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Sinopse

O ano era de 2050, e ja não havia motivos para se viver uma história de amor.

Os tempos eram outros, e isso relativamente e drasticamente houve mudanças entre os seres.

Arlos era um homem cheio de problemas, e eu era uma mulher com problemas ocultados por minha sanidade.

Sanidade esta já perdida quando antes o havia conhecido.

Anos atrás, o conheci. Ele foi um homem gentil no inicio de tudo, e ao longo do tempo que percorremos, ele se mostrou cruel e frio ao que poderiamos ter construido.

Nos deixamos, como deveria de ser e quando entro em minha sala logo pela manhã ali estava ele.

Seus olhos me olharam sob espanto.

Eu era sua psicóloga. Arlos enfrentava problemas como alcolismo e drogas.

Preciso então me portar como sua médica. Assim então ignorei o fato de conhece-lo.

Meu corpo demostrava o quanto estava aflita em reve-lo.

Havia se passado alguns anos após nosso tortuoso término.

Havia muitas explicações a serem dadas, das quais não foram.

Tinhamos coisas pendentes a resolver entre nós mesmos.

Ambas as partes.

No entanto, nos calamos e damos seguimento ao que deveríamos fazer.

Era uma época ao qual havíamos passado pelas mudanças da humanidade.

Sobre o amor e as diferenças, sobre as crenças o os ímpetos e carater de cada um.

Ali estavamos nós. Dois estranhos que se amavam e que não sabiam amar.

Pois o mesmo amor, estava morto.

Arlos havia me ferido completamente, e tinha a noção disto.

Eu havia esquecido de sentir o que os sentimentos daquele homem havia me proporcionado.

Esta é minha história de amor e dor e desilusões, e um encontro de almas. De alguma forma nossas almas deveriam se encontrar e chocar com a nova realidade imposta por nos mesmos.

Quando o observei calada recostada sobre minha mesa, ele me olhou com o olhar perdido em busca de uma rendição.

Ele deu um longo suspiro resaltando o quanto estava angustiado.

_ acho que esta aqui por estar com problemas.

Eu o digo, e espero alguma palavra do homem visivelmente perturbado a minha frente.

_ sim.

Foi o unico que ele disse.

Faço um sinal com uma de minhas mãos a que se sente no divã.

Quando ele se deitou me aproximei e logo começo a fazer perguntas sobre o que lhe ocorria.

Peguei meu caderno de anotações e o fitei.

O homem que estava a minha frente não parecia o mesmo que eu havia conhecido.

Parecia derrotado e triste.

Havia dor nos olhos do homem ao qual por vezes havia me vencido.

Que irônia - penso.

Agora o jogo havia virado. O que me negou amor e compreensão estava ali a minha sala de psicológia buscando ajuda.

_ sou um viciado.

O ouço dizer e aquilo não era novidade para mim, eu o conhecia muito bem.

Por diversas vezes o vi totalmente drogado e violento.

_ que tipo de droga o senhor usa?

O perguntei como se não soubesse.

_ por que esta se comportando como se não me conhecesse?

Me intriguei. Afinal ficamos como dois estranhos após o nosso término.

_ realmente não o conheço.

_ qual é? Você deve estar feliz em me ver aqui e deste jeito.

Parecia que nada havia mudado naquele homem.

Ele ainda julgava o que eu poderia pensar.

_ eu não estou feliz nem mesmo em reve-lo.

Eu digo indiferente.

_ pois eu duvido.

O notei olhar profundamente para mim enquanto ele havia dito.

_ acredite. Não há razão para pensar tal coisa, e o senhor esta aqui para um tratamento. Podemos começa-lo?

O interrogo indiferente.

A indiferença era ponto alto nesta nova realidade entre mudanças comportamentais em pessoas daquela época.

Quando o observei, ele parecia chocado com a minha mudança.

Eu realmente havia mudado.

Meu comportamento após a história vivida com Arlos era distinto.

Após ele eu mudei com pessoas e me tornei mais cautelosa sobre relacionamentos e confiança.

Havia também o fato de que as coisas não eram como antes.

_ esta mudada.

O ouço dizer.

_ sim, como todos estamos.

_ talvez.

O mesmo diz baixinho como um sussurro.

_ o senhor faz uso de qual substância tóxica?

Ele me fitou por alguns segundos.

_ se quer fazer este jogo, lhe direi. Eu uso cocaína.

_ entendo. Há quanto tempo extamante?

_ um ano antes de conhecer você.

Me levanto impaciente.

De costas para ele e em bom tom eu o digo.

_ se quer que isso de certo, se realmente quer minha ajuda, precisa esquecer quem sou.

_ como posso fazer isso? Pode me dizer?

Me virei e o observei.

_ da mesma forma que você fez quando me deixou. Fui clara?

_ eu não a deixei, nos deixamos.

_ que seja, nao importa. Isso é passado e agora estou aqui como sua psicóloga.

_ eu sei. E acha que consegue me ajudar?

_ posso fazer isso se me permitir.

_ mesmo depois pela forma em que a magoei?

Eu não tive a resposta para aquela pergunta.

Fui pega de surpresa aquele momento.

Senti minha boca seca e meu coração a mil por hora.

Eu não soube responder. Havia um passado tão presente e doloroso entre eu e Arlos que naquele momento eu não soube dizer se o amei ou se o odiava.

_ esta resposta não posso lhe responder agora.

Ouço um suspiro de Arlos.

_ nao pretendia que fosse tão doloroso para você.

Ele não pretendia... Claro.

Ele me tratou com um ser não vivente. Como uma mulher sem alma e escrúpulos e agora dizia que não pretendia.

_ já disse que não importa, e seu horário terminou.

Começo a fazer coisas aleatórias como mexer em gavetas a que ele se retire, mas ele não se retira de imediato.

_ sei que não queria me ver mais, e sei o que te causei. Agora isso tudo cai sobre mim de forma ao qual não posso controlar.

O fitei surpresa. Ele havia feito uma confissão, e parecia bem verdadeira.

_ volte amanhã este mesmo horário para uma nova sessão.

Escuto a porta se fechar. Arlos havia saido, e depois de toda aquela emoção ha tanto não sentida, eu chorei e pensei nos motivos de haver me encontrado novamente com aquele homem.

Por que ele havia voltado?

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