22 - Você não sabe brincar
Acordei ao som de um palavrão. Demorou um pouco para eu me localizar e saber onde estava. O lugar estava escuro e minha bunda doía graças à superfície dura onde eu estava deitado. Aos poucos a memória foi voltando e meus olhos se acostumaram à escuridão. Através da claridade tênue das luzes da cidade que entravam pela janela, reconheci a silhueta de Diego me olhando de cima.
Ele estendeu a mão para mim e me ajudou a me colocar de pé. Olhei para ele e senti a boca seca. Ele era um espetáculo de homem e agora que a névoa sentimental tinha se dissipado dentro de mim, uma fome louca tomou o lugar do desespero. Me contive.
– Por que você ainda está aqui? – ele perguntou. Não pareceu aborrecido. Ouvi ansiedade na sua voz e isso aumentou minha fome.
– Você quer que eu vá embora?
Eu queria pedir para ficar. Não, eu queria implorar. Eu me dei conta de que não queria me afastar dele de jeito nenhum e notei a forma como ele me olhou, como quem queria a mesma coisa. De repente, ele me abraçou e me prendeu pela cintura. Senti que ele estava excitado e, porra! Eu não podia mais suportar isso. Foi então que ele me beijou, e esse beijo foi tudo.
Foi a coisa mais doce, mais quente e mais deliciosa que já senti. Foi como um bálsamo sobre minhas mazelas, foi como um embrião de esperança germinando entre nós. Havia entrega. Havia fome. Havia carência. Havia o reflexo de tudo o que eu sentia, e entrava em mim tal qual sua língua, engrossando o caldo dos sentimentos que eu já nutria por ele.
Ele separou os nossos lábios e me levou para o quarto. Eu ainda me agitava num caos emocional, o mesmo misto de medo, tristeza, raiva e volúpia, mas no momento, a volúpia estava assumindo o controle. Entre beijos e carícias, ele removeu minhas roupas de modo lento, depois se despiu, então nos deitamos lado a lado na cama. Seus olhos esmeralda não desgrudavam dos meus e eu percebi que ele queria passar uma mensagem.
– Não sei o que isso significa nem onde vai dar. Mas não quero que você vá embora.
Quando ouvi suas palavras, o fogo me consumiu. Nossos lábios se encontraram e me colei a ele. Senti sua pele dourada roçar contra a minha e alcancei seu pênis ereto. Do nada, a lembrança da nossa última live invadiu minha mente, o medo do abandono gritou em minhas entranhas e me lembrou do porquê eu estava ali. Quando percebi, a raiva já tinha sobrepujado a volúpia e me vi despejando sandices sobre ele.
– Você me alucinou desde o primeiro momento, Diego! Você me fez falar o que não devia, fazer o que não devia... eu fiquei puto quando você disse que ia cortar o canal, me expulsar da sua vida assim... eu ainda tô meio puto com isso.
Ele virou os olhos e montou em cima de mim.
– Desculpe se sou irresistível. – e sorriu.
Filho da puta de sorriso perfeito! Volúpia e raiva começaram a disputar o papel principal dentro de mim quando puxei seu quadril em direção ao meu rosto.
– Soberba é uma coisa muito feia, Diego.
Então abocanhei seu pau ufano. Com sentimento de vingança, enfiei a cara entre suas pernas e alcancei as bolas com a língua. Depois enfiei um dedo entre suas pregas sem nenhuma misericórdia. Ouvi ele urrar quando voltei a segurar seu pau entre os dentes e suguei. Eu chupei, mordi e punhetei aquele falo magnífico, e estava batendo a glande na minha língua quando ele explodiu na minha boca. Eu lambi tudo e me regozijei da expressão desmantelada daquele rosto arrogante.
Contudo, ainda não estava me sentido suficientemente vingado. Diferente de todas as vezes em que busquei no sexo uma forma de me autoafirmar e punir os molestadores do passado, dessa vez a vingança era diferente. Eu queria provar um ponto. Eu queria deixar uma marca. Eu queria que ele aprendesse uma lição, e essa lição era que ele não tinha o direito de fechar a porta, me mandar embora e me deixar sozinho. Então eu puxei seu quadril mais para cima e enfiei minha língua em suas pregas. Eu esfreguei minha barba na base de seus glúteos e forcei sua entrada com a ponta da língua. Ele rosnou e começou a se mover.
Sem se dar por vencido, ele girou o corpo e abocanhou meu pau. Retaliei batendo a língua com mais força no seu orifício rosado. Ri quando ele gritou, mas logo xinguei quando ele descontou mordendo minha glande.
– Vá com calma aí embaixo, Diego! Ainda quero comer teu rabo!
As coisas sempre foram meio estúpidas entre nós. Era disso o que eu mais gostava. Diego não era um molenga chorão, muito pelo contrário, ele parecia inabalável. Eu gostava da brutalidade dele, isso me excitava porque espelhava o animal que existia em mim. Com Diego, eu podia deixa-lo sair e devorar tudo em volta, e isso não o assustava ou afastava. Diego era o único que parecia capaz de domesticar meus monstros de estimação.
Eu pensava nisso quando ele apertou minhas bolas e chupou meu pau com tanta força que vi estrelas. Sem mais me conter, me arrastei para longe daquela boca assassina e o puxei para cima de mim. Ele se virou e me encarou, uma perna de cada lado do meu quadril, meu pau erguido entre as coxas de pelos dourados.
– Você não sabe brincar – ralhei.
Ele gargalhou e eu o mordi no pescoço. Ele bagunçou meu cabelo e eu fiquei puto.
– Você também não!
Em resposta, eu corri com a língua do pescoço até seu mamilo saltado, então chupei com força. Quando ele reclamou, dei um tapa em sua nádega. Ele mandou um palavrão, então me vi sugerindo sem nenhum pudor:
– Não tenho camisinha nem lubrificante. Não tenho nenhuma doença e você não corre o risco de engravidar. Tá a fim de parar de brincadeira e foder igual gente grande?
Ele ficou me olhando. A expectativa fez meu pau liberar uma gota de pré-sêmen. Talvez estivesse sendo inconsequente, nem sabia se Diego tinha algo transmissível, mas tive certeza de que ele me diria se tivesse. Por todos os deuses, eu confiei nele completamente.
– Só vem. – ele murmurou, e minha mente entrou em curto-circuito. Cuspi na palma da minha mão e molhei meu pau, depois puxei e encaixei Diego sobre mim.
– Você controla.
Eu estava cedendo o controle. Eu estava deixando ele conduzir. Eu estava por baixo, ele por cima. Estávamos frente a frente e não havia mais medo, tristeza ou raiva, apenas volúpia e algo novo, algo quente, intenso e agridoce que eu ainda não tinha coragem de nomear.
Então ele me engoliu. Eu o senti como nunca senti ninguém, porque desde a minha primeira vez num banheiro público de escola aos 16 anos de idade, eu nunca fiz sexo sem camisinha. Nunca. Era a primeira vez que eu sentia pele com pele e Diego não fazia ideia de quantas "primeiras vezes" já tinha arrancado de mim. Eu podia ter sido o primeiro a fazer sexo com ele, mas ele tinha sido o primeiro em muitas outras coisas que ele sequer podia imaginar.
– Tudo bem? – perguntei quando notei ele muito confortável sobre mim. Ele aquiesceu e eu investi por baixo dele. Notei quando ele ofegou e fiz de novo. Como pude me privar por tantos anos de enxergar o prazer que eu despertava?
– Nunca comi um rabo tão gostoso, Diego. Tão apertado e tão quente! Quero que você cavalgue em mim. Mova essas pernas! – ordenei, e ele obedeceu.
Ele começou a me cavalgar. Eu nunca vi tanta energia e sede, nem movimentos tão marcados como os dele. Vi o suor escorrer pelo vale entre os peitorais e os cabelos úmidos e compridos avançarem sobre o rosto. A imagem ficaria marcada para sempre na minha memória. Ele não recuou nem retardou os movimentos e eu vi a escalada do prazer muito mais rápida do que esperava.
– Caralho, Diego... vá com calma... assim eu vou goz...aar.
Ele não me obedeceu. Um sorriso arrogante cruzou aquele rosto de deus grego e vi quando ele segurou o próprio pau com força. Eu não estava mais aguentando e de repente, ele sentou com mais força e me fez chegar mais fundo. Eu bati dentro dele e o senti como nunca antes, então me soltei e deixei ir. Minha voz rompeu o silêncio da noite, e logo senti sua porra cobrindo meu abdômen. Senti sua mão espalhar o sêmen pela minha barriga então ele se deitou sobre mim e murmurou no meu ouvido.
– Achei que era esse o propósito.
Eu o beijei e massageei aquele cabelo molhado de suor
– Acho difícil de acreditar que você nunca tinha feito isso antes.
Ele se ergueu e se retirou de mim. Gemi com a sensação potencializada pela falta do preservativo.
– Também acho difícil de acreditar que eu nunca tinha feito isso antes.
Sorri com o comentário e fechei os olhos. Toneladas de angústias foram se desprendendo do meu corpo e se esvaindo para debaixo da cama. Me senti leve a ponto de flutuar, e isso era tão bom que eu pensei que não conseguiria mais ficar sem essa sensação de completude.
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