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Capítulo 56

Aaron

Jess se deixa no banco e olha pra o teto do carro sem piscar. Suas lágrimas já pararam de derramar e seus soluços diminuíram, mas ela continua calada, pensando.

Quero falar alguma coisa, mas ainda não sei se devo. Talvez esteja muito cedo, talvez ela ainda não esteja pronta para mais palavras. Então fico calado, apenas olhando para a estrada e pensando para onde devo ir agora.

Não quero levá-la para um lugar onde as pessoas possam ligar e piorar ainda mais as coisas, por mais que talvez elas estejam muito ocupadas falando sobre o que aconteceu para se preocupar com os outros, então não espero muito de nenhuma delas, mas mesmo assim, quero ter certeza. E então o lugar perfeito vem a minha mente, um lugar que a Jess vai ter a chance de respirar. Ele é um pouco longe, mas vai valer a pena, é perfeito.

Jess se levanta um pouco do banco e encosta o cotovelo na janela do carro, apoiando sua cabeça com a mão. Ela olha para frente, para a estrada escura que é iluminada pelos faróis do carro. Sua mão vai até seu rosto e limpa suas lágrimas, ela limpa garganta e abaixa a cabeça, agora se concentrando nos seus dedos que não param de se mover.

"Eu não soube o que fazer, me desculpa, eu travei." Sua voz ainda está rouca por conta do choro, e sai baixa, quase como um sussurro, como se ela estivesse se sentindo culpada pelo o que aconteceu.

"Não foi culpa sua Jess, seu ex é um babaca," respondo, ainda olhando para a estrada.

Ela assente e continua olhando para baixo, para os seus dedos.

"Pra onde estamos indo?" Pergunta ela.

"Já estamos chegando, você vai ver."

Alguns minutos de silêncio depois, estaciono o carro e aviso que chegamos. Eu saio do carro e dou a volta até chegar na porta da Jess, que abro e estendo minha mão para acompanhá-la.

"Mas é uma floresta, e está escuro," ela reclama.

"Eu sei, vamos ter que andar um pouco. Vai valer a pena, eu prometo." Ela me olha suspeita, e entendo o porque que não quer sair do carro, até porque está a noite e escuro, além de estarmos em um bosque cheio de árvores e sem nenhum outro ser humano. "Confia em mim?"

Jess enxuga seu nariz e pensa um pouco, então segura minha mão e sai do carro.

"É melhor valer a pena, não quero andar em um lugar cheio de perigos de morte, minha noite já foi desastrosa o suficiente."

Dou um sorriso de lado e não falo nada, apenas a seguro junto ao meu corpo e a guio pelo meio das árvores.

Nós começamos a subir o morro em silêncio. A luz da lua e das estrelas são as únicas coisas que nos iluminam, mas mesmo assim a noite está muito mais clara e brilhante do que eu pensava.

Após andar alguns metros mais cansativos do que eu me lembrava, nós chegamos no alto do morro e encontramos um banco velho na beira dele, que nos permite ver a cidade inteira de cima. Jess olha para mim com um brilho nos olhos, como se não esperasse isso de jeito nenhum.

Ela olha para mim e limpa seu rosto ainda úmido por conta do choro.

Jess observa o lugar. O banco está tão velho que é como fosse se despedaçar a qualquer segundo, mas isso não é algo que nos incomoda. O cheiro das árvores e do ar limpo chegam até nós e limpam nossos pulmões, nos tranquilizando e nos oferencendo algo que se parece com paz, mesmo que seja momentânea. A luz forte da cidade se junta com a luz das estrelas e deixam o ambiente mais claro, que me permitem ver os olhos maravilhados da Jess olhando para tantos lugares ao mesmo tempo que acaba se perdendo.

"Como você conhece esse lugar?" Ela pergunta, soltando a minha mão e se aproximando do banco.

"Eu não sei, só estava caminhando mais do que o normal e me deparei com este lugar. Só vim uma vez, mas me senti muito bem quando estive aqui, estava esperando que isso também te fizesse se sentir melhor."

"Caminhando mais do que o normal?" Ela ri.

"Não tente entender, eu mesmo não consigo."

"Então já sei que essa não é uma tarefa para mim."

Jess se senta no banco e olha para vista, mas logo vira seu rosto para mim me chamando para me sentar ao seu lado. Eu vou até ela e me sento no banco. Seguro sua mão como estava fazendo antes, mas que agora está mais fria do que o normal, o que já era de se esperar, já que toda a adrenalina passou e nós estamos no alto de um morro durante a noite.

"Acredite em mim, você está fazendo um ótimo trabalho," respondo, olhando diretamente para os olhos dela. Nós nos olhamos por alguns segundos, mas desvio o olhar quando percebo que conseguia ver a alma dela quase quanto ela conseguia ver a minha. "Está com frio?"

"Um pouco, mas estou bem", ela responde, também olhando para a vista da cidade. "Quem construiria um banco no meio do nada?"

"Talvez alguém que precisasse se sentir em paz por pelo menos um pouco, ou talvez alguém que sabia que você se sentiria mal neste dia e construiu o banco para te ajudar a se sentir melhor."

"Aposto que foi a segunda opção."

"Eu também." Nós rimos.

Nós olhamos para a cidade que havia se tornado minúscula na nossa frente, que naquelas condições, nos fazia nos sentir como se fôssemos muito maior do que qualquer coisa que poderia estar acontecendo. Qualquer problema ou dúvida, era como se nós tivéssemos um propósito maior, maior do que as baboseiras de escola e preocupações idiotas que estivemos vivendo nas últimas semanas.

"Eu ia contar a ela Aaron, sobre nós. Já estava cansada de mentir para minha melhor amiga. Ia contar antes da festa, mas não consegui achá-la, cheguei tarde demais, já tinha gente demais. Me desculpa por não ter avisado, mas eu precisava fazer aquilo." Jess fiz rápido, como um desabafo.

Ela solta a minha mão e começa a se concentrar nos seus dedos inquietos novamente, mas eu tomo sua mão de volta para mim e a abraço.

"Eu também," falo por fim. "Não ia contar sobre nós, mas ia dizer a ela que não ia ter mais nada entre nós, que não queria nada, mas um homem chegou lá e me interrompeu."

Jess olha para mim surpresa. Ela inspira uma boa quantidade de ar e começa a mexer o pé e volta a olhar para frente, mas desta vez não fica nada relaxada.

"Agora eu acho que ela já sabe de tudo, né?" Comenta ela, com um sorriso sem graça.

"Acho que todos sabem," respondo, com um sorriso. "A não ser que sejam cegos."

Jess olha para mim sorrindo, e rindo tanto que também tenho vontade de começar a gargalhar. Nós dois rimos como se a melhor piada do mundo tivesse sido contada para nós, como se estivéssemos flutuando, e eu nem sei o porquê.

"Isso foi tão inesperado," ela diz, gargalhado tanto que quase fica sem ar. "Você deu um soco no Jay, nós fomos embora juntos, e agora a Melanie não vai mais querer falar comigo, e eu nem sei o que está acontecendo. E você sabe o que mais, eu não me importo, não dou a mínima para o que os outros estão pensando, e isso é tão ruim da minha parte, mas eu simplesmente não me importo, não me importo se Jay expôs nossa relação e todos os meus defeitos, eu não ligo, não quero saber, eu estou apenas... estou cansada, cansada disso tudo."

Paro de rir, e me dou conta que nem deveria ter começado a gargalhar junto com ela. Jess não está bem, ainda está assustada, ainda está sofrendo o choque do que acabou de acontecer.

"Você sabe que aquilo era mentira, não sabe? Você é uma boa pessoa, Jess, sempre foi. Era boa demais para ele."

A aperto ainda mais contra meu corpo e ela encosta a sua cabeça no meu ombro. Não dois ficamos em silêncio novamente, mas consigo sentir as lágrimas dela se derramando novamente no meu ombro.

Quero dar espaço a ela, mas não consigo parar de pensar se eu também a deixei chateada, preciso perguntar.

"Você ficou chateada? Ficou chateada por eu ter dado um soco na cara dele e depois ter te tirado segurando sua mão? Por eu ter feito todos descobrirem?" Pergunto, tão baixo que nem medo consigo escutar, e não sei se é porque eu estou com medo da resposta ou se é porque estou preocupado de como ela pode reagir.

