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É certo dizer que ambos estão no mesmo barco


James sorriu assim que abriu os olhos. Não recebia nenhuma lembrança de Snape a horas. Não havia perdido a concentração durante a conversa que tivera com o homem durante a madrugada, tampouco enquanto dormia.

Chegou à cozinha enquanto mantinha os pés quase grudados ao chão, negando-se a saltitar, embora essa fosse a sua maior vontade. O cheiro de comida subiu às narinas de James assim que adentrou o recinto.

Havia um porco assado no forno e Severus estava sentado na bancada, comendo ovos com pão. James sorriu ao notar que havia mais ovos dentro de um prato e mais pão dentro de um pacote.

–Bom dia!--Cumprimentou Severus, que levantou o rosto e o cumprimentou com um aceno.--Está assando um porco?

James sabia que a pergunta era idiota.

–Coloquei recém no forno.--Severus respondeu, apontando para os ovos.--Presumo que tenha levantado por causa do cheiro do tempero, mas, já que está acordado, senta e come.

–É engraçado pensar que você fez comida para mim também.--James brincou assim que sentou-se na bancada.

–Estou tentando uma relação amigável.

–Sinto que tudo isso é apenas para as lembranças não aparecerem mais tanto para mim.

–Talvez seja.

O sorriso de James desapareceu, mas ele o forçou a voltar.

–Bem, eu realmente gostei de conversar com você durante a madrugada.

–Comicamente, eu também.

A informação aqueceu a James, que sorriu calorosamente para a figura do homem. Felizmente, Severus não notou, porque James só percebeu a estranheza de sorrir tão largamente para Snape assim que o sorriso voltou ao normal.

James olhou para o relógio da cozinha e riu. Nunca mais voltaria a acordar cedo se dependesse dos últimos dias. Era quase três da tarde.

–Estamos comendo o café da manhã às 2 e 46 da tarde.--Comentou.

–Eu estou assando um porco às 2 e 46 da tarde.--Severus emendou.

James pensou que o ar fosse lhe faltar quando Severus soltou uma risada, e ele não entendeu o porquê da sensação.

–Sabe, Severus,--James olhou para o prato quando Severus o fitou, sentindo-se corar–eu sou um vencedor qualificado em Snap Explosivo.

–Eu sei, você sempre fazia eu explodir em Hogwarts.

Severus era hilário e James gostaria de ter descoberto isso antes.

–Eu estava falando do jogo.

–Eu sei.--Severus deu de ombros.--Mas achei apropriado.

–Duche.

Era uma sensação boa saber que Snape estava aberto a tentar a possível relação amigável. Se James tivesse passado por tudo pelo qual Severus havia passado, não sabia se conseguiria, se teria forças e disposição o suficiente para tal.

–Quando tempo até o porco ficar pronto?--Perguntou assim que terminou de comer.

Severus deu de ombros.

–Muito tempo.

–Podemos começar a jogar agora, então?

Severus concordou.

–Só irei pegar o jogo, espere aqui.

Severus passou por James e, quando fez, Potter sentiu um cheiro bom, que o fez corar. Snape estava usando perfume?

Severus voltou com o tabuleiro em mãos e o colocou na bancada. James havia retirado os pratos.

–Como funciona o seu trabalho como espião?--Perguntou depois de alguns minutos em silêncio.

–Faço o que o Lorde das Trevas manda, conto para Dumbledore, tento salvar alguns idiotas, como você–James corou–e vivo com dor de cabeça de tanto utilizar da Oclumência.

–Você sabe quem não acha estranho que você viva com a mente trancada?

Severus deu de ombros.

–Eu sou bom em criar cenários falsos. Eu tento acreditar neles, então, quando ele pede para ver a minha mente, eu deixo e mantenho essas memórias falsas em primeiro plano.

Aquilo parecia horrível.

–Alguma chance de alguma lembrança sua que eu vi ser falsa?

–Todas as que você me contou eram verdadeiras.--Severus respondeu meio a contragosto.--Falando nisso, teve alguma madrugada passada?

–Por incrível que pareça, não tenho nenhuma a horas.

