

Puxo assunto. Ignoro o rastro gelado que sua mão gelada deixou na minha mão quente. Quero ouvir meu nome saindo de sua boca de novo.

- Hm... - ela franze o rosto numa careta. - Já estive em festas melhores.

Ela se aproxima e meu cérebro pensa que ela vai me encostar de novo, mas aí ela só vai pra minha frente e encosta o quadril na grade branca de concreto.

- O nível está baixo mesmo. Pelo menos você estava se divertindo agorinha, não é?

Burro. Eu realmente virei uma ameba?

Ela sorri sem mostrar os dentes. Eu mordo a minha língua e coloco a mão no bolso da calça.

- Miles é bacana - ela diz, olhando pro lado. - Mas estou interessada em outra pessoa.

O meu coração desce bastante. Não ele em si. Mas o sangue que ele bombeia.

- Sério?

Ela ainda está sorrindo quando vira a cabeça de volta pra mim, mas agora sua expressão é suja. Seus olhos tiram a minha roupa inteira. Sinto o suor tentando escorrer pela minha nuca. Sinto tudo se contrair. Estou arrepiado.

Tyler disse que Stacy parecia uma demônia hoje, mas ele estava errado. Muito. Errado.

Ela se aproxima. Com três passos, está de frente pra mim. Eu endireito a postura e espero que ela se aproxime mais. Com mais um passo, nossos corpos quase se encostam.

Eu abaixo a cabeça pra olhar em sua boca.

- Sabe onde ele está? Alto, pele branca, mas bronzeada, cabelo em corte militar, olhos verdes e uma boca... Puxa... Nem sei explicar.

Caralho. Essa mulher não era tímida?

Vou gozar nas calças se ela continuar com isso.

- Pensei que você era tímida - eu falo baixinho, porque ela está tão perto que falar baixinho é o suficiente.

- Eu sou.

- Não parece.

Ela apoia as mãos no meu peito e para de olhar pra minha boca. Seus olhos matam os meus. Ela sorri. Então se afasta.

Todas as minhas células morrem. Devo estar com febre de tão quente. Que porra é essa?

- Eu sou bem tímida - ela fala antes de entrar de volta na casa.

Ca.

Ra.

Lho.

O que essa mulher é, porra?! Meu Deus, isso é melhor do que sonho.

É melhor do que ficar olhando de longe, apenas fantasiando. É muito melhor que a fantasia. Mas como ela me faz sentir isso tudo e depois vai embora?

Será que eu estou sonhando? Será que na verdade isso é tudo fantasia?

Ela não era tímida, porra?!

Desencosto dessa parede rezando pra não cair pelo meio do caminho. Um pouquinho da presença dela me deixou mais inebriado do que todos os copos de álcool que eu bebi antes. Foda-se meu ódio por essa festa; eu vou ficar aqui.

Entro na casa e me espremo entre os corpos que dançam, agora mais tontos do que tudo. Alguns caem. Outros seguram os que caem. Adolescentes são deprimentes.

Encontro Bruce encarando Tyler perto da lareira. Ele tem uma cara enojada e os braços cruzados. Eu fico do lado dele, também encarando Tyler.

- O que ele está fazendo com os peitos dela? - eu pergunto, me retraindo um pouco.

- Eu não sei, cara. Acho que nunca mais vou conseguir encostar em peitos sem brochar - ele estremece. Eu olho pra ele, o fazendo olhar pra mim também. - Deixa. Foi o álcool falando por mim.

Eu solto uma risada.

- Eu imaginei. Amanda perguntou por você - lembro.

Ele arregala os olhos. - Deus me livre, Keenan. Fugi dela como um doido essa noite.

- Eu sei. Por isso mandei ela vir atrás de você - sorrio ironicamente e dou dois tapinhas em seu ombro. - Você viu Eleanor por aí?

- Quem?

- A bonitinha, cuzão - reviro os olhos.

- Ah, a bonitinha. Você falou com ela? - ele ri. - Garanhão... - aperta minha bochecha.

Eu dou um tapa em seu braço.

- Viu ou não, caralho?

- Credo, Keenan, pare de ser tão estressado. Isso faz mal, sabia? Aumenta os riscos de câncer - provoca, mas cruzo os braços e fico olhando em seus olhos. Até ele ceder. - Vai se foder, cara. Ela entrou agora pouco, acho que foi lá pra cima.

Meu corpo fica em alerta.

- Ela estava sozinha?

- Acho que sim. Por que isso?

- Obrigado, babaca. Você é um amigo mesmo - soco seu ombro antes de virar rápido e quase correr para as escadas.

Eu subo tão rápido que nem entendo como chego na parte de cima. Os corredores estão vazios se não contar com os casais se beijando pelas paredes. Eu fico no início da escada, esperando qualquer sinal da mulher que vive na minha fantasia.

Que merda. Ela não está aqui, mas pra onde pode ter ido?

De repente eu me vejo na exata situação de um pouco mais cedo: eu, procurando uma menina que não dá a mínima pra mim, em uma casa lotada.

Que droga, Keenan. Como você pode ser tão otário?

Estou virando pra descer, mas escuto uma porta se abrindo. E isso me dá esperança, claro. Sou um cara esperançoso. E estou certo mesmo. Ela sai do banheiro, e todo o resto some. Quando me olha, sorri.

- Achei que você não viria atrás - ela diz.

Eu deito a cabeça pro lado rapidamente e avanço em sua direção.

- Você achou errado - eu respondo.

Ela está dando passos pequenos pra trás, mas seus olhos continuam nos meus. Ela vira um pouco. De repente seu corpo está encostado na parede, e me sinto prestes a deixar esse corredor ainda mais vazio.

- Eu sei que você odeia festas - ela fala quando fico na sua frente.

O quê...?

- Como? - me aproximo mais.

- Tenho te observado, Keenan. E sei que você me observa também.

- Ah - eu falo. Ah, porque não consigo falar mais nada.

Ah, porque estou tão bêbado com seu cheiro que não consigo enxergar nada além dele.

- Achei que você não fosse falar nada nunca, então resolvi falar eu mesma - ela diz.

- Estou aqui - eu sussurro. Seus lábios me chamam. Eu seguro a sua cintura como quis fazer mais cedo, e a sensação é melhor. Ela envolve os braços no meu pescoço. Eu colo o corpo dela no meu. Estou tão perto que respiro o ar que ela solta. - Posso te beijar, Eleanor?

Ela fecha os olhos.

- Por favor.

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