Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Quantas daquelas marcas foram causadas por James?


Foi com extrema felicidade que James recebeu Dumbledore de braços abertos.

–Dumbledore!--James exclamou, quase saltando em cima do idoso, de tanta felicidade que sentiu ao vê-lo saltar lareira afora.--O que faz aqui?

–Quando houve o surgimento dessas lembranças não suas, senhor Potter?--Partiu o idoso a falar, sem nem antes cumprimentar o pobre homem assustado.

– Começou a algumas semanas atrás, senhor.

–Lembra de ter sido atingido por algum feitiço ou maldição?

James ponderou, mas não encontrou qualquer mescla de lembrança sobre ser ou não atingido por qualquer feitiço ou maldição que fosse. A única coisa que se lembrava era de estar lavando a roupa quando passou a ver o Sonserino criança brincando com a Lily naquela praça próxima à casa dela.

–Não. Meio que começou em um momento aleatório do meu dia.

Dumbledore realmente parecia assustado, até mesmo curioso. Havia uma mescla de entendimento e preocupação naqueles olhos sábios.

–Severus,--Albus virou-se para o homem, que parecia estar no mundo da lua enquanto ponderava a sua vida até então--por mais desejoso que eu esteja para saber o que é que desencadeou essas lembranças no senhor Potter, creio não possuir tempo o bastante para pesquisar. Mas considere a seção reservada aberta para o senhor. Se eu arrumar um tempo livre o suficiente, irei dar o meu máximo para ajudá-lo, mas, com tudo que tem acontecido, sinto muito se não for possível.

Snape, obviamente, não estava esperando que Dumbledore não soubesse o que estava acontecendo e pareceu ficar bastante triste com o que foi dito pelo diretor.

–Mas por onde eu começo?--Perguntou, sem conseguir sequer olhar no rosto de James.

–Há um livro na seção reservada chamado A Mente e as Trevas, comece por ele.

Dumbledore os deixou sozinhos com tamanha felicidade, que James conseguiu sentir a indignação de Severus perpassar o limite.

–Você já tentou bloquear a sua mente?--A voz de Severus o pegou de surpresa.

–Eu sei oclumência, Snape, e você sabe disso.

–Não estou falando de oclumência, Potter. Você já tentou impedir as lembranças de surgirem?

James não havia se dado ao trabalho. Apesar de se sentir mal, ansioso e culpado ao extremo toda a vez em que uma lembrança de Severus aparecia diante de seus olhos, ele gostava de recebê-las (não sabia a razão, mas gostava).

–Não...–Respondeu, já prevendo que Severus surtaria.

–Por que não?

–Porque não pensei em fazer isso.

Ele realmente não havia pensado.

Por sorte, a figura não surtou. Não chegou nem perto.

–Fique aqui, vou pegar o livro na seção reservada em Hogwarts.

Severus adentrou a lareira novamente. James não pôde evitar o ímpeto de suspirar. O prato de comida que havia preparado com tanto carinho, agora estava frio e intocado por Severus.

***

James se perguntava o motivo para ter contado a Severus sobre as lembranças. Sabia que estava certo em contar ao dono delas, mas agora estava trancado numa casa com um leitor voraz que não largava nem por um instante a porcaria do livro. Queria pegar um ar! Já era de noite, a casa estava o sufocando e só agora, depois de muitas horas, que havia se tocado que seus amigos deveriam pensar que ele estava morto.

E esse nem era o principal problema.

Sabia que estava irritando o homem, o fitando enquanto lia. Ninguém gostava de ser olhado intensamente enquanto estava lendo. Mas, verdade seja dita, já havia tentado chamar a atenção de Severus, mas a figura irritante estava fadada a fingir que ele não existia.

–Potter,--a voz rouca quase fez James pular de alegria–existem maneiras menos irritantes de pedir para ganhar um Avada Kedavra no meio da fuça.

–Eu preciso pegar um ar, Snape.--Partiu a falar, antes que o homem voltasse a enfiar o livro no meio da fuça.--Você está lendo a tarde inteira e eu estou necessitando de uma mudança de ares!

Severus franziu a sobrancelha, para não dizer que havia tremido o lábio devido à graça da situação.

–Quer sair lá fora?

–Preciso.

