Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 14.A


O susto

Abri a porta e não tinha ninguém do outro lado, sai no hall intrigado, pois escutei sim um barulho, não estava doido. Ou estava? Olhei a porta dela e bati a companhia. Nada! Puts! Será que ela havia saído então? Entrei liguei a TV e o meu computador. Tinha essa mania, que minha mãe sempre reclamou, pois gostava de estudar com o som ligado, o computador e às vezes a TV. Ela nunca entendeu como eu conseguia administrar isso. Sempre brincava e respondia: sou focado.

🦷

Minhas aulas começavam no meio da manhã, mas não fiquei em casa. Fui para o ambulatório de atendimento ao público, muitas vezes eles precisavam de ajuda, pois os escalados não compareciam. Não era o caso deste dia. Estavam as quatro salas com atendimentos. Fiquei um tempo de conversa com o professor Silvio Sabino, um dos responsáveis naquela manhã.

Ao sair, reparei na sala de espera várias crianças, percebi que elas estavam com medo da hora de serem atendidas. Voltei e troquei uma ideia com o professor.

— Profe! Olhei lá fora, tem umas cinco crianças para serem atendidas. E sempre é muito difícil fazer o tratamento nas primeiras consultas porque elas têm muito medo. E se fizéssemos um trabalho lá fora, antes delas entrarem aqui?

— Onde você quer chegar, Rafael? — questionou.

— Sei lá, contar histórias relacionadas à prevenção das cáries. Mostrar os instrumentos, os dentes e até ensinar a escovação. Temos aquelas bocas articuladas, as dentes móveis e as outras fixas que vocês usam nas primeiras aulas aqui. E se usássemos lá fora como forma de "aula teórica", — Fiz aspas. — Uma grande brincadeira.

Ele me olhava pensativo e com dúvida escrito na testa.

— Rafael, a ideia é boa, mas fazer isso funcionar talvez não seja fácil. Fazerem vocês cumprirem horários aqui já não é fácil.

— Esse não é meu caso, eu prefiro ficar aqui a sala de aula. Começariam com a calourada.

— Vamos ver depois, conversarei com o Rubens e a Natália sobre isso — finalizou batendo as mãos no meu ombro.

Eram os outros dois professores responsáveis pelo ambulatório e as aulas práticas.

— Posso tentar hoje já que estou aqui? — pedi.

— Fique a vontade. Veremos já o resultado prático aqui dentro depois.

Entrei na sala de material e peguei algumas coisas que já estava sem uso e alguns brinquedos que usávamos com as crianças, mas já dentro do consultório.

Na sala de espera, em um canto havia uma mesa com lápis, giz de cera e folhas com desenhos para colorir. Porém, pelo mesmo motivo, poucos eram usados, a maioria das crianças ficavam já no colo da mãe ou quem os acompanhavam.

Levei mais uma mesinha. Coloquei meu jaleco e fui para recepção. Sentei junto ao chão e perguntei:

— Quem quer ser dentista aqui hoje? E limpar os dentes dessa mocinha? — Estava sentada na cadeira de plástico uma boneca.

Ninguém se mexeu. Todos ficaram com os olhos arregalados, fixo em mim. Apenas me encaravam.

Abri uma caixa e tirei de dentro uma boca enorme, devia ter uns setenta centímetro de comprimento e uns cinquenta de altura. Ela abria e fechava. Poderia ser separada e os dentes saiam para ser visto um por um, quase do tamanho da minha mão. Havia uma escova proporcional a boca para escovar os dentes, uma forma de ensinar a escovação. Com isso, o interesse aumentou. Um garotinho saiu do colo da mãe e perguntou.

— Por que essa boca é tão grande? — Sorri para ele e brinquei.

— Éh pra te comer!! – e fui com ela na direção dele, o fazendo dar risada – Você conhece a história do chapeuzinho vermelho?

— Eu conheço, mas gosto mais do pequeno polegar ou da galinha dos ovos de ouros – falou e se aproximou.

