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19 • Scars

Ryan acordou atordoado, estava sozinho na cama e não sabia onde sua irmã estava.

- Calma, calma, nós estamos aqui com você.

Robby o ajudou a se sentar na cama, enquanto tentava fazer o garoto recobrar a consciência.

Eles acharam o frasco da poção que Lily deu a ele, era um milagre ele acordar no mesmo dia, ela deu um frasco inteiro que deveria ser dividido em três dosagens.

- Onde está a Lily? E o Alex?

- Hey, respira fundo, e se acalma. Seus pais vieram e estão até agora com o seu irmão, a Lily foi se encontrar com eles e eu e o Matheus ficamos aqui te esperando acordar. - Ryan olhou para o quarto mas não viu o outro moreno - Ele saiu para pegar comida para nós três, nós não comemos nada desde ontem de tarde e já está na hora do almoço.

O loiro ficou olhando para as mãos enquanto mordia os lábios, o mesmo hábito que Diaz tinha quando estava nervoso.

- Ele voltou não é?

- Quem?

O moreno permaneceu de cabeça baixa e Robby podia sentir o nervosismo dele.

- Deveria ser eu. Eu sou o mais velho, eu deveria passar por isso. Por que aquele monstro não nos deixa em paz?

Ryan que mesmo bem humorado nunca demonstrou nenhuma fraqueza estava agora chorando, ele estava tão perdido em meios as lágrimas que não percebeu quando abraçou forte o moreno que estava a sua frente.

- Não diga que isso deveria acontecer com você, seu irmão logo vai acordar e vocês vão poder atormentar a vida de todos okay?

O moreno estava tremendo, e Robby percebeu que não era um choro por culpa ou algo do tipo, ele estava com medo.

- Ryan, quem é esse "monstro" que você falou? É o mesmo que "Homem Mal" que a Lily mencionou uma vez?

O moreno se afastou ainda de cabeça baixa e concordou.

- Ele fez alguma coisa pra vocês? - o garoto continuou de cabeça baixa e apenas concordou brevemente com a cabeça - Você pode me dizer quem ele é? - dessa vez o garoto negou bruscamente com a cabeça, apenas um nome veio a mente de Robby e ele mesmo gelou ao pensar nisso - Ry,  por acaso, é o Voldemort?

O moreno levantou o olhar com uma expressão de indignação ou algo semelhante.

- Ele morreu, ele não vai mais voltar, o problema é que aquele homem quer que ele volte e quer que a gente ajude nisso, mas ele não vai conseguir, não vai.

O moreno  gritou aquelas palavras e lágrimas voltaram a rolar por seus olhos.

Enquanto Robby tentava acalmar o garoto apenas um pensamento estava fixo em sua mente. Alguém queria que Voldemort voltasse e queria usar seus filhos para fazer isso, e não importava quem fosse, ele iria acabar com a pessoa.

Robby olhou para o lado e se deparou com Miguel parado em frente a porta, apertando com muita força a bandeja de comida, ele havia escutado a conversa e pelo olhar de ódio dele, Robby sabia que ele estava pensando a mesma coisa.

- Foi aqui que pediram Torta de abóbora com um suco de sabor desconhecido?

Ryan deu um leve sorriso ao ver Miguel  entrando como se fosse um garçom.

- Você precisa estar bem alimentado antes de ir ver seus irmãos. Acabei de encontrar a Lily e ela disse que seus pais vão levar ele para casa.

- Eu quero ir junto.

- Eu sei. Kreese  deu permissão para que você e ela possam ir para casa, só não sei por quantos dias. Então se alimente logo e vai correndo encontrar sua família.

O modo como Miguel conseguia esconder o nervosismo na frente dos três irmãos era algo que Robby  estava começando a admirar.

Ryan comeu rápido a comida e foi correndo para a enfermaria.

Miguel e Robby  deram uma desculpa de que não dormiram a noite toda e precisavam descansar um pouco e por isso não iriam com ele.

Robby fez questão de lembrar 10 vezes o moreno  de que ele deveria escrever para eles todos dias.

- Você está falando igual ao meu pai, ele sempre fala a mesma coisa antes de nós voltarmos para Hogwarts.

Robby sorriu ao ouvir aquilo, as vezes sua mente confundia o tempo das coisas e ele agia como se já fosse o pai deles.

****

- Quem você acha que é?

Os dois garotos já estavam em suas camas a algum tempo mas se mantiveram em silêncio.

- Sinceramente? Não faço idéia, lembra quando a Lily disse que estava com medo de que o homem mal tentasse mais uma vez fazer alguma coisa contra você? Eu estive pensando nisso desde aquela época, Kreese disse que outras pessoas queriam te fazer mal. Quantas pessoas você tem como inimigo, Lawrence?

- Você conta? - Diaz ergueu a sobrancelha pra ele, uma lembrança surgiu na mente de Robby e ele corou, os dois acabaram rindo por se lembrarem do acontecimento do dia anterior - Okay, okay. Eu não faço idéia, até mesmo Voldemort é alguém que eu fui obrigado a ter como inimigo, ele sempre quis me matar, eu apenas estive lutando pela minha vida todo esse tempo. Para falar a verdade, é isso que eu tenho feito desde que nasci.

- Como assim? Você é o Santo Lawrence, você teve sempre o mundo aos seus pés. Não teve?

Robby riu em escárnio e se jogou na cama com os braços atrás da cabeça.

- Se o mundo que estamos falando seja um que se resume em produtos de limpeza, sobras de comida e roupas de segunda mão com o dobro do seu tamanho, então parece que eu sou o rei do mundo. - Diaz ficou sem entender, ele sempre imaginou Robby sendo tratado como um pequeno príncipe, mas o que ele estava dizendo, aquilo não condizia com o que ele pensava - Meus queridos tios e meu amado primo nunca foram meus maiores fãs, de acordo com meu tio eu era uma aberração e merecia ficar escondido do mundo, minha tia me tratava como um empregado ou melhor, como um escravo, meu primo me confundia com um saco de pancadas ambulantes e me causou mais hematomas em um mês do que você em um ano.

- É o que?

Robby viu que o olhar do moreno era uma mistura de incredulidade e raiva.

- Essa aqui eu ganhei por ter fritado demais o bacon - Robby mostrou uma queimadura no antebraço - era para a frigideira acertar meu rosto, mas eu cobri ele com os braços, tentei concertar com feitiços mas isso foi o máximo que consegui, ainda não sou tão bom nesses feitiços de restauração - Diaz  se levantou e se sentou na mesma cama que ele - Essa eu ganhei por ter passado em frente a tv enquanto meu tio assistia, o controle acertou bem a minha barriga - Robby levantou a camisa mostrando um corte que ficava entre as costelas - Essa aqui eu ganhei por que era aniversário do meu primo e ele queria começar o dia bem, tive longos 15 minutos de chutes e por sorte não quebrei nenhum osso - o loiro levantou a barra da calça e mostrou grandes hematomas nas pernas - Tenho mais marcas no corpo do que posso contar. Infelizmente nem todos tiveram a sorte de ter um lar como o seu.

Miguel ficou olhando para o moreno em estado de choque, ele sempre achou que ele fosse idolatrado por todos, nunca passou pela sua mente que eles fossem iguais.

- Recebi meu primeiro Crucio aos 3 anos, eu não consegui voar perfeitamente em uma vassoura, então tive que ser castigado. Essa era a azaração favorita do meu pai, ela não causava danos físicos então ninguém iria perceber, ele me lançou essa imperdoável tantas vezes que eu comecei a sentir menos dor nos últimos anos, ou talvez só seja o meu subconsciente tentando me fazer acreditar que eu consigo aguentar tudo isso. - o moreno abaixou o olhar e ficou em silêncio com se tentasse juntar coragem, Robby segurou em sua mão e o garoto percebeu que não estava sozinho - Nas festas de fim de ano do terceiro ano eu recebi o pior presente de natal possível, eu disse que não queria me juntar ao Lorde das Trevas e não queria continuar sendo seu inimigo e recebi um.. - a sua voz falhou, as imagens do dia voltaram em sua mente e ele sentiu ânsia, Robby entrelaçou seus dedos e o moreno fechou os olhos e disse de uma vez só - Sectumsempra.

Robby paralisou ao ouvir o feitiço, o loiro se levantou e desabotoou a camisa, ele sempre tomou banho separado dos outros por medo de que vissem seu corpo, assim que ele tirou a camisa Robby tapou a boca desacreditado com o que via.

Muitas cicatrizes em todo o seu corpo, muitos riscos como se fossem cortes.

- Esse maldito feitiço faz com que a pessoa que o recebeu ganhe 20 mil facadas, normalmente a pessoa morre por hemorragia, mas minha mãe interferiu pela primeira vez ao me ver desfalecendo no chão da sala, eu consegui sobreviver, mas as cicatrizes não vão embora, elas permanecem aqui, me lembrando todos os dias que se eu for contra ele mais uma vez, eu não vou ganhar apenas cicatrizes.

Robby estava com os olhos inundados e se jogou nos braços do moreno.

Os dois tinham imagens equivocadas da vida um do outro, e agora eles estavam vendo um lado sóbrio que o mundo desconhecia.

- Ninguém mais vai nos machucar, nem a nós, nem aos nossos filhos, eu prometo.

Robby disse contra o pescoço do moreno e recebeu como resposta um abraço apertado, era a primeira vez que ele dizia aquelas palavras em voz alta e aquilo o aqueceu por dentro.

Mesmo com o que estava acontecendo, ele tinham uma nova certeza, aquele era o melhor lugar do mundo para eles, nos braços um do outro.

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Vou tentar postar mesmo sem celular. Desculpe-me pela demora!

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