Capítulo 26.B
Conversa & Revelação
Quando ele abriu aquela porta e eu escutei os gemidos e sussurros, gelei toda. O que havia acontecido? Por que dos clipes passaram para o filme? Não era para acontecer isso.
Ele fechou a porta na mesma hora.
Eu não conseguia pensar e prestar atenção em tudo que ele falava sem parar.
- Quer ficar calado! - pedi.
Eu precisava pensar em como começar a falar, para ele não ficar bravo comigo, porque pensava e me preparava para aquele momento a muitos dias. Mas não estava pronta ainda. Nem sei se ficaria um dia. Eu só sabia que me sentia envergonhada de admitir o que fiz. Não esperava que fosse descoberta assim. Ele parecia um urso enjaulado, o que me deixava mais nervosa. Pelo jeito não iria me perdoar.
Sentei não acreditando em tudo que ele falava.
O que ele pensava é falava, meu Deu?
Ele não é liberal?
Eu, gosto diferente? Ele no comando? Grupo? Sexo em grupo? Era isso mesmo?
Minha cabeça dava cada vez mais um nó, eu não conseguia falar, somente balançava a cabeça concordava e negando tudo que ele falava, falava e falava. Com todo aquele falatório, não pude colocar meus pensamentos em ordem para eu poder explicar.
Por fim, falei um pouco mais alto:
- Posso falar?
- Claro! Quero uma explicação! Estou esperando. Ou você acha que me faz ficar a seco sem transar por tanto tempo e agora vem com essa novidade?
Então ele estava em jejum mesmo? E era por minha causa?
Gostei de saber.
Naquele instante, percebi o quanto ele estava puto comigo. Parou de andar falou meu nome todo e muito sério. Que era para ser nós dois, ele dava conta.
Eu juro que não aguentei e caí na gargalhada, ele realmente achava que eu queria transar com ele e mais um casal? E por este motivo estressar tanto.
Em seus olhos, eu via sua fúria, raiva e indignação que o tom do azul parecia alterado. Fiquei assustada. Foi então que ele virou em direção da porta. Corri.
- Espera! O que vai fazer?
- Você acha que vou ficar aqui? Você rindo na minha cara!
- Se você parar de falar e me deixar explicar. Resolveremos esse assunto.
Peguei-o pela mão em direção do quarto. Era melhor mostrar que falar, naquele momento ia me poupar um pouco à vergonha. Mas ele parou, não deu mais um passo. Parou diante a porta do quarto. Eu o olhei, vi medo e insegurança nos seus olhos. E ele disse que não entraria.
Não havia o que você fazer, era melhor enfrentar e resolver essa situação. Entrei apertei o botão e desliguei o notebook.
Ele apareceu à porta devagar e com receio, entrou olhando e procurando alguém por todos os lados. No quarto somente o abajur ligado dava um pouco de claridade. Vi seu olhar percorrer o quarto. Não achar nada que sua imaginação fértil idealizou. Fiquei aliviada, achei que não iria precisar falar mais nada, que ele já teria ligando todos os pontos. Mas de repente ele pediu.
- Você vai falar?
Eu esperava não ter que dizer nada. Porém, ele se fez de desentendido ou realmente queria me torturar.
Diante do meu silêncio, ele sentou na minha cama e começou a mexer no meu notebook, fiquei esperando ele começar a dar risada da minha cara e fazer piada, mas isso não aconteceu.
- Era isso que eu escutava? - perguntou por fim.
Somente balancei a cabeça, minha língua tinha colada no céu da boca.
Suas perguntas eu respondia com monossílabos ou com movimentos de cabeça.
Por que eu fiz isso? - eu me perguntava - Por quê? Agora naquele momento nada parecia um bom motivo para o que eu fiz, mas teria que explicar. Minha vontade era sumir, tamanha era minha vergonha.
E ele me pressionava.
Comecei a falar, falar... fui até o fim.
- Puta merda! Você é doida?
Ele começou a rir e para me salvar, escutei meu celular tocar. Levantei e fui atender.
- Oi mãe, tudo bem?
"Está tudo bem?"
- Sim.
"Você está sozinha?"
- Não.
"Rafael está aí?"
- Sim.
"Vocês transaram?"
- Não!!
"Vai transar?"
- Não! Mãe!
"Filha não vai fazer nada antes de conversarmos entendeu?"
- Sim. Tudo bem.
"Promete?"
- Até amanhã, mãe!
Desliguei.
- Era minha mãe, eu liguei para ela na hora que você foi tomar banho. E ela não estava.
- Quem mais sabe disto?
- Ninguém.
- Nem a Bri?
- Não. Eu não tive coragem de contar, na verdade nunca pensei em contar... seus amigos sabem?
- Não! Nunca contei o que eu escutava...
- Posso te fazer uma pergunta? - perguntou com um leve sorriso na boca - Você ficava excitada quando me espionava?
- Eu não te espionava! Era só ficar aqui no quarto para escutar tudo que acontecia do lado de lá.
Tentei sair dali, mas ele não deixou. E disse que eu o deixava louco.
Ele deitou sobre mim e me abraçou.
Eu estava aliviada.
Já não havia mais segredos. Ele me beijava e eu queria aquilo, mais do que eu imaginava.
- Maria Eduarda...
- Ãn...
- Desde o primeiro dia que eu te vi, me encantei com você.
