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PRIMEIRO

PLANETA TERRA

Nixton, Inglaterra
Julho, 2007

NOVE ANOS DEPOIS

A pequena garotinha corria rápido por entre os corredores do Orfanato indo em direção ao pátio, ao seu lado estava a pessoa que lhe era mais próxima e a mesma que sempre cuidou dela como se fosse sua mãe. Ela estava eufórica e agitada, a felicidade estava estampada em seu rostinho. Seus olhos brilhavam de tamanha ansiedade.

- Devagar Olle, eles não vão fugir.- Dizia Lena sorrindo, tentando em vão parar a pequena, que insistia que ela corresse mais rápido.

Hoje mais um casal viria visitar o orfanato, e possivelmente adotar uma das várias crianças ou adolescentes que viviam ali.

Todas ficavam eufóricas quando recebiam tais visitas, pois era sua oportunidade de sair dali e ter uma família. Muitos foram abandonados antes mesmo de completarem dois anos, o que também era o caso de Nicolle.

No dia que a noviça a encontrou, assim que conseguiu fazer ela parar de chorar, correu rapidamente até a sala da Madre Superiora. O bebê foi levado até o hospital, para ver se possuía algum problema, uma doença ou escoriações. Incrivelmente a pequena estava em perfeitas condições, o que causou alívio e alegria.

Constando que ela estava bem, a Madre logo cuidou em lhe da um nome. Nome esse escolhido pela noviça, nada mais justo, afinal foi ela que "encontrou" o bebê. Em homenagem ao seu filho Niklaus, que viveu não mais que apenas alguns meses, Lena quis nomeá-la com as duas iniciais do nome de seu filho.

Agora a pequena Nicolle fazia parte do Orfanato Banner.

O pátio estava movimentado. As crianças que moravam ali estavam espalhadas. Os menores se encontravam sentados embaixo de uma árvore, junto com duas freiras que cuidavam deles. Os maiores, na base de sete a onze anos, corriam de uma lado a outro, brincando. E os mais velhos - adolescentes entre doze e dezoito anos - formavam uma roda próximo a porta que dava entrada ao pátio, alguns jogando conversa fora, outros distraídos ou lendo algum livro.

Certo momento, atravessando a porta principal que dava entrada ao pátio, um casal apareceu, acompanhado de uma das freiras do Orfanato. Uma mulher que aparentava ter seus trinta anos, ou menos, era um pouco mais baixa que o homem ao seu lado, possuía cabelos num tom loiro claro, cortado abaixo dos ombros e um sorriso carismático no rosto.

O homem ao seu lado tinha um semblante mais sério, num sorriso contido e discreto, esboçava felicidade em está ali. Estava na faixa de trinta e dois anos, era um pouco mais alto que a sua esposa, cabelos castanhos escuros, com pequenas mechas claras, a barba por fazer e uma pose impotente. Ambos estavam vestidos lindamente, notava-se de longe que possuíam condições.

- Algumas crianças devem está dentro de seus quartos, muitas são muito reclusas.- Explicava a freira enquanto parava de andar junto com o casal.

Eles observavam os pequenos garotinhos e garotas que brincavam espalhados pelo enorme pátio.

- Geralmente essas que ficam trancadas em seus quartos são as que sofreram abusos e maltratos. Infelizmente, tão pequenos e já sofreram tanto. - Continuou.

Já bem próximas dali, a pequena Nicolle, ou Olle como era chamada, puxava a mão de Lena enquanto atravessavam uma das portas que davam entrada pro pátio.

De longe ela avistou o casal parado ao lado da freira.

Cansada da rápida corrida e ofegante ela parou. Soltou a mão da noviça e colocou elas ao em torno do quadril, inspirando e respirando devagar.

- Olha Leninha, eles chegaram! Será se são legais? Aquele outro casal era chato, e aquela mulher era feia. Ela me dava medo.- Resmungou fazendo careta. Mesmo com apenas nove anos, Olle falava com uma maestria incrível. Não muito vista por crianças de sua idade.

Ao seu lado Lena encarava a menina com um sorriso no rosto. Ela não tirou os olhos do casal por um minuto sequer depois que elas pararam ali. Os olhinhos azuis estavam levemente arregalados e a boca torcida.

Lena a conhecia bem, ela estava imaginando como seria a mulher, e pensando nas palavras para lhe responder caso ela fosse esnobe como a do outro casal.

- Olle não vai se precipitando assim não, você nem conversou com eles ainda. E qualquer coisa se eu perceber que você não está se sentindo confortável te tiro de lá. Tá bom? - Se curvou um pouco ficando quase da altura da garotinha, afastando de seu rosto alguns fios negros que estavam perdidos por ali.

- Tá bom Leninha, mais se eu não gostar deles eu falo. É pecado mentir.- Respondeu cruzando os braços em frente ao corpo.