Severus gostou da resposta, porque sorriu.

–Por um segundo, eu pensei que você estivesse mentindo. Ou que tivesse conseguido invadir a minha mente.

–Por que acreditou, então?

–Porque eu invadi a sua mente e vi que era verdade, também porque você estava assustado demais para ser mentira.

James arregalou os olhos com a revelação bombástica de que Severus havia invadido a sua mente sem mais nem menos.

–Eu não senti você invadindo a minha mente.--Comentou.

–Sou muito bom no que eu faço.

E realmente era.

James não sabia o porquê, mas estava sentindo o seu intestino estranho. Talvez fossem os ovos.

Severus soltou um gemido dolorido.

–O que foi?--James perguntou, assustado.

–Ele está gostando de me chamar nos últimos dias, hein!--O homem comentou antes de se levantar, com a mão direita sobre o braço esquerdo.--O Lorde das Trevas. Cuide do porco para mim.

James concordou antes de ver o homem desaparecer corredor adentro.

Quando Severus aparatou, James suspirou. Gostaria que aquela caveira resolvesse os próprios problemas.


***

Severus não voltou.

Meia noite e James estava sozinho, sentado no sofá e de pernas cruzadas. Estava ansioso e tremendo. Não havia qualquer som de desaparatação e a lareira não se iluminava.

Deitou-se no sofá e permitiu-se descansar os olhos. Sem perceber, mergulhava em uma lembrança.

Severus aparentava ter 19, talvez 20 anos e olhava no espelho com o cabelo molhado. Parecia perdido em pensamentos, desesperado, melancólico. Uma lágrima deslizou pela face dele, transparente, dolorosa e deixou um rastro na pele pálida.

–Vá procurar Dumbledore.--Snape sussurrou para o espelho.--Não espere piorar, Severus.

A lembrança mudou e agora James olhava para uma calamidade nojenta. Havia corpos empilhados em meio à estrada de um vilarejo totalmente destruído, com casas queimadas e vidro enfeitando as ruas.

O próprio Voldemort olhava para o monte de corpos com um sorriso, a varinha apontada para a tristeza desgovernada. Um comensal apareceu arrastando uma mulher, que gritava e se contorcia. Parecia estar de oito, talvez nove meses de gestação e implorava por piedade.

Voldemort apontou a varinha para os corpos e os lotou de chamas. A mulher gritou.

–Jogue-a no fogo!--O lorde pediu e, assim, os comensais que a seguravam fizeram.

A mulher tentou escapar, mas eles a petrificaram. James viu como os olhos dela tremiam, implorando por socorro nesses seus últimos segundos de vida.

Desesperado, James olhou para o lado e viu a Severus, tremendo e sem conseguir desviar os olhos do cenário. A máscara em seu rosto não conseguia esconder o medo transparente em suas feições.

James levantou-se do sofá e bateu com a canela na mesinha de centro. Estava ofegante, nervoso. Sentia-se nojento por Snape e irritado por ele ter entrado na seita satânica de Voldemort.

Sentou-se novamente no sofá, tremendo e, quando se deu conta, chorando.

Então era aquilo que fez Severus trabalhar para Dumbledore. Nojento era pensar que Severus teve que ver uma mulher grávida ser jogada ao fogo para finalmente aceitar que deveria mudar de lado.

James se jogou deitado no sofá, com medo de receber outra lembrança assustadora. Pela primeira vez, estava odiando aquela capacidade estranha.

O som de desaparatação mal foi escutado por James, muito menos o som da porta se abrindo. Ele só queria descansar e recuperar os sentidos.

–Ainda está acordado?--A voz de Snape foi um tiro no estômago.

–Sim.--James utilizou o seu tom menos deprimido e irritado possível.--Demorou.

Mesmo assim, Snape percebeu.

–Está com raiva?

–Não.--James tentou de novo, mas era um péssimo mentiroso.

–O que foi?

Melhor era desistir de esconder.

James se sentou, com o rosto em um estado lamentável.

–Eu vi o que fez você correr para a Ordem da Fênix.

Severus arqueou uma sobrancelha e assumiu uma expressão um tanto quanto lastimável.

–Viu a mulher ser jogada no fogo?

–Ela estava grávida.--James mal conseguiu falar.--Como você decidiu trabalhar para Dumbledore apenas após isso? Você estava mesmo relevando tudo?

Severus era o retrato da melancolia.

–James...–Pela primeira vez, James não gostou de ser chamado pelo nome.--Você sabe o estado em que o ministério está. Você sabe o que acontece com os duendes e outros seres mágicos. Você sabe como a política está suja, mesmo ainda fora nos moldes do Lorde das Trevas. Resumidamente, eu sabia o que os comensais faziam nas horas livres, mas eu nunca via o Lorde das Trevas em meio a esses massacres. Estava cego de amores pelas palavras dele. Quando eu vi de primeira mão, você deve ter imaginado a minha reação.

–Eu vi a sua reação.--James soou seco e a única coisa que Severus fez foi bufar.

–Quer saber de uma coisa, Potter? Eu não me importo com o que você pensa de mim e você sabe disso. Levanta a bunda daí e vai para o quarto.

Potter.

James se levantou, mas não foi para o quarto. Ao invés disso, ele olhou para Severus e suspirou, um tanto quanto derrotado.

–Perdão, Severus. –O rosto de Snape se contorceu.--Por que demorou tanto?

–Você vai gostar de saber que Dumbledore descobriu uma coisa importante, mas, por enquanto, não é da sua conta.

Severus estava sendo duro demais e James estava odiando.

–Severus?

Snape se negava a olhá-lo.

–Fala, Potter.

Que soco no estômago.

–Eu não sou ninguém para julgá-lo por suas escolhas, não correndo o risco que corre sendo espião. Sinto muito por ter agido feito um imbecil.

Severus o fitou e, embora ainda mexido pelo o que viu, James sorriu.

–Onde você deixou o porco, James?

Era bom saber que estavam no mesmo barco.

–Em cima da bancada. Ficou delicioso.

***

James se revirava na cama, não porque estava tendo um pesadelo, mas porque estava tendo um sonho anormalmente bom. Estranho, não tinha sonhos eróticos a um bom tempo, tampouco havia se dado ao trabalho de procurar alguma parceira para fazer alguns atos libidinosos.

Mas o estranho não era estar tendo um sonho erótico, o estranho era a pessoa com quem estava sonhando.

Severus estava de bruços e James, em primeira mão, segurava o cabelo hidratado e metia o pau na bunda estranhamente atraente. E era bom para cacete. O som de sexo acabava com o silêncio do ambiente, os gemidos eram baixos, volta e meia altos. Em uma determinada hora, James soltou o cabelo de Snape e passou a deixar chupões no pescoço leitoso e marcas vermelhas tomaram o lugar do branco.

James sentia que estava perto, logo gozaria e não se importava nenhum pouco que seria em uma bunda ao invés de em uma vagina, mas acordou. Abriu os olhos e se amaldiçoou.

Sentia o pau pulsar embaixo da coberta e o quarto silencioso demais. Se moveu para sentar e gemeu quando, sem querer, colocou a mão sobre o volume.

Mas que merda havia sido aquela?

Por que havia sonhado que metia em Severus?

E por que estava gostando tanto?

Fitou a parede, o pau ainda pulsando.

Porcaria.

Abaixou a calça e a cueca até os joelhos e segurou o pênis pulsante. A imagem de Severus de bruços voltou à mente de James e ele gemeu. Não acreditava que estava prestes a se masturbar pensando em Snape, logo após ter sonhado que metia nele. Mas isso não impediu James de fechar os olhos e mover a mão para baixo e para cima, aumentando a velocidade conforme sentia o clímax. Menos de três minutos depois, James gozava na própria mão.

Certo... Havia se masturbado enquanto pensava em um homem. Havia tido um sonho erótico com um homem. Nunca havia sequer pensado na possibilidade de que pudesse gostar de um homem. E agora estava com tesão em um homem.

A vida é mesmo surpreendente.

James suspirou e sussurrou:

–Porcaria. 

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