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Dia 0

08:26
O despertador falta entrar nos meus ouvidos de tanto barulho que ele está fazendo agora. Deve estar tocando há horas, mas eu estava em um sono tão pesado que só acordei agora.
Olhei no celular e já eram 08:26. Acordei atrasado e tive que me arrumar correndo, nem tomei café, pois tinha que ir pra igreja ajudar a carregar o caminhão com os mantimentos do retiro de carnaval - minha mãe me mata se descobre que eu me atrasei, mas graças ao meu Bom Deus ela ainda não tinha chegado do trabalho -. Aliás, meu nome é Léo, um pouco lerdo às vezes - só às vezes, ok? -.

08:47
Cheguei na igreja com o cabelo penteado nas pressas, meias trocadas, sem meu óculos - aaaaaaa longa história -, mas deu tempo de escovar os dentes, graças a Deus. +1 ponto pra sensatez. Ninguém merece sentir meu bafo.

Quando cheguei já estavam bem adiantados no carregamento, já que a maioria já tinha chegado. Faltava chegar só mais uma pessoa, mas fiquei sabendo que ela não viria mais, acho que algo aconteceu. Enfim, não consegui escutar a explicação do Edu - meu melhor amigo -, porque, além dele falar pelos cotovelos, eu já estava atrasado né, tinha que correr pra acompanhar o ritmo do pessoal. Espero que ela esteja bem.

10:02
Terminamos de carregar a primeira leva do caminhão e demorou um pouco mais do que esperávamos.

Durante o carregamento, o Edu terminou de me explicar o que tinha acontecido com a Mia. Claro que eu fiquei preocupado no momento, mas eu não podia esboçar expressão alguma perto do Edu, não enquanto falávamos da espetacular, sensacional, incrível, e... - Léo, tempo por favor. Obrigado - ... Mia. Ahhh, a Mia. Nós nos conhecemos desde criança, mas houve ano que a família dela teve que sair da igreja e nós não nos vimos desde então. Eu devia ter uns 8 anos na época, mas nunca me esqueci daquele rosto. Quer dizer, eu posso até me lembrar muito bem do rosto dela naquela época, mas ela mudou bastante nesses últimos 10 anos que eles ficaram fora. Deve ser por isso que não a reconheci quando esbarrei com ela na escola no 1º ano do ensino médio.
No final do ano passado eles voltaram pra igreja, e desde então venho sentindo aquele frio na barriga toda vez que vejo ela nos raros cultos que ela vai. Deve ser dor de barriga muito provavelmente - espero que seja -, porque agora ela está diferente, não só de feição, mas de tudo. A Mia que eu me lembrava era a pessoa mais incrível que eu conhecia, e tento manter essa memória intacta, mas ela tá numa disputa acirrada com a nova Mia. Um posso de doçu...  Brutalidade. É, a nossa primeira conversa não foi uma das melhores, mas tento seguir minha vida ignorando essa nova versão dela e focando na Mia de 10 anos atrás.

10:05
Fui pra frente da igreja e resolvi ligar pra mãe da Mia, a irmã Célia - que por sinal é uma das melhores cozinheiras da minha igreja - e perguntar o que aconteceu com a Mia.

- Alô?
- Bom dia, irmã Célia!
- Bom dia, Leonardo. Tudo bem?
- Tô bem, e a senhora?
- Meio capenga por causa da gripe que peguei, mas tô melhor, graças a Deus.
- Amém! Estou ligando pra saber da Mia, ela não veio ajudar no carregamento do caminhão. Aconteceu alguma coisa?
- Acordou indisposta hoje. Disse que estava indispostamente indisposta pra ir ajudar a carregar, palavras dela, "um monte de coisa que eu não vou comer porque não vou pra aquele retiro estúpido".
- Ah, haha - rindo de nervoso - entendo, irmã Célia. Tudo bem então. Obrigado!

10:08
Contei pro Edu sobre a ligação e ele começou a rir.

- Essa Mia é uma piada viu. Além de ter te tradado mal aquele dia na frente de todos, ela ainda tem a cara de pau de não dar as caras por "indisposição indisposta". Quantos anos ela tem? 10? porque esses 19 que ela diz ter não estão tão à mostra.
- Ah, cara... vai entender o que se passa na cabeça dela. Ela deve estar tentando superar os problemas com o pai dela e descontando a raiva na igreja. - pus a mão no rosto pra ajeitar meu óculos e acabei lembrando que tinha esquecido - Eu preciso urgentemente do meu óculos, mano.

- Realmente, dá um jeito de comprar um óculos novo, porque eu não aguento mais olhar pra essa tua cara feia sem óculos. Com o óculos eu conseguia evitar olhar diretamente pra essa tua feiura - e assim foi que o Edu ficou rindo pelos próximos minutos -.

- Deus, me ajude a aguentar essa anta que me destes como amigo.

10:00
Ficamos enrolando enquanto terminavam de aprontar tudo pra levar no caminhão e nos carros e voltei pra casa pra arrumar a minha mala. O retiro começa amanhã, mas vamos chegar lá no sítio hoje de ônibus, pois amanhã de manhã já começam as atividades e preciso ver o que eu vou levar. O Edu foi pra casa dele, mas ele vai almoçar lá em casa. Esse é o lado bom de ter um amigo que mora a exatos 13 metros da sua casa - sim, eu medi -. Conheço o Edu desde sempre, e a melhor parte foi ter ele na mesma sala que eu desde sempre também. Éramos os nerds da sala e nossos assuntos eram sempre iguais. Assistíamos as mesmas séries, animes, filmes, e programas de tv. E temos a mesma idade, mas ele fez 18 depois de mim, então ele tem que me respeitar, porque sou mais velho - 2 dias, mas sou -.

11:42
Estávamos eu e minha mãe na cozinha quando o Edu chegou.

- Oi, tia Fran!
- Olá, Dudu! Tá ansioso pro retiro?
- Com a mais absoluta certeza, tia. - ele abraça a minha mãe -.

Mesmo ele sendo meu amigo desde sempre, acho uma falta de respeito a minha mãe ser tão carinhosa com ele. É, A MÃE É MINHA! Mas eu amo a nossa relação. O Edu sempre se deu bem com todos aqui de casa, ele já é parte da família, praticamente. Ele passa a maior parte do dia dele aqui em casa, já que os pais dele vivem trabalhando e não param em casa. A relação do Edu com os pais dele é bem complicada, mas eles conseguem ser felizes em alguns momentos, menos quando o irmão mais velho dele está em casa.

- Edu, cê trouxe a lanterna que eu te pedi?
- Mas é claro! - Ele tira do bolso da mochila dele a lanterna e joga pra mim -.
- Valeu!

Minutos depois meu pai desce as escadas com meu irmãozinho gritando nas costas.
- E AÍÍÍ DUDUUU!! - grita meu irmão, Michael -.
- E AÍÍÍÍÍ MIKEEEE!!! - Edu grita de volta -.
- Vocês vão acabar estourando meus tímpanos...

O meu irmão gosta muito do Edu. Estou convicto que essa relação seja mantida em razão dos inúmeros presentes que o Michael ganha dele, mas quem sou eu pra julgar o gosto de uma criança né.

Depois de acordar a população do japão lá do outro lado do mundo, sentamos em volta da mesa e almoçamos.

15:30
Minha mãe pediu pra que eu e o Edu fossemos no mercado comprar algumas coisas pra levar pro retiro. Pediu pra irmos logo porque tínhamos que ir pra igreja cedo, pois o ônibus vai sair 17:30 e antes irão passar algumas regras do retiro, então precisamos chegar pelo menos às 17:00 - minha mãe é bem neurótica com horários,  mas relevo isso -.

16:56
Chegamos na igreja com todas as nossas coisas e esperamos o Pastor Gilberto dar os avisos e falar algumas regras importantes.

17:30
O ônibus sai em direção ao retiro. Serão duas horas e meia de viagem até chegar no local. Chegaríamos por volta de 20:00, mas o pneu de um dos carros na frente do ônibus furou e tivemos que esperar trocarem.

Durante a viagem, cantamos muitos hinos cristãos com os violões do ministério de louvor e o cahon do Edu. Sim, ele tem um cahon. E sim, ele levou só uma mochila com todas as coisas dele pra sobrar espaço e mãos suficientes para levar o cahon.

20:24
Chegamos no sítio onde será realizado o nosso 23º retiro espiritual. O local é bem iluminado, mas só conseguimos ver até o limite da propriedade. Sei e lembro bem da visão incrível que esse lugar tem de dia. É simplesmente maravilhoso.

22:00
Tivemos tempo para acharmos nossos quartos. Foi um pouco complicado porque este lugar passou por uma reforma depois do último retiro e está diferente do que eu estava acostumado, mas consegui achar o quarto que tinha meu nome e de mais 4 colegas de quarto. E claro, Edu era um deles.

Depois de deixarmos as malas lá no quarto, descemos pra área onde serão realizados os cultos e e pegamos um lugar perto do palco. O pastor iria dar mais alguns avisos importantes e os líderes do retiro também explicariam algumas coisas que mudaram do último retiro. Quando dou uma olhada para trás, vejo de relance uma menina que já vi muitas vezes e que continua me causando calafrios, Mia.

22:50
Liberaram todos e fomos direcionados a voltar pros nossos quartos, pois no dia seguinte as atividades começariam bem cedo. O café da manhã será servido às 07:30.

Quando chegamos no quarto, os outros 3 colegas de quarto já estavam lá, e esses eram: Davi, Daniel e Calebe. Davi devia ter no máximo uns 13 anos, cabelo castanho encaracolado, sorriso de orelha a orelha. Daniel tem 19 anos e é um dos tocadores do ministério de louvor, olhos claros e nariz um pouco avantajado e era irmão do Davi. Agora, quando o último colega de quarto olhou pra gente na porta, reconheci o cara mais chato da igreja, Calebe. Quando éramos mais novos, o Calebe costumava andar comigo e com o Edu, mas depois ele começou a ficar muito chato e ele acabou fazendo algumas coisas que nos distanciaram, mas ainda falo com ele de vez em quando por educação.

- E aí, Léousado! - Disse o Calebe.
- E aí. - Eu odeio esses apelidos. Não tem nenhuma explicação pra nenhum dos apelidos que ele me coloca, mas todo dia ele chega com um diferente.

Cumprimentei os outros e fui pra minha cama, que era a que ficava do lado da janela. A do Edu ficava do lado da minha. Graças a Deus nos livramos de deitar perto do Calebe, porque ele roncava demais. Coitado do Davi e do Daniel.

23:53
Já era quase meia noite quando pegamos no sono.

07:00
Escuto meu despertador tocar, desligo e sento na cama. Me espreguiço e dou uma olhada para o lado.

Mesmo com miopia, a vista que tenho da minha janela é simplesmente incrível!

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