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Capítulo 57

Jess

Não estava pronta para lidar com as pessoas na escola. Não é porque eu estava arrependida ou com medo, talvez eu estivesse um pouco, mas era porque eu não queria responder a tantas perguntas e lidar com tantas coisas em apenas um dia. Minha vontade é de faltar a semana inteira, mas infelizmente não posso fazer isso, e não importa quando, um dia vou ter que lidar com isso de qualquer forma.

Aaron me disse que estaria aqui junto comigo, porque não seria justo eu carregar todo o peso dos comentários e perguntas das pessoas. Não sei o que aconteceu, mas algo mudou entre nós. Sei que eu estou meio que apaixonada por ele, mas tem algo além disso, é como se ele também tivesse mudado, mas eu estou com medo de isso ser algo da minha cabeça, já que, pelos meus conhecimentos, pessoas iludidas e apaixonadas são sinônimos.

Queria falar para ele o que eu sentia, eu ia falar no morro, onde ele me levou, mas não pude. Por mais que eu ainda estava em choque e com medo do que poderia ter acontecido ou do que realmente aconteceu, tudo lá estava tão perfeito. Nós estávamos tão relaxados e em paz, tudo estava tão bem. Sem brigas, discussões, beijos ou sexo meramente físicos. Tinha algo a mais naquela noite, eu podia sentir, o que aconteceu no alto daquele morro não foi algo apenas físico, aquele beijo não foi algo apenas físico, o soco não foi algo apenas físico. Aaron não se importou com nada, ele apenas me protegeu, e isso me deixa tão confusa que meu corpo dói.

Não acho que ainda estamos fazendo isso apenas por diversão. Não sei sobre ele, mas eu com certeza não estou.

Espero Aaron do lado de fora da minha casa. Ele me falou que iria me levaria escola hoje, já que somos vizinhos e porque ele não quer me deixar chegar lá sozinha, quer ter certeza que eu estou bem e que Jay não vai aprontar mais nenhuma hoje.

O vejo saindo de casa com o carro. Ele para na minha frente e destranca a porta, me dando um sinal com a cabeça para eu entrar. Eu entro no carro e minhas mãos logo começam a ficar frias, então eu as enrolo na minha blusa para tentar fazê-las voltar para sua temperatura normal, mas não dá certo.

Isso é horrível. Estou me sentindo tão estranha e nervosa que é como se eu tivesse acabado de o conhecer.

O que está acontecendo comigo?? Espera... eu já sei a resposta.

"Você está bem?" Pergunta ele, olhando para mim de canto de olho enquanto dirige o carro.

"Eu? Sim, claro, estou ótima."

Olho para os meus dedos que mexo sem parar e pressiono meus lábios um contra o outro.

Percebo que ele olha para mim novamente, mas desta vez virando mais a cabeça em minha direção. Ouço sua respiração alta e nada mais, nem o rádio deste carro está ligado.

"Não precisa ficar nervosa, Jess." Diz Aaron, colocando sua mão em cima dos meus dedos inquietos, o que os faz parar de mexer.

Olho para ele com uma respiração mais alta ainda, e espero a energia passar completamente pelo meu corpo até diminuir a intensidade, mas Aaron está segurando minha mão, a sensação só aumenta.

"Não estou nervosa, estou bem," respondo rápido.

"Eu sei quando você fica nervosa, mas não precisa, vai dar tudo certo."

"Vai?"

Do que exatamente ele está falando?

"Jess, olha, a única pessoa que você precisa se preocupar hoje é a Melanie, você sabe que o resto vai reagir daquela mesma forma todas as vezes que algo acontecer. Tudo que a gente precisa fazer é nos desculparmos com ela."

Ah, claro, está falando sobre as pessoas que não somos nós. Mas eu não ligo para elas, eu quero saber o que vai acontece com nós dois.

É claro que ligo pra Melanie, mas só com ela, mais ninguém, porque isso não é da conta deles, mas não era esse o motivo que eu estava nervosa.

"Mas não é tão simples assim, Aaron." Olho pra janela. "Eu conheço ela, desculpas não são o suficiente."

"Poderia ser."

Olho para ele de novo.

"Seria pra você?"

Ele fica quieto, provando que eu estou certa.

"Você acha que ela não te perdoaria?" Pergunta ele. "Quer dizer, nós dois tentamos falar com ela mais de uma vez."

Nós dois tentamos. Porque ele está usando NÓS e A GENTE em todas as suas frases? O que isso quer dizer?

"Voce não conhece a Mel."

"Exatamente, e você conhece, há anos para falar a verdade. Deve ser digna de um perdão," supõe Aaron.

"A este ponto eu não acho que sou digna de algo."

Volto meu olhar a janela, e observo o sol escaldante que nos aquece e ilumina, mas isso não faz eu me sentir melhor como antigamente.

"Jess, olha para mim," pede ele. "Você não acreditou no que o Jay falou, acreditou? Já te falei que aquilo não é verdade."

