Capítulo 11.A
Rafael
Sabrina – Bri
Gustavo – Filé
Joice – Joy
Alan – Jacaré
Reunindo amigos
Ao sair à tarde para a faculdade, o bilhete ainda estava colado na porta. Provavelmente ela não voltou na hora do almoço.
As aulas teóricas foram entediantes, mas as práticas passaram rápidas. Eram sempre assim, eu gostava de "pegar", usar as mãos e ver o meu trabalho aparecer.
Final do dia, Fubá e filé se encotravam na entrada do PA*, de papo.
— Eu aposto minha coleção de calcinhas que vocês não estão a minha espera para ver meus lindos olhos azuis — provoquei.
— Está usando fio dental agora, Bem? – perguntou Fubá.
— Como você sabe que as garotas deixam para mim são fio dental? — retruquei para irritá-lo e ainda completei: – ah já sei, são iguais a da Marci.
— Vai se ferrar, Bem! Agora você já me encheu com essa história! — Levantou do banco literalmente incomodado.
— O que eu não sei aqui? — perguntou Filé.
— Esse babaca fica de graça com Marcinha para eu ficar irritado.
— Estranho você Fubá, me trolar pode, não é mesmo? – questionei.
Então ele começou a dar risadas.
— Bem, você tem que concordar comigo, ver você tendo que ir catar e ainda por cima, ficar na mão é muito engraçado.
— Somente para você e a turma da faculdade inteira, provavelmente — resumi o quadro —, pois "alguém" fez favor de espalhar isso.
— Mudando de assunto, o que vai fazer hoje? — ele quis saber.
— O Filé, já sei, vai esperar sua Bruxinha — Ele fez cara feia. —, me desculpe, a Bri. Agora ele quer que a chamamos de Bri.
— Vou dar um beijo nela daqui a pouco e só isso meu camarada — explicou ele.
— Vai ficar na mão hoje de novo? — Mostrei a mão em movimento suspeito.
— Não preciso disso, estou em dia, diferente de algumas pessoas. — insinuou maldosamente a mim, o que não deixei por menos. Virei para Fubá e disse:
— Agora ele está te zoando, cara.
Acabamos que todos deram risadas.
— Fala Filé, por que perdeu a namorada hoje?
— Ela tem trabalho para apresentar amanhã e vai estudar.
— Entendi, eu vou vazar então — falei — e você Fu? Quer chegar lá em casa?
— Ela vai estudar na casa da amiga — ele deu ênfase na palavra amiga, com certeza significava alguma coisa. Esperei que continuasse, mas tenho certeza que aquilo era para me provocar.
— E? – Tive que fazer a pergunta.
— E o quê? — perguntou rindo.
— Fale Gustavo, deixe de embromação, ela vai para casa da Du? É isso? — perguntei irritado. Já bolado com essa mania deles quererem me trolar.
— Estou aqui para conhecer a princesa, você pode ir — falou Fubá.
— Nem fudendo que você vai ficar aqui para conhecê-la. – falei.
— Claro que não, isso é para depois — Ele queria era me tirar do eixo, com certeza.
— Lá vêm elas, lindas e belas — comentou, Filé com aquele sorriso bobo no rosto.
Olhei na direção que ele olhava e me deparei com três belas mulheres. Elas vinham em nossa direção. Eu tinha olhos para a loira do meio, que vinha com os cadernos no peito. Parecia uma colegial, faltava somente uma saia xadrez e uma gravata igual.
— Oi — falou, timidamente para mim.
Aquele filho da mãe do Fubá entrou a minha frente e se apresentou para ela.
— Oi minha linda, prazer em conhecê-la, eu sou Rodrigo, inteiramente ao seu dispor — falou, fazendo charme com uma saudação de um súdito.
— Vulgarmente conhecido de Fubá — explicou a Bri.
Neste instante chegou Jacaré com seu papo de conquistador.
— E aí galera, reunião de mulheres bonita, e pior, perto dessa turma feia aqui? Pronto! Chegou o Jaca aqui para salvar vocês. — Abraçou as duas ao mesmo tempo, A morena e minha loira. Estão precisando de mim?
— Pronto! Quarteto formado — falou a Sabrina já agarrada ao seu Filé.
Eu não gosto de nada mal resolvido, sou um cara sem meio termo. Para mim é ou não é!
— Du, eu preciso falar com você! — Peguei a sua mão e nem lhe dei tempo para pensar.
Saímos e afastamos um pouco da galera.
— Ei! Espere O que você pensa que está fazendo?
— O quê? Eu estou louco de raiva por você ter me deixado daquele jeito ontem.
— Mas eu precisava ir embora...
— Você sabia que eu ia te levar. — Tentei puxá-la para mais perto de mim. — Por que fugiu de mim?
— Quer saber mesmo? — Seus olhos negros estavam assustados, mas cravados em mim. — Você me assusta. É intenso demais.
— Eu estou muito a fim de você. Sou assim, não gosto de joguinho. Quero e gosto de ter.
— Sei bem como é. E assim que tem o que faz? — perguntou desafiadora — Acaba o fogo e pronto! A caçada termina e você vai continuar sua procura em outro lugar. É assim Bem?
Fiquei sem fala com a sua confiança em me jogar tudo aquilo na cara.
— Eu não sei dizer. Eu... eu... de uma coisa eu sei... — Limpei a garganta para ganhar tempo para concluir: — não sou um cara de se apegar, mas te digo que estou muito a fim de você.
— Eu também — Puxei para meus braços, mas ela me afastou. — Estou muito a fim de tomar sorvete e do mesmo jeito seu, vou jogar o palito fora. Ou reciclar, pois é isso que eu faço com o meu lixo.
— Du! Não faça isso comigo! — choraminguei.
— Eu que te peço! — Desvencilhar-se de mim. — Largue-me e não faça isso comigo. Eu tenho certeza que você tem consciência de sua beleza e seu poder de atração, sim, tudo isto mexe comigo também, mas eu não quero ser mais uma na sua extensa lista.
E assim, após dizer essas palavras, eu a vi se afastar.
Voltei atrás dela bolado, com raiva e puto mesmo, mas fiquei na minha. A vontade era ter virado as costas e ido embora, mas pensar em deixar o lance livre para o Fubá, me fez permanecer ali. Nem fudendo que iria facilitar para ele. As meninas iam estudar mesmo.
— Rola o que na sua casa, Bem? Um jantar? — perguntou Fubá.
— Pode ser um macarrão? Passo no supermercado agora e compro alguma coisa. Quem vai? – perguntei com os pensamentos fervilhando.
Nós quando éramos calouros chegamos a morar juntos. Uma zorra, pois eram muitos numa casa. Depois fomos saindo e acabamos indo morar sozinhos ou no máximo em dois. Jacaré e canino moravam juntos, eram da mesma cidade da Bahia.
Por causa disto, costumávamos fazer reuniões na casa de alguém e fazer um misturado. Pizza, macarrão, coisas prontas... Até macarrão de copo rolava. Tudo para termos tempo de ficar reunidos sem ser na facu.
— Gente por onde anda o Canino? Está sumido — perguntei. – Vamos bater um sap pra ele?
— Pode esquecer! — explicou Jacaré – Está apaixonado e em lua no momento.
— É amor!!! — começou cantar o Filé.
Olhei para Du, ela parecia perdida em seus pensamentos. Provavelmente nem escutou nada naquele instante.
Jacaré investia na seu papo mole na morena, que ria o tempo todo de suas palhaçadas.
Aproximei da Du e falei baixinho.
— Posso pedir somente uma chance para te conhecer melhor? A começar pelo seu celular.
Ela relutou um pouco, mas acabou por ceder.
— Eu te passar meu número, não significa nada. Podemos sim, sermos amigos.
— Mas se eu disser que quero muito mais?
— Você corre o risco de perder até isso que estou te oferecendo — respondeu.
— Menina, você é durona demais, acaba comigo – falei, quis tentar amolecer e arrancar um sorriso dela, segurando meu coração.
— Vai anotar ou não? – perguntou séria.
Tirei o celular do bolso e ela falou o número. Disquei e o dela apitou.
— Salva o meu, se precisar de uma carona — Dei um pequeno sorriso. — Antes de ficar molhadinha pode me chamar.
— Vou me lembrar — respondeu sem deixar nem um pequeno sorriso aparecer naquela boca linda.
— Dudinha!!! — Olhei quem a chamava. Eram os dois pares de flores. — Nem te conto a novidade!
Ela abriu um sorriso mais lindo, encantador e não era para mim. Precisava mudar minha posição perante aos seus amigos, pensei na hora.
— Se não vai contar... — continuava com olhos brilhantes. – Por que vieram falar? Para eu ficar curiosa?
— O diretor do festival pediu para te convidar a participar. Dançar balé ou patinar — falou o cabelo de galo.
— Ou fazer as duas coisas — falei e eles me olharam como se eu tivesse duas cabeças. — Não tem aquelas meninas que fazem balé no gelo. Deve ser a mesma coisa.
— Nossa! Até que o cara bonitinho teve uma ideia brilhante, o que você acha? — Olhou para ela e para mim em seguida.
— Fala sério! Vocês estão de brincadeira? Quem contou que eu danço ou patino?
Na hora os dois apontaram os polegares um para o outro.
— Nem vem, foi você – falou o galinho.
— Que nada! Você lembra que na hora que ele perguntou você fez aquele estremilique dizendo que nossa amiga era tudo aquilo que ele queria? — comentou o outro.
Eu via a hora que eles sairiam no tapa.
— Mas você já tinha falado dela! – retrucou.
— Tudo bem! Entendi. Os dois são culpados. Agora o mais importante é saber quem vai resolver essa confusão e me tirar dessa. Por que vão, não é mesmo?!
— Por que, Du? É lindo o festival, você vai adorar. E pelo jeito sabe o que faz — falei e neste momento todos já estavam calados e prestavam atenção no assunto.
Os dois já deviam estar sendo meus fã naquele momento, pois olhavam para mim com ar de admiração.
— Du, vai ver como é! – falou Joyce.
— Du eu já te falei do festival, lembra? Estava pensando no balé. Mas o Bem tem razão, se você fizer algo diferente como dançar balé sobre os patinar vai ser um show a parte — falou Bri com entusiasmo.
— Vamos todos assistirmos — falou Filé — podemos levar faixas e cornetas.
— Cala boca, Filé! Desde quando usa corneta num festival? E assim, vai assustar a garota — interferiu o Fubá.
— Gente! Tudo bem! Vamos Joy? Penso nisto depois — falou para encerrar o assunto e, já não possuía mais o seu sorriso nos lábios. — Bri, você vem comigo?
— Sim. — Beijou de novo o Filé e ele veio caminhando com ela.
— Du? – chamei. Ela olhou para mim. — Tchau, viu!
— Até. – Ela veio até mim e deu-me um beijo no rosto.
— Eu te ligo — falei.
🦷🦷🦷
O que um fora faz?
Pode ser que ele ajuda mais que um bom encontro inicial, você concorda?
Gostaram?
Votem!
Comentem!
Estou esperando.
Lena Rossi.
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