CAPÍTULO 1
Olá, amores! Então, o livro será repostado no wattpad num aquecimento para o livro 2, IMPLACÁVEL, então não estranhem as notas do livro. Elas são antigas. Estarei repostando de cinco em cinco capitulos. Espero que gostem <3
Oi meus amores, o que estão achando desse bebê?
Caso vocês não saibam o livro como ainda está sendo escrito e vira a ser reescrito em algumas partes, ter partes mudadas e etc, então o que estão lendo não será a versão final que irá pra Amazon. Caso venha a ter alguma mudança muito grande eu aviso, okay?
Fiz uma brincadeira no meu grupo Romances da Julia Menezes, no face. Colocando emojis resumindo os primeiros capítulos de CORROMPIDO. Será que vocês acertam?
Agora fiquem com o capítulo fresquinho. Não esqueçam de votar e comentar 😘😘😘
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STELA
Caminho por Upper West Side coberta de sacolas de lojas chiques e finjo não ver um paparazzo tirando fotos minhas. Desde que posei para uma marca de lingerie eles estão na minha cola sempre que saio para comprar algo, fora disso eles me ignoram. Sempre fui rica e estive nas melhores festas, mas nunca fui ''a famosa'', e se não fosse pelo belo cachê eu não teria aceitado. Mas eu queria sair das asas de meu pai, se com vinte um anos eu já posso beber e votar então porque continuar seguindo as ordens dele?
Não vou dizer que tive uma vida terrível, no papel eu tive uma vida de conto de fadas, tento todos os bens materiais que possa imaginar, mas na vida real foi bem diferente. Ser a única filha mulher do consigliere da máfia de NY não foi a melhor das coisas, tendo que desde sempre ser moldada para ser a esposa perfeita de qualquer mafioso que dê a melhor oferta. Meu irmão gêmeo Marcos não concorda, mas também não contesta as ordens do meu pai. Como futuro braço direito da máfia ele precisa aceitar todas as decisões dele. Mesmo que seja ver sua irmã nas mãos de qualquer um.
Esse verão fiquei amiga de uma top model, Lola Artenis, e então comecei a ser vista pelas câmeras, fiz alguns pequenos trabalho, mesmo papai não gostando ele aceitou para ''manter as aparências'', mas ele acha que eu não descobri que ele usou as minhas fotos para mandar aos outros consiglieres. Apollo King, consigliere da máfia de Las Vegas, ele é um bom homem e me avisou sobre isso, mas decidi ao invés de brigar com meu pai eu juntei o meu dinheiro e comprei um apartamento em Manhattan o mais longe possível do seu. E o melhor, os seguranças do meu prédio só recebiam minhas ordens e não faziam parte da folha de pagamento de papai. Mas como nem tudo são flores o apartamento é tão caro que cheguei considerar a hipótese de vender meu fígado... ele se regenera, certo? Eu seriamente consideraria essa opção se significasse ter mais independência do meu pai.
Mamãe era a perfeita esposa da máfia, ela fechava os olhos as traições de papai, era cega a forma suja que ele ganha dinheiro e muda a suas ações. Eu queria ser livre, ter um amor que não está na folha de pagamento de papai ou dos Raffaelo. Ao contrario do que muitos pensam, eu não sou uma pedra aos assuntos da máfia. Eu sei cada regra, sei nomes. Graças a Marcos que queria que de alguma forma eu estivesse por dentro dessas informações. Ele me ensinou algumas formas de defesa, mas nunca fui boa nisso.
Os meus saltos Valentino batem na calçada fazendo um som de estalo e assim eu esqueço de tudo. Passo pelas pessoas com destreza, acostumada ao ritmo de Nova Iorque. O vento vem e bate no meu cabelo me fazendo lembrar novamente da minha vida. Desde que me entendo por gente tenho meus cabelos pintados de loiros e aos seis anos comecei a usar lentes azuis. Papai não aceitava que eu não nasci como ''uma princesa'', meus cabelos eram castanhos e não loiros como ouro. Olhos verdes escuros, quase uma mistura de marrom com verde e não um azul celestial que me faria parecer um anjo. Ele queria a perfeição, ter a mesma aparência que ele, loiro de olhos azuis. Tenho algumas sardas no nariz que sempre tenho que tampar com base. Era como se eu nunca fosse perfeita. Marcos tem cabelos castanhos e olhos verdes e papai não se importa, desde que ele tenha músculos.
Mamãe nasceu com olhos azuis, mas seus cabelos eram castanhos claros. Quase a perfeição, mas não o suficiente para ele ficar feliz. Mesmo quando estava grávida mamãe continuou pintando o cabelo para manter as aparências, mesmo que isso pudesse prejudicar a vida de seus filhos. Até hoje agradeço por ter pegado a genética da minha mãe e ter peitos grandes, se não com certeza seria obrigada a colocar próteses e ai sim parecer uma Barbie de plástico completa para agradar os pretendentes. Eu amava meu pai, mas essa busca pela família com a aparência perfeita me irritava profundamente.
