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39. SEGREDOS

Três dias antes de Elise receber a mensagem do Kevyn...

Dizem que segredos podem destruir qualquer relacionamento.

Não posso dizer que discordo totalmente, mas há de se ponderar o fato de que alguns segredos fazem menos mal se forem guardados do que se revelados.

Quer um exemplo?

Imagine que alguém que você ama muito está internado em um hospital em estado grave. Os médicos dizem a você que a pessoa não vai sair dali viva, mas você sabe que ela está confiante, ansiosa para voltar para casa, apesar de estar doente.

O que você faria?

Pense por um momento o que seria menos cruel nesse caso. Contar à pessoa o que os médicos disseram e eliminar sua esperança, fazendo-a ter consciência de que nada pode ser feito e assim passar seus últimos dias lamentando e chorando por si mesma? Ou deixar que ela sorria e tenha esperança, vivendo o fim de sua vida com positividade e guardar só para você a dor de saber que ela irá partir em breve?

Diga-me o que um pedaço de papel estúpido chamado "diário" não pode me dizer:

Um segredo como o meu deve ser guardado ou revelado?

Julho de 2024, 6pm

Dois dias se passaram sem que Cristal tivesse notícias de Erick. Ela fingia que tudo estava normal, que não se importava com o silêncio dele, mas falar era fácil, na prática seu peito apertava insuportavelmente quando lembrava a rispidez com que ele havia lhe falado na noite em que se despediu dela no cinema.

Havia algo muito errado. Sentia isso.

Nos dois dias em que ela sentia falta de Erick, David fazia questão de estar sempre por perto, como se pensasse que precisava protegê-la de algo. Como parecia que não conseguiria se livrar dele tão cedo, Cristal arrastava Nicole junto com ela em qualquer atividade que David lhe propusesse.

No terceiro dia ela recebeu uma breve mensagem de Erick que dizia: "Desculpe não entrar em contato. Está uma loucura aqui. Te vejo em breve".

Era frustrante não saber o que estava acontecendo com Erick, mesmo que dissesse a si mesma que isso não importava. Nada relacionado a ele importava.

Naquele mesmo dia David ligou, convidando a ela e a Nicole — para não ser indelicado, pois sabia que Cristal a levaria, de qualquer jeito — para ir a um clube tomar banho de sol e nadar em uma piscina semiolímpica. Não tendo mais nada para fazer, ela aceitou.

Horas mais tarde, estavam os três curtindo o dia de sol. Bem, ao menos Nicole tentava aproveitar, nadando na piscina enquanto Cristal ficava em uma espreguiçadeira usando óculos escuros e David ficava a observando sem nenhuma vergonha.

Vez ou outra os olhos dele se desviavam para Nicole, observando, divertido, os homens se aproximarem dela e tentarem ter sua atenção, mas a ruiva apenas sorria e os ignorava ou conversava por alguns minutos e se afastava, provavelmente depois de ter-lhes dado foras épicos.

Em um dos momentos em que o moreno apostava consigo mesmo se o próximo a tentar se aproximar dela era um rapaz de pele escura que a observava da beira da piscina ou um careca que boiava na parte mais profunda e não desviava os olhos de seus seios, Cristal soltou uma risada maldosa e David a olhou, curioso.

— Você está babando pela Nick — ela o acusou, rindo.

Ele deu de ombros.

— Ela é linda e eu não sou cego, mas está enganada sobre eu estar "babando" por ela. Estou apenas me divertindo vendo esses pobres coitados sendo dispensados, um após o outro.

— Sei. — Ela bufou.

— Você está com ciúmes, Cristal? — Ele sorriu.

— De você? Vai sonhando. Eu não tenho ciúmes de ninguém. É só que a Nick gosta de homem com atitude, ficar sentado olhando não adianta nada.

Ele se aproximou dela, sua expressão séria de repente.

— Você é teimosa, Cristal, e às vezes se ilude. Eu já disse, a Nicole é uma mulher lindíssima, porém, é você que faz meu coração bater mais forte, é por você que estou apaixonado.

— Paixão passa. Você logo vai superar.

— Talvez. Mas a única mulher que tem preenchido meus pensamentos há mais de um mês é você. — Ele pegou o protetor solar e apontou para ela. — Quer que eu passe protetor em você? Tua pele é sensível.

Cristal tirou os óculos, dando-o um olhar mortal.

— Vai se fo**r, David. Desiste, eu não vou ficar com você nem com o Erick. Não preciso de homens complicando minha vida, que já é conturbada o suficiente.

Ele suspirou, mas antes que pudesse responder, Nicole apareceu em sua frente e estendeu a mão.

— Pode me dar o protetor, David. Eu passo na Cris.

Ele levantou o olhar para a ruiva, que estava próxima demais, sua silhueta desenhada contra a luz do sol. Automaticamente estendeu a mão e lhe entregou o frasco.

— Obrigada. Vira de costas, Cris.

A morena segurou seus cachos para cima enquanto sua amiga passava protetor em seus ombros e costas. David observava as mãos de Nicole na pele da Cristal e desejou que fossem as suas próprias.

Elas trocaram de lugar e depois ambas foram nadar. O resto do dia foi passado entre provocações e brincadeiras, então todos acabaram no apartamento de Cristal, assistindo a um filme de terror.

Em dado momento, durante uma cena em que dois sobreviventes se escondiam do monstro assustador que os perseguia, uma música tensa ao fundo, o monstro respirando bem perto deles... Alguém bateu à porta do apartamento e Nicole deu um grito, escondendo o rosto no peito de David ao seu lado.

Cristal deu pausa no filme, ouvindo novamente as batidas na porta. Levantou-se e foi atender, enquanto Nicole se afastava de David, envergonhada por ter procurado proteção nele quando se assustou.

Ele deu um sorriso cínico.

— Sei que sou lindo, mas não precisa arrumar qualquer desculpa para me tocar.

— Você é um idiota arrogante — ela rebateu.

— Arrogante, mas gostoso. Que pena que meu coração escolheu a tua amiga.

Ela revirou os olhos.

— Agora entendo por que a Cris não te dá uma chance. Você é insuportável.

Eles ficaram se provocando até ouvirem a voz de Erick.

— Tentei vir antes, mas não consegui.

Ambos olharam por cima do encosto do sofá, vendo Cristal cruzar os braços, aparentemente chateada.

— Não sei por que, não é como se tivesse motivos para estar aqui, de qualquer forma.

Erick suspirou, frustrado.

— Não faz assim, Cristal. Você sabe que ainda temos que conversar. Só não conversamos aquela noite porque precisei ir, mas eu não desisti.

— Pois deveria, eu nunca vou mudar de ideia.

— Então ao menos me diz por que, mas eu quero a verdade. Sei que você sente o mesmo que eu, só não admite.

— Você quer que eu te conte tudo? Ok, mas primeiro me diz por que saiu às pressas aquela noite e deixou David incumbido de me vigiar. E não negue, porque eu não sou idiota, Erick. Mesmo sendo apaixonado por mim, não é do feitio dele ficar o tempo todo por perto.

Erick olhou na direção de seu amigo, que já havia levantado do sofá, seguido por Nicole. Cristal não perdeu o olhar sério que eles trocaram, como se estivessem conversando sem palavras.

— O que vocês dois estão escondendo?

David deu de ombros displicentemente.

— Os assuntos do Erick não são responsabilidade minha. Ele te contará o que achar necessário e eu não tenho nada a ver com isso.

Erick lançou um olhar irritado para o amigo antes de olhar para Cristal.

— Não se preocupe com isso, está sendo resolvido.

— O que está sendo resolvido?

— São problemas da minha família, não quero que se preocupe com isso. Só quero passar um tempo com você. Vamos almoçar juntos amanhã — afirmou.

— Sinto muito, mas não estou disponível. Tenho um churrasco na casa do meu irmão com toda a família. É aniversário da minha cunhada.

— Eu sei — ele respondeu. — Na verdade, o Quil me convidou e disse que podia levar um amigo.

Cristal o olhou, desconfiada.

— Desde quando você tem contato com meu irmão?

— Desde o casamento da Bruna e do Andreoli. Ele está fazendo renome como odontólogo e penso em recrutá-lo para fazer parte da equipe médica de uma empresa minha, formada com o intuito de aumentar as oportunidades de trabalho de pessoas do setor cultural, profissionais de literatura, música, dança, teatro, cinema, artes, esportes, etc. Disponibilizamos cursos preparatórios e técnicos para estudantes do ensino médio com baixa renda que queiram ser profissionais em uma dessas áreas e damos bolsas de estudos aos melhores alunos para que façam faculdade em instituições de prestígio. David é meu sócio nessa empresa.

Cristal olhou novamente entre os dois, lembrando-se de ter perguntado ao David se ele e Erick teriam negócios conjuntos a tratar em Lins.

— Esse é o negócio que vocês vieram tratar aqui?

Erick ficou confuso.

— O quê?

— David disse que vocês tinham negócios em comum aqui.

David levantou as mãos com as palmas viradas para a frente.

— Eu não disse isso exatamente. Quando você me perguntou, eu apenas disse que era algo assim. Não quer dizer que seja um assunto de trabalho.

— Ainda não entendi.

— Amiga, você está sendo lerda! — Nick se intrometeu na conversa. — É óbvio que o assunto deles aqui é você.

Cristal bufou.

— Que perda de tempo.

— Veremos... — Erick murmurou.

— Por que não terminamos de assistir ao filme? — Nicole disse, cansada da discussão, apesar de estar tão curiosa quanto Cristal sobre o motivo de Erick sumir por dias quando estava tentando a todo custo resolver seus problemas com ela.

Eles assistiram ao filme aquela noite, mas o clima estava pesado. Erick e David conversavam por olhares e Cristal ficava irritada por saber que algo grave estava acontecendo, pois Erick parecia preocupado e David tinha uma carranca raivosa na face, obviamente discordando do fato de seu amigo não contar as coisas para Cristal.

No dia seguinte estavam todos reunidos na casa de Aquiles, que conversava com Erick próximo à churrasqueira onde seu pai e David falavam sobre tipos de grelha e fornos para preparar carne. Carlos ficava impressionado com o conhecimento culinário do moreno, visto que ele mesmo sabia apenas assar churrasco, enquanto os temperos e acompanhamentos ficavam a cargo de Eva.

Enquanto os homens conversavam entre si, Nicole ajudava Eva e Verônica, a mãe de Rebeca, a fazer farofa, salada, arroz e feijão para acompanhar o churrasco. Cristal brincava com sua sobrinha Ruth, sendo observada por sua cunhada, que estava sentada em uma cadeira de balanço, acariciando a própria barriga avantajada, aos sete meses de gestação.

A cacheada corria atrás da miniatura de Rebeca, que ria às gargalhadas sempre que conseguia escapar dos abraços da tia. A ruiva, por sua vez, sorria ao ver sua filha se divertindo com a tia e observava os olhares dos dois visitantes para a sua cunhada.

Por algum motivo que nunca tinha conseguido entender, Cristal não namorava. Estava casada com Aquiles há cinco anos e jamais viu sua cunhada com um homem ou mulher que não fosse Nicole. Para uma jovem tão bonita, isso era no mínimo surpreendente.

Algum tempo depois, quando Cristal sentava, puxando uma Ruth suada para seu colo, a campainha tocou e, como todos os outros estavam ocupados, Rebeca levantou, indo atender a porta da frente.

Um grupo alegre de quatro pessoas esperava em frente ao portão, fazendo a ruiva sorrir e ir recebê-los. Era um homem alto de cabelos negros e olhos verdes, que estava de mãos dadas com uma mulher esbelta de olhos castanhos e cabelos cor-de-mel. Ao lado deles uma jovem de dezessete anos, com os cabelos da mãe e os olhos do pai, e finalmente, parecendo a única triste do grupo, uma mulher de olhos cor-de-mel e cabelos platinados, idêntica à outra mais velha.

Rebeca cumprimentou os pais, a irmã e a tia de Julian.

— Wesley, Julieta, que prazer ver vocês! Não sabia que vinham.

— O Aquiles ligou ontem à noite nos convidando — respondeu Julieta. — E como está esse bebezão? — Acariciou a barriga de Rebeca, estendendo uma caixa de presente enfeitada com um laço dourado.

— Obrigada, não precisava de presente. O bebê está agitado. — Ela abraçou a garota mais nova. — Wanessa, cada dia mais linda.

— Obrigada. Você é que está linda com esse barrigão. Onde estão a Cris e a Nick?

— Lá dentro, podem entrar.

Olhou para Bárbara, que tinha o olhar perdido. Nunca foram amigas, afinal ela foi amante de Aquiles antes de se reencontrarem, mas Rebeca não desejava seu mal.

— Bárbara, é uma surpresa vê-la aqui. Pensei que estivesse gostando de morar em Roma com a Bruna.

A loira suspirou, parecendo abatida.

— Eu estava, mas precisei voltar. Tenho uma vida aqui no Brasil. Parabéns pelo seu aniversário, aliás.

Vendo o desconforto da outra, Rebeca apenas concordou com a cabeça, murmurando um tímido "obrigada" e guiando os visitantes para a parte dos fundos, onde o churrasco era assado. Sabia que havia muito mais por trás da decisão dela de voltar ao Brasil, pois Elise contou a ela e à Cristal sobre o romance de Bárbara e Dante Marchetti.

Foi uma festa quando todos se reuniram e Eva surgiu da cozinha, dizendo que o almoço estava pronto para ser servido. Todos comeram e conversaram entre si. Foi um momento muito agradável entre amigos e assim se passou a tarde, até o momento em que David se ofereceu para ajudar Eva a pegar o bolo e Erick foi atrás.

Enquanto Eva voltava com um lindo bolo de chocolate decorado com morangos frescos, cerejas e raspas de chocolate branco, Erick e David ficaram na cozinha com a desculpa de pegar bebidas, pratinhos e garfos descartáveis, e Cristal foi atrás, curiosa para saber por que demoravam tanto. Foi então que ouviu que eles conversavam, ambos irritados.

— ... que você deveria ter contado para ela no mesmo dia.

— Não era o momento, David.

— E quando vai ser, Erick? Ela tem o direito de saber, todos eles têm.

— Eu sei, foi por isso que pedi para o Sr. Carlos reunir todos aqui.

— Então você vai contar agora?

Erick suspirou.

— Tenho medo que ela me odeie, mas não posso deixar de contar.

— Contar o que, Erick? — Cristal entrou na cozinha e cruzou os braços, olhando duramente para ele. — O que você está escondendo de mim?

Ele a olhou nos olhos, surpreso e amedrontado ao mesmo tempo.

— Cris, nós já estamos indo lá pra fora. — Vendo que ela ia questionar de novo, ele emendou: — Vou falar na frente de todo mundo, é importante.

Quando os três estavam lá fora com os outros, depois de terem cantado para Rebeca soprar as velas e comido suas fatias de bolo (Cristal apenas mordiscou, ansiosa e com uma sensação ruim no estômago), Erick anunciou que havia pedido para Aquiles reunir todos, pois precisava tratar de um assunto importante.

Por um momento, os pais dela acharam que o loiro ia pedi-la em namoro, mas o que ele disse em seguida apagou todos os sorrisos alegres do grupo.

— Minha família recebeu uma notícia muito grave. Eu fui encontrá-los na sexta e passamos os últimos dias controlando os danos e impedindo que a mídia tivesse acesso a essa informação, mas não dá para controlar isso por muito mais tempo. — Ele suspirou pesadamente e olhou sério nos olhos de Cristal. — O Kevyn fugiu da prisão.

Cristal sentiu como se todo o ar fosse sugado de seus pulmões e começou a tremer. Uma artéria em sua têmpora pulsava com força e sua cabeça latejou. Erick percebeu sua reação, mas continuou falando, para esclarecer tudo.

— Ainda não sabemos como, mas temos a certeza de que recebeu ajuda, tanto lá dentro quanto fora. A polícia está investigando e procurando por ele, porém, já faz quatro dias e ele pode estar em qualquer lugar. Eu sinto muito.

Cristal mal percebeu as lágrimas caindo por seu rosto. Aproximou-se dele em um ímpeto, cheia de raiva.

— Como se atreveu a esconder isso de mim? Você sabia disso desde a hora em que saímos daquele cinema e decidiu não contar! — Sua voz começou a aumentar de tom, alterada. — Aquele maldito quase matou minha irmã duas vezes, torturou minha cunhada grávida, fez da nossa vida um inferno e agora ele fugiu e você ESCONDEU ISSO DE MIM!

Aquiles segurou sua irmã pela cintura quando ela começou a gritar no rosto do Erick.

— VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE ESCONDER ISSO! É DA MINHA IRMÃ QUE ELE VAI ATRÁS!

— Cristal, se acalma — pediu Aquiles.

— EU NÃO QUERO ME ACALMAR! QUERO BATER EM ALGUÉM! QUERO ENCONTRAR AQUELE MALDITO E MATÁ-LO COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS!

— Cris, para! — disse Nicole, assustada. — Ouça o que está dizendo!

A morena ia responder quando ouviram um audível gemido de dor. Ela sentiu seu irmão soltá-la e o viu correr para Rebeca, que tinha uma careta de dor e começava a chorar.

— Está doendo, Aquiles! AI, ISSO DÓI! — ela gritou, com os olhos arregalados, pegando em sua própria barriga. — Ele vai nascer!

Aquiles ficou apavorado.

— Ainda não é hora, faltam dois meses! Pai, me ajuda.

Pai e filho ajudaram a ruiva a andar até o carro, enquanto os outros ainda estavam estáticos, chocados com a notícia bombástica e mal assimilando que Rebeca entrava em trabalho de parto pelo imenso susto de saber que Kevyn estava livre.

Todos pareceram se mover ao mesmo tempo. Eva correu para pegar a bolsa, arrumada desde os seis meses de gestação, para levar para a maternidade. Aquiles, seus pais e a mãe de Rebeca a levaram para a clínica, ligando desesperadamente para o seu obstetra no caminho.

A família de Julian partiu logo em seguida, ligando para Bruna e Julian a fim de saber se a polícia italiana já havia pegado o imitador (todos sabiam sobre as mortes em Roma, mas achavam que Elise não corria perigo, pois ela os fez acreditar nisso) e para contar sobre a fuga de Kevyn.

Cristal, por sua vez, guardou todas as coisas de seu irmão. Nick, Erick e David ajudaram a limpar e arrumar tudo. Um silêncio pesado, cheio de medo e preocupação pairava sobre eles.

Quando Erick se ofereceu para acompanhar Cristal ao seu apartamento, a jovem o olhou duramente, dizendo que queria distância dele. Ferido, o rapaz se foi junto com seu amigo e Cristal levou Nick em sua casa, indo em seguida para o seu apartamento, pois precisava ficar sozinha ou iria surtar.

Muito mais tarde, naquela noite, Cristal acordou com a campainha do apartamento tocando. Praguejou, irritada, indo até a sala, mas não abriu a porta. Olhou pelo olho mágico e viu uma cabeleira loiro-escura bagunçada ocultando um rosto de perfil que mostrava uma barba espessa e bem-feita.

— O que quer aqui a essa hora, Erick? Vai embora, não quero te ver nem falar com você.

Ele bateu de novo na porta.

— Já disse pra ir embora. Me deixa em paz! Você não tinha o direito de mentir pra mim.

Mais batidas. Ela se irritou e abriu a porta em um rompante, pronta para xingá-lo de todos os nomes possíveis, mas sua voz morreu na garganta, encarando de olhos arregalados o homem à sua frente, que sorria cinicamente.

Ela tentou fechar a porta, contudo, ele a empurrou sem esforço, gargalhando.

— Olá, Cristal. Achei que depois de tanto tempo você estaria com saudades.

Ela gritou e tentou fugir, mas ele rapidamente a agarrou, enterrando uma agulha em seu pescoço, que nem viu de onde foi tirada. Sua visão começou a escurecer e ela desmaiou.

A última coisa que viu foi o sorriso assustador de Kevyn.

Olá, só para situar vocês em espaço/tempo, os acontecimentos das vidas de Elise e Cristal se passam simultaneamente, porém, tudo que acontece com Cristal no Brasil até o momento em que é raptada pelo Kevyn se passa até um dia antes de Elise receber a mensagem do Kevyn lá no capítulo 37. O próximo capítulo se passará na Itália ao mesmo tempo em que Erick conta a todos no Brasil sobre a fuga de Kevyn e depois os acontecimentos vão se desenrolando. Espero que eu tenha explicado direito para vocês entenderem.

Beijos no coração!

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