"Você foi o único que me protegeu, Aaron. Sou grata por você ter feito aquilo."

"Na verdade isso é ótimo, que você não tenha ficado brava, porque eu até que gostei de soca-lo no meio do rosto," sorrio sem jeito, sem saber como sorrir.

"E eu gostei de assistir," ela concorda.

Jess observa para a minha mão, que estava um pouco inchada e vermelha, e aquela era a primeira vez que eu havia sentido a dor que começava a preencher a carne e cada tecido de pele que havia naquela região.

"Você se machucou," diz ela.

"Não foi sério, só preciso colocar um gelo quando chegar em casa."

"Tem certeza?"

"Absoluta, não se preocupe. Faria de novo se precisasse."

"Acho que não vai precisar, Jay é meio covarde," diz Jess, rindo. "Foi a bebida que o deu coragem naquela hora."

"Então é melhor nós o mantermos longe do álcool."

"Ou talvez dar mais a ele, pode ser divertido." Jess solta uma risadinha de lado e mostra seu lindo sorriso.

"Só se você me ajudar a bater nele."

"Com todo prazer," ela concorda.

"Não sabia que o seu senso de humor é tão obscuro," comento.

"Não é, eu só não gosto dele."

"Justo."

Jess fica em silêncio até algo começar a incomoda-lá novamente. Mas neste momento, não sei posso tirar nenhuma conclusão sobre o que ela está sentindo, não faço ideia do que se passa na cabeça dela neste momento. Até agora, ela mudou de humor tantas vezes que é difícil de contar.

"Aaron," ela chama.

"Sim?"

"Porque você concordou em ir à festa? Porque se sentou na mesa? Desculpa, mas eu tinha que perguntar."

Demoro alguns segundos para responder, sem ter certeza porque eu fiz aquilo.

"Eu estava no automático," explico. "Não sei explicar, eu apenas não sabia o que fazer, então fiz o que já estava acostumado a fazer todos os dias."

Jess assente.

"Voce fica no automático comigo?" Pergunta ela.

Jess se levanta do meu ombro para poder olhar nos meus olhos. Eu a encaro de volta, com um sorriso de lado nos lábios.

"Não conseguiria," respondo. "Você é mais complicada do que isso."

"Não gosta que eu seja complicada?"

"É uma das melhores coisas que existe em você, Jess."

Ela aproxima seu rosto do meu, até juntar nossos narizes para sentirmos a respiração um do outro, e até mesmo os corações.

Eu fecho meus olhos, ela também fecha os dela. Jess me beija suavemente, e eu a beijo de volta. O beijo é leve e tranquilo, o que é justo na ocasião que nos encontramos e a que acabamos de passar.

Posiciono minha mão no seu rosto, ela posiciona suas mãos nos meus braços. Ela apenas os descansa lá, sem força e com tranquilidade.

Nós nos afastamos, mas continuamos juntos. Jess sorri para mim, eu também sorrio para ela. Um sorriso sincero, ainda que não estejamos em completa paz, ainda que estamos aflitos, tudo isso some por um momento.

"Podemos ficar aqui por quanto tempo você quiser, ou precisar," aviso.

"Já estou bem, mas... vamos ficar por mais um tempo. Isso é bom."

"Tudo bem."

"E... Aaron?" Jess chama. "Sua blusa está cheirando a vodka."

Eu rio dela e beijo o topo de sua cabeça.

"Eu sei, eu sei," Digo.

Nem sei dizer por quanto tempo nós ficamos juntos naquele morro, observando a cidade, em silêncio, sem ninguém nos atrapalhando. Mas foi uma das melhores coisas que aconteceu desde que eu voltei para a cidade.

Eu e Jess fomos para casa, cada um para a sua. Só fomos embora quando eu tive certeza que ela já estava bem, que ela não precisaria chorar mais quando chegar em casa, que tudo já havia se aquietado dentro do seu coração e da sua mente. Só nos separamos na hora de dormir, andamos de mãos dadas pelo resto da noite, trocando energias, nos acalmando e ficando ansiosos e inquietos ao mesmo tempo, porque querendo ou não, isso aconteceu.

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Muito fofos.

Não se esqueçam de votar e comentar se gostaram.

Um beijão e até a próxima 💕

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