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• Capítulo 12 •

— Alguma informação do paciente? — questiona Shinichiro.

— Nenhuma até agora. Esse hospital é enorme, vai demorar até encontrar esse maluco. — completa Taiju.

Antes que Shinichiro dizer algo, Muto, o Ortopedista do hospital aparece eufórico, tremendo e pálido, como se tivesse visto um fantasma.

— O que aconteceu? Você está bem? — pergunta Taiju se aproximando dele.

— O Haru... ele... ele...

— O que aconteceu com o Sanzu? — questiona Shinichiro.

— Ele sumiu!

Taiju arregala os olhos assim como Shinichiro e os outros médicos que estão ali reunidos. A pressão do Muto cai e Shiba o segura em seus braços, o colocando sentado em uma poltrona.

— Tem certeza que ele sumiu? Ele não está na sala dele? — indaga Baji.

— Eu fui até lá após perceber que ele não atende as minhas ligações e não responde as minhas mensagens... quando cheguei lá estava tudo revirado e ele não estava lá...

— Cacete, o paciente maluco deve ter feito ele de refém também! — diz Ran.

— Eu estou preocupado... e se ele fizer alguma coisa com o Haru?

— Calma, o hospital todo e as autoridades estão cientes do que está acontecendo. Nada de mal vai acontecer com o Sanzu. — diz Shinichiro na intenção de acalmar o amigo. — Vai dar tudo certo. Fique calmo.

Shiba pega um copo de água e oferece a Muto que aceita com as mãos tremendo. Agora o que já era ruim se torna ainda pior: um paciente perigoso a solta e duas pessoas desaparecidas.

Wakasa, Senju e quatro policiais avançam pelos corredores labirínticos do hospital, seus passos ressoando nos azulejos frios. Lanternas em punho, suas silhuetas se movem determinadas em meio à atmosfera da urgência do momento.

O silêncio tenso é quebrado apenas pelo murmúrio constante das vozes ao rádio, enquanto os policiais se comunicam entre sine com a base, coordenando a busca incansável.

Wakasa se mantém em alerta, cada músculo tenso, os olhos varrendo cada canto em busca de qualquer sinal do paciente fugitivo e das duas pessoas desaparecidas.

Senju, com sua expressão séria, lidera o grupo com determinação, seguindo os protocolos com precisão militar. O bebê recém-nascido de apenas dois dias de vida e o Sanzu são uma prioridade absoluta.

À medida que percorrem os corredores e aos diferentes andares do hospital, a ansiedade aumenta cada vez mais para encontrar os desaparecidos antes que fosse tarde demais.

Cada instante é precioso, cada esquina uma possibilidade, e a esperança de encontrar Sanzu e o bebê mantem todos em movimento, implacáveis em sua missão de resgate.

— Doutores, preciso de mais informações sobre esse paciente que fugiu. Quais são os perigos que ele pode representar? — pergunta um dos policiais.

— O paciente em questão é extremamente perigoso. Ele é um assassino condenado e também foi diagnosticado como psicopata. Sua falta de empatia e tendências violentas o torna imprevisível. — explica Wakasa.

— Concordo com o Waka. Este paciente possui um histórico de comportamento agressivo e manipulador. Ele não hesitará em usar a violência para atingir seus objetivos ou garantir sua fuga. — completa Senju.

— Entendi. Precisamos redobrar a vigilância e tomar precauções extras durante a busca. Obrigado pelas informações, doutores.

Wakasa e Senju assentem positivamente e continuam a busca. E no meio da busca, eles encontram a porta da saída de emergência do hospital aberta, como se alguém tivesse arrombado a porta.

— Shh, ele pode estar ali. — indaga o policial.

Com os corações acelerados, eles se aproximam da porta e, ao adentrarem o espaço, são recebidos por uma cena perturbadora. O paciente fugitivo estava lá, segurando com um braço um bebê recém-nascido e o outro passado envolta do pescoço do Sanzu.

Wakasa e Senju trocam olhares preocupados, enquanto os policiais se aproximam.

— Por favor, entenda que estamos aqui para ajudá-lo. Segurar o bebê e o Dr. Sanzu não vai resolver nada. Você está colocando a vida deles em perigo. — indaga Wakasa.

— Você não entende! Este bebê é o meu filho, e e o médico não é o Sanzu, é a minha esposa, Lara. Eles voltaram para mim!

— Eu entendo que você esteja se sentindo assim, mas você sabe que não é verdade. Lara se foi há muito tempo, e este bebê não é seu filho. — explica Senju.

— Não! Não diga isso! Eles voltaram para mim, e eu não vou deixá-los ir novamente!

— Nós queremos ajudá-lo a entender o que está acontecendo. Mas para isso, precisamos que você liberte o bebê e o Dr. Sanzu. Eles não podem ficar aqui assim. — diz o policial.

— Eu não posso... Eu não posso perdê-los de novo.

— Você não está perdendo ninguém, mas segurá-los contra a vontade deles só vai trazer mais dor para todos nós. Por favor, confie em nós e nos deixe ajudá-lo.

— Você não está sozinho nisso. Nós estamos aqui para ajudá-lo a superar essa dor e encontrar uma maneira de seguir em frente juntos.

— Eu... Eu não sei se consigo...

— Você pode, e nós vamos estar aqui para apoiá-lo. Por favor, liberte o bebê e o Dr. Sanzu. Juntos, podemos encontrar uma solução que seja melhor para todos nós.

O paciente olha de soslaio e em seguida começa a subir as escadas ainda imobilizando Sanzu e o bebê. Sem opções, os médicos e os policiais correm até ele, alcançando o paciente minutos depois no último lance de escadas.

Dois policiais o cerca e Wakasa mesmo hesitante, tira a injeção do bolso do seu jaleco e se aproxima do paciente que não consegue fazer nada pois seus braços estão ocupados, porém ele tenta chutar, mas é imobilizado por uma arma de choque que um policial usa contra ele.

Como um reflexo rápido, Senju tira o bebê dos braços do homem enquanto o outro policial puxa Sanzu para longe do paciente e Wakasa aplica a injeção de tranquilizante no braço do paciente que minutos depois cai no chão.

Alvo interceptado, câmbio. — informa um policial no rádio.

Wakasa chama a equipe de emergência pelo aparelho de comunicação que fica em seu bolso, e minutos depois a equipe chega, colocando o paciente na maca e o imobilizando.

— Você está bem? — pergunta Imaushi ao se aproximar do Sanzu.

— Um pouco assustado, mas bem. O que deu nesse paciente? Porque ele pensou que eu era a mulher dele, Lara?

— Esse paciente, Matthew Miyake, é um psicopata com sérios problemas mentais. Ele usou muitas drogas em uma noite e assassinou brutalmente a esposa e o bebê deles. E por azar, a ex-esposa dele, Lara era bem parecida com você, até o cabelo era da mesma cor. Acho que foi por isso que ele te fez de refém. — explica Wakasa.

— Entendi... mesmo que eu tenha passado por esse susto, eu espero que ele fique bem.

— Ele vai ficar. Vamos aumentar as medicações e transferir ele para um hospital psiquiátrico, o mesmo que a minha outra paciente foi levada.

— Você precisa ir ver o Muto. Ele está preocupado com você. — diz Senju.

— Aonde ele está?

— Na enfermaria. O homem quase infartou.

— Cacete, eu não tô afim de ficar viúvo cedo não. — diz Sanzu e todos começam a rir. — Vou ir ver ele. Obrigado por me encontrar.

Todos abrem um sorriso, enquanto Sanzu caminha pelos corredores, a caminho da enfermaria.

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