•Capítulo Quarenta e Nove•
Amanhã é o meu noivado, é para ser o melhor dia da minha vida, mas eu estou mais nervoso do que ansioso e sinto raiva por isso. Madison está exalando animação ansiedade enquanto eu, quanto mais perto chega, mais nervoso eu fico. Eu a amava, tinha certeza disso, porém as vezes eu percebia que Wendy tinha mais espaço no meu pensamento do que ela, mas eu sabia que Wendy e eu jamais ficaríamos juntos. Ela tem ao Sean e eu tenho a Madison.
Eu estava deitado na cama folhando o Twitter, enquanto Madison mexia no computador revendo as últimas coisas da festa, quando Wendy manda uma mensagem.
SMS Wendy- Hey, Owen! Amanhã é o grande dia. Será que você consegue vir me ver no Sunset hoje? Preciso muito falar com você. Te espero, abraços.
Estranho a mensagem e fico curioso para saber o que ela tem para me falar e nem penso duas vezes antes de enviar um OK. Graças a Deus minha perna já estava boa e eu não precisava mais de cadeiras de rodas e nem de muletas para andar.
“Amor, Wendy pediu para eu encontra-la no Sunset jajá!”
“O que? Hoje? Mas amanhã é o grande dia, amor! Você não pode ficar se expondo.”
“Me expondo a que? Ela só quer conversar, Mad.” Ela revira os olhos e respira fundo logo em seguida, abrindo um leve sorriso.
“Ok, vá! Diga a ela que eu mandei um beijo!” Beijo sua boca como agradecimento e saio de lá com meu carro, dirigindo até o restaurante. Quando chego lá, ela e Sean estão cantando e um sorriso lindo se forma em seu rosto quando me vê.
Peço um hambúrguer e uma cerveja e fico ali, a ouvindo cantar. Duas horas passam até que ela decide falar no microfone.
“Para finalizar a noite de hoje... vou cantar uma música que diz muita coisa. Uma música muito especial!” A loira anuncia com os olhos fixos nos meus, fazendo-me perder o ar dos meus pulmões.
Logo ela começa a cantar “When we were young” da Adele, quase sem tirar os olhos de mim. As palavras daquela canção entraram em minha mente, como se Wendy estivesse em minha frente dizendo tudo aquilo diretamente para mim.
Todo mundo ama as coisas que você faz
Desde o jeito que você fala
Até o jeito que você se move
Todo mundo aqui está te observando
Porque você dá sensação de lar
Você é como um sonho que virou realidade
Mas se por acaso você estiver aqui sozinho
Posso ter um momento
Antes de ir?
Porque eu fiquei sozinha a noite toda
Na esperança de que você ainda seja alguém que eu costumava conhecer
Você se parece com um filme
Você soa como uma canção
Meu Deus, isso me lembra
De quando nós éramos jovens
Deixe-me te fotografar nessa luz
No caso dessa ser a última vez
Que possamos ser exatamente do jeito que éramos
Antes de percebemos
Nós estávamos tristes por envelhecer
Isso nos deixou paranoicos
Era exatamente como um filme
Era exatamente como uma canção
Ela estava cantando sobre nós? Ou era apenas mais uma canção de sua lista?
Meus pensamentos confusos são interrompidos pela loira que desce do palco, se despede do Sean com um beijo e caminha até mim.
“Você estava ótima, de verdade!” Abro um sorriso e lhe dou um forte abraço.
“Pensei que você não viria.”
“Mas é claro que eu viria. Por que não?”
“Amanhã é seu noivado, você tem outras prioridades e...” a interrompo.
“Minha melhor amiga dizendo que precisa conversar é sim minha prioridade.” Suas bochechas coram e um sorriso tímido se forma em seu rosto.
Era raro, mas ela conseguia ser fofa.
“O que queria falar comigo?”
“Já falei. É só você pensar um pouco, idiota! Agora é o seguinte, você vai me ajudar a colocar minha bicicleta no seu carro, vai dirigir até sua cassa, deixar o carro lá e pegar sua bicicleta.” Franzo a testa confuso e solto uma leve risada.
“Que? Pra que?”
“Quero te levar em um lugar, mas não quero ouvir nenhuma pergunta até lá, entendido?”
“Tá bom, mandona!” Ela me encara brava tentando conter o riso e eu não consigo segurar o meu.
“Eu não sou mandona, idiota!”
“É sim!” Gargalho.
“Não sou não! E ande logo com isso!”
“Está vendo como é?” A provoco, mas corro pegar a sua bicicleta antes que ela venha com uma voadora para cima de mim.
“Você é um idiota!” Ela diz com um sorriso no rosto, me fazendo sorrir também.
“Você é mais, Wendy Miller, bem mais!”
Oh Deus, como eu senti falta dessas discussões que terminam em sorrisos! Como eu senti falta dessa Wendy.
Assim que chegamos em frente a minha casa, tiro sua bicicleta do meu carro e pego a minha na garagem e então começamos a pedalar. Eu não fazia ideia da onde ela queria me levar, mas a curiosidade estava me matando.
“Vamos apostar uma corrida até o parque?”
“É lá que você quer ir?”
“Não, seu burro! Mas é caminho! Um, dois três e já!” Ela começa a pedalar rapidamente, me deixando para trás.
“Isso não vale!! Eu estava com a perna lesionada, Miller! Jogo baixo!” Grito e é possível escutar sua gargalhada bem longe de mim. Começo a pedalar o mais rápido que posso, porém, quando chego lá extremamente ofegante, ela está plena de pé ao lado da sua bicicleta, me fazendo bufar de raiva.
“Demorou, hein Scott?”
“Você joga sujo, Miller! Muito sujo!” Ela ri e começa a caminhar em minha frente, levando a bicicleta nas mãos.
“Você já foi mais rápido! Nunca perdia pra mim!”
“Eu me desacostumei, né? Faz meses que não subo em cima de uma bicicleta! Pensei até que eu tinha desaprendido.”
“Ninguém desaprende andar de bicicleta.”
“Mas eu desaprendi a ter fôlego! Estou exausto! Estamos chegando?” Questiono ofegante, sentindo minha garganta implorar por água.
“Se pedalarmos chegaremos mais rápido. Você consegue?”
Não, eu não consigo!
“Eu mato você, Wendy!” Bufo com um sorriso nos lábios. “Tá bom, vamos! Mas sem competições, ok?” Ela concorda e então seguimos pedalando por longos segundos.
Eu não fazia ideia de onde ela estava me levando, mas estando com ela, qualquer lugar seria bom.
N/A: Vídeo da Wendy cantando para vocês:
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