•Capítulo Trinta e Um•
Duas semanas se passaram desde o terrível acontecimento e várias coisas mudaram desde então. Coisas que nunca pensei que aconteceriam, aconteceram. Madison, Wendy, Sean, Ian, as gêmeas, Otis, Brittney e eu nos tornamos amigos. Todas as noites íamos até o Sunset, esperar o turno dos dois acabar e quando acabava, pedíamos lanches e de vez em quando alguma bebida alguém.
Estar com o mimado do Sean por perto, nunca me agradou, mas eu estava feliz por estar mais próximo da Wendy novamente. Nossa amizade não é como antes, mas pelo menos ela não me ignora por completo mais. Na realidade, não sei dizer o que é mais difícil, ela me ignorar por completo, ou ter que a ver grudada com aquele idiota e agir como se fossemos só... colegas.
“Gente, eu vou no banheiro e vou aproveitar para falar com meu chefe, receber meu pagamento!” Wendy sorri e se retira da mesa e eu observo-a até que suma da minha vista.
“O aniversário dela está chegando, né amor?” Madison questiona, me fazendo arregalar os olhos.
“Caramba, sim! Precisamos fazer algo, Mad!”
“Podíamos fazer uma festa surpresa! O que acha?” A morena fala entusiasmada, me fazendo sorrir.
“Mais do que perfeito, ela nunca teve uma!” Viro para o restante das pessoas na mesa. “Gente, o aniversário da Wendy é na sexta feira, o que acham de fazermos uma festa surpresa?”
“Eu acho massa, ela merece!” Sean sorri, me fazendo forçar um sorriso.
“Acho ótimo, mas aonde?”
“Lá em casas, pode ser! Posso chamar umas trinta pessoas!” Madison diz, mas eu nego com a cabeça.
“Não, a Wendy não ia gostar de pessoas desconhecidas em seu aniversário. Tinha que ser só nós, mas dai na sua casa não ia ser muito legal...” Coço a nuca tentando pensar em algo e abro um sorriso ao ter uma ideia incrível. “Pode ser naquela balada que tem karaokê, ela sempre quis ir lá. É só ligarmos reservando uma mesa!”
“Bingo! Perfeito! Eu adoro aquele lugar!” Otis comenta, gerando bastante assunto entre eles. Depois de dar uma pesquisada e pegar o número do local, chamo a atenção de todos novamente.
“Só que gente, nós temos que fingir que esquecemos do aniversário dela. Ninguém da parabéns, ninguém da presente e nem nada, para quando ela chegar lá, ficar realmente muito surpresa!”
“Mas como que ela vai chegar lá, amor? Alguém precisa distrair ela.”
“Eu posso fazer isso!” Sean se levanta, sorrindo de lado. “Distraio ela durante a tarde e a levo nesse restaurante quando vocês me mandarem mensagem avisando que todos chegarem.”
“Estava pensando em eu distraí-la. A conheço a mais tempo e sei muito bem como manter ela ocupada.” Engulo seco me levantando. Me incomodava a ideia de ela ficar sozinha com o Sean.
“Qual é, Owen? Você nem sabe se ela aceitaria sair só com você depois de tudo o que fez, eu pelo menos, não aceitaria! Já comigo, não tem erro! É óbvio que ela aceita.”
“Você não tem nada que se meter, Sean! Esse é um problema meu e dela, não quero saber sua opinião sobre.” Cerro os pulsos, me segurando para não ir para cima dele.
“Você não quer minha opinião, mas fique sabendo que ela sim.”
Quando estava prestes a responder, Madison interrompe. “Calem a boca os dois! Ela está voltando! Deixa que o Sean a distraí e você me ajuda com as preparações, amor.” Bufo me sentando, concordando com a cabeça.
“Perfeito! Não se esqueçam de fingir que esqueceram!” Sean dá uma piscadinha e abre um sorriso cínico me encarando.
Wendy volta para a mesa toda sorridente e se senta ao lado dele. Eles começam a conversar, mas não consigo escutar o que era. A única coisa presto atenção, é no sorriso lindo em seus lábios e a única coisa que consigo ouvir, é o som gostoso da sua risada. Eu queria tanto voltar a ser o motivo dela...
Eu preciso fazer algo. Preciso fazer com que ela me desculpe de verdade, para pelo menos, voltarmos a ser amigos como antigamente. Eu sei que ela vai amar a surpresa, mas como não vou receber todos os créditos, não é o suficiente.
Estou a tento tempo pensando em formas de pedir perdão, que eu achava difícil que agora, em tão pouco tempo, eu fosse ter uma ideia mirabolante, mas mordi minha língua ao ter a melhor ideia de todas.
Tem algo melhor do que fazer o motivo que fez a gente virar amigos à dez anos atrás, acontecer de novo? Seria como... voltar no tempo.
“Por que está sorrindo, Owen?” Mad questiona.
“Tive uma ideia para a Wendy me perdoar... acho que essa não tem erro!”
“E qual é?”
“Depois eu te conto, tenho que primeiro ver se realmente vai dar certo.”
Ficamos ali por mais uma hora mais ou menos. Não demorou muito para os lanches chegarem e muito menos para eles acabarem. Eu pelo menos, estava morto de fome e devorei meu hambúrguer em menos de cinco minutos.
Ao sairmos, Wendy e Madison vão no carro comigo até a casa delas, conversando alguns assuntos aleatórios, os quais eu preferi não me meter. Quando chegamos, me despeço primeiramente da Madison, que fica chateada por eu não ficar para dormir com ela.
“Vou ficar um pouco com a minha mãe, bebe. Você sabe que é raro ela não estar viajando!”
“Você tem razão. Tudo bem, amor! Boa noite!” Ela sela os nossos lábios rapidamente e saí do carro, dando passos rápidos até entrar em casa, mas Wendy não se mexe, me fazendo olha-la. Sinto meu coração parar ao perceber que a loira me encara fixamente, com um leve sorriso no rosto.
“Sinto falta da sua mãe. Aquela sobremesa dela com uva e leite condensado, meu Deus! Nunca comi melhor!” Solto uma leve risada e mordo meus lábios.
“Ela também sente sua falta. Esses dias ela comprou uma caixa de cookies de baunilha com gotas de chocolates brancas e lembramos de você.” Ela sorri encarando o nada, mas seu sorriso some lentamente e ela volta a me encarar.
“Ela gosta da Madison?”
“Eu... acho que sim, não sei. Mas da forma que ela gosta de você, não. Dessa forma ela não gosta de ninguém, nem mesmo de mim!” Solto um riso frouxo, a fazendo sorrir também.
“Eu lembro que sempre que aprontávamos, ela dava a razão para mim e normalmente era eu a culpada!”
“Você jogava sujo, Wendy Miller! Eu me lembro muito bem!”
“Eu era esperta, querido, esperta!” Rimos simultaneamente e então nos encaramos fixamente por longos segundos, até que ela abaixa a cabeça corada. “Bom, eu já vou entrar. Diga a sua mãe que eu mandei um beijo!”
“Pode deixar que eu digo! Qualquer dia aparece lá pra... comer aquele doce.” Me atrapalho para falar e forço um sorriso no final.
“Sim, sim... marcamos qualquer dia! Boa noite, Owen!”
“Boa noite, Wendy!” Um sorriso se forma em nossos lábios e então ela se vira, entrando em casa. Quando a porta se fecha, dou a partida, me sentindo um verdadeiro otário.
Aparece lá em casa para comer aquele doce? Qual é, Owen? Ela nem te desculpou ainda,
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