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Ela não sabe, mas consigo ver todos os seus movimentos. Ela nem me vê, mas enxergo seus olhos e seus sorrisos fáceis.

Seria impossível não enxergar, mesmo se eu estivesse à milhas de distância.

Eu a reconheceria mesmo que em uma completa névoa. Eu enxergaria seus olhos castanhos mesmo no completo breu. Sua existência faz meu corpo arrepiar e tremer e, às vezes, ela nem está perto de mim; às vezes ela nem me vê, mas eu sim.

Na maioria das vezes ela não sabe, mas eu estou vendo seus movimentos. Todos eles.

- Cara, você precisa falar com ela - Bruce diz, me chutando de leve.

Eu olho em seu rosto, então estalo a língua no céu da boca e inclino meu corpo pra dar um soco em seu ombro.

- Se me chutar de novo eu quebro sua perna.

Bruce assovia, então cutuca Tyler com o cotovelo.

- O corno tá puto!

Reviro os olhos, voltando a olhar para o outro canto da sala. A música alta faz minha visão tremer, e essa vodka no meu copo também, por isso eu coloco a culpa somente nessas coisas. Ela sumiu. A culpa é do álcool e da música. Simples.

- Porra, ela não devia ter colocado esse vestido - Tyler diz, mas estou ocupado demais olhando por todos os cantos da casa. - Olha aquela bunda, cara! Vou ficar louco a festa toda se não subir com ela...

- Você tá falando da Amanda?

- Não. Tô falando da Stacy. Olha aquilo, sério. Ela parece uma demônia, caralho.

Desisto de procurar do sofá. Viro todo o resto de vodka que tem no meu copo e o bato na mesinha de centro, atraindo o olhar dos meus amigos.

- Ser amigo de vocês - levanto, limpando a voz - me dá desgosto.

Dou as costas e passo por cima da perna de Bruce.

- Aaaah, resolveu ir falar com a bonitinha, é?

- Cuidado pra não bater os chifres na porta!

Eu levanto o dedo do meio na altura da minha cabeça, sem virar pra eles de novo. Quando saio de perto, resolvo passar os olhos pelo lugar mais uma vez.

Céus, como eu odeio festas! Como eu odeio meus amigos por me arrastarem pra elas. Como odeio as pessoas populares que resolvem fazê-las... Eu odeio tudo isso.

Mesmo assim continuo aparecendo em todas.

Porque eu sei quem gosta. Eu sei quem sempre vem. E mesmo que ela seja a pessoa mais tímida do mundo, ela ama uma música alta e umas pessoas aglomeradas na sala de alguma casa. Não sei, acho que a maconha que ela fuma deve ter queimado alguns de seus neurônios.

Sei que pareço um tipo de psicopata, mas não é bem assim. Não é como se eu fosse o cara de You, obcecado por ela. É só que as coisas são diferentes com essa mulher em específico.

Não sei exatamente o que é. Bruce e Tyler sempre me perguntam o que vejo nela, mas a verdade é que não tenho ideia. Só é diferente. É alguma coisa nos olhos dela, talvez.

É alguma coisa na forma como ela se move.

É algo parecido com um temporal. Não é bonito nem feio, é até bem normal, mas de vez em quando você olha e não consegue parar de tentar descobrir da onde a água cai. Você vê que é do céu. Sua cabeça está jogada pra trás e seus olhos estão presos nas nuvens escuras; e ainda assim você não consegue parar de olhar.

Você quer deixar os pingos escorrerem por sua pele.

Que merda. Nem sou romântico assim. Vê? Não sei o que me dá quando penso nela. Está mais pra um acidente de tem!

Não sei exatamente onde quero procurar. Sei que ela não está na sala. Pode estar na cozinha, mas a fumaça que vem de lá já me deixa meio doidão, e ainda faltam uns dez passos até chegar lá.

Respiro fundo e decido enfrentar a névoa, mas não a encontro. Vejo corpos se agarrando, vomitando, bebendo, fumando... Ela não é nenhum deles. Não preciso e não quero olhar muito. A cena é meio deprimente.

Adolescentes são deprimentes. Todos eles, menos ela. Ela é fascinante.

Minha próxima parada é o jardim da frente, e acerto em cheio. Mas preferia não ter a encontrado, porque agora estou olhando seu corpo pequeno e magro e super gostoso se espremendo com o Miles. E eu odeio o Miles.

Os meus punhos se fecham, e finjo que não estou abalado quando Amanda chega perto de mim.

- O Bruce falou de mim hoje? - ela pergunta.

Eu preciso tirar meus olhos do casalzão pra abaixar a cabeça e olhá-la.

- Amanda, oi - eu falo, forçando um sorriso. - Cortou o cabelo? Ficou uma gata. Vou indo agora, tchau! - tento fugir, mas a morena agarra meu braço.

Eu respiro fundo ao fechar meus olhos. Essa noite poderia ficar pior?

- Keenan. Fiz uma pergunta, e gostaria mesmo que você respondesse - ela diz, então me olha com aquela carinha esnobe.

Ugh!

- Olha, eu não sei qual o lance com você e com o Bruce, mas eu não ligo a mínima. Se quer saber se ele falou de você hoje, vá perguntar pra ele! - olho em seus olhos. - Estou bêbado demais pra lembrar de alguma coisa que aquele cuzão disse.

Ela bufa, contrariada, e sai de perto de mim batendo o pé. Eu encosto na parede mais próxima e inclino a cabeça pra trás, fechando os olhos pela milésima vez.

Quero ir embora. Já vi demais. Já vi o quanto Eleanor não sabe da minha existência, e acho que só me humilharia em tentar falar com ela. É óbvio que existe outra pessoa em sua cabeça. As coisas seriam muito mais fáceis se não fosse Miles, mas é o que é. Aparentemente ele está sempre roubando as pessoas que eu gosto, mas já superei essa parada.

O chifre não doeu muito. Eu não estava tão amarrado na menina. É mais uma questão de ego, mesmo. Ver o loiro beijando Eleanor doeu mais do que quando encontrei as mensagens no celular de Katie. Soquei a cara dele naquele dia, mas agora poderia quebrar alguma coisa em sua cabeça.

- Você está bem? - escuto, então tudo some da minha cabeça.

Quando abro os olhos, ela está ali. Ela e toda a sua beleza encantadora. Ela e seus olhos castanhos, ela e sua boca carnuda...

Ela e esse acidente de trem que acontece toda vez que chego perto.

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