Crise! Destruição em Shibuya!
Alguns momentos antes. Em algum lugar da Network.
Enquanto os Digi-escolhidos terminavam de lutar contra Tuskmon e em seguida, começavam a enfrentar as forças do temido Beelzebumon e Megadramon, Suga e Gaomon estavam em outra região da Network. O local onde estavam era uma enorme sala vazia, por onde alguns galhos de dados se faziam presentes nas paredes, a dupla estava dentro de uma das torres da Network, Suga possuía consigo uma espécie de celular que estava conectado a um dos galhos do local por um cabo de transmissão. Na sua tela, o garoto conseguia hackear alguns sistemas e assim, várias informações começaram a surgir na tela do dispositivo.
Após quase 1 hora de uma busca intensa, Suga conseguiu encontrar registros sobre um caso de uma pessoa desaparecida há alguns meses. O garoto vinha trabalhando no caso escondido de todos há muito tempo, e finalmente havia encontrado uma pista concreta do paradeiro da pessoa.
- Parece que ainda faltam duas horas para os ataques... E então? – questionou Suga olhando o relógio do celular e logo depois olhando para trás.
- Por enquanto o prédio está limpo, não vi nenhum sinal de Digimons por perto. – respondia Gaomon entrando na sala depois de realizar uma patrulha no prédio.
- Ótimo, fizemos bem em aproveitar essa confusão, porém temos que ser rápidos para não levantar suspeitas. – dizia Suga.
- Conseguiu achar algo? – questionou Gaomon.
- Sim, parece que estávamos no caminho certo... Consegui cruzar algumas informações, junto com nosso banco de dados da investigação, depois aproveitei a confusão dos outros e assim, consegui achar registros de que existe alguém em algum lugar do castelo de Lilithmon... – afirmou Suga com um sorriso.
- Mas se for mesmo ela, como ela foi parar lá? – questionava Gaomon suando.
- É uma boa pergunta, faz sete meses que procuro por ela, e faz quatro meses desde que começamos a seguir o rastro pelo Digimundo... Não seria surpresa se em um desses ataques, algum portal permaneceu aberto permitindo a entrada dela no lugar, e como não sabemos exatamente o que aconteceu, ela pode ter sido conduzida até o castelo. - Respondia Suga.
- O problema maior é como vamos entrar e procurar sem sermos notados, o castelo deve estar bem movimentado por conta da invasão de logo mais, e nós não teremos tanta liberdade para agir como antes. – pensava Gaomon.
- Exatamente... Eu também estou curioso com tal questão. – afirmou uma voz atrás de Gaomon.
Institivamente, Gaomon pulou ficando ao lado de Suga que se levantou rapidamente, deixando seu celular cair no chão, logo atrás, nas sombras do corredor pouco iluminado da torre, um palhaço com seu rosto monstruoso se fez presente, Piedmon se revelava com um enorme sorriso diante da dupla.
- Piedmon? – se perguntava Suga surpreso.
- "Será que ele nos seguiu sem que notássemos? Mas como ele fez isso?" – se perguntava Gaomon em sua mente enquanto se colocava em posição de batalha com as mãos a frente do corpo.
- Sabe, desde que vocês se juntaram a nós, eu me perguntava, por que um Digi-escolhido, aquele descrito nas lendas se aliaria aos mestres das trevas, e ajudaria a por seu próprio mundo no caos. Parece que eu e os outros estávamos certos em desconfiar de alguém como você. – dizia Piedmon.
- Do que está falando? O que faz aqui? – questionou Suga.
- Eu é que pergunto isso Digi-escolhido... Eu suspeitei de você desde o inicio, então segui Beelzebumon e Megadramon, e enquanto eles estão lá fazendo sua festinha com os outros, eu me dei ao trabalho de ver onde você estava, eu rastreei vocês usando meus truques e aqui estou eu. – respondia Piedmon com um sorriso.
- Fazendo a festinha? Não me diga que... – se perguntou Suga assustado olhando a hora em seu celular caído, percebendo que as horas em seu celular haviam sido alteradas, ao olhar para seu oponente, Piedmon aumentava ainda mais seu sorriso.
- Eles iniciaram o ataque mais cedo para nos dar uma falsa sensação de segurança... É isso? – questionou Gaomon.
- Bingo! – respondia Piedmon esticando os braços.
De repente, Piedmon juntou suas mãos e fez surgir um cartaz como se fosse mágica, no cartaz, o rosto de uma garotinha de cabelos pretos, usando um vestido azul se fez presente deixando Gaomon e Suga tensos.
- Huhuhuhu! É ela não é? A garota que se perdeu no Digimundo meses atrás, a garota que achamos perdida após ter atravessado sem querer um dos portais durante um ataque, e que agora se mantem no nosso castelo sendo nossa prisioneira... Sabe, sempre que olhávamos o cérebro dela, a figura de alguém aparecia em suas memórias, sabe quem era não é? – dizia Piedmon dando um sorriso diabólico.
- Seu... O que fez com ela? – questionava Suga irritado.
- Então ela tem mesmo ligação com você...? Interessante... Mas, eu não pretendo contar... – disse Piedmon sacando uma faca.
- Gaomon! Não temos escolha... – disse Suga sacando seu Digi-veice.
- Sim, porém eu não me garanto. – afirmou Gaomon engolindo seco.
De repente, de dentro do prédio, uma enorme explosão se fez presente no lugar, levantando uma nuvem de poeira na Network.
Cidade de Shibuya. Presente.
A cidade estava um caos, a chuva já havia parado, era quase meio da tarde, quando as pessoas no centro de Shibuya corriam desesperadas, os carros foram abandonados, por segurança, os prédios foram esvaziados e as pessoas procuravam estruturas menores para se protegerem com medo dos prédios maiores caírem e soterra-las, alguns jornais na cidade já começavam a relatar o ocorrido, porém muitas transmissões apresentavam defeito e a noticia chegavam com certo atraso a outras partes do país, policiais, bombeiros e outras forças das autoridades tentavam proteger as pessoas nas ruas que corriam desesperadas e com muito medo.
- "Olá população de Shibuya e de todo o país, aqui é Mashiro Yumi, estou falando diretamente do centro da cidade, onde neste momento muitas pessoas estão correndo desesperadas, nós céus outras das criaturas esta devastando a cidade, já ouve muitos danos nas ruas e prédios, ainda não sabemos quantos feridos, por favor, peço que todos mantenham a calma e busquem um lugar seguro... Os manteremos atualizados sobre o assunto..." – dizia a repórter Mashiro em uma reportagem ao vivo do local, porém a transmissão foi interrompida por um ataque de Megadramon que interferiu levemente com o sinal de TV.
Nos céus, Megadramon surgia destruindo tudo com seus misseis, a cada disparo que atingia o solo, além da explosão, e dos destroços, os tiros de Megadramon conseguiam derrubar boa parte dos sistemas de computadores de segurança das empresas da região, o problema que antes já era sentido se tornou pior a cada disparo de Megadramon. Aos poucos o centro de Shibuya se tornava um lugar caótico. Beelzebumon estava em cima de um prédio apenas observando a destruição a sua volta.
- Humanos... Agora sem seus Digi-escolhidos, não há nada que possam fazer! – afirmava Beelzebumon enquanto um barulho estranho chamava sua atenção.
De longe, o Digimon pôde observar algumas aeronaves se aproximando da região que estava sendo atacada. As aeronaves eram caças de reconhecimento da Força de Aérea de Auto Defesa do Japão, duas das aeronaves eram caças F-4, usadas para reconhecimento do local, acompanhando as duas naves de cada lado dando cobertura e mantendo certa distância, havia caças F-35A usadas para combate e múltiplas funções. As aeronaves percorriam o local, mantendo uma distância segura dos prédios mais altos, para não causar acidentes, Beelzebumon apenas observava com os braços cruzados as aeronaves passando com velocidade pelos céus.
- Base, aqui é Phantom-1! Alvo localizado, parece... Um monstro cobra gigante. – dizia um dos soldados pilotando um dos caças de reconhecimento.
- Aqui é Lightining-1, tem outro no prédio a 180° da sua posição Phantom-1! – alertou outro dos soldados.
Enquanto isso, dentro da base da força aérea japonesa, o Capitão Ishida e o comandante da força área japonesa visualizavam tudo pelas imagens via satélite e pelo radar no enorme telão da base, onde outros homens se espalhavam a frente de seus computadores passando e repassando ordens.
- Aqui é a Base, copiado Phantom-1. Mantenha distância e aguardem ordens! – ordenou Ishida.
- O que é isso capitão Ishida? – questionou o comandante da força aérea, um homem de cabelos pretos usando um uniforme branco com estrelas douradas decorando seus ombros, seu nome era Tsukishima.
- Estou me perguntando isso... Este é maior que os outros que apareceram... – Ishida logo foi para onde estava o sistema de radio e tratou de mandar uma mensagem aos caças. – Aqui é a Base! Vocês tem permissão para atirar! Acabem com aquela coisa antes que causem mais estragos! – concluiu Ishida enquanto os homens pelo radio respondiam.
- Afirmativo! Lightning-1 pronto para interceptar o alvo. - Afirmou um dos soldados.
- Lightining-2 copiado! – dizia o soldado na outra nave.
Em seguida, os caças de reconhecimento do local, se afastaram dando espaço para os F-35A fazerem seu trabalho, os dois caças de ataque giraram no ar para lados opostos, um deles se focou em Megadramon, o outro seguiu em direção a Beelzebumon. Não demorou muito para que a mira das aeronaves fosse travada em seus alvos, com um aperto de botões os disparos foram efetuados. Porém Beelzebumon abriu suas asas e saiu em disparada pelos céus enquanto os misseis o perseguiam, com suas armas em mãos, o Digimon inimigo disparou freneticamente contra os misseis que explodiram ainda no ar sem acertar seu alvo.
