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•Capítulo Quarenta e Três•

A neve já cobria Rivercity, assim como as luzes e decorações de Natal, mas o clima natalino não estava muito presente esse ano e olha que só faltavam dois dias.

Na ultima semana eu trabalhei demais. Um dos garçons pediu demissão e eu, para compensar as faltas que tive quando estava mal, trabalhei o dobro. A verdade é que eu vivi no Waffle, mal tive tempo para ficar em casa.

Madison me atualizava da situação da Wendy todos os dias e era óbvio que ela não estava tomando seus medicamentos, mas eu não queria tocar nesses assuntos por mensagens, pois seria indelicado da minha parte, então eu só estava esperando a oportunidade de vê-la.

Só eram onze horas da noite e a Madison já estava capotada. Eu fiquei meio chateado, pois era o primeiro dia da semana que não precisei trabalhar até as duas, mas não a culpei por ter dormido. Depois de tomar um banho, desci as escadas e esquentei a comida que minha mãe tinha feito antes de viajar no micro-ondas, mas eu já não aguentava mais comer comida congelada. Eu estava engolindo minha primeira garfada, quando para minha surpresa, a campainha toca.

Estranho pelo fato de não esperar ninguém, mas quando abro, sinto meu coração sair pela boca ao ver Wendy ali. Seu cabelo estava coberto por neve e pela primeira vez, seus lábios estavam tremendo por conta do frio.

“Wendy, você está congelando!” A puxo para dentro e fecho a porta, notando a quantidade de neve que havia entrado só nesse pequeno intervalo de tempo.

“Nunca vi essa cidade nevando tanto.” Ela comenta e se senta no sofá esquentando as mãos.

“Você é louca de sair sem uma jaqueta, Miller!” Ela solta uma leve risada encara o chão, aparentemente tensa. “O que foi?”

“Não vai perguntar o que eu vim fazer aqui?” Seus olhos azuis encaram os meus intensamente, o que faz os pelos do meu corpo arrepiarem.

“Eu... já ia te fazer essa pergunta. O que foi?” Antes de ela responder, reparo em suas pernas mexendo inquietamente e seus pulsos cerrados, apertando suas unhas contra a palma das suas mãos.

“Eu... preciso te falar uma coisa, mas não sei nem por onde começar!” Sua respiração passa a ficar ofegante e então eu me sento do seu lado, segurando suas mãos.

“Ei, calma. Respira...” A loira respira fundo e eu sinto um nó se formar em minha garganta, receoso em escutar o que ela tinha pra dizer. “Por que não começa... pelo começo?”

“Owen, uma coisa aconteceu entre nós dois na sua festa de aniversário.” Ela cospe as palavras olhando em meus olhos, me deixando extremamente confuso e nervoso. 

“O..o que?”

“Depois de todos terem ido embora e o efeito da droga ter melhorado, você disse que... precisava me contar uma coisa, mas que só conseguiria fazer isso se estivesse muito bêbado. Eu sei que eu deveria ter te impedido de beber tanto, mas a curiosidade estava me matando.” Naquele momento, era a minha respiração que estava começando a se alterar. “Depois de algumas doses enormes, você... você... você se declarou pra mim!” Arregalo os olhos e sinto meu coração parar. Eu forçava meu cérebro, mas não conseguia me lembrar daquela noite. Eu não podia acreditar que eu havia me declarado para Wendy. Não conseguia acreditar que ela já sabia tudo o que sinto por ela. “Disse que me ama, que sempre me amou e que sempre vai me amar...” Os olhos dela estavam marejados, assim como os meus.

“Wendy eu... não consigo me lembrar!”

“Eu sei e é isso que tem acabado comigo!” Ela diz e se levanta mexendo de forma descontrolada em seus cabelos. “Depois de você dizer isso, Owen... nós nos beijamos.” Diz se sentando novamente, tirando o meu chão com aquela frase. “Mas não foi qualquer beijo... foi a conexão mais intensa que eu já senti e te garanto que você sentiu o mesmo. Era como se... fossemos feitos um para o outro, entende? Nossos corpos... se encaixaram perfeitamente.” Arregalo os olhos com a última frase.

“Nós transamos?” Ela confirma com a cabeça e eu me levanto do sofá nervoso, extremamente assustado. COMO QUE EU PODIA TER ESQUECIDO UMA COISA ASSIM?

“Aquela noite significou o mundo pra mim e quando eu percebi que você não se lembrava de nada, eu perdi meu chão. Me doeu saber que você não lembrava da ligação que sentimos, me doeu saber que você não lembrava das suas palavras de amor, me doeu saber que não significou nada pra você.”

“Wendy, eu... não fazia ideia! Eu juro que não me lembro de nada! Oh, Deus! Tudo que eu queria era me lembrar dessa noite!” Me aproximo dela, praticamente colando os nossos corpos.

“E o que eu mais queria era esquecer.” Engulo seco, arqueando a sobrancelha confuso. “Isso nunca mais saiu da minha cabeça, Owen. É o que eu penso quando acordo, antes de dormir, quando estou trabalhando, quando estou andando... em todos os momentos! Eu te amo, Owen Scott! Eu sempre te amei! Queria eu poder voltar no tempo e me declarar na primeira oportunidade que tivesse.”

Wendy Miller, minha melhor amiga por quem sou apaixonado à anos, está em minha frente dizendo que está apaixonada por mim.

“Eu sei que não deveria, mas eu preciso que você sinta o que eu senti naquela noite.” A loira diz e sela os nossos lábios, não me deixando sem respirar. Quando dei por mim, estava sentindo sem dúvida, a melhor sensação do mundo. Meus braços estavam em volta do seu corpo, minha língua estava explorando cada canto da sua boca e meu coração estava batendo mais forte e rápido do que nunca.

Sem dúvidas o sentimento mais intenso que eu senti.

Mas eu caí das nuvens, quando a voz de choro da Madison ecoou na sala.

“O que está acontecendo aqui?” Ela questiona já se derramando em lágrimas, fazendo eu e Wendy nos afastarmos no mesmo instante. “Como você teve coragem de fazer isso comigo, Owen?” Ela grita, tirando todas as palavras possíveis da minha boca.

Naquele instante, percebi que minha vida havia se tornado um circo e eu, estava em cima de uma corda bamba, sem conseguir me mover. A única forma de sair dali, seria pulando. Porém, de um lado havia o fogo e do outro o gelo. Qualquer lado que eu escolhesse, acabaria machucado.

O problema é que não é só eu que me machuco.

"Responde, Owen!" Madison grita entre lágrimas me encarando. Eu estava com o coração partido. "Foi você... ou ela?" Seus olhos marejados olhando profundamente nos meus, me trouxeram um medo imenso de perde-lá. Eu não podia.

"Madison, você sabe que eu jamais faria isso!" Respondo com a voz trêmula, deixando uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

"Então foi ela? Foi tudo culpa dela?" Ela questiona, sem tirar os olhos dos meus, fazendo eu esquecer completamente que Wendy, estava bem atrás de mim.

"Sim, Madison! Eu juro por Deus! Isso foi um erro, okay? Eu só... não quero te perder! Por favor... acredita em mim." Suplico, segurando suas mãos.

A morena estava com a respiração extremamente acelerada, me deixando com um peso enorme nas costas. "Então você não a ama? Não sente nada por ela?" Engulo seco, colocando as duas mãos na cabeça.

Caralho! É difícil de responder! Ela é minha melhor amiga!

"Eu preciso saber, Owen! Me fala a verdade!" Madison suplica em tom baixo, como se estivesse envergonhada de me fazer essa pergunta novamente.

"Eu amo você, Madison Miller!" Falo alto e o silêncio se instala. Depois de longos segundos com nossos olhos conectados, olho levemente para o lado, notando a presença da Wendy ali.

Eu havia esquecido completamente.

A loira estava em estado de choque, imóvel, muda. Seus olhos, os olhos que nunca choram... estavam molhados e o seu coração que ela dizia ser de gelo... estava quebrado. Era possível ver em seu olhar.

"Fala alguma coisa pra ela, Owen." Madison fala em tom baixo, tão nervosa quanto eu.

"Não precisa dizer nada." A voz de Wendy saí trêmula e extremamente falha, como se tivesse um nó apertando em sua garganta. "Não fica brava com ele, Madison! A culpa foi cem por cento minha. Eu cometi o erro." Ela suspira, olhando profundamente em nossos olhos. "Com certeza o maior erro da minha vida." Caralho, que aperto no peito! "Não se preocupem, que... eu não vou mais atrapalhar a vida de vocês."

Aquela foi sua última frase, antes de sair rapidamente da casa, deixando um monte de neve entrar. Estava tão frio... que o coração dela iria voltar a congelar.

Foi então que eu percebi o tamanho da merda que eu fiz e o quão idiota e burro eu estava sendo. Não consegui conter as lágrimas, que começaram a escorrer de forma descontroladas. Eu estava sem rumo, sem chão.

Eu não podia magoar a Madison, não podia perde-la. Ela é uma garota incrível e sem dúvidas me faz muito feliz, mas eu também não queria machucar a Wendy, porquê porra, quem eu estou querendo enganar? Eu amo essa garota!

Foi não querendo machucar as duas, que eu acabei fazendo exatamente isso.

Eu estava me sentindo um lixo.

Madison ao me ver assim, chorando largado no chão, ela se aproxima, mas eu não deixo ela me tocar.

“Não, Madison. Eu não consigo mais.”

“O que... o que você não consegue mais?”

“Você merece alguém muito melhor do que eu. Merece alguém que... te ame com todo o coração. Alguém que seria incapaz de te magoar como eu fiz.”

“Você não me ama com todo o coração?” Uma lágrima escorre em seu rosto.

“Como que eu posso te amar se eu não me amo, Madison? Como que eu posso te dar tudo de mim, se eu não tenho nada pra oferecer? Eu sou um quebrado! Um fodido!”

“Mas eu amo você!” Ela grita, me fazendo fechar os olhos por alguns instantes.

“Eu não posso mais magoar você e nem a Wendy. Vocês duas merecem ser felizes!” Assim que termino a frase, pego a chave do meu carro e dou passos rápidos em direção a ele.

“Owen, não faz isso! Não termina comigo” A morena diz chorando, mas eu estava convicto de que era o certo a se fazer.

As lágrimas estavam deixando minha visão embaçada. Eu estava sentindo um ódio enorme de mim. Como que eu pude fazer isso com a Madison? Como que eu pude fazer isso com a Wendy? Como que eu pude quebrar o coração dela daquela maneira?

Todos esses momentos ecoavam em minha cabeça enquanto eu dirigia sem rumo. Uma voz não parava de repetir que eu sou um lixo de pessoa, um caso perdido. Meu peito doía, meu coração doía, minha alma doía.

Eu não sabia se eu iria aguentar.


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