Por incrível que pareça, Severus se levantou e seguiu até a porta. James não esperou por um convite, foi atrás dele e enfiou-se porta afora assim que ele a abriu. Perdeu o ar ao notar o céu.

Nossa...

Severus parou em frente à porta e colocou as mãos nos bolsos, olhando para as estrelas como se já as conhecesse o suficiente. James não podia acreditar na falta de espanto por parte de Snape, com aquele olhar tão indiferente para algo tão divino. Se James morasse naquele lugar, sempre sentaria em frente à casa e olharia para as estrelas.

–Você mora no melhor lugar do mundo, Snape!--Comentou, andando ao redor do pátio. Havia uma cerquinha branca em frente à casa, casa que parecia menor olhando de fora. Deveria ser um truque.

–É uma casa agradá...

Antes que Snape sequer terminasse de falar, uma risada cortou o ar, seguida do aparecimento irritante de Lucius Malfoy. James tentou encontrar a varinha em meio às vestes, mas, obviamente, ela não estava com ele. Duvidava que ainda estivesse inteira.

–Severus, por que a anta do Potter ainda está viva?!

Lucius adentrou o pátio como se estivesse acostumado a fazer isso todas as noites, felizmente (James não queria ter que arcar com Malfoy visitando Snape toda a santa noite) Severus pareceu surpreso de tê-lo em sua residência.

–O que está fazendo aqui, Lucius?--A pergunta de Severus soou menos grossa do que James imaginou que soaria.--O Lorde das Trevas o mandou me procurar?

–Não!--Lucius deu de ombros.--Eu só queria saber o que você poderia ter feito com o Potter.-- Lucius arqueou uma sobrancelha.--Então... Por que ele ainda está vivo?

James realmente temeu que Severus não fosse ter uma resposta para aquilo, mas a criatura estava mais preparada do que Potter poderia esperar.

–Não é óbvio? Eu estou usando ele como uma espécie de mordomo.

Malfoy pareceu achar a ideia engraçada.

–Não consigo imaginá-lo aturando o Potter como mordomo, Severus...

–É simples,--Snape soltou uma risada áspera–quando ele me desobedece, eu o amaldiçoo. É engraçado. O cruciei quatro vezes só hoje.

Uma dor fantasma perpassou pelo corpo de James diante das palavras. Ele já havia sido cruciado aos 23 anos e a ideia de ser amaldiçoado pela maldição só para Lucius não fazer perguntas, o preocupou.

–Parece divertido. Planeja matá-lo depois que se cansar?

–É claro.

Quando Lucius prendeu seus olhos nos dele, James realmente temeu que ele fosse perguntar a Severus se poderia crucia-lo só para satisfazer uma pequena vontade pessoal, mas o homem, felizmente, não pediu.

–Como está a Narcissa, Lucius?--A pergunta estranhamente carinhosa de Snape pegou James de surpresa. Malfoy pareceu gostar do assunto, porque esboçou um sorriso.

–Muito bem, Severus. Estamos ensinando Draco a ler, sabia? Ele está indo muito bem!

–Que bom, mas pensei que ensiná-lo a ler fosse tarefa do Elfo Doméstico.

–Nada substitui o tempo em família, Severus. Aquele garoto precisa saber tudo o que eu sei e quem melhor para ensiná-lo do que eu?

Uma conversa muito, mas muito calorosa. James se sentia um impostor.

–Aquele garoto vai crescer sendo um mini você, Lucius.--Severus comentou num tom brincalhão nada característico--Cuidado para não mimar demais.

–Mimo nunca é demais, Severus.--Lucius riu.--Gostaria saber quando que você irá nos visitar. Vem prometendo a semanas e nunca cumpri!

James olhou para Severus, vendo que o homem não parecia muito à vontade com a ideia de visitar a mansão dos Malfoys.

–Uma hora eu o visito, Lucius.

Malfoy revirou os olhos.

–É sempre uma hora, né, Severus? Narcissa está com tanta saudade de você quanto o Draco, ele vive perguntando onde que está o tio Severus.

–Duvido muito, Lucius.--Severus riu, alto, claro, verdadeiramente, nada falso.--Draco mal me conhece.

–Mas gostaria de conhecer!

Snape suspirou.

–Lucius, eu vou dar uma passada lá no final de semana.

Malfoy abriu os braços.

–Se quiser pode ir amanhã. Você sabe que é da família, Severus.

Severus revirou os braços, ainda de maneira cômica. James estava de boca aberta com aquela exibição de amizade pública.

–Sábado de tarde eu vou, Lucius.

O loiro pareceu gostar da resposta.

–Vou estar esperando.--A figura virou as costas, acenando.--Boa sorte com o Potter!

Lucius rodopiou e desapareceu.

O silêncio que se instalou foi cortado por um pigarreiro.

–Hora de entrar, Potter.

James não foi contra a ideia, adentrou a casa com as mãos nos bolsos e ainda com a sensação de que era uma espécie de impostor.

–Bela amizade...–Comentou, mas se arrependeu na mesma hora. Severus o fuzilou com os olhos antes de andar em direção à cozinha.

James o seguiu até o pequeno recinto e largou-se sentado na cadeira disposta em frente à bancada.

–Não é perigoso para mim estar aqui se outros comensais têm acesso à sua casa?

Severus deu de ombros, nada preocupado.

–Até Dumbledore tem acesso à minha casa, Potter.

–Eu gostaria de estar seguro.--James engoliu em seco.--E se Você sabe quem aparecer aqui?

Severus soltou uma risada áspera.

–O Lorde das Trevas não costuma aparecer sem motivos na casa de um de seus comensais.

–E se ele tiver motivos para aparecer aqui?

Severus parecia sem paciência. O verdadeiro retrato do estresse.

–Eu nunca darei motivos para o Lorde das Trevas aparecer aqui, Potter. –James engoliu em seco e Severus suspirou. Não sabia se achava graça ou perdia a paciência– As únicas pessoas com acesso à minha casa são Lucius, Dumbledore e, agora, você. Tenho proteção mágica ao redor da residência, Potter. Se não tivesse, os aurores já teriam me pegado. É preciso dizer uma senha numérica antes de chegar até aqui, seja por aparatação ou por pó de flu.

James soltou o ar. Pelo menos não estava correndo risco de morte pelas mãos de outra pessoa, senão pelas mãos de Severus.


***

Antes mesmo de acordar, uma lembrança surgiu e James viu Severus sentado na sala de estar dos Malfoys. Um bebê chorava no colo de uma mulher, Narcissa Malfoy, James reconheceu. Lucius apareceu advindo da cozinha, carregando duas taças de champanhe e um espumante. Estendeu uma taça para Severus antes de se largar sentado no sofá. O bebê havia parado de chorar.

–Não é magnífico, Severus?--Perguntou a figura loira.--Sou pai!

–E não teve nem que aguentar nove meses de inchaço nos pés!--Brincou Narcissa, que se aproximava com o bebê.--Quer pegá-lo, Severus?

Snape arregalou os olhos.

–Não! Nunca nem segurei um bebê antes.

–Não é tão difícil!--Lucius pegou a taça das mãos de Severus e a colocou sobre a mesinha de centro.--Você não vai derrubá-lo no chão!

A fala assustou a Snape, que quase se afundou na poltrona quando Narcissa colocou o bebê nos braços dele.

–Viu?--A mulher esboçou um sorriso.--É fácil.

Severus sorriu para a figurinha minúscula e James, embora confuso, sorriu também, realmente esboçou um sorriso verdadeiro enquanto observava a cena.

Levantou da cama com uma dor de cabeça terrível e sem conseguir ver um palmo à frente. Pontinhos coloridos eram as únicas luzes visíveis e isso, por si só, o estressou.

Disposto a pedir se Snape tinha alguma poção para enxaqueca, andou até a sala de estar. O homem não estava lá e o livro parecia abandonado em cima da bancada da cozinha.

Largou-se sentado na poltrona. Havia um pedaço de pergaminho em cima da mesinha de centro. O pegou e bufou ao ler o conteúdo.

Estou a serviço, não saia de casa. Há comida nova na geladeira.

Não bastava o tédio que sentia ao estar com Snape, agora ainda tinha que aguentar o tédio de ficar sozinho.

Andou até a cozinha e ficou feliz ao notar que havia pão, geleia e ovos. Mas quando Snape havia conseguido comprar aquelas coisas? Foi com surpresa que olhou o relógio e viu que já passava das duas da tarde. Não era possível que houvesse dormido tanto! Só se a lembrança de Snape tivesse tomado horas de sono.