Já Megadramon disparou seus misseis dos braços interceptando seus alvos, porém o Digimon aproveitou a nuvem de poeira e conseguiu efetuar um disparo efetivo contra a aeronave que o perseguia, o piloto se ejetou da nave bem a tempo de evitar ser pego pela explosão. Não demorou para o paraquedas se abrir e aos poucos o piloto descer ao solo novamente, o mesmo acontecia com a nave que perseguia Beelzebumon e após inúmeros disparos, ela também explodiu deixando seu piloto no ar com paraquedas.
- Duas naves abatidas senhor! – dizia um dos homens na base para seus superiores.
- O que está acontecendo? – se perguntava Ishida.
- Senhor Tsukishima parece que os radares estão falhando, não consigo acessar a rede de satélites daqui. – dizia outro soldado.
- Parece que essas criaturas também estão afetando a nossa rede. Isso é um problema. – afirmava Ishida.
- Temos que detê-los! Consertem os radares e mandem mais caças ao ar, quero aqueles monstros abatidos! Monitorem a situação e passem um relatório a cada cinco minutos, tentem guiar os caças com sistema analógico, faremos isso a moda antiga! – gritou Tsukishima.
- SIM! – responderam os soldados começando a cumprir as ordens.
Em seguida, mais caças acabaram partindo da base aérea japonesa rumo a capital de Shibuya, enquanto isso, as autoridades locais tentavam ao máximo proteger a população dos ataques, porém os estragos já afetavam grande parte do centro e agora, era questão de tempo até a destruição se alastrar para outras regiões, enquanto os ataques continuavam destruindo tudo, os danos nas servidores de computadores de inúmeros lugares caiam de vez, e aos poucos, a transmissão de dados começava a parar de forma definitiva graças aos ataques contínuos de Megadramon.
Em algum lugar dentro da Network.
Enquanto Shibuya era atacada por Megadramon, os Digi-escolhidos se encontravam agora dentro de uma das inúmeras torres ao norte de onde estavam originalmente, o grupo estava espalhado pelo solo enquanto a frente deles havia uma enorme porta aberta, o grupo estava com muitos ferimentos, e seus Digimons se recuperavam aos poucos da batalha contra Beelzebumon, os que estavam desacordados já havia recobrado a consciência, porém ainda possuíam dificuldades em se movimentar.
- Desculpa pessoal... Foi tudo culpa minha... Se tivéssemos seguido as instruções do Misuki talvez não estaríamos nessa... – dizia Takuma com Guilmon ao seu lado.
- Eu avisei que deveríamos fugir, mas ninguém me deu ouvidos. – dizia Misuki.
- Mesmo se fugíssemos eles iriam nos perseguir de qualquer jeito, e teríamos que lutar nem que fosse a força... – dizia Sakura observando os dois amigos de costas um para o outro.
- A Sakura tem razão... Eles estavam querendo nos matar, e quase conseguiram... Ninguém tem culpa pelo que aconteceu... – afirmou Yukina.
- Sim, e tudo que podemos fazer agora é esperar nossos Digimons se recuperar. – afirmou Sakura ficando cabisbaixa.
- Mas por mais que isso aconteça, nós não vamos conseguir derrota-los... – dizia Misuki.
- Merda! Se pelo menos soubéssemos de uma forma para vencer! – dizia Takuma socando o chão.
- O mundo real deve estar sendo atacado agora, estou preocupada com todos. – afirmou Sakura.
- Aliás, quem foi que nos trouxe até aqui? Alguém conseguiu ver o rosto naquela confusão toda? – questionou Yukina.
- Não, pelo menos eu não, mas pelo jeito ele não parece ser alguém do mal, ou estaríamos perdidos agora. – respondia Takuma enquanto os outros também indicavam não ter visto nada.
- Vejo que já estão acordados... Isso é bom. - Afirmou uma voz do lado de fora.
- Quem está ai? – questionou Takuma.
- Acalmem-se, sou aliado. – dizia a voz enquanto uma figura humanoide surgia na porta.
O ser a frente do grupo usava calças pretas, seu corpo esbanjava muitos músculos, e um peitoral bem definido tendo uma pele totalmente alaranjada, nas suas costas, havia uma espécie de adaga embainhada assim como uma cauda, envolta de seu rosto, uma juba enorme se fazia presente cobrindo sua face que lembrava muito a de um leão, o grupo estava surpreso com aquela visão, afinal seu salvador era um Digimon também.
O misterioso salvador ainda possuía algumas faixas e uma cesta de alimentos para todos, ao coloca-la no centro da sala, os Digimons aos poucos caminharam pegando um a um os alimentos, comendo bem devagar, em seguida o misterioso Digimon entregou a faixa para Yukina que aos poucos começava a fechar os ferimentos de seus colegas e os seus.
- Assim vocês podem descansar e recuperar suas energias melhor. – afirmou o ser com um sorriso no rosto.
- Quem é você? – questionou Takuma novamente enquanto os outros olhavam atentos.
- Meu nome é Leomon! Muito prazer Digi-escolhidos! – respondia Leomon com um sorriso no rosto.
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