— Eu gosto de princesas – falou a outra garotinha no meio das pernas da mãe, mas fora do colo.

— Eu sei uma muito legal, querem escutar? Chama: "A família microbinho".

Ele balançou a cabeça que sim e aproximou mais um pouco.

— Vamos sentar aqui? – Olhei para as outras crianças, algumas um pouco "ressabiadas", mas com um empurrãozinho da mãe, vieram. Somente uma ficou de longe, e eu não insisti. Pequei uns fantoches e comecei.

— Era uma vez uma família. Era o pai, a mãe e dois filhos. Uma menina e um menino. O menino não gostava de escovar os dentes, ele comia e comia e sua boca ficava sempre suja.

Coloquei um adesivo de boca suja nele. A menina falou:

— Eca!

— E quando ele ia para escola, além de não escovar os dentes ele nem lavava as mãos. Ao chegar a sua casa, jantava e iam dormir assim mesmo. Então uma pequena família de micróbios. Resolveram se mudar e escolheu aquela boca para viver — parei e perguntei: —quem sabe o que é micróbio? — Alguns levantaram a mão.
— Eu sei — falou mais alto o que se encontrava mais atrás.

— Fale você, — apontei para ele, que vestia uma camiseta vermelha.

— É bichinho que traz doenças. – Apontei o outro.

— São sujeiras que tem nas coisas que caem no chão. — Apontei para a menina.

— São bichinhos bem pequenininho que a gente não vê, mas faz ter dor de barriga.

O Outro era bem pequenino e estava com vergonha, escondeu a cara nas pernas da mãe.

— Muito bem, todos estão certos, pode ser tudo isso é mais um pouco como trazer doenças na boca. Quer ver? — Eles apenas balançaram as cabeças e mais interesse apareceram nos olhos brilhantes. — Essa família alimentava-se de restos de comidas que ficava entre os dentes. Vejam aqui!

Mostrei a boca grande com resto de comida e pequenos bichinhos. E fui contando e fantasiando para eles rirem. Quando estava terminando a história, até o outro garotinho já tinha se aproximado.

Cada criança me ajudou com alguma coisa: um escovou os dentões, tirou os bichinhos. O outro usou o espelho para ver melhor os dentes e passou o fio dental. Teve até imitação do barulho do motor. Por fim, ajudaram a acabar de contar a história.

— Com a boca bem limpa essa família teve que procurar outro lugar para morar – falou um deles.

— E com ajuda do "homi alanha" e "homi di felo" ele lipô tudim dileitinho — falou o pequenino surpreendendo a todos que estavam na sala. E logo em seguida escondeu o rosto na perna da mãe de novo.

Ao escutar um barulho olhei para trás, os professores estavam à porta com os alunos, eles me observam concluir a história.

O professor o Sabino sorriu e perguntou:

— Agora é a vez de quem? — Três levantaram a mão — vamos exterminar essa família de parasitas?

– Família microbim, tio — corrigiu a garotinha.

— Isso mesmo!

Olhei o relógio e se não apressasse perderia a hora da aula.

Levantei recolhi tudo, e guardei.

Dei tchau a todos e saía ao ser chamado:

— Rafael? — Voltei nem olhar para dentro, era professor Rubens. — Bom trabalho.

Fui para aula contente. Talvez quisesse especializar na área infantil, fui pensando no assunto.

Entrei em silêncio na sala de aula e comecei a anotar a matéria que já se encontrava escrito na lousa.

Do mesmo jeito que entrei, eu saí também. Não estava a fim de papo com ninguém. Fui almoçar na cidade, somente para não encontrar com a turma no RU. Na volta entrei depois do professor, nas outras aulas também, pelo mesmo motivo: evitar os amigos, ou melhor, o Filé.

Meu celular vibrou, olhei e era mensagem dele.

"Oi cara, bravo comigo ainda? "

Não respondi.

"Cara, desculpa. Vamos conversar?"

