17 - Desorientado
Foi uma noite louca.
Não falamos muito, principalmente porque nossas bocas estavam muito ocupadas com outras atividades. Samuel estava bem empenhado em me atualizar nas mais variadas formas de sentir prazer, e eu fiquei impressionado em como ele se recuperava rápido.
Entre uma finalização e outra, ele se ocupava muito do meu corpo, explorando cada pedaço da minha pele e tirando prazer a cada toque. Ele lambia minhas axilas e minha virilha, mordia meus mamilos e os dedos do meu pé, e chupava meu pau e tudo em volta.
Como um aluno aplicado, espelhei cada gesto dele, e arranquei gemidos impressionantes quando usei minhas mãos e minha boca do jeito que ele usava em mim. A única coisa que ele não me deixou fazer foi foder a bunda dele. Disse que não fazia isso. Achei bobo da parte dele não querer experimentar o prazer que ele proporcionava tão divinamente.
Não me senti menos homem por isso. Aliás, não me senti menos homem em momento algum. Quem olhasse para nós, talvez não imaginasse que curtíamos o prazer daquela forma. Ele tinha uma barba linda, era másculo e forte, sem nenhum trejeito ou maneirismo que indicasse sua orientação sexual. Não que isso fosse um problema, o caso é que com a minha inexperiência, jamais teria descoberto e tomado a iniciativa com ele se por acaso o encontrasse em algum lugar. Na verdade, meu gaydar era um recém-nascido.
Eu não tinha uma barba crescida como a dele, mas minha face sempre possuía uma camada rala de pelos despontando, que eu demorava a depilar para não irritar a pele. O resultado disso se podia ver no pescoço do Samuel, um vergão vermelho feito quando esfreguei meu rosto ali com um pouco mais de energia.
No quesito "orientação sexual", eu me sentia completamente desorientado no momento. Isso não foi um problema enquanto nos enroscávamos noite adentro. Quando estávamos só nós, independente de quem estava em cima ou embaixo, não havia rótulos. Não havia nenhuma necessidade de dar nomes ou ferver os neurônios com convenções sociais. Só havia nós dois, nos divertindo, dando e recebendo prazer.
Olhei para o vergão no pescoço do Samuel. Não era a única marca que tínhamos conquistado em nossa noite de fodelança. Através do espelho do teto, eu o contemplava, deitado de lado, ressonando ao meu lado. Eu estava de barriga para cima, meu pau descansava tombado de lado e meu braço apoiava minha cabeça.
A imagem valeria uma tela de Goya. Éramos divinos juntos, ele em toda sua compleição de músculos e pelos, eu com minha tez dourada e forma alongada. Havia vergões, arranhões e marcas de dedos nas costas dele, feitas por mim em algum momento. Também havia marcas de dedos na minha cintura, e eu sabia que tinha sido em um momento em que nos aventurávamos no chuveiro. Havia mordidas no meu ombro, minha bunda devia estar vermelha pelos tapas que recebi, e um chupão na minha barriga teria que ser maquiado para a minha próxima live.
Pensar nisso me fez questionar se queria mesmo entrar de novo no meu perfil. Já estava com um senhor problema para resolver deitado bem ao meu lado, e ainda havia uma noiva em stand-by. Eu adoraria saber como ia me safar. Mesmo que conseguisse salvar meu relacionamento, tinha certeza de que as coisas haviam mudado. Tudo ganhara uma nova proporção a partir daquela noite.
Como conseguiria seguir em frente sem aquilo?
Como seguiria sem a Laura?
Eu estava muito fodido. No bom e no mau sentido.
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