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Capítulo 7.B


Maria Eduarda 

Noite de sábado

Quando entrei no apartamento tudo era silêncio.

Melhor assim. Precisava tirar uma soneca para ir à festa mais a noite. Já que havia combinado com a Joyce que iria e ela ficou de passar para pegar-me.

Eu não era acostumada a sair tão tarde. Geralmente neste horário estaria chegando a minha casa.

Tomei um banho, lavei e hidratei bem meus cabelos. Sequei deitando com eles bem esticados para não amassar. Quando o celular apitou, eu não estava mais com vontade de levantar para sair, a preguiça era maior. Pensei em ligar e desmarcar com a Joyce. Meu celular deu outro sinal e era mensagem da Sabrina.

Ela: Mudanças de planos. Meu Filé ligou e vem me buscar. Encontramos lá

Eu: Desanimei. Acho que não vou

Ela: Está brincando. Por minha causa?

Eu: Não! Dormi e preguicei.

Ela: Vamos???!? Quero te apresentar o Bem!!!

Quem? Meu vizinho? Jura que ele vai estar lá? Perguntei-me.

Eu: Vou pensar se animo.

Ela: Anima sim. Agora eu vou me embelezar. Beijos!

Eu - Beijos.

A Sabrina com aquele cabelo curtinho era fácil de ficar pronta. Ela sempre colocava umas faixas, brilhinhos com fitas, gel, máscara de modelar... sempre muito bonito.

Levantei e dei uns pulos para animar. Cheguei perto da parede e não escutei nada. Coloquei uma música baixinha e comecei minha produção. Alisei bem meus cabelos e enrolei as pontas. E fiz uma maquiagem leve, mas que realçava bem meus olhos. Coloquei um vestido curto onde a saia era rodada, shortinho justo por baixo bem curtinho que não dava para ver. Uma sandália não muito alta.

Finalizei com meu perfume para ocasiões especiais. Um importado caríssimo que minha tia me deu de natal. Pronta, me olhei no espelho e gostei do meu visual. Precisava me arrumar mais, eu estava sempre do mesmo jeito.

Meu celular fez sinal e era Joyce.

Do outro lado nada de movimento, será que ele havia saído?

Dei boa noite ao porteiro que eu não conhecia direito.

— Nossa que arraso, Duda! Você deveria produzir mais, está linda!

— Obrigada por me dizer que ando desleixada — respondi muito séria e com cara de tristeza.

— Eu não quis dizer isso, eu somente... — A cortei, rindo.

— Brincadeira. Eu entendi o que quis dizer, pensei a mesma coisa agora a pouco.

— Mas você sabe que produzir assim — Mostrou-me de cima a baixo. —, somente às vezes tem as suas vantagens!

— Como assim?

— Se você ficar o tempo todo, linda e poderosa, quando quiser causar fica mais difícil. Melhor sempre ter uma carta na manga.

— Pensar por esse lado... até que tem razão. Tudo precisa de um meio termo. Equilíbrio!!

— Equilíbrio!! — falamos juntas e demos risadas.
Um professor havia falado muito sobre ter equilíbrio na última aula.

Joyce ganhou um carro do pai por ter passado no vestibular. O que causou mal-estar com a mãe. Seus pais eram separados e ela me contou que eles estavam sempre em "guerra", cada um queria presenteá-la com o melhor. O padrasto gostava de falar mal de tudo que o pai dava, mas aquele carro zerinho, não havia o que falar.

Chegamos à festa já causando, logo estávamos rodeadas de rapazes fazendo graças, cada um queria chamar mais atenção que o outro.

A música era organizada por um rapaz que parecia um DJ e tocava alta, provavelmente os vizinhos logo reclamariam.

A casa era da nossa amiga Bia. Ela morava com a irmã que se formaria no final do ano. Elas moravam em quatro, três veteranas e uma caloura. Uma casa grande e bem espaçosa. Cada uma com o seu próprio quarto. E a área onde estávamos tinha churrasqueira e um balcão onde eram feitas as caipirinhas e caipifrutas, opção de saquê e vodca. Tudo bem organizado, você pagava uma taxa e tudo era à vontade.

