15. UMA RIVAL?
Meu Querido Diário,
Existe um sentimento de que ouço falar desde que me lembro. Se já senti isso? Sim, eu senti. Nos momentos mais confusos e pelos motivos mais estúpidos possíveis, mas agora é diferente.
Não sou mais uma adolescente com medo de perder o namoradinho. Não sou a ex-namorada enganada que deixou de confiar, e meu noivo não me dá motivos para desconfiar dele. Então por que me sinto assim?
O ciúme é como formigas em um roseiral. Não dá para perceber que elas estão destruindo as flores desde a raiz, até que as rosas começam a murchar e perder a beleza. É uma praga.
Para algumas pessoas, sentir ciúme é mostrar que se importa, que gosta de alguém de verdade, é cuidar. Para outras, é sinal de que não há confiança no relacionamento. Existem outros ainda que são extremamente possessivos e tentam tolher a liberdade do companheiro.
Não sei exatamente em qual grupo me encaixo. Acho que quando se tem ciúmes sem motivo algum, é sinal de que falta maturidade para conduzir um relacionamento. Quando o ciúme é extremo a ponto de tentar transformar a outra pessoa como se só houvesse você em sua vida, é sinal de doença ou, no mínimo, loucura.
Mas esses são os extremos. Na maioria das vezes, existem meios-termos.
Sim, já senti ciúme. Não gosto quando vejo uma mulher se aproximar de meu noivo com claras segundas intenções, mesmo sabendo que ele me ama e jamais me magoaria. Porém, às vezes, a mente humana é incoerente, principalmente em se tratando de sentimentos.
Posso sentir, chegando de mansinho, me dominando, quase como se eu não tivesse vontade própria. Posso sentir a fera que começa a rugir em meu peito, a vontade de gritar "ele é meu!" e tirar do caminho qualquer possível ameaça à minha felicidade.
Posso sentir. E é desagradável. Perturbadoramente desagradável.
01/06/24
— Isso é bizarro — disse Amber, ainda olhando para a escultura em tamanho real no hall de entrada da mansão Marchetti. — Como não percebi isso quando entrei aqui pela primeira vez?
Elise deu de ombros.
— Você tinha outras coisas com que se preocupar naquela noite. Teu rosto quase parece novinho em folha.
— É... — resmungou a norte-americana. — Aquele delinquente tinha uma mão pesada. Se eu soubesse lutar como você, teria deixado aquele estrume ambulante desfigurado. Mas realmente é bizarro o quão detalhista é essa escultura. Parece que estou olhando para a tua amiga petrificada e envernizada. — Ela estremeceu de leve. — Tanto talento é até assustador.
— Sim. Andreoli é tão talentoso que chega a ser perturbador. Se você visse as pinturas que ele fez da Bruna, é realmente idêntico à versão real.
— Mas eu soube que ele não é o único. Fiquei surpresa ao encontrar teu rosto em um muro de artistas, quase do outro lado da cidade. Ficou perfeito.
— Muro de artistas? Meu rosto?
— Você não conhece? É um lugar onde vários pintores e grafiteiros conseguem comprar um espaço para pintar, existem vários muros de artistas na cidade. Você aparece de frente, sorrindo e com os cabelos voando. No fundo tem uma cachoeira.
Elise ficou boquiaberta. Conhecia a descrição que ela dava. Era uma foto de quando Julian a pediu em casamento. Ele armou com seus amigos para que a levassem a um lugar no litoral de São Paulo, onde havia uma cachoeira. Na verdade, era um lugar escondido em uma propriedade isolada alugada para as famílias inseparáveis — como costumavam se chamar agora as famílias de Julian, Bruna e Elise — durante o feriado do carnaval.
Bruna, Aquiles, Cristal, Wanessa e Rebeca, cada um em um momento exato, planejado, entregaram a Elise bilhetes com perguntas que formavam pistas para que ela seguisse um caminho e encontrasse a próxima pista, e assim por diante, até que a última pista estava na mãozinha de Ruth, no colo de Julian. A menina tinha apenas três anos e, apesar de não entender o que estava acontecendo, ria animada, gostando de participar da brincadeira.
A foto foi tirada por alguém atrás de Julian, exatamente no momento em que Elise olhava para ele ao pegar a caixinha das mãos da sobrinha. Dentro da caixa não tinha um anel, como era de se esperar, mas um bilhete com uma charada. Enquanto ela decifrava a charada, Julian pôs a garotinha de cabelos vermelhos no chão e se aproximou de Elise com a mão no bolso, retirando uma aliança de ouro branco, incrustado de pequenas esmeraldas, que eram as pedras favoritas dela por lembrar a cor dos olhos dele.
Elise lembrava de como havia sentido seu coração acelerar até parecer prestes a explodir quando ele, como um bom romântico clichê, pôs um joelho no chão e tomou sua mão direita antes de fazer a tão esperada pergunta: "Você aceita casar comigo?"
Agora, pouco mais de um ano depois, ela escutava que essa primeira lembrança de seu noivado estava reproduzida em um muro de Roma. Seria mesmo verdade?
— Como...? — começou a falar, mas foi interrompida pela voz tão amada do homem que acabava de aparecer perto delas, vindo de algum lugar do jardim.
— Era para ser uma surpresa. No mesmo dia em que fui à Galleria Bourghese para me candidatar a um emprego, fui comprar um espaço no muro dos artistas*, onde o Andreo também tem um espaço que cultua a beleza da minha prima. É bem assustador, na verdade. Se eles não fossem casados e tão apaixonados, eu ficaria com medo de ela ter um perseguidor.
* O muro dos artistas é baseado no MURo, Museu di Urban Art di Roma (Museu de Arte Urbana de Roma, em português), que é um tipo de museu a céu aberto, cujas "telas" são os muros da cidade, pintados em grafite. Não é qualquer muro com arte em grafite que pode ser considerado parte do MURo, existe toda uma organização por trás feita pela própria comunidade da cidade, mas eu criei o "muro dos artistas" um lugar fictício e funcionando de forma diferente.
Elise se aproximou dele e ficou na ponta dos pés para lhe dar um beijo terno.
Amber desviou o olhar, envergonhada por tamanha intimidade em um beijo tão simples.
— Desculpe, eu pensei que ela sabia, por isso comentei.
Ele sorriu.
— Não tem problema. Eu não pensei que alguém que ela conhecesse veria e contaria assim. Eu planejava levá-la para ver amanhã, mas como estamos todos aqui, por que não vamos depois do almoço?
— Perfeito. — Elise deu um grande sorriso. — Agora vou ficar ansiosa até ver o que você fez.
— Acredite, ele te retratou com perfeição — comentou Amber.
— Disso eu não duvido — respondeu Elise. — Você devia ver as esculturas dele. Não tem nenhuma minha em tamanho real, mas tem uma réplica de nós dois abraçados em miniatura.
— Sério? — Amber parecia admirada. — Agora eu fiquei curiosa.
— Está no meu quarto, depois eu pego pra te mostrar.
Nesse momento, Bruna apareceu no corredor que levava à sala de estar.
— O que estão fazendo? A comida está servida.
E todos foram almoçar.
Fazia uma semana desde o incidente com Amber e o ladrão que bateu em seu rosto a ponto de deixá-lo inchado durante dias. A morena foi obrigada a trabalhar nos arquivos e inventários por dois dias, até seu rosto poder ser disfarçado com maquiagem, só então voltou a lidar com o público.
Não que ela se importasse em ficar longe de pessoas, mas gostava de estar perto e falando de obras de arte históricas. Elise por vezes lhe fazia companhia para que não se sentisse sozinha por tanto tempo.
Aquela era a segunda vez que Amber ia à mansão Marchetti, dessa vez a convite de Bruna, que queria conhecer direito a nova amiga de sua melhor amiga. Ela era muito leal e protetora com Elise, por isso queria ter certeza de que Amber não poderia ser uma versão feminina de Kevyn. Elise achava exagero, mas já sabia que não adiantava dizer não a Bruna.
Horas depois, enquanto Andreoli dirigia seu BMW com Bruna ao lado e o casal no banco de trás (Amber pilotava uma lambreta atrás deles), o celular de Julian tocou e Elise vislumbrou a foto de uma jovem de cabelo azul-claro no identificador de chamadas. Não viu direito, mas ela parecia bem bonita.
Julian não atendeu. Desligou o telefone e guardou. Elise tinha a pergunta coçando na ponta da língua, mas não disse nada. Se fosse importante, ele falaria.
Porém, ele não falou.
Quando chegaram ao local, Elise foi conduzida por ele até um muro muito comprido com várias pinturas e grafites. Ao longe ela conseguiu identificar seu próprio rosto em uma seção. A paisagem atrás era a mesma que tinha na foto. Estava tão idêntico que era de tirar o fôlego. Ela sabia que seu noivo era talentoso, mas ele estava se superando ultimamente.
Eles fizeram pose perto da pintura para registrar o momento, depois Elise tentou reproduzir o sorriso da pintura, mas, por mais feliz que ela estivesse com aquela demonstração de amor, nada se compararia ao sentimento que a envolveu no momento em que olhou nos olhos de Julian e ouviu seu pedido de casamento.
Cerca de duzentos metros distante da arte assinada por Julian, o grupo chegou a uma divisão que tinha o dobro do tamanho da de Julian e era assinada por Andreoli. Foi só quando olhou para aquilo que Elise entendeu o que Julian quis dizer ao afirmar que era como um culto à beleza de Bruna. De fato, parecia um altar dedicado a ela.
Tinha imagens de Bruna andando, sorrindo, dormindo, com raiva, fazendo carão sedutor, até triste. E em todas elas, era visível o quanto Andreoli a admirava. Bruna já tinha visto, mas ficou emocionada do mesmo jeito, beijando seu marido apaixonadamente.
Amber olhava para tudo aquilo e suspirava, desejosa de encontrar um homem que a amasse e adorasse como aqueles dois símbolos sexuais amavam suas companheiras, palavras dela. Bruna não gostou muito quando a morena se referiu a Andreoli como deus romano do erotismo, mas entendeu, ele era muito gostoso, sabia que ainda veria muita mulher babando por ele.
Aos poucos, o grupo começou a se acostumar com o jeito estabanado de Amber, que falava muita besteira e não tinha filtros ou noção alguma. Os homens se divertiam com as loucuras dela, enquanto Bruna se dividia entre ficar irritada e rir sem parar. Elise já estava acostumada, então só chamava a atenção da outra quando achava que ela tinha ido longe demais.
Ao todo, tiveram um dia divertido. À noite, depois de jantarem em um restaurante aconchegante, Amber se despediu de todos e foi embora em sua motinha. O grupo voltou para casa, onde encontrou Bárbara e Dante assistindo a um filme juntos depois de terem passado o dia em um clube, tomando sol e nadando. Andreoli parecia estar se acostumando, mas ainda ficava um pouco confuso com essa intimidade entre seu pai e sua sogra.
Julian estava saindo do banho algum tempo depois quando seu celular tocou e novamente Elise viu a foto de uma moça de cabelos azuis na tela. Ele pediu licença e apenas vestiu uma calça de moletom antes de sair do quarto para atender. Elise se sentiu incomodada. Por que ele tinha que sair de perto dela para falar com outra mulher?
Afastou aqueles pensamentos, se sentindo culpada.
Eles estavam juntos há seis anos e Julian nunca lhe deu motivos para desconfiar dele. Seu relacionamento era baseado em confiança mútua, respeito e honestidade. Depois de tudo que passou, era Julian que estava ao seu lado, sempre tentando protegê-la e cuidando dela quando ela precisava superar os eventos traumáticos de seu passado.
Ainda assim, uma desconhecida de cabelo colorido a estava incomodando agora, apenas por ter ligado para Julian.
Deitou na cama e tentou ler um livro em seu celular enquanto o esperava voltar, mas não conseguia se concentrar. Ele demorou cerca de quarenta minutos e ela resolveu apagar as luzes para dormir. Quando ele entrou no quarto, surpreso por estar tudo escuro, chamou Elise, mas ela fingiu estar dormindo, então ele apenas deitou silenciosamente e a abraçou, aconchegando-se a ela para dormir.
No dia seguinte ela acordou de mau-humor e ficou pior quando Julian avisou que teria que viajar para outra cidade por dois dias com seu chefe e a filha dele, que também era artista, para avaliar alguns itens que foram deixados como herança por um colecionador excêntrico e que sua família iria leiloar, mas precisariam de um profissional para avaliar o valor dos artefatos.
Elise não deixou de se perguntar se a jovem de cabelo azul era a tal filha do chefe de Julian. Ela ficou mais irritada conforme pensava nisso.
Os dias se passaram. Elise não perguntou a Julian sobre a garota que a incomodava e ele não falou sobre ela. Apenas contou sobre todas as peças lindas que observou seu chefe avaliar e ficou animado porque três delas foram arrematadas para a Galleria Bourghese.
Julian estava confuso porque Elise parecia irritada e não o deixava se aproximar quando estavam na cama, porém, associou o comportamento da noiva ao pacote aberto de absorventes no armário do banheiro. Se ela estava em seu período menstrual, era normal que não quisesse sexo, mas ela nunca o tinha tratado mal por causa de TPM ou recusado carinho.
Era sexta-feira quando ela estava deitada na cama, pensando se esperaria Julian sair do banho ou se fingiria dormir para não o encarar. O fato era que estava muito incomodada e aborrecida por não saber quem era a mulher ligando para o seu homem e o que ela queria com ele.
O celular de Julian tocou alto, em cima do criado-mudo, e ele apenas gritou de dentro do banheiro:
— Você pode atender pra mim, amor?
Sem responder, receosa, Elise pegou o celular e viu a mesma foto de antes.
Atendeu e levou o celular ao ouvido.
— Oi, Juju! — Era uma voz fina, em italiano, do outro lado da linha. — A nossa viagem foi incrível, não acha? Já falei para o papai que eu quero ir da próxima vez para ver todos aqueles artefatos. Foi alucinante. — A voz caiu para um tom mais baixo, que pretendia ser sedutor. — E é claro que a tua companhia é maravilhosa. Você é tão talentoso e lindo e... — Ela pausou, talvez por ouvir a respiração afiada de Elise. — Julian?
Elise respirou fundo e falou calmamente, mesmo que seu coração estivesse aos pulos.
— Olá. — Seu sotaque ficou acentuado. — Quem fala é a noiva do Julian. Ele não pode atender no momento. Você gostaria de deixar um recado?
— Oh! — A ligação ficou muda por um momento. — Desculpe, eu pensei que estava falando com ele.
"É claro que pensou. Descarada!"
— Quer deixar algum recado? — repetiu.
— Não precisa. Só diz que a Perla ligou, ok? Ele pode me retornar depois.
Elise apertou o aparelho com força. Mas que garota atrevida!
— É claro.
Desligou, furiosa.
Aquela mulher se atrevia a flertar com Julian pelo telefone e ainda agir como se não tivesse nenhuma importância o fato de ele ser comprometido.
Julian saiu do banheiro completamente nu, secando o cabelo com a toalha. Ao se deparar com o olhar raivoso de Elise, parou no meio do caminho, arregalando os olhos ao vê-la levantar, pegar um robe e um chinelo e sair do quarto como um furacão, deixando o celular em cima da cama.
— Elise, o que foi?
Ela não respondeu. Desceu as escadas rapidamente e foi para o jardim traseiro, onde as sebes formavam um labirinto. Estava possessa. Se antes aquela garota a incomodava, agora definitivamente a detestava. Ela provavelmente passava seu tempo dando em cima de Julian quando estavam viajando.
E ele não falou nada. Era isso que mais a irritava.
Julian estava atordoado. O que aconteceu?
Pegou o celular e olhou as chamadas. Perla.
Droga! O que aquela garota poderia ter falado para deixar Elise tão irritada?
Vestiu uma calça de moletom, uma camiseta e um chinelo e foi procurar Elise. Agora estava irritado também. Perla era a filha de seu chefe, uma pintora de dezenove anos que levava sua profissão como se fosse uma grande brincadeira. Era mimada, atrevida e sem limites. Desde o momento em que colocou os olhos sobre ele, decidiu que o teria.
Mas Julian não era um brinquedo e não pretendia deixar que uma fedelha recém-saída das fraldas arruinasse seu relacionamento de seis anos com a mulher que amava.
Passara mais de meia hora ouvindo a garota discursar sobre tudo o que tinha ouvido falar da coleção que seu pai ia avaliar e só não encerrara a chamada por educação. Agora se arrependia de não ter sido rude, pelo menos assim ela não estaria ainda tão insistente.
Encontrou Elise sentada em um banco, no fundo do labirinto iluminado pela lua. Ela fingiu que não notou sua aproximação, ainda com o semblante raivoso.
— Amor, eu posso explicar.
— Frequentemente, frases começadas assim são prelúdio de algo ruim.
— Por favor, Elise. Você sabe que eu te amo.
— Você só está se fazendo parecer culpado agora.
Ele sentou ao seu lado e tentou tocá-la, mas ela se afastou.
— Meu amor, Perla é só a filha mimada e irritante do meu chefe. Eu sou obrigado a lidar com ela porque trabalho com seu pai e ele a leva nas viagens para aprender mais sobre artes. Ela é só uma estudante.
— Isso não a impede de ser desrespeitosa. Ela falou toda coquete quando pensou que era você que estava ouvindo, e depois que eu disse que era tua noiva, ela agiu como se não tivesse problema nenhum dar em cima de um homem comprometido. Ainda falou que você podia retornar a chamada depois. Ela fala com tanta intimidade! E que merda é essa de "Juju"?
Ele suspirou.
— Ela me deu esse apelido ridículo. Eu apenas ignoro.
Ela bufou. Ele se aproximou e ela tentou se afastar, mas ele segurou seu braço e a puxou para mais perto. Levou sua mão livre ao queixo dela e a forçou a olhá-lo.
— Ei, você está com ciúme, Elise?
Ela revirou os olhos, mas não negou. Ele deu um grande sorriso, o que só aumentou a careta dela.
— Perla é só uma garota que se acha mulher fatal, querida. Uma predadora. Ela não me interessa minimamente. Que homem trocaria uma mulher como você por alguém como ela? Teria que ser muito idiota e eu com certeza sou mais inteligente que isso.
— Por que você não me falou dela antes?
— Porque não achei importante. É só uma pedra no meu caminho. Você também não me conta de todos os homens que flertam com você no trabalho.
— Eles me respeitam quando veem essa aliança. — Mostrou o dedo anelar. — E essa... ela é filha do teu chefe, está sempre por perto, como pode não importar?
Ele deu de ombros, deslizando a mão de seu queixo para a nuca.
— Eu não me importo com nenhuma mulher além de você, Elise. Eu te amo.
Ele a puxou para um beijo lento, de tirar o fôlego. Elise sentiu o desejo se alastrar por seu corpo. Eles não faziam amor há uma semana e ela estava com saudade. Julian a puxou para o seu colo e ela sentiu o quanto ele também a desejava.
Beijaram-se e trocaram carícias quentes, sentindo o desejo aumentar. Elise viu quando Julian baixou a parte da frente da calça, pronto para a ação. Ele começou a levantar sua camisola, deslizando a mão pelas coxas macias quando ela ofegou.
— Aqui? Tem certeza?
— Você não queria saber como era fazer ao ar livre? — Sua voz estava carregada de luxúria.
— Mas não temos preservativo, amor. E eu não estou tomando pílula porque decidi mudar meu remédio por causa dos efeitos colaterais, lembra? — ela choramingou quando ele apertou seus seios por cima do tecido da camisola.
— Não se preocupa com isso. Por favor, amor. Eu te quero muito.
— Nós nunca transamos sem proteção, Julian.
— Confia em mim. Se eu não tiver você agora, eu vou explodir. Por favor!
Ela riu, nervosa. Fazer isso ao ar livre era um outro nível de intimidade e adrenalina.
Julian aproveitou para levantar mais a camisola e dessa vez ela permitiu, louca de desejo. Fizeram amor sentindo o cheiro das flores e a brisa noturna que refrescava seus corpos, sedentos um do outro.
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