Acabou a aula, vazei. Já dentro do carro, ele veio correndo atrás de mim.

— Ei, espera Bem! Pare com isso, cara! Podemos conversar?

- Não! Agora não posso, tenho compromisso. —Liguei o carro.

— Bem... deixa disto! Quero te ajudar com a Du. — Ele tentou pegar no meu ponto fraco, mas não dei crédito. — Foi somente uma brincadeira.

Deixei-o falando e fui embora.

Ele precisa saber até onde é brincadeira, zoeira e um papo sério. Estava "já no pó da rabiola". Aguentava essa zoeira desde o primeiro dia que quis ficar com a Du. Pensando bem, a culpa é minha, já deveria ter desistido dessa garota. Ela já deixou provado com todas as letras, que não quer nada comigo. Ficar insistindo nunca foi a minha cara. Já deu. Passou do meu limite. Se ela não quer mesmo, fazer o quê?

Precisava encontrar outro alguém para me aliviar. Era isso!

Mudei a direção e fui para o shopping. Com certeza lá devia ter gatinhas a fim. Era o que eu precisava, mesmo que fosse um pega ali.

Dei uma volta para fazer uma resenha. Várias pessoas circulavam, mas ninguém chamou minha atenção. Fui à praça de alimentação fazer um lanche. E talvez o lance fosse ficar parado. Eu estava como dizia o Fubá, "a perigo de catá-mocréia".

Fiz meu pedido e fiquei mexendo no celular, tinha três mensagens do Filé. Ignorei todas. Precisava distância da turma toda por uns dias.

Levantei a cabeça e uma garota me olhava, sentada sozinha em uma mesa não muito distante. Era loira, não linda, mas vamos dizer nada de se jogar fora.

Continuei na minha e de vez enquanto dava uma olhada. Até que chamou minha senha e fui pegar meu lanche. Ao voltar, sentar e colocar bebida no meu copo, ofereci. Ela deu um sorriso e balançou o papel que segurava, a senha do seu pedido que aguardava.

Poucos minutos ela apareceu a minha frente e perguntou se podia sentar comigo. Mostrei o lugar e falei:

— Claro, fique a vontade.

Ela era mais velha, de longe não deu para perceber, mas simpática. Conversamos sobre futilidades enquanto comíamos.

— Por que um rapaz bonito, simpático se encontra comendo sozinho? —perguntou.

— Estou abandonado pelas mulheres – joguei uma frase para me mostrar carente.

— Somente por que você quer, tenho certeza. — Olhei-a sorrindo para fazer charme e pensei, essa está no papo.

E a conversa foi rolando, até que a convidei para ir ao meu apartamento.

Ela topou na hora.

Esse era o Bem, não precisava correr atrás das garotas, ela vinham. Assim que estava acostumado.

Saímos.
Eu fui com meu carro e ela me seguiu. Combinamos dela estacionar em frente o prédio e entrar comigo no meu carro na garagem.

Ao saírmos do elevador, no hall sobre o meu tapete encontrava-se uma caixa com um envelope por cima. Peguei, não olhei e já abri a porta. Coloquei a caixa sobre a mesa e em seguida uma música. Ofereci um suco. Ela não aceitou, mas logo me atacou e disse:

— Não precisamos enrolar, certo? Somos crescidinhos. Você é sempre devagar assim?

Se fosse em outra época, teria gostado e mostrando para ela o poder do Bem. Porém, hoje, achei aquilo tão vulgar, que nem deu tesão. Mas, precisava concentrar e relaxar. Ela tentava tirar minha roupa com violência e me arranhava, puxava meu cabelo, parecia querer me morder. Segurei o cabelo dela com força para trás a fim de conter seu entusiasmo. A danada sorriu, gostou de ser contida.

— Assim mesmo garotão! Mostre o que sabe fazer para agradar?

Olhei para cara dela e não consegui beijá-la. Ela me puxava querendo tomar minha boca. Eu somente pensava na Du, na sua boca macia e inocente. Balancei a cabeça a fim de esquecer e posicionei-a no sofá para que eu pudesse sair daquele beijo que ela queria. Então ela abriu minha calça querendo ver meu amigo. E no instante que ela colocou a mão dentro da minha cueca, me afastei.

— Hei, por que esse garoto não acordou ainda? Ele é fraquinho assim mesmo? — perguntou provocativa.

— Não! — Afastei-me. Passei a mão nos cabelos. — Acho que não foi uma boa. Eu não estou a fim.

— Como assim? Não está a fim? Trate jeito de se animar. Eu não vou perder minha noite — falou áspera.

— Olhe aqui, eu não quero. Estou pensando na minha garota e não vai rolar. – Eu me afastei o máximo dela.

— O problema é seu! Vai ter que me pagar do mesmo jeito — disse ajeitando suas roupas e levantando do sofá.

— Pagar? O que está falando? — perguntei estarrecido.

— Você acha mesmo que estou aqui somente porque gostei dos seus olhos lindos? — indagou me deixando de queixo caído.

— Mas você não disse que era prostituta!

— Olha aqui garoto, — Apontou o dedo na minha cara. — eu não gosto desse adjetivo! Pare de frescura. Venha fazer o serviço aqui agora ou pague para eu ir embora.

— Nem venha com essa! Eu não pago por sexo, nunca paguei e não vou pagar agora. — falei decidido.

— Ah é?! Então vamos ver! Ela foi até a cozinha pegou dois pratos e copos e arremessou o primeiro na parede fazendo um estrondo.

— Sua louca, pare com isso! Vou chamar o segurança do prédio – gritei e ela jogou outro.

— Vai? Chame mesmo! Então todos vão saber por que estou aqui. — Arremessou o copo. — E você não conseguiu erguer o pau e não quer pagar. É isso? Por mim tudo bem. – Jogou mais um.

— Eu não tenho, sou estudante, uso cartão universitário e quase não uso dinheiro — tentei argumentar.

— Mostre a sua carteira! – Pegou minha jarra de suco. – Abre agora!

— Coloque isso sobre a mesa — pedi.

— A carteira!

Peguei a carteira e abri, mostrei que havia poucas notas.

Ela retirou o que tinha dentro, pegou sua bolsa e saiu.

— Vou te dar um aviso. Nunca deixe uma mulher na mão. Antes de trazer para seu motel particular, pergunte pelo menos seu nome. Cuide-se, pode ser que da outra vez não seja alguém tão boazinha quanto eu. — Saiu e bateu a porta.

Tranquei-a bem rápido. E caí no sofá sem ainda acreditar na loucura que fui me meter.

Porra!

O que foi isso?

Fiquei ali por um tempo em choque, parado. O que eu havia feito? Perguntei-me.

O interfone tocou tirando-me do transe.

— Oi Rafael está tudo bem?

— Sim, por quê?

- A Maria Eduarda estranhou alguma coisa aí.

— Ah... Foi uma amiga que brigou comigo aqui e falou um pouco alto, mas ela já se foi.

— Sim, pelo jeito está passando por aqui. Juízo garoto! Amiga, sei... Boa noite.

— Boa noite e obrigado.

Levantei para pegar uma água, olhei a louça quebrada sem ainda acreditar. Sobre a mesa a caixa. Resolvi ver o que era.

Dentro um pote com bolo de cenoura com cobertura de chocolate.

Abri o envelope.

"Oi vizinho! Espero adoçar um pouco sua noite, às vezes os dias são meio sem doce e amargo".

Boa noite, sua vizinha.

Fiquei sem chão. Como ela poderia saber? Adivinhar assim que precisava adoçar minha vida.
Neste instante, eu queria um colo além do doce.

🦷🦷🦷

Uie!!

Quem quer dar um colo para esse menino? Ele está carente e cometeu um ato perigoso vocês não acham?

O clima esquentou e por pouco dá BO!

E aí? Comentem. 

Beijos e até mais

Lena Rossi

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro