9| Deixem-me falar
Oi, sou eu!
Acurado desde o pescoço
Pelos arames do meu silêncio.
Todo eu, esfarrapado desde as vestes do meu corpo,
Desferido e esquecido nesses calabouços.
Sim, sou eu, todo eu, um ser vitalício.
Por favor! Deixem-me falar,
Eu insisto...
Libertem-me dessas amarras,
Deem-me a voz, que me falta à alma,
Para invocar com o meu “Povo no poder”
Fluído até Atenas,
Afastando, assim, o opressor da minha terra.
Alô!
Sou eu, a criança sem tento,
Que chora por seu cão,
Que lhe falta um pão
Para com ele dividir.
Deixem-me falar!
Larguem-me o pescoço,
Tirem a arma da minha cabeça.
Deixem-me respirar...
Para com a boca
Envenenar nossa estupidez,
Vos desmascarar sem dó e sem nenhuma timidez.
Alô!
Sou o jovem...
Aaaah, a vossa prisão me roubou a voz,
Mas deixem-me falar,
Mesmo me faltando o tom da voz...
Deixem-me falar,
Eu imploro...
Preciso desmascarar esses vampiros
Que do nosso suor sobrevivem,
Do nosso sangue se procriam,
Que da nossa miséria se riem.
Preciso falar,
Deixem-me falar...
Pambyson Pambe
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro