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•Capitulo Quarenta e Cinco•

Três dias se passaram e nada do Owen acordar. Seus pais estavam arrasados e não paravam de se culpar pelo acontecido, alegando que se eles fossem mais presentes, Owen não sairia de carro na neve, mas sei que de nada adiantaria. Naquela situação, ele sairia do mesmo jeito e ninguém conseguiria impedi-lo.

Wendy e eu não saímos do hospital para nada. Passamos o Natal ali, tomando um café ruim e comendo torradas envelhecidas, mas isso não tinha importância. Não estávamos nem aí para as torradas e nem para o Natal. Wendy estava tão abalada que se passasse alguém sorridente perto de si, lhe daria um soco na cara de presente e dizia que foi pedido do papai Noel.

Admito, não estava sendo nenhum pouco fácil dormir em uma cadeira, sem saber se ele vai sobreviver ou não, sem saber se ele está nos ouvindo ou não. Os médicos disseram que tem cinquenta por cento de chance de ele acordar e cinquenta de morrer. Eu não conseguia acreditar nessa possibilidade, eu não podia. Jamais me perdoaria por não ter o impedido de sair daquela noite.

Por isso, eu tentava manter-me esperançosa e comemorava cada mísera notícia boa que o médico trazia.

Eu e Wendy não havíamos voltado para casa desde então, minha mãe nos trazia roupas novas todos os dias e tomávamos banho em um banheiro que tinha lá. Durante a tarde, Wendy ficava com ele no quarto e durante a noite era eu. Sua mãe não aguentava ficar muito tempo ali, pois as lágrimas não paravam de escorrer. Ela vinha sempre que dava, mas seu marido alegou que para a saúde mental dela, era melhor ela ficar afastada. E a verdade é que nenhuma mãe merece ver o filho nesse estado.

Naquela tarde, Ian chegou no hospital com um enorme urso de pelúcia, disse que não conseguia parar de pensar no seu melhor amigo e que quando viu na loja aquele panda enorme, teve a certeza de que Owen iria amar e que assim que saísse do hospital, o colocaria do lado da sua cama. Assim que ele entrou no quarto, Wendy saiu cabisbaixa e se sentou do meu lado.

“É horrível vê-lo assim. Por que diabos ele saiu da própria casa na neve? Ele sabe o quão perigoso é dirigir na neve!” Ela afirma indignada e esconde a cabeça nas mãos.

“Ele só queria sair de lá. Estava arrasado.”

“O que ele disse antes de sair?”

Sinto meus olhos marejarem, só de me lembrar da cena.

“Disse que...” engulo seco e encaro o chão “que não podia ficar comigo, que não conseguia me amar, pois ele não ama nem ele mesmo. Que nós duas merecemos ser felizes.” Abaixo a cabeça. “Não acha que ele bateria o carro de propósito, né?”

Me peguei pensando nisso diversas vezes, mas não sei se ele teria essa coragem. Tentar tirar a própria vida é algo terrível e na maioria das vezes não tem volta. Mas não... acho que o Owen não faria isso.

“Não sei! Ele não estava bem ultimamente, né? Estava depressivo, ansioso... muitas coisas podem passar pela nossa cabeça quando estamos assim. Coisas da qual podemos nos arrepender para sempre.”

“Se ele fez isso, espero que ele acorde logo para poder se arrepender.” Suspiro e percebo os dedos inquietos da Wendy, enviando várias mensagens para o Sean. “O que foi?”

“Faz três dias que não consigo falar com o Sean. Três dias atrás ele me ligou três vezes durante a tarde, mas como eu estava com o Owen, resolvi não atender, mas agora ele não me atende, não me retorna, não manda nenhuma mensagem de texto... estou ficando preocupada.”

“Ele só deve estar ocupado, fica tranquila! Já já ele aparece aí!” Forço um sorriso e seguro sua mão, o que a faz olhar para mim com lágrima nos olhos. “O que foi?” Questiono.

“Eu lhe devo um pedido de desculpas.” A loira suspira envergonhada. “O que eu fiz foi um tremendo erro, de verdade. E não digo pelo fato dele ser meu melhor amigo, mas pelo fato de você ser minha irmã! Não importa o que o Owen seja pra mim... ele é seu namorado e eu não tinha direito nenhum de beijá-lo. Eu vou entender se você me odiar por isso... eu também me odiaria, mas saiba que eu estava fora de mim, não estava pensando direito. Sei que isso não é uma desculpa, pois parar de tomar os remédios foi uma escolha minha, um erro meu... mas eu espero que algum dia você possa me perdoar.”

Realmente eu havia ficado muito magoada. Meu coração se partiu em mil pedacinhos quando entrei na sala e vi os dois se beijando, mas admito que doeu mais ainda quando soube que foi a Wendy que o beijou. Ela é minha irmã e a coisa que eu menos queria era descobrir que ela também é apaixonada pelo Owen. Não só pelo Owen, mas por ela também. Não queria que ela sofresse por amor e muito menos que eu não pudesse ajuda-la.

Mas não. Não estava com raiva e não a odiava. Jamais a odiaria, não importa o que ela fizesse.

“Tá tudo bem, eu perdoo você! Sei que as circunstâncias não eram as mais favoráveis e sei também que não podemos controlar o que sentimos!” Forço um sorriso e a faço olhar pra mim. “Só por favor, nunca mais pare de tomar seus remédios, Wendy. Você estava fora de si, impossível de controlar.”

“Eu pensei que sem eles, eu poderia ter o controle das coisas, mas estava errada. Sou dependente dessas merdas.” Ela solta uma leve risada, me fazendo rir também. “Obrigada por me desculpar. Vocês... formam um casal lindo! A única coisa que eu quero é que ele acorde e que eu possa pedir desculpas olhando naqueles lindos olhos e que possa ver vocês dois felizes novamente. A felicidade de vocês basta.” Sorrio com sua frase e apoio a minha cabeça no seu ombro.

“Eu te amo, sis.”

“Eu também te amo!”

Quando já era noite, Wendy saiu do quarto e alegou que iria comprar algo para nós comermos fora do hospital, pois já estávamos fartas das comidas de lá.

Assim que entrei, me sentei na cadeira do lado da sua cama e segurei sua mão. Os médicos não sabiam dizer se ele estava escutando ou não, mas que era bom sempre conversarmos com ele. Pois ele conseguir voltar ou não, dependia única e exclusivamente dele.

Mas admito, era estranho conversar e não obter respostas.

“Se você acordar… digo, QUANDO você acordar, eu prometo que vou ser a namorada que você sempre sonhou. Prometo que vamos ser felizes, que vamos sair todos os fins de semana, que vamos viajar... eu juro! Eu só peço que você não me deixe! Eu não sei mais viver sem você!” As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. “Naquela noite, você disse que não se amava, mas saiba que nós vamos te ajudar com isso, porquê aqui existem muitas pessoas que te amam! Eu, a Wendy, seus pais, o Ian... todos estamos sofrendo muito por te ver assim e tudo o que a gente quer é que você acorde, pra a gente conseguir te dar o amor que você merece e fazer você ver o quão incrível que você é, porquê amor... você é a pessoa mais incrível do mundo! E eu te amo mais que tudo, então por favor... acorda!” Suplico e deito minha cabeça no colchão enquanto choro compulsivamente ainda segurando suas mãos.

Eu estava arrasada e vários tipos de pensamentos ruins estavam passando pela minha cabeça, até o momento em que senti seus dedos apertando minha mão, fazendo meu coração parar por alguns instantes. Até cheguei a pensar que era alucinação minha, mas quando levantei a cabeça para olhá-lo, reparei que suas pálpebras estavam mexendo e não pensei duas vezes antes de sair correndo pelos corredores do hospital gritando.

“ENFERMEIRA! ENFERMEIRA! ELE ACORDOU!” As enfermeiras correram para o quarto, seguidas pelo doutor. Eles fecharam as portas e então Wendy correu até mim muito preocupada, sua cara estava pálida e com certeza, ela estava esperando uma noticia ruim, até o momento em que eu sorri, fazendo-a quase cair no chão de tão aliviada.

“Você quer me matar do coração, Madison? Eu pensei que... pensei que...” A interrompo.

“Ele sobreviveu, Wendy! Ele está vivo!” Nos abraçamos fortemente, deixando a emoção tomar conta de nós.

Eu não tinha palavras para descrever o quanto eu estava feliz naquele momento. Creio que nunca me senti tão feliz na vida. Talvez, aquela ideia de que só damos o real valor para as coisas depois de perde-las seja verdade. Eu prometi para mim mesma que dali em diante eu nunca mais iria reclamar da vida e sim agradecer por cada dia.

Nós nunca sabemos quando será o último.








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