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(XXV) Sobre o início de um nós

(POV JIMIN)
🐇🐤

   

    A vida é sobre isso, não é?

    Sobre erros, acertos, achismos e incertezas. E eu posso listar em um bloco de notas minúsculo as vezes que tive incertezas ao decorrer de minha vida. Sempre achei que nunca estivesse propício ao erro, pois consegui criar uma armadura que não me deixava enxergar que estava errando esse tempo todo.

    E, caro leitor, eu sei que é incomum pra caralho (me ver xingando também era estranho um tempo atrás) que eu esteja começando essa narrativa aqui com uma seriedade que muitas vezes não fiz bom uso ao longo da minha jovem vida, porém, qual foi? Todo mundo tem um momento de retrospectiva consigo mesmo.

    E hoje era a minha vez. Ao contrário de como comecei, falando sobre os erros que estive cometendo como o ser humano que sou — e continuarei errando feio — agora pelo menos sei que odiar Jeon Jeongguk não estará listado entre eles. Porque, enquanto o vejo vestido em uma beca, todo engomadinho e segurando seu diploma em mãos, eu sei, aquele garoto que eu ainda chamava de pernalonga e discutia como gato e rato agora era o meu melhor acerto. Melhor do que isso, ele era o meu namorado, real oficial.

    Hashtag chupa mundo e todos aqueles que estiveram nos xingando ao decorrer da nossa história!!! Todo o processo e cada vacilo nos fez chegar até aqui; o casal mais bonito e briguento do mundo (meu narcisismo só aumentou com o tempo) e Bella e Edward teriam inveja do nosso clichê.

    Eu o amava como se nunca pudesse amar outra pessoa a não ser ele. Isso me desesperava, nunca fui dependente de alguém além de Seulgi e do meu amado KitKat, entretanto, eu sempre soube que os dois citados nunca se manteriam fora do meu alcance sem que eu pudesse mudar isso, mas com Jeongguk era diferente. Eu estava indo para Seul, e ele iria para milhas de distância de mim.

    Saber que seríamos separados não só por um estrada, mas sim por um mar inteiro, me desesperava e eu só sentia vontade de afundar no meu próprio medo de perdê-lo logo agora que o tenho. A gente começou tão tardiamente, e no momento que estamos compartilhando coraçõezinhos nas mensagens, apelidinhos fofos e cantando “vaga-lume” do Pollo um pro outro (com uma dor no coração porque os vaga-lumes estão entrando em extinção e mesmo assim, sendo cancelado no Twitter diante da minha declaração a seguir, eu ainda caçaria mais de um milhão de vaga-lumes só para ver ele sorrir) não sabemos se vamos resistir a distância.

    — Você estava lindo, meu amor — Seulgi me segurou em seus braços assim que cheguei perto o suficiente para isso, após descer do palanque onde fiz um breve discurso depois de receber meu diploma. Ela estava trajando o seu melhor vestido de seda azul marinho e ostentando um sorriso orgulho junto a um olhar brilhante. Eu a amava, por Deus, como eu a amava e tampouco estava pronto para me separar do meu mais firme pilar. — Você estava todo hominho dando aquele discurso. Que orgulho do meu bebê. — Em outra ocasião, eu certamente me afastaria envergonhado quando ela grudou seus lábios cheio de gloss em minha bochecha para depois apertar-las, porém, era só isso que eu mais queria ultimamente.

    — Orgulho mesmo. — Sunmi estava logo atrás, porque ela também era muito importante em minha vida, e eu nunca a deixaria de fora de um momento tão especial quanto este. E a morena estava ali, toda arrumadinha e com um sorriso radiante nos lábios antes de, praticamente, me pegar nos braços. O campo de futebol americano do colégio estava inundado de gente, mas eu não poderia me importar menos. — Você cresceu tanto, ruivinho.

    — Está até de namoradinho. — Minha mãe adicionou, me levando a gargalhar. Elas pareciam duas velhinhas fofocando sobre mim. Ao lembrar daquele que carregava o título de meu namorado, estive rodando o campo em busca dele e não foi difícil encontrá-lo a alguns metros, sendo agarrados por seus pais e irmãos e sorri bobo.