Chego em casa e jogo as sacolas dentro do armário em seguida me jogo na cama, eu não queria ter saído para comprar nada, mas minha mãe já estava me ligando o dia todo para reclamar que eu não estava fazendo compras. Sim, para ela comprar era vida, acho que essa foi a sua maneira de encarar tudo. Eu amo minha mãe, mas eu não queria ser ela no futuro.
À noite recebo uma chamada dela novamente para ir para casa, pois ela queria me mostrar sua nova compra, papai quase nunca permitia que ela saísse de casa para a sua segurança o que faz ela estar sempre me chamando para ver as suas coisas. Volto a calçar os sapatos, mesmo com os pés doendo e pego um taxi, podia ter ido de carro, mas sinceramente não estava com paciência para o transito.
Como o prometido fui até ela que mostrou joias e mais joias que recebeu de papai, não podia negar que eles se amavam, mas mesmo assim não me imaginava no lugar dela. O amor nos muda, mamãe sempre dizia, mas eu já acho totalmente ao contrario. O amor é aceitar a pessoa do jeito que ela é, sem tirar nem por. Amando suas falhas e derrotas assim como as suas coisas boas e vitorias.
Passo pela sala de papai e bato na porta. Quando entro vejo que ele está ao telefone e parece irritado, espero ele terminar para me despedir.
— Entendi, vou manter meus homens de olhos abertos. — Ele termina a ligação e me olha. — Como está minha princesinha? — Ele me chama assim e mamãe de rainha.
Me levanto e o abraço.
—Estou bem , papai. — Digo e ele se afasta me olhando dos pés a cabeça.
— Você está mais magra, volte para casa querida. — Ele pede e eu rio.
— Na ultima vez o senhor disse que eu estava mais pálida, o que será na próxima vez? Estarei mais baixa?
— Se tiver mais baixa você some. — Ele diz e eu o abraço novamente. Eu realmente não sou a pessoa mais alta do mundo com meus 1,63.
— Como o senhor está?
Ele balança a cabeça.
— Esses russos estão me dando dor de cabeça novamente, evite sair sozinha Stela, por favor. — Ele diz e eu aceno.
— Eles ainda estão tentando vender drogas no nosso território? – Pergunto e rapidamente me arrependo, pois ele me olha com uma sobrancelha erguida.
— Como você sabe sobre isso?
— O senhor falou há algumas semanas atrás no jantar, lembra? – Pergunto já sabendo que ele não vai lembrar. Naquele jantar ele ficou no telefone e reclamou dos russos antes de finalmente sair. Então Marcos me contou.
Ele parece pensar um pouco e acena.
— Lembro. Não quero que fique preocupada com essas coisas, como está indo a vida de modelo?
Ele pergunta apesar de não se interessar.
— Depois daquela sessão eu decidi dar um tempo e curtir um pouco meu apê e até estou pintando uns quadros...
Papai me olhou com desagrado.
— Modelo eu até aceito, agora pintora... querida use a beleza que Deus de te deu e não se esconda atrás de telas sujas e tintas fedorentas.
— Beleza que vem de uma caixa de tinta e de lentes, né? – Alfineto e ele age como se não ligasse. — Realmente é preciso isso tudo para que você sinta orgulho e ache sua filha bonita?
— Você é bonita querida, mas é mais assim. Assim mostra que é minha filha. — Ele não aceitava que nenhum dos seus filhos tinha puxado algo seu e descontava em mim a sua frustração.
Eu só olho e balanço a cabeça incapaz de discutir, estou realmente cansada e o dia foi cheio... inútil, mas cheio. Me aproximo dele e beijo sua bochecha.
— Estou indo papai.
— Não fique chateada princesinha.
Aceno sorrindo de leve e saio dali. Quando estou finalmente na rua e percebo que não liguei para um taxi quando o vento gelado me atinge. Olho para a rua e percebo o quanto eu andei, abro minha bolsa para pegar o celular, mas mãos tampam a minha boca me arrastando para um beco escuro me deixando aterrorizada.
— Por favor. — Imploro cheia de medo e continuo a lutar, mas ele é muito forte e tem um canivete com ele. Eu não devia ter me desfeito dos seguranças depois que me mudei. Papai avisou tanto, mas por fim aceitou, só deixando um a distancia chamado Gholst para emergência. Essa é uma emergência. Olho em volta esperando ele aparecer, porém não vejo nada.