Ficamos ali falando dessas coisas...
Beijou-me tão carinhoso que não precisava de mais nada para eu derreter nos seus braços. Eu, que já estava a ponto de implorar pelos seus beijos.
Ele fazia carinho no meu corpo, mas diferente de antes. Agora parecia que não tinha mais tanta pressa, como se ele soubesse que agora eu era dele mesmo. Ou era um respeito que antes não existia. Talvez por ele achar que eu fazia aquelas coisas...
Sei que não era mais do mesmo jeito e ao escutar ele falar aquela frase, eu tive certeza.
- Eu quero fazer amor com você, mas somente se você quiser e estiver pronta para isso.
Eu tinha vergonha daquilo que iria falar. Essas coisas nunca foi fácil de dizer, então fechei os olhos para ter coragem. Sentia ficara vermelha.
- Eu quero, mas tenho medo. É minha primeira vez.
Esperei quieta para ouvir a sua voz.
Aqueles segundos duraram uma eternidade e, ao falar, ele me pediu para que eu abrisse meus olhos. E quando abri, ele falou olhando profundamente neles.
- Eu por muito tempo acreditei nisto, mas depois... achei que havia me enganado com você.
Descobrir que era você minha vizinha não se encaixava. Pensei mil justificativa... Passou. Acabou. Nós vamos começar de novo e devagar. Tudo bem? - ele falava e me beijava. - Posso dormir aqui com você?
Agora depois de tudo, pensar o que passou pela cabeça poluída desse Rafael, eu tinha vontade de rir. Era muito para mim.
De uma coisa não havia dúvida, se eu começasse a namorar com ele, nenhum dia seria igual o outro. Ele era muito engraçado.
Eu tenho que me arriscar. Afinal, dizem que para ser feliz era assim mesmo. Um dia de cada vez, um risco por dia.
Que garantia temos da vida? Nenhuma, não é mesmo?
Ao responder que dormir, mas dormir mesmo podia. Ele levantou e foi para o seu apartamento.
Eu precisava naquele momento ter certeza das minhas atitudes, não teria mais volta: essa era uma certeza.
Meu celular apitou, era mamãe me ajudando a pensar.
- O que foi? -chegou ele perguntando.
- Veja isso! - Mostrei a mensagem.
"Filha, não transe com ele antes de nós conversarmos. Não confio em que seu pai te falou. Ele não quis me contar."
- Você falou de nós para seu pai? - perguntou preocupado.
- Sim!
- Ele sabe que estou aqui?
- Acho que sim.
- É seguro mesmo, eu dormir aqui? Eles não vão aparecer?
- Aí eu não sei... por que, está com medo?
- Não... Seu Alfredo já é meu "chegado".
- Então tá... nem vou te contar o que ele mandou te avisar.
- Agora fala, pô!
- Não precisa, já que são amigos, quero dizer, "chegado".
Ele começou a fazer cócegas em mim.
- Eu não vou contar... pare Rafa... - Ele me fazia ficar mole e sem força.
Enlacei-o com as pernas e tentei imobilizá-lo.
- Mocinha, quer fazer o quê? Vai me imobilizar?
- Sim, vou!
- Então vai tentando... vou te dar uma vantagem. Um, dois...
Virei e sentei sobre ele.
- Três! - falou.
Assim que ele disse o três, eu tirei minha camiseta.
- Assim não vale, é golpe baixo.
Falou sem se mexer.
- Imobilizei ou não?
- Ainda... não... - sussurrou.
Coloquei a mão para trás e abri meu sutiã.
Ele sentou e colou seu rosto ao meu. Sua respiração
curtou e seus olhos se tormou escuros, provavelmente sua boca ficou seca. Ele passou a língua nos lábios e engoliu.
- Lembra o que sua mãe escreveu?
- Às vezes, eu não a obedeço - Passei a língua nos lábios dele.
- Duda... Não faz isso comigo. Eu não quero começar errado de novo.
- Verdade? O que é errado? Isso? - Abaixei o sutiã.
Ele olhou meus seios por um longo tempo, engoliu em seco e olhou nos meus olhos.
- Você é linda. Seus seios são lindos...
- Vai ficar só olhando?
Veja o que eu estava falando, meu Deus?
- Tem certeza disto, Maria Eduarda?
- Duda, por favor, senão vou achar que é meu pai falando. - Dei um beijo de leve nele. - Por que, está com medo, Rafa?
- Duda, Duda... eu estou morrendo de medo. Acredita nisto?
- Então confessa que eu o te nocautie?
- Totalmente.
Suas mãos alisavam minhas costas nua bem de leve enquanto falávamos. O que me fazia arrepiar.
Depois ele beijou meu ombro, meu queixo, pescoço...
Foi descendo e quando chegou nos meus seios...
Eles estavam tão duros que apenas um toque, eu estremeci inteira.
- Raafa...
- Fale... O que você quer?
- Eu quero você...
- Como você quer... - perguntou.
- Não sei... Foi você que disse que gosta de estar no comando. E que poderia me mostrar... ai - gritei.
Ele me deu uma mordida de leve nos meus seios.
🦷🦷🦷
Ai, ui, ãn, ah....
Agora vai!!!
Não falarei mais nada!!!
Até mais.
Vocês?
Só imaginem.
Lena Rossi
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