    Eu estava tão feliz. Diante a todas as circunstâncias, eu não poderia estar mais agradecido.

    — Eu vi. — Sunmi comentou de volta. — Jeongguk é um bom menino e é o rapaz mais inteligente que eu já vi. Você é muito sortudo, pequeno.

    Semicerrei os olhos, só para fazer graça, deixando um tapinha fraco em seu ombro.

    — O que está falando, Sunmi? Ele não é tão inteligente assim, eu sou mais.

    — Coisa feia, Jimin, querendo diminuir seu namorado ultra mega inteligente e bonito assim…— Não foi preciso olhar para trás para saber de quem se tratava, e eu gargalhei em antecipação.

    Então lá estava, seus pais o segurando pelos ombros com sorrisos mais do que calorosos enquanto Nayeon e Yugyeom já se agarravam na barra da minha beca como dois filhotinhos de gatos manhosos. Parecia que não estavam agarrados em mim poucos minutos atrás.

    — Relaxa, bebê, ninguém barra você no quesito beleza e inteligência a não ser eu. — Pisquei um dos olhos, traquino. — Esse é um bom ranking para você. — Alisei a cabeça das crianças grudentas que agora gargalhavam do “chapéu estranho” na minha cabeça e na do irmão.

    — Tão chato… — O meu moreno estalou a língua no céu da boca antes de vir até mim e beijar a minha, seus irmãos se debatendo entre nós gritando um coro de “eca” que nos fez rir em conjunto.

    — Eu amo o conceito de melação e provocação desses dois. E você, Sora? — Minha mãe comentou com a de Jeongguk, que prontamente se aproximou de Seulgi. As duas já estavam se tornando uma boa dupla e isso era muito bom.

    — Eu também amo. Nossos bebês são perfeitos juntos.

    — Mãe! — Jeongguk ralhou, levando todos a rir. Ele odiava quando sua mãe se referia a si como bebê na frente dos outros. — Eu já sou grande, para com isso. — Não me segurei em puxá-lo para mim e beijar sua bochechinha linda, os dois pequenos agora um de cada lado de nós.

    — Sora não se acostumou ainda com a realidade de que nosso filho mal virou homem e já se enrabichou por outro garoto. Ainda acha que o Jeongguk é um bebê, mas, olhe isso! Já tá de chamego com um menino! — Meu sogro tinha os braços cruzados, a cara séria que não o deixava nem um pouco amedrontador. Meu nenê se voltou para o seu pai com uma expressão bravinha, mas acabou se deixando levar quando o progenitor gargalhou. — O que foi? Eu não falei nada demais! — Suas mãos estavam para o alto, o sorriso criando preguinhas nas extremidades dos olhos assim como era os de Jeongguk. — Eu gosto do ruivinho.

    — Ah bom… — O meu moreno ponderou, aliviando no tom de voz.

    — Me sinto feliz em saber que fui aprovado por você, sogrinho. — Sorri, brincalhão. — Espero que na próxima o senhor não me coloque para consertar, sei lá, uma das suas máquinas de lavar roupas.

    — Você não é de muito proveito não, viu… — Ele deu de ombros, provocador. Eu gargalhei alto, Jeongguk tinha a quem puxar. — Não sabe nem diferenciar uma ferramenta.

    — Seungwoo! — Sua mulher ralhou, e eu abanei a mão entre risos, avisando que não deveria se preocupar. Eu gostava dele, afinal, seu filho era uma cópia sua e eu estava completamente apaixonado por ele.

    Antes que qualquer um de nós pudéssemos falar mais algo, Tae e Lisa chegaram afobados e rindo à toa. Já tinha entrado na cachaça antes da hora e nem me chamaram?

    A garota Manoban me agarrou pelo pescoço enquanto Tae já estava pendurado no Jeongguk como um coala. Nossos pais e Sunmi os olhavam brandos, ainda com sorrisinhos satisfeitos em face.

    — Vamos, só falta vocês pra gente ir para O Bar. — Lisa se pronunciou, me fazendo lembrar de imediato que comemoraríamos a formatura no bar que praticamente virou nosso point de encontro.

    Lalisa já estava sem a beca, trajava um vestido meigo demais para a potência do seu ódio e nível de força. Taehyung vestia sua camisa social colorida tipo traje de bloquinho de Carnaval, me fazendo pensar que até assim ele ficava lindo, mesmo que um tanto espanfatalhoso.

    Todo mundo evolui, Tae saiu dos confins da timidez para dar vida a um burgayzinho exagerado.

    — Vamos logo, oppa! — A tailandesa apressou meu namorado, que fez cara feia mesmo sabendo que era provocação da menina.

    — Te ouvir me chamando assim é muito bizarro. Vou ter pesadelos esta noite.

    — Um dia você implorou lembra?

    — Aquilo não passou de um método para te irritar — contrapôs.

    — Pois é, agora esse método se voltou contra você, oppa bobão. — Era engraçado vê-los mostrando língua um para o outro como duas crianças do pré.

    — Dá para a gente ir logo? — Tae se intrometeu, os outros adultos da roda já tinham entrado em outra conversa paralela enquanto os irmãos de Jeongguk nos fitavam dali de baixo, os dois curiosos com os olhinhos grandes de jabuticabas. — Eu ainda tenho um namorado para ficar de olho.

    — Namorado tóxico. — Lisa fez graça.

    — Que tóxico nada. Eu tô é com medo dele bater o carro novo que dei a ele. Descobri ontem que o miserável não sabe dirigir. — Bufou, como se de fato aquilo fosse um problemão.

    — Mãe, nós estamos indo agora, okay? — Chamei a atenção de Seulgi, que virou para mim e assentiu de prontidão, vindo me abraçar novamente.

    Desde que achei legal o termo “mãe” e passei a chamá-la assim, ela se tornou um grude de amor e carinho, mais do que antes.

    — Tudo bem, meu amor, vai lá. Mas toma cuidado.

    Lisa e Tae já tinham corrido de volta para onde a galera nos esperava, os carros estacionados perto do campo enquanto uma música indie qualquer vinha de lá.

    Então senti quando Jeongguk segurou a minha mão, entrelaçando os nossos dedos, e juntos, caminhamos até lá. Era como caminhar para a felicidade, eu sabia que estava partindo para fazer mais um momento memorável porque desde que eu passei a “odiar” Jeon Jeongguk minha vida deu uma guinada espetacular. Era estranho falar isso dentro do conceito do “ódio”, porém nunca foi isso, sempre foi paixão e a gente nunca percebeu. Eu agradeço, porque foi através de todas aquelas situações que eu acabei me tornando o namorado dele e ganhei mais amigos do que um dia acreditei que poderia ter.

    Isso era irreal demais para ser medido e explicado.

    — Suas coisinhas já estão prontas? — No meio do caminho, a voz dele soou calma, e eu me perguntei se era o único a ter um aperto no coração por saber que iríamos nos separar daqui a dois dias.

    — Estão, há muito tempo. — De qualquer forma, o respondi. — O problema é que eu não estou preparado. Eu não estou pronto para te deixar, Ggukie — murmurei, olhando em seus olhos negros, porém ele sorriu, apaziguador, os dentinhos protuberantes que eu descobri amar para um caralho.

    Meu óculos, que optei por voltar a usar novamente, escorregaram e eu os empurrei de volta, já achando que estava chorando, mas era apenas o calor me fazendo suar mesmo.

    — Fica tranquilo, meu bebê, tudo vai ficar bem. — Ele puxou nossas mãos entrelaçadas na altura da sua boca, beijando o dorso da minha. — Vamos aproveitar o dia de hoje, uh?

    — Se eles já eram boiolas antes, quando eram conhecidos apenas pelo “casal-fim-de-festa”, imaginem agora que oficializaram o romance — Jackson comentou, encostado na sua moto colorida demais por adesivos, ostentando os músculos dos bíceps dentro da camisa branca social apertada, ao nos ver se aproximar.

    — Não fala, caramba! Eles demoraram demais para se assumir. — Taeil, o pinguço, riu.

    — Eu tô feliz por vocês, caras. — Namjoon, o causador de toda a discórdia, mas ele não precisava saber disso, comentou. Quem sabe um dia eu não o agradeceria por, de forma inusitada, ter juntado eu e Jeongguk?

    — São lindos juntos. — Seokjin, que veio prestigiar a formatura do namorado, sorriu. Eu gostava dele. O Kim me dava o sentimento de irmão mais velho, aquele que cuida e faz de tudo por seus caçulas. E eu que nunca tive uma relação assim, via nele esse parâmetro familiar, embora que tivéssemos conversado poucas vezes.

    — Que baboseira. — Hoseok se meteu, de dentro do carro que Tae o presenteou. O engraçado era que ele continuava no banco de carona. — Fácil falar quando eu que fui o cupido deles. Tive as melhores ideias para juntar o casal.

    — E eu ajudei! — Tae reinvidicou sua participação nas tramoias do namorado. — O episódio do armário foi de foder.

    Pelo visto, diante o coro de aprovação, todos ali concordavam com ele. E até eu, às escondidas, também.

    — Eu tenho minha parcela de ajuda, viu? — Eunwoo se intrometeu, nos fazendo levar a atenção até o cara alto de terno.

    — Diz aí no que tu ajudou — Jisoo resmungou, descrente da afirmação do Cha.

    — Ele não ajudou em nada, com certeza — Yeri ultrajou, empurrando o mais alto pelo ombro, que semicerrou os olhos em sua direção. — Só sabe falar, agir que é bom, nada.

    — Uhmmmm…. — Taeyong evidenciou o que todos nós pensamos diante aquela cena.

    — Cala a boca, Maria Joaquina — Eunwoo rebateu. — Eu fui o responsável por dar ciúmes no coelho de academia para ele perceber que gostava do Jimin, ué!

    — Ei! Esse apelido foi eu quem dei a ela! — esbravejei. — Ciúmes não é legal, mas suas participações resultou num dos melhores momentos no nosso relacionamento, vagão. — Ri, cúmplice, e Jeongguk me bateu fraco.

    Sabia que ele lembrava do episódio no banheiro da quadra, o que foi uma delícia.

    — Eita lasqueira. — Jackson gargalhou, sacana.

    — Só tô vendo vocês se achando as merdas quando fui eu que vi uns dos primeiros moments deles no banheiro. — O mentinha se intrometeu, puxando Lisa pela cintura. — As DR's deles eram muito engraçadas naquela época. Era tipo aquela música que vocês curtem: “me beija com raiva”.

    — E já eu fui a responsável por fazer Jeongguk ver que nem tudo era fácil de resolver como um cálculo matemático e perceber que o Jimin era o amor da vida dele. Ou seja, todos os créditos são meus — Lisa completou, toda pomposa.

    Meu Deus, por acaso eles se achavam os escritores do nosso romance clichê? Pelo visto, tô achando que sim.

    — Okay, gente, nós dois já entendemos que vocês são totalmente inteirados de tudo o que acontece entre nós e são os picas da galáxia por nos fazer ficar juntos. — Jeon resmungou com tédio, me fazendo rir. — Vamos logo nessa porra.

    — Isso é um mal agradecido do caralho — Jisoo apontou e todos concordaram com ela.

    Porém, eu não poderia me importar menos com toda aquela algazarra. Eu só queria gravar aquele momento para sempre na minha memória à medida que o sol já ia se pondo ao fim da tarde, a nossa rodinha era um falatório sem fim e a nossa comemoração já tinha se iniciado ali, no campo de futebol americano da Saint School.

   (...)

    Starman do David Bowie tocava no radinho velho de Jeongguk, nós dois no banco detrás do seu monza antigo, naquele clima bom pós-amassos gostosos. Sobre o lençol azul que ele forrou fingindo não ter segundas intenções — o que resultou em piadas do nossos amigos — agora estávamos ali, sua respiração quentinha batendo contra o meu pescoço enquanto sua cabeça repousava em meu ombro desnudo, nossos corpos quentes e a janela do carro embaçado pelo calor aqui dentro.

    — Lembra quando você falou sobre essa música lá na laje do seu trabalho? — Diante a trilha sonora, fora inevitável que eu não lembrasse daquele momento. — A gente jurando que éramos a Anastasia e Christian Grey num acordo de sexo. — Comecei a gargalhar, deslizando minha mão por sua costas suada, vendo-o levantar a cabeça para me olhar nos olhos.

    Era difícil fazer qualquer mínimo movimento quando estávamos tão espremidos dentro daquele curto espaço.

    — Eu mesmo não. Só se for você — resmungou, embora que rindo. — Eu já te avisei que iria me matar se você fizesse outra comparação como essa.

    — Eu te mato, mas te mato de prazer.

    — Que chulo, Park Jimin. Melhore. — Fez uma caretinha fofa, se arrastando para sentar sobre o meu colo, a cueca preta acentuando sua cintura fina.

    — Esquece. Eu só estou querendo te fazer lembrar que naquele dia eu me senti tão estranho com você.

    — Estranho bom ou estranho ruim?

    — Estranho bom igual ao estranho bom que é a gente ter acabado de transar dentro de um carro num estacionamento depois de ter bebido todas com os nossos amigos. — Ele acariciou meu lábio inferior despretensiosamente enquanto eu falava, sorrindo terno. — Naquele dia foi quando a gente pôde iniciar tudo isso. Então eu pude provar a mim mesmo que amava os seus beijos, suas provocações baratas e seu jeito de “topzinho” de academia. Eu amo você, Jeongguk. Amo o fato de você ter dado “starman” como trilha sonora para um momento nosso. Amo o jeito de lembrar de você todas as vezes que escuto ela no meu quarto e lembro dos seus beijos e de tudo o que você me faz sentir. — A forma que eu me declarava fácil e a todo momento me surpreendia, mas eu aprovava todas as minhas mudanças.

    Eu, inconscientemente, me moldei a Jeongguk por completo, assim como o sinto se moldar a mim a cada dia que passa.

    — Então nós estamos certo de uma coisa. Starman também me faz lembrar de você como um louco. Ela é uma boa concorrente para ser a nossa música real e oficial não acha?

    — Com certeza, sim. — Assenti com a cabeça, o trazendo para um beijo casto.




    — Amor, aqui é enorme! — esbravejei para o telefone, completamente vidrado no caos formado ao redor e na enorme estrutura que se sustentava de forma esplêndida bem à frente.

    Era lindo, melhor do que eu vi na internet. Eu olhava tudo aquilo como se estivesse diante um oásis em meio ao deserto, algo inacreditável e que precisava ser contemplado.

    — Sério, bebê? — A voz risonha de Jeongguk soou do outra lado da linha, e eu suspirei.

    — Sim, muito… — Parei no jardim verdinho, olhando como as pessoas andavam por ali descontraídas, brincando e conversando alto entre si. Alguns outros universitários tocavam música enquanto cada um se separava em grupos por todo o campus.

    Era um sonho e eu poderia afirmar que estava apaixonado, ainda que soubesse que tudo seria difícil a partir daquele momento porque nada parecia fácil, embora que encantador.

    Eu havia chegado à Seul no sábado, estava terrivelmente cansado nesse fim de semana enquanto tentava arrumar o pequeno apartamento qual minha mãe me ajudou a alugar, perto da universidade. A realidade parecia assustadora demais e, ao acordar nessa segunda, eu fiquei ainda mais ansioso. Porém, como Seulgi me disse para fazer, parei diante ao espelho no corredor do apê e voltei a ditar o mantra: “Eu quero, eu posso, eu consigo”.

    Deveria ser assim, não? Eu estava ali em busca do meu sonho, afinal.

    E a primeira coisa que fiz ao pisar o pé aqui e dá de cara com a minha nova vida foi ligar para o meu moreno, imaginando que ele estaria lá em Hong-Kong, tão ansioso quanto eu estava. Eu só queria ouvir sua voz, ainda não adequado com o fato de que não poderia o agarrar a qualquer momento e encher sua boquinha gostosa de beijos.

    Porém, agora era assim, e eu teria que aprender a lidar com a distância porque terminar com ele nunca seria uma alternativa.

    — Eu estou muito feliz por você, amor. — Jeon me chamando de amor com aquela voz calminha me derretia por inteiro e eu ainda não estava acostumado com isso. — Era isso que você queria, não era?

    — Sim… Nossa, muito. — Naquelas minhas divagações enquanto ouvia sua voz, me peguei imaginando que eu daria tudo para tê-lo ali comigo, para compartilhar aquele momento com ele. — Eu só queria você aqui comigo… — Externei o desejo que ele já conhecia tão bem.

    — E quem disse que eu não estou? — Na sua fala, eu conseguia ver direitinho o sorriso traquina que ele deveria estar dando naquele exato momento.

    — Não dessa forma. Não simbolicamente, Ggukie. Você me entendeu — murmurei.

    O estacionamento de carros se fazia ao longo da calçada do campus, em frente ao prédio do meu departamento de artes. Eu estava eufórico com a vida adulta que me esperava.

    — Eu entendi, amor. — Riu, me fazendo bufar. Sempre que eu falava sobre o quão triste estava por estar longe dele, o miserável ria. Será que eu sou uma piada? — Eu posso realizar seu sonho agora mesmo, bebê.

    — Do que você está falando, Jeongguk? Isso não é hora para piada. Preciso ir para a minha primeira aula.

    — Você está muito atrasado para me ver, então?

Eu revirei os olhos automaticamente.

    — Não vai dar para fazer vídeo chamada agora, amor… — Ditei, caminhando lentamente em meio aos outros universitários. Com certeza eu seria xingado por minha lerdeza uma hora ou outra.

    — Jimin, olha para trás — ele proferiu do nada, me fazendo emoldurar uma bela expressão de “ãn?” no rosto.

    — O quê? Para quê…? — Girei nos calcanhares, totalmente confuso, então só enxerguei novamente o extenso corredor de carros parados no acostamento. Franzi o cenho, não reconhecendo nada de interessante ali. Até aquele momento… — Jeon Jeongguk! — Um grito rasgou a minha garganta assim que consegui enxergar o corpo esguio do moreno encostando no monza velho, no meio daquela multidão de pessoas.

    Era uma miragem?! Estaria eu delirando? Socorro, eu estou em pane.

    Meu Deus, ao passo que corria com o celular preso a orelha, conseguia visualizar nitidamente seu sorriso cafajeste à medida que ele me via correr desesperado em sua direção.

    — Surpresa! — Ele levantou os braços para cima assim que eu parei afobado, à sua frente.

    Antes que pudesse fazer qualquer coisa, minha palma atingiu seu braço com um tapa. Eu estava completamente atônito ao vê-lo ali, ao vivo e a cores, como se aquilo tudo não fosse louco demais. O que ele fez foi soltar um “ai!” dolorido.

    — É assim que você mostra a sua felicidade por me ver, caramba? — reclamou, acariciando o braço atingido. Eu levei minha franja para trás, bravo.

    — Caramba?! — Ri, descrente. — Você não deveria estar em Hong-Kong, seu safado? — O empurrei pelo o ombro, fazendo-o se chocar fracamente na lataria do carro.

    — Eu menti, tá okay? — disse, como se fosse algo bobo, e eu semicerrei os olhos.

    — Mentiu, Jeongguk?! E toda a história da faculdade na China?

O safado só deu de ombros, sorrindo.

    — Eu realmente ganhei uma bolsa lá, mas escolhi Seul desde o começo, ainda mais por saber que você também tinha passado na Kookmin.

    — Na moral, seu Pernalonga desgramado, que ódio! Eu sofrendo enquanto você estava me enganando? É assim que você me ama? — grunhi, sem me controlar.

    Claro que eu estava feliz por tê-lo perto novamente. Mas o fim não justifica os meios, e eu não estava acreditando que Jeongguk me fez de bobo.

    — Se eu não te amasse, eu não estaria aqui, Jimin. Eu só quis fazer uma surpresa. Você está estragando tudo. — Fez bico. Ele sabia que eu não resistia ao biquinho, mas dessa vez não iria funcionar, Jeon Jeongguk!

    — Você me fez de idiota, isso sim! Vim sozinho de Busan enquanto você veio de carro. Gastei passagem a toa.

    — O rico aqui é você. Eu não posso gastar dinheiro. — Gargalhou, descontraído, antes de me puxar pela cintura, daquele jeito firme que só ele sabia fazer, ignorando totalmente as pessoas ao nosso redor. — Agora vem, me dá um beijinho para acalmar o coraçãozinho. Você não está feliz? — indagou, antes de beijar meus lábios castamente e esfregar nossos narizes juntos, como ele sabia que eu gostava.

    — Eu tô, amor, só não gostei de sofrer por alguém que estava me enganando. — Fiz drama, mesmo que agora toda a “adrenalina” tivesse passado.

    — Pitoquinho, fica tranquilo… — Beijou meu pescoço, todo manhosinho, e eu odiava o poder que ele tinha sobre mim. Me desconfigurava todo.

    — Jeongguk… o que eu falei sobre esse apelido? — resmunguei, apertando forte seu ombro. — Sorte que eu te amo, viu? Caso contrário não teria Jimin para você. — Fiz charme, rindo quando ele o fez, me apertando contra si como se fossemos um só.

    — Sorte a minha mesmo, bebê. — Sorriu, acariciando minha bochecha. Já disse o quanto o amo hoje? — Você está pronto para dividir um apartamento comigo todos os dias, até a gente não aguentar nossa rotina de namoridos e brigar toda hora?

    Eu sorri caloroso, fitando seu rostinho bonito e o narigão grande que eu impliquei tanto, mas amava. Ter uma nova vida com Jeongguk era tudo o que eu mais queria agora.

    — E fazer amor gostosinho? — questionei, sorrindo sacana.

    — E fazer amor gostosinho. — confirmou, beijando o meu ombro, outra vez levantando a cabeça para me olhar fundo nos olhos.

    — Eu estou mais do que pronto, amor.

FIM

*Xxliswa: Eu pensei muito no que dizer, e continuo não sabendo ainda, estou deixando meus dedos trabalharem para tentar externar o quão gratificante foi escrever junto a Vic, ela é um doce de garota, uma excelente escritora e soube me colocar nas rédeas para que tudo desse certo, sem ela nada disso teria ido para frente. Me apaixonei pela recepção de vocês com a história, a maneira como abraçaram os Jikook, choraram, riram, passaram raiva, e os fez criar vida própria. Obrigada a todos que leram, falo por mim e pela Vic agora, porque tenho certeza da felicidade que é terminar — e do sentimento de saudade — que essa história vai deixar.

*BunnyTeaser: Okay, eu não sei o que falar e a Gennie disse exatamente o que eu sinto. Estou imensamente feliz pela receptividade de vocês, sério, isso me deixou feliz para caramba e saber que no final, ufa, tudo deu certo é algo inexplicável. É realmente estranho porque quando eu pensei no plot dessa história, eu nunca imaginei realmente que ela iria ter um rumo, ganhar tantos leitores amorosos e se tornaria a minha primeira longfic finalizada com êxito e com a maior organização que eu e a Gennifer poderiamos dar. Eu estou realizada demais porque, além do que ganhamos escrevendo essa história para vocês, eu não acredito que consegui escrever com uma das autoras desse site que eu mais admiro, essa que casou tão bem comigo. Fazer collab não é nada fácil, não é mesmo, mas com a Gennifer foi tão fácil e legal que eu não posso agradecer mais por ela ter aceitado toda essa loucura comigo. Eu escrevo demais, então me desculpem por isso, pela confusão de sentimentos e palavras que não são o suficiente para externar o quão alegre estou.

Enfim, acredito que é isso. D.A vai deixar saudades, mas sempre vai estar aí para vocês. Se quiser nos acompanhar, nossos perfis estão abertos para recebê-los. Por uma última vez aqui: amo vocês, até breve💛




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