"Ele não precisou falar nada, eu já me sentia assim antes." Olho para ele de novo. "Aaron, vamos falar a verdade, eu traí meu namorado e menti pra a minha melhor amiga durante semanas. Estou mentindo para todo mundo, sendo uma péssima filha, uma péssima amiga, estava sendo uma péssima e agora uma péssima pessoa, não mereço perdão, não mereço nada, estou agindo da pior maneira que poderia."

Aaron fica quieto, e o único lugar que ele olha é a estrada.

"Você não é uma péssima pessoa," diz ele com um sussurro.

"Sou sim. Estou escondendo coisas de todos, sem exceção, até de mim para falar a verdade," digo baixo.

"Escondendo coisas de todos? Você esconde alguma coisa de mim?"

Porra!

Minhas mãos viram gelo, meu coração para, não consigo me mexer.

Ai meus Deus.
Ai meu Deus.   

Não sei pra onde olhar, não sei mais como controlar minha respiração ou meu corpo, o que respondo? Eu quero contar pra ele, quero tanto, mas não sei se consigo, não sei se eu vou ser correspondida.

Estou com tanto medo.

"Está?" Repete ele.

"De você? O que eu esconderia de você?" Pergunto rindo de nervoso.

"Achei que era você quem me responderia essa pergunta."

"Ah, por favor Aaron."

Ele apenas olha pra mim de lado, já sabendo que estou sim escondendo algo dele.

"Tá bom," digo. "Estou escondendo uma coisa de você, mas... mas nem é importante, acho que você nem vai querer saber."

"Me conta," insiste ele.

"Não."

"Me conta, Jess. Você disse que nem é importante, então porque não me contar?"

"Eu tenho motivos muito válidos pra isso."

"Me conta."

"Não!"

Aaron para o carro e o desliga, então olha para mim com um sorriso de lado e diz:

"Só vamos chegar na escola quando você me contar."

"O que? Já falei que você não vai saber."

"Então parece que vamos ter que ficar aqui o dia inteiro," diz ele olhando no relógio no seu pulso.

"Quer saber, estou com vontade de fazer uma caminhada, obrigada pela carona, mas vou andar o resto do caminho. Já estamos perto de qualquer forma."

"Claro, fique à vontade."

Tento abrir a porta do carro, mas está trancada. Olho para ele que me observa de um jeito convencido e logo sigo para a porta do carro ou o painel, onde tento achar o lugar que destrava a porta.

Não acho nada. O que tem de errado com esse carro? É tão moderno que não entendo nem como colocar uma simples música.

"Não descobriu como sair?"

Dou de ombros.

"Só me conte logo, e então nós vamos para a escola," insiste ele.

Conheço Aaron, sei que ele não desiste fácil e que não vai me deixar sair do carro tão cedo, então fecho meus olhos e me preparo para contar à ele.

"Tá bom," digo. "É que, eu... alguns dias atrás, descobri que eu tenho sentido, é... algum tipo de, de sentimentos especiais por você."

"Sentimentos especiais?"

Aaron me encara como se estivesse tentando descobrir o que eu acabei de falar, mas ele sabe muito bem o que isso significa, só não sabe o que responder, e isso era o que eu mais temia.

"Isso significa que eu gosto de você Aaron, só isso, viu? Nada de mais."

Olho para a janela do carro tentando me acalmar. Estou sentindo tantas coisas agora que nem sei como reagir. Quero chorar, quero rir, quero sair daqui, quero me esconder e nunca mais voltar, mas também quero continuar aqui, porque estou me sentindo livre e presa ao mesmo tempo, e quero descobrir qual destas opções se intensificará.

Os olhos claros deles passeiam pelo meu rosto e meu corpo, o que me deixa ainda mais inquieta. Pelo jeito que ele reagiu, nunca mais vou contar dos meus sentimentos para ninguém. E é por isso que eu não quis contar para ele ontem ou qualquer outro dia, tudo estava indo maravilhosamente bem, mas agora tudo se arruinou.

Ele fica calado, apenas olhando para mim, ainda sem palavras em sua boca. Eu respiro fundo e olho para baixo, para os meus dedos inquietos.

"Mas..." começa ele. "Faz quanto tempo?"

"Eu já te respondi, não quero falar sobre isso, vai passar, só... só vamos logo," digo.

"Mas Jess..."

"Não Aaron, agora nós dois estamos desconfortáveis. Sei que você não sabe o que dizer, e não precisa, já falei que é algo momentâneo, eu só estou me sentindo um pouco sozinha nos últimos dias, deve ser só isso, agora vamos logo, já estamos atrasados."

"Tem certeza?"

Faço que sim com a cabeça e olho para a paisagem, que também não me conforta muito no momento.

Ele faz o que eu pedi e liga o carro, então continuamos nosso caminho.

Sei que não é algo momentâneo, sei que isso não vai passar tão cedo, mas pelo menos agora eu sei como ele se sente em relação a isso, e sei que agora eu realmente vou ter que engolir tudo o que eu sinto e seguir em frente.

— — —

Tadinha da minha fia 💔

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Um beijão e até a próxima 💕

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