Assim que entramos na escuridão, outro homem aparece atrás do cara que tampa a minha boca e me sinto gelar só de olhar seu tamanho, ele tem uma cabeleira grande tampando parte de seu rosto e seu corpo é enorme. Mas me surpreendendo ele não me ataca e sim agarra no pescoço do homem e tenta... quebrar o pescoço dele.
O homem reage enfiando o canivete na perna do meu salvador que ruge como um leão me deixando totalmente pasma então acontece. Um barulho grotesco do pescoço sendo quebrado toma o som deixando tudo em silencio, seguido pelo barulho do corpo do homem caindo. Tampo a minha boca para abafar um grito. Uma das coisas que aprendi desde pequena é que em qualquer sinal de perigo nunca chamar a policia, sempre meu pai. O meu salvador olha pra mim antes de cair no chão, então eu vejo o sangue em sua perna e encharcando sua camisa.
— Ai meu Deus! Você está ferido, preciso ligar para meu pai e...
Ele levanta o olhar para mim e minha respiração fica presa quando eu o vejo com a pouca luz que tem. Ele parecia um anjo, era tão bonito. Perfeito. Seus cabelos eram longos e loiros, como sua longa barba que tampava boa parte do seu rosto, ele era tão cru e másculo. Mesmo com toda essa situação de perigo eu me senti quente só de olhá-lo. Ele segura meu braço, mas eu não me importo e passo a mão pelo seu rosto, seu cabelo está tampando toda a sua beleza e eu desejava uma luz para vê-lo melhor. É como se eu entrasse em um mundo alternativo onde o medo era só um detalhe comparado a sua beleza.
— Está tudo bem, você me salvou. Eu estou extremamente grata... só Deus sabe o que podia ter acontecido comigo. — Eu falo e percebo o que podia ter acontecido comigo se não fosse por ele. Meus olhos se enchem d'água ao me lembrar de Abby irmã da minha melhor amiga Luci, ela foi estuprada e mesmo com o agressor morto ela nunca superou e nunca mais falou. Olho para o estranho e respiro várias vezes para me acalmar então falo — Meu nome é Stela. Vai ficar tudo bem, eu vou ligar para...
— Não ligue para ninguém. — Ele diz e eu me arrepio com o tom de sua voz, era como se ele não falasse há anos. Como será que ele veio parar aqui? Quem é ele?
— Você precisa de ajuda e...
— Eles irão me achar.
Meus olhos se arregalam ao ver o medo no seu olhar, é como se eu sentisse o medo vindo através dele. Ele parece tão perdido e isso me dói. Será que ele bateu a cabeça e esqueceu aonde mora? Será que ele não fugiu de um manicômio? Será que ele está envolvido com meu pai?
— Quem? — Sussurro com medo da resposta.
— Os demônios — Ele diz também num sussurro e acaricia minha mão. A sua era áspera e cheia de calos, como se tivesse trabalhado uma vida inteira. — Eles vão me matar.
Olho para longe pensando nas minhas opções, preciso de ajuda. Se ele estiver ferrado com papai nem mesmo ele ter me salvado irá ajuda-lo a sobreviver. Mas eu não quero que ele morra. Minhas mãos vão para seu rosto novamente e eu retiro um pouco dos cabelos da sua cara, mas não posso enxergar direito com tão pouca luz. Ele está pálido com a perda de sangue e isso me preocupa.
— Qual é seu nome?
— 135.
Olho para ele assustada, a última vez que ouvi sobre números foi um dos piores dias da minha vida. Sem ter tempo de pergunta-lhe mais alguma coisa ele cai no chão e desmaia. Com os dedos trêmulos eu ligo para a única pessoa que eu sei que estará ao meu lado desse momento. Meu salvador mexeu comigo, rezo para minha mente estar errada, ele não pode ser um deles. Qual seria a probabilidade de eu encontra-lo numa cidade com cinco distritos e mais de oito milhões de pessoas.
— O que foi Stela, estou meio ocupado agora — diz Marcos quando atende e com a voz tremula eu digo.
— Eu... eu preciso de você.
— Está tudo bem? Onde você está? Vou ligar para o papai e...
— Só venha você e... — Eu olho para a sujeira do chão e o corpo do outro homem. — Uma equipe de limpeza, mas de confiança. Não conte para papai.
— Stela no que você se meteu?
— Eu ainda não sei, mas vou descobrir — falo e lhe passo o endereço.
Engatinho até a cabeça do meu salvador e a coloco no meu colo acariciando seu rosto e seu cabelo.
— Você está salvo agora — sussurro com a voz entrecortada com lagrimas caindo dos meus olhos pela primeira vez em anos.
No proximo cap iremos conhecer um pouquinho do passado de 135 e um pouco mais sobre seus irmãos. Sim, estou dando o doce aos poucos hahahhahaha
Se esse cap bater 190 estrelinhas antes de sexta eu posto mais um cap (falei e sai correndo hahaahahah)
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