O som de aparatação e de queda chamou a atenção de James para o quintal. Assustado, ele se escondeu atrás da bancada. Não bastava estar sozinho, ainda tinha a chance de Lucius Malfoy aparecer e exigir que Severus fosse visitá-lo antes de sábado. A ideia pareceu um tanto quanto hilária.

A porta se abriu e James levantou de trás do balcão com cautela. Era Snape. Foi com surpresa que James notou que o homem estava ferido. Muito ferido.

–O que houve?--James se aproximou, recebendo um revirar de olhos como resposta.--Você está horrível!

Severus estancava o sangue de um machucado feio na barriga com a mão. O rosto estava machucado, arranhado em ambas as bochechas e com uma ferida sangrenta em cima de um dos olhos.

–Boa tarde para você, Potter.--A voz rouca veio carregada de sarcasmo e dor.--Sabe algum feitiço da medicina mágica?--James negou com a cabeça.--Então pega o kit de primeiros socorros no banheiro!

James correu para o corredor, tropeçando nos próprios pés. Pegou o kit e voltou para a sala, quase que caindo de cara no tapete. Severus parecia respirar com dificuldade e agora não apenas segurava o sangue, como também massageava a cabeça.

–Quer ajuda?--James perguntou, largando-se ajoelhado em frente a Severus.--O que aconteceu? Foi uma maldição?

–Travers errou a mira da maldição e pegou de raspão.

Era cômico pensar que Severus estava mesmo o respondendo.

–E que maldição foi?

–Não é da sua conta, Potter!

Snape estava com o uniforme característico dos comensais. Ele tentou tirá-lo, mas acabou ficando preso e gemeu de dor. James, apesar de temer receber uma ofensa, o ajudou a tirar a camisa.

James evitou o ímpeto de vomitar ao ver o machucado. Parecia uma facada, mas, por sorte, não era fundo.

–Snape, dependendo da maldição, você precisa de um curador, não?

O homem não o escutou. James o observou enquanto limpava o ferimento. Obviamente precisava de pontos. Nem pensou direito e Snape já apontava a varinha para o ferimento. Os pontos surgiram no mesmo instante, moldando-se à pele.

–Tem certeza de que você não corre risco de morte?--Perguntou e Snape não se deu ao trabalho de respondê-lo.--Você está cheio de arranhões no rosto.

–Acha que eu não sei?--Snape respondeu, recuperando o ar.

James não havia olhado para qualquer parte do tronco de Snape além do ferimento, mas, agora, com o clima recuperado, era possível ver a linha da cicatriz daquele arranhão causado em Severus por James quando tinham 14 anos. Para dizer a verdade, havia muitas marcas na pele de Snape, mas nenhuma delas se comparava àquela marca.

Quantas daquelas marcas eram de pegadinhas e quantas haviam sido causados pelo pai bêbado? Haveriam quantas do trabalho como comensal? Snape não estava cansado de ser machucado? A resposta deveria ser sim. Um sim alto e exausto.

Os olhos de James arderam e, sem pensar, ele pegou o algodão e a água oxigenada de dentro da maleta de primeiros socorros. Se aproximou de Snape com cautela, porque ele ainda estava de olhos fechados e James temia que o assustasse.

–Snape.--A sua voz veio arranhada. Severus não abriu os olhos.--Posso limpar os ferimentos do seu rosto?

–Não.--A resposta é mínima, mas James a aceita.

–Quer um espelho para conseguir limpar?

Severus abriu os olhos e fitou James com indiferença.

–Por que está quase chorando?

James não havia notado que seus olhos estavam tão lacrimejados.

–Porque eu odeio saber que fui eu quem fiz essa cicatriz em seu peito.--Soou sincero, realmente sincero. Estava a ponto de desabar.--Eu detesto o adolescente que eu fui.

Pensou que Severus não fosse dizer nada, apenas continuar olhando para ele como se o achasse besta, mas a figura suspirou e tirou o algodão e a água oxigenada das mãos de James.

–Eu aceito o espelho.

James nem sabia onde ficavam os espelhos, mas ele procurou e achou, porque era o mínimo, não o máximo, que podia fazer enquanto segurava as lágrimas.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro