NOVIDADE/ PRIMEIRO DIA
11 de Miugust de 3000
Tudo começou numa noite de sábado. Estávamos só o papai e eu em casa, já que não tem edição do jornal nos fins de semana e dessa vez ele não tinha nenhum evento ou matéria de última notícia pra cobrir.
A Vere tinha saído; ela sai muito. Não lembro se foi com as amigas ou com o namorado dela, só sei que pegou carona com a mamãe e se mandou logo depois que tomamos nosso café da noite em família.
A mamãe geralmente também não trabalha sábado, mas ela teve uma reunião importante, parece que era um convite feito pela própria rainha ou algo assim, e que ela mesma estaria lá.
Por isso não tinha mais ninguém em casa.
Papai e eu estávamos na cozinha; ele tava indeciso sobre o que fazer pro almoço então resolveu começar pela sobremesa que eu pedi. O papi manda muito bem na cozinha, porque o meu vô criou ele sozinho desde bebê, então teve que aprender a cozinhar, e com o tempo o papai ficou melhor do que ele.
Eu sentei no balcão e fiquei olhando ele terminar o cheesecake de amorejas que eu tinha pedido. Amorejas são frutinhas híbridas deliciosas cultivadas exclusivamente no nosso reino. Elas são repletas de um suco denso tão vermelho que até parece, bom… sangue, hah! Dá pra entender porque só são cultivadas aqui em Lockenait.
Foi quando ouvimos o motor do espeedar da mamãe se aproximando. Claro que o portão de entrada da nossa mansão é bem longe da cozinha, mas vampiros têm a audição extremamente apurada; conseguimos ouvir os sons mais variados mesmo estando a uma boa distância.
Não demorou muito pra mamãe aparecer na nossa frente, surgindo da linda revoada de morcegos e sombras que se transformou de volta no corpo dela. Sim, esse é um truque muito legal que faz parte das nossas habilidades, mas nem todo vampiro consegue fazer. Eu por exemplo, nunca tentei, já que não tenho idade o bastante ainda.
Mas enfim, mamãe estava mesmo afobada, por isso nem usou a porta. Na verdade, ela tava eufórica. Tinha acabado de chegar da reunião com a rainha e trouxe novidades. Pelo visto eram das boas.
Ela pediu pra gente sentar, embora parecesse que ela era quem mais precisava se acalmar. Por isso, papai serviu um copo de suco de tomate pra ela primeiro, e só depois nos sentamos. Foi aí que mamãe contou tudo: a rainha Mewlenora a chamou porque ela tinha sido promovida a porta-voz da própria rainha como a ministra de relações exteriores representante da corte!
Sei que o trabalho da mamãe como uma ministra é bem importante, mas eu não entendo muito do assunto porque se trata de política e vários outros blá blá blás chatos de adultos. Mas não preciso entender disso pra saber que foi uma promoção e tanto! Eu corri pra mamãe e a abracei dando parabéns, e em seguida o papai também veio todo orgulhoso dela, a segurou nos braços e eles se beijaram, o que pra mim foi tipo "eca"...
Mas a mamãe diz que logo mais um dia, vou mudar de idéia quanto a ter nojo dessa coisa de beijo. E pode ser que ela tenha razão, talvez se um dia eu encontrar o menino dos meus sonhos eu queira beijar ele, como nos contos de fada, mas sempre vou achar esquisito ver meus pais se beijando…
A mamãe queria contar a novidade pra Verene então ligou pra ela. Ela tava no centro, num point lá onde costuma ficar com os amigos dela, então combinamos de nos encontrar e ir buscá-la, porque o papai disse que devíamos sair todos e comer fora pra comemorar, daí mamãe podia nos contar em detalhes como foi a reunião com a rainha.
***
27 de Miugust
É um dia importante. Sim, dia, porque o sol está lá fora e acredite ou não, eu estou acordada, e o mais inacreditável ainda é que eu vou sair!
Acontece que hoje é meu primeiro dia de aula na minha escola nova, o Colégio Royal Mirai. Fica longe, lá em Nihsies - a nação dos biotipos psíquicos, que também é chamado de reino da Luz porque é lá que o Rei Supremo vive. Então vai ser tipo um intercâmbio, com a diferença que eu vou voltar pra casa todo dia, é claro. Mas vale a pena porque eu vou pra uma escola da realeza, onde estudam príncipes e princesas de verdade!
Tudo isso começou com a promoção da mamãe. O trabalho novo a deixa muito envolvida diretamente com a nossa rainha e todas essas… hmm…questões reais.
Como filhas da ministra representante da corte, eu e Verene ganhamos o direito de estudar em Royal Mirai caso a gente queira seguir os passos dela, pra já ir aprendendo.
A Verene não quis mudar de escola porque já é o penúltimo ano dela no ensino médio, e ela nunca ia querer ficar longe das amigas dela e do Mewctor - o namorado. Além do mais, ela não tem cara de quem quer trabalhar como diplomata ou algo assim, minha mana é descolada demais pra isso.
Eu também pensei bem nessa decisão porque mudar de escola é difícil e ser a aluna nova é um saco… Só que eu simplesmente adoro o novo trabalho da mamãe.
Sempre que posso, visito o escritório enorme e lindo dela no prédio do parlamento. A mamãe é uma diva lá, tipo uma celebridade. Desde que ela virou porta voz da rainha, eu fico vislumbrada
com seu trabalho, que envolve conversar com felins importantes, ir a lugares chiques, e se vestir de modo deslumbrante para comparecer a festas e eventos, sem contar o acesso liberado ao palácio.
Não seria nada mal fazer a mesma coisa quando eu crescer, na verdade seria um máximo! Por isso concordei em mudar de escola e tô bem empolgada com a ideia.
A Vere ficou me perturbando ontem a noite, dizendo que vai ter vários príncipes na escola e que se um deles se apaixonar por mim, posso virar uma princesa, haha! Se isso acontecesse eu não iria reclamar. Mas ainda não sei como me sinto a respeito dos garotos; não penso muito neles, apesar que tinha uns vamps bem bonitinhos na minha escola antiga.
Quando me matricularam, meus pais conversaram com a diretora da escola e eu vou poder vir pra casa mais cedo durante alguns dias da semana, para não afetar muito meu sono diurno. Mesmo porque, não são todas as aulas que vou precisar assistir, já que não sou princesa, então o horário acaba sendo diferente em algumas matérias.
Fiquei sabendo que isso é até comum em Royal Mirai, já que não são só príncipes e princesas que estudam lá. Também tem vários outros filhos de ministros, embaixadores e qualquer outro cargo dos pais associados à corte de seus reinos. Por isso as matérias são diferentes, já que estaremos lá pra aprender o que nossos pais fazem. Parece que os príncipes e princesas tem muito mais pra estudar, então nesse caso fico feliz de não ser uma.
Agora estou vestindo meu uniforme novo que é completamente lindo, e aliás, podia ser personalizado com as cores que representam nosso reino, contanto que mantivesse a camisa e o casaquinho bolero no branco padrão da escola. Mamãe mandou fazer esse sob medida pra mim, e eu tô me sentindo a menina mais linda do mundo! E desse jeito, talvez algum príncipe lindinho até acabe a fim de mim mesmo, haha!
Estamos indo pro espeedar e saindo. Papai e mamãe estão me levando, e até a Vere ficou acordada direto só pra ir também. Minha irmãzona é demais, eu adoro ela.
As aulas começam às 9, e são quase 8 horas da manhã agora. É engraçado pensar que eu estaria dormindo tipo há umas duas horas atrás, se não fosse a aventura da nova escola. Ir pra escola durante o dia, isso é tão…miuau! Ainda não consigo acreditar!
Não é como se Lockenait fosse tão perto de Nihsies. Na verdade são três horas de avião. Mas acontece que o colégio tem seu próprio sistema de Teleporte; aquelas cabines de teletransporte veicular que existem nas capitais de todos os reinos, pra quando as pessoas precisam viajar de um reino pro outro numa emergência ou quando estão com muita pressa.
Como Royal Mirai tem alunos de todas as partes do Mundo Puro, a escola tem seus próprios pontos de Teleporte pra tornar o acesso mais rápido e fácil para os alunos dos outros reinos. Meus pais receberam passes de acesso quando me matricularam lá, então vão poder me levar e buscar rapidinho.
Eu também tô bem empolgada com essa parte, porque eu mesma nunca viajei via Teleporte antes. Claro que já saímos de Lockenait durante algumas férias em família. Já fomos conhecer nossos reinos vizinhos e parceiros como Gravefalls, que é o reino dos biotipos espectrais. Lá está sempre nublado porque a atmosfera do reino é coberta por uma neblina fantasmagórica que nunca se desfaz; ou seja, um ótimo clima pra gente. E também já fomos em Venomous, o reino dos biotipo venenoso, já que veneno não é um problema pra nós vampiros.
Parando pra pensar, acho que sou a única da família que menos viajou pra fora, já que mamãe e papai sempre passam o aniversário de casamento deles em Flavoris, o reino dos biotipo gastronômicos.
Papai então, eu já devo ter perdido a conta de quantas vezes a emissora já mandou ele em viagem pra fazer a cobertura de reportagens em outros reinos. Mas sempre à noite, é claro.
E a Verene recentemente fez um intercâmbio no reino dos sons, Soundsoul, onde ficou 15 dias lá e voltou sabendo tocar violão. Ela adorou, disse que os biotipos sonoros também tem uma vida noturna bem agitada e ela se divertiu muito. Parece que até virou a crush do carinha que ensinou violão pra ela, o Mewctor ficou morrendo de ciúmes e queria ir até lá drenar todo o sangue dele, hahaha!
Mas voltando; num resumo, eu não fiz muitas viagens internacionais e agora vou poder estar em outro reino todo dia. E também fiquei sabendo que a escola sempre faz excursões do tipo para visitar os outros reinos, já que tem alunos de todas as nações estudando lá. Parece que diversidade cultural é um dos princípios mais honrados do colégio, para que ninguém se sinta excluído.
Aliás, não sou a única vampira. Mamãe me disse que a irmã caçula da rainha Mewlenora - a princesa Mavismyuu - também estuda lá. Só que ela está no segundo ano, e pela minha idade e a série que eu estava na escola daqui, vou entrar direto como quartanista. Mas ainda assim, quem sabe a gente possa ser amigas.
Finalmente chegamos no Ponto de Teleporte exclusivo do colégio. A entrada separada como faixa escolar levava até uma cabine circular de vidro, com espaço para comportar até um espeedar de grande porte.
Papai parou na cancela e introduziu o passe de acesso que a escola forneceu. Uma luz verde acendeu assim que a máquina leu o cartão e a cancela abriu para passarmos. Seguimos para o interior da cabine com nosso espeedar planando acima de uma plataforma circular em relevo, com luzes azuis que piscavam ao redor.
A porta de vidro automática deslizou assim que passamos, fechando a cabine. As luzes da plataforma ficaram amarelas enquanto papai pousou, estacionando sobre ela pra esperarmos enquanto o teletransporte era preparado. Um escâner vermelho passou lentamente sobre o nosso espeedar e sobre a gente aqui dentro, pra identificar a quantidade de passageiros.
Lembro que na minha antiga escola, aprendemos que o sistema de teletransporte criado lá em Tecnopia - o reino tecnológico - foi extremamente bem desenvolvido pra saber identificar e diferenciar seres orgânicos de outros objetos. Assim ninguém corre o risco de ter suas moléculas bagunçadas quando for reconstituído do outro lado e acabar se transformando numa mutação bizarra. E isso é um alívio.
Então escutamos uma voz feminina robotizada dizer:
“Escaneamento completo. Destino localizado em Angeluz, Nihsies. Distância de deslocamento: 1857 quilômetros. Sistemas prontos. Teletransporte iniciado em 3… 2… 1…”
Ela anunciou enquanto as luzes piscando na base da plataforma ficaram verdes, indicando a liberação do teleporte.
Nosso espeedar foi imerso por um raio de luz esverdeado. Eu senti um frio na barriga tipo aqueles da descida de uma montanha-russa. Logo, eu não podia ver nada além daquela luz e o clarão me fez fechar os olhos por uns instantes.
Quando abri de novo, percebi que estávamos numa cabine exatamente igual, porém num lugar completamente diferente.
Tínhamos chegado em Nihsies, finalmente! O Ponto de Teleporte nos deixou bem no centro da capital, Angeluz. Mamãe foi guiando o papai até o endereço da escola. Por sorte ela conhece as ruas da cidade porque concluiu a universidade dela aqui em Nihsies, na Universidade Real inclusive, porque já estava estudando pra conseguir um cargo no parlamento do nosso reino. A universidade fica em outra cidade, mas ela disse que é perto e vinha muito aqui na capital na época. Por isso ela conhece as ruas.
Não demorou muito e logo achamos Royal Mirai. A minha escola nova, eu nem acredito! É ainda mais bonito de perto e muito maior também. Imagino que seja quase do tamanho de um castelo, afinal é praticamente um.
Papai parou numa guarita que guardava a entrada e mostrou alguns documentos, incluindo a minha carteirinha de estudante. O guarda sorriu acenando com a cabeça e deixou a gente passar, indicando onde era o estacionamento. Minha empolgação não diminuiu, mas confesso que assim que passamos por aqueles grandes portões dourados reluzentes, senti um medinho. Mas não medo pra valer, era tipo aquele frio no estômago por ser tudo novo e eu não ter ideia do que podia acontecer.
Logo paramos numa vaga coberta que foi reservada pra nós, tinha até uma plaquinha com o sobrenome da nossa família e tudo, achei um luxo!
Mas provavelmente reservaram essa vaga pra gente não pegar sol. Mesmo assim, antes de descer do nosso espeedar de vidros fumê, tratamos de nos proteger direitinho com chapéus; eu aliás estava com uma boina vintage muito fofa que a Vere me deu de presente pra usar hoje. Também colocamos óculos escuros e nossas capas, sem falar no muito, mas muito bloqueador solar que tínhamos passado em casa.
A diretora e o vice estavam nos esperando pra nos receber. Eles eram diferentes de qualquer felin que eu já tenha visto e tenho a impressão que não é só por serem de outra espécie. Mas tudo bem, vou ter tempo para conhecê-los e descobrir se existe algo misterioso neles pra desvendar! Puxei a curiosidade do papai e aprendi muito com as habilidades de repórter dele. Por isso gosto de descobrir as coisas.
Fomos para um grande salão antes do pátio principal, que era uma área de recepção. Tinham algumas poltronas old school de forro aveludados lilás que pareciam bem confortáveis, além de uma mesa reluzente de madeira envernizada, cheia de detalhes entalhados, com bules de aparentemente café, chá, e uma jarra de leite em cima de uma toalha de renda, junto também as xícaras.
Haviam vários retratos com fotos de turmas se formando decorando as paredes. Na parede que ficava de frente às portas do hall que levava ao primeiro pátio, havia um retrato maior, com uma pintura de lady Rosmyuu Nihsicat, que foi a sexta Rainha Suprema e a fundadora de Royal Mirai.
Eu sei disso porque li a plaquinha de ouro presa a moldura toda dourada e chiquetosa do quadro. Tinha até pedras preciosas nela. E até dá pra entender todo o glamour e a elegância, afinal era um quadro da Rainha Suprema que fundou a escola.
A diretora e o vice acertavam alguns detalhes finais com os meus pais. Não prestei muita atenção no que diziam porque estava ocupada observando tudo em volta, e cochichando vampiricamente com a Vere sobre o que eu via. Vampiros podem se comunicar por um sonar em frequências que só nós conseguimos ouvir, então nosso "cochicho" realmente não é ouvido por ninguém. Bom, não exatamente ninguém, já que imagino que os morcegos também consigam nos escutar, hah!
Até que ouvi a diretora dizer algo sobre os alunos já estarem a caminho das suas salas de aula. Era hora de eu me despedir dos meus pais e da minha irmã.
— Boa sorte, querida. Mamãe está muito orgulhosa de você. Tenho certeza que terá um ótimo dia, e será o primeiro de muitos!
Mamãe disse enquanto alisava meu rosto com carinho e em seguida me deu um abraço.
— Nós decidimos ficar por perto no seu primeiro dia para ter certeza de que ficaria bem, então vamos nos hospedar num hotel aqui no centro e esperar até suas aulas terminarem. Se precisar de algo, basta pedir para chamarem a gente, tá, minha morceguinha?
Papai explicou, enquanto me abraçava forte também. Ele sempre foi meio preocupado demais comigo; mamãe e Verene dizem que é porque sou a caçula e tipo a bebezinha dele… Não gosto muito da parte dele ainda me ver assim, mas em compensação, ser mimada e protegida pelo papi tem suas vantagens.
Então chegou a vez da minha irmã. Direta e descolada como sempre. Pra mim ela é tipo uma estrela do rock.
— O palco é todo seu agora, maninha. Mostra que arrasa no meio dessas princesas e também os corações de alguns príncipes.
Mascando seu chiclete, ela deu uma piscadela pra mim. Assenti sorrindo de volta, então estiquei a mão para o nosso toque secreto de irmãs.
— Nos vemos mais tarde. Vou estar louca pra você me contar tudo.
Verene disse por fim, tirando a caixinha de chiclete do bolso do seu jeans vermelho desbotado e colocando na minha mão. Não resisti e abracei ela.
— Pode deixar, mana! E obrigada, mamãe e papai. Eu amo vocês, até mais tarde!
Eu disse me despedindo, enquanto papai e mamãe me deram um beijo em cada bochecha. Enquanto saíam, ainda pude ouvir mamãe dizendo:
— Domewnic, você está chorando?
— Claro que não…
O papai respondeu, mas a voz dele parecia um pouco melindrosa.
— Então por que seus olhos estão vermelhos?
A mamãe perguntou, insistindo.
— É dia, e estamos acordados. Provavelmente é só uma reação ao sol lá fora, nada demais!
Mas a mamãe pelo visto não estava engolindo essa, e a Verene também não.
— Relaxa, pai. Rogue só tá começando uma nova escola, não é como se fosse o casamento dela…
Minha irmã disse, toda sossegada mas ao mesmo tempo querendo segurar o riso. Eu também não sei porque o papai tava todo afetado desde jeito, e o que a mamãe falou em seguida não ajudou muito ele a se acalmar:
— Vere tem razão, querido. Apesar que não seria nada ruim se Rogue arrumasse um futuro noivo principesco aqui…
— Não diga isso nem brincando!
Foi a última coisa que ouvi papai dizer meio desesperado, junto com a risada da Vere. Depois disso, eles saíram, e pra falar a verdade, me senti mais tranquila sabendo que eles estariam por perto, me esperando num hotel do centro até minhas aulas acabarem, pra virem me buscar.
Então ficamos só eu, a diretora e o vice diretor, que me deu as boas vindas de novo, desejou sorte no meu primeiro dia e depois se retirou, pois tinha coisas a fazer.
Logo, as grandes portas duplas de madeira que levavam ao corredor do pátio se abriram. Entrou uma felin muito bonita que usava óculos, e vestia um traje que lembrava um tipo de farda feminina elegante. Ela tinha um sorriso bem simpático. Se apresentou me dando boas vindas e disse que era minha professora de geografia, e que me levaria até a classe, pois a primeira aula era dela naquele dia.
Então era isso. Minha nova vida em Royal Mirai começando oficialmente. Eu pensava em um zilhão de coisas enquanto seguia a profe pelo corredor…
Não sei bem que me espera, mas algo me diz que alguma coisa incrível pode acontecer. Pressentimentos de vampiros geralmente não falham, então vou torcer para que eu esteja certa!
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