Essa garota não existe.

- Você não iria mentir bobinha, só ser sincera. Só tenta não ser sincera demais, ok? Vamos lá.- Estendeu a mão para ela que logo pegou, sendo guiada calmamente até onde o casal se encontrava.

Olle não sabia explicar, mais não conseguia se sentir bem ao lado de pessoas que eram esnobes.

Quem consegue não é nem gente.

Era ridículo diminuir os outros só por ter uma roupa ou calçado melhor, e um pouco mais que ela ou qualquer um de seus amigos. Quando via alguém fazendo isso, sendo adulto ou não, ela enfrentava a pessoa, e dizia umas boas verdades. Ela não tinha filtro algum.

Melissa e Lucca eram casados a mais de cinco anos, por ser estéril Melissa não podia ter filhos. Mais isso não lhe impedia de amar alguém que não fosse de sangue. Estavam se estabilizando economicamente para poderem da início num processo de adoção, não tinham decidido uma idade certa ou sexo, pra qual criança iriam adotar. Simplesmente iriam sentir aquela que mais lhes cativa, e amar com todo carinho.

Abraçada ao marido, Melissa percebeu ao seu lado direito uma das freiras acompanhada de uma criança. A freira acompanhando seu olhar percebeu que era Nicolle e a Lena e sorriu.

- Olha só, essa é a Nicolle, uma das meninas que moram aqui, e essa é a noviça Lena.- Ambos logo se encantaram por Nicolle.

Lena percebendo o olhar deles direcionando a sua pequena sentiu um aperto em seu peito. É claro que ela sabia que um dia Nicolle poderia ser adotada, além de ser incrivelmente inteligente, era uma criança maravilhosa. No entanto, não imaginava que isso iria acontecer tão cedo, mas vendo o olhar dos dois pra sua pequena começou a pensar nessa possibilidade.

Saindo de seus devaneios sentiu a mãozinha de Nicolle puxando sua saia, fazendo ela se abaixar ao seu lado.

- Leninha eles estão me olhando de um jeito estranho. Do jeito que você olha quando ta assistindo aquelas suas novelas. - Sussurrou baixinho fazendo uma careta ainda encarando o casal.

- Estão apenas encantados com a criança maravilhosa que você é. Nada de falar sobre minhas novelas, e eu não fico assim. - Falou encarando os olhos da pequena na sua frente, sorrindo emocionada.

Quebrando o encanto das duas a freira chama Nicolle para se aproximar mais do casal. Ela olha para a noviça pedindo permissão, que apenas confirma com um aceno.

Um pouco tímida ela se chega próximo deles, parando ao lado da freira, encarando os estranhos em sua frente.

Percebendo que a garotinha não irá falar nada por estar com vergonha, Melissa solta seu marido e se ajoelha ao lado dela.

- Tudo bem com você pequena? Olha eu me chamo Melissa e esse cara sério é meu marido Lucca, não precisa ficar com medo dessa cara dele, ele é um fofo.

Nicolle encara o homem mais uma vez que também a observa e franze a testa. Vira o rosto encarando a mulher ajoelhada em sua frente.

- Ele não tem nada de fofo. Ele por acaso é advogado? Ou delegado?- Olle não segurando a língua, sem filtro nenhum diz o que acha.

Melissa estranha ao mesmo tempo em que se encanta com Nicolle. Como se fosse uma pessoa adulta que estivesse ali falando com ela e não uma garotinha.

- Porquê acha que eu sou um advogado ou delegado Nicolle?- Sua boca se curvou num sorriso.

Nicolle respira fundo e o encara de novo.

- Advogados têm uma pose séria para defender seus clientes no tribunal. E delegados tem que manter a seriedade por conta do seu trabalho de lidar com bandidos. E você por mais que esteja feliz, da pra perceber é bem sério. Ou você é um ou você é outro. - Explica com os braços cruzados medindo ele com o olhar.

Com exceção da freira e de Lena, os outros ficam surpresos pela fala da garota. Admirados por ela ser tão inteligente.

- Que garota esperta.- Admira Melissa, acariciado os cabelos de Olle.

Lucca sorrir alto e logo se ajoelha ao lado de sua esposa, ficando um pouco mais alto que Nicolle.

- Realmente tenho que ser muito sério no trabalho, ser delegado não é fácil.

Nicolle encara eles, sua boca curvando-se em um sorriso. Ela vira pra trás e encara Lena, que encontra-se em pé ao lado da freira.

- Agora eu tenho certeza Leninha, eles não são chatos como eu pensava. - Diz sorrindo, encarando a noviça.

- Olle!! - Repreende Lena.

- Mais Leninha eu só tô sendo sincera ué.- Respondeu fazendo beicinho.

Não aguentando tanta fofura Lena gargalha, seguida pelas risadas do casal.

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