Eu pedi uma caipifruta sem álcool, não era acostumava beber.

De repente escutei meu nome, gritando quero dizer e logo alguém me abraçou.

— Du, você veio criatura! — Ganhei um beijo. — Esse é o Filé, acho que não conhece.

— Oi, tudo bem? — Dei um beijo no rosto dele. — Chegaram agora?

— Sim e não! — respondeu, Sabrina rindo — Estávamos colocando o papo em dia lá fora.

— Sei! — Dei um sorriso para os dois que não se largavam.

Olhei por cima do ombro deles e eu o vi, seus olhos estavam diretos em mim e com o copo na boca. Começou a caminhar em nossa direção.

Puxei Sabrina e perguntei baixinho:

— Você disse que moro no mesmo prédio que o Bem?

— Não! Por quê?

— Não fale então, depois eu te conto o porquê, tudo bem?

— Você que manda. Posso te apresentá-lo pelo menos? Apesar de que, ele está interessado em uma loira patinadora.

Fiquei sem fala. Sem chão. Sem ação e totalmente paralisada. E ele já estava do nosso lado me encarando. Joyce me chamou neste instante dizendo que queria me apresentar um amigo. Virei dando de cara com um moreno bem alto e sorridente.

— Esse aqui é meu amigo, Elão, Marcelo. Ele é da minha cidade, meu motorista — ela explicou.

— Oi, tudo bem? Du ou Duda, tanto faz. Afinal, neste lugar ninguém tem nome mesmo — falei sorrindo de nervoso. Ele puxou minha mão e deu-me um beijo no rosto.

Puts! Que cheiro horroroso de cigarro. Caiu no meu conceito.

— Eu disse que é meu motorista, por que foi ele que veio dirigindo meu carro de minha cidade. Eu não tive coragem. Nunca havia pegado rodovia... — Joyce continuava a falar e eu nem escutava direito. Mas balançava cabeça e sorria.

Meu interesse era em saber o que se passava atrás de mim, onde o meu vizinho lindo devia estar, mas não iria virar, pois daria muito na cara. O que faria? Fiquei fingindo estar atenta na conversa e na hora que o Elão acendeu um cigarro, pensei: minha bebida acabou, vou dizer que vou buscar outra e sair de fininho. E se este chaminé, falar que vai comigo? Vai ficar chato, recusar. O que fazer? Pensa, pensa...

— Du! — Sabrina me chamou, colocou a mão na minha cintura e eu escutei ela dizer: — Quero te apresentar o amigo do Filé.

Virei devagar e dei de cara com aqueles olhos azuis fixos em mim, confesso, minhas pernas bambearam.

— Oi, tudo bem? — Sorri para ele e lhe estendi a mão. Brega, eu sei, mas nem sabia o que fazia naquela altura.

Pior, ele pegou a minha mão, veio na direção do meu rosto para um beijo e aproveitou para cheirar a minha orelha. Nem preciso dizer que arrepiei da raiz do cabelo até a unha do pé.

— Que cheiro bom — falou e não soltou a minha mão.

— Obrigada! — Santo Deus! Porque eu disse obrigada?

Eu sou uma "bocó" mesmo, isso era coisa que se dizia? E pior, não saia mais nada da minha boca. Olhei a mão dele que ainda me segurava sem saber o que fazer.

— Sabe que minha mão ficou bem assim — Ele sorriu de lado, uma coisa mais linda deste mundo.

Neste instante, eu tomei jeito e puxei minha mão e lembrei que ele era um galinha, safado e mulherengo. Eu não seria mais uma de sua lista.

E a cara de pau dele, como não tem tamanho, falou para mim algo que eu nem imaginava escutar. Pelo menos de outros caras. Dele tudo era possível. Por isto fiquei olhando para cara dele muito séria processando toda a situação. Eram assim então suas cantadas? A mim ele não iria enganar com o seu charme. Precisava ficar distante deste cara. Respondi séria para ele perceber que não gostei.

Ele se desculpou, mas eu saí, deixei-o sozinho e com a boca aberta. Quem não te conhece é que te beije, seu Rafael. Falei a mim. Era melhor ficar longe dele, por mais lindo que fosse. Jamais esqueceria quantas vezes em tão pouco tempo escutei gatas diferentes miar do outro lado da parede.

Fui em direção do bar e peguei outra bebida. Na verdade, era para manter as mãos ocupadas. Encontrei a Bia no caminho e ela me disse queria me apresentar era um amigo. Era até engraçado, todas minhas amigas tinham alguém para me apresentar. Ser nova no pedaço tinha essas vantagens, se pode dizer que era uma vantagem. Deveria ser, se eu quisesse ficar com alguém, neste caso, poderia escolher.

Conheci tanta gente que nem sabia mais quem era quem.

Fiquei ali e fiz questão de ficar de costa para meu vizinho, mas eu poderia sentir ele lá, me olhava e me vigiava. Esse tipo de homem não suporta ser rejeitado. Por um momento, quando alguém mexeu comigo eu virei e o vi. Estava com duas garotas, parecia um par de bichos do lado dele. Uma onça e uma zebra. A diferença é que elas mostravam os dentes o tempo todo. Ele teve a coragem de sorrir para mim e me oferecer bebida.

Nem balancei os cílios para ele. Voltei a fingir atenção na conversa da minha roda de amigos. Notei depois que a zebra deixou a onça sozinha com o próprio carnívoro. O prato da noite estava pronto para ser servido. E eu se tivesse sorte, poderia ficar sem ouvir essa. Caso o banquete fosse na casa da cachorra, ou melhor, da onça.

— Oi? — alguém falava comigo e eu nem sabia o que se tratava? — Desculpe, não entendi.

— Aterrissa, Du!! Terra chamando! Acho que você já bebeu demais.

— Verdade! Prá mim já deu — Olhei para Joyce que tinha uma expressão de tédio do papo do cara. — Na hora que você quiser ir, Joy!

— Vou ao banheiro, daqui a pouco já vamos. Quer ir junto?

— Não! Estou bem.

Ela saiu em direção a casa carregando Bia e a Lucy e no caminho levou Sabrina. Fiquei rodeada de homens, dando atenção a todos. Fui bombardeada de perguntas. Parecia teste para ganhar uma vaga de caloura do ano.

Quando elas voltaram davam risadas e, cada uma ficou em um lugar diferente que estavam antes, assim mudaram os parceiros. Então saquei a estratégia.

Sou caloura mesmo! Em tudo.

Joyce viu que não ia rolar nada mesmo. Chamou para "vazar".

Começamos a nos despedir dos rapazes. O Elão maria-fumaça queria me acompanhar, mas cortei logo. E como já havia falado para Joy, ela também o dispensou, mas ele fazia questão de nós acompanharmos até o carro.

Na saída, ao passar pelo meu vizinho dei um pequeno tchau a ele. Assustei ao vê-lo entrar em minha frente com a petulância de segurar no meu braço, pior, na frente da dona onça. Perguntou se eu ia embora sem despedir dele. Inacreditável o que meus ouvidos escutaram. Mais ainda o que eu tive a coragem de falar:

— Pense bem nas suas cantadas, elas podem não agradar a todas! — Dei uma piscada para ele e fui embora.

Deixei-o sem fala pela segunda vez naquela noite. Ele era lindo e safado, mas alguém precisava ensinar como tratar uma mulher.

Cheguei ao hall entre nossos apartamentos, olhei para sua porta. Pensei que uma gatinha miar até dava para aguentar, mas se viesse dona onça essa noite, eu juro que colocaria meu filme mais cruel. Ah juro que sim.

Entrei, tomei um banho ecai na cama muito cansada.

[1] é uma expressão brasileira informal, usada como sinônimo dos adjetivos bobo, tolo, idiota ou ignorante. A palavra bocó não possui uma conotação tão negativa quanto "estúpido", "burro" ou "idiota", sendo mais associada com uma ignorância relativa à inocência ou pureza.

Pronto se conheceram! 

Será que vai rolar?
O que você acha?
Eu vou te dar uma diga. Quer?

Não vai ser tão fácil assim...

Até mais...

Lena Rossi

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