• Capítulo 07 •
— Inupi, você ocê não é Google, mas tem tudo o que tenho procurado. — diz a enfermeira com um sorriso malicioso no rosto.
— Ah, que gentil da sua parte, mas eu sou comprometido, portanto não me sinto muito bem com esse tipo de fala.
— O que está acontecendo aqui?! — questiona Kokonoi com as mãos na cintura.
— Oh, me desculpe, eu só estava brincando com esse loirinho. — diz a enfermeira e pisca para Inui.
— Brincando ou não, sugiro que mantenha uma distância respeitosa do meu esposo! Vai desinfeta daqui sua oferecida! — diz Kokonoi e a enfermeira deixa o local. — Como que você não disse nada para essa menina? Ela estava literalmente babando por você!
— Eu disse que era compromissado. Fui bem claro.
Hajime cruza os braços e em seguida Seishu se aproxima do seu parceiro, ficando de frente para ele.
— Amor, não fica bravo. Eu amo você. Apenas você.
— Sei.
Ser carinhoso ao extremo nunca foi o forte de Seishu. Afinal, desde a infância ele sempre foi uma pessoa fechada, que quase não conversa ou que mal dirige uma única frase para alguém.
Entre ele e Kokonoi, o Hajime era o mais carinhoso, que sempre enchia Inupi de beijos, abraços, presentes e elogios. O loiro por sua vez se esforçava para isso, mas ainda sim possui dificuldade para ser um cara romântico.
— Você é Dermatologista? Porque só de olhar para você, meus poros se contraem de tanta beleza! — diz o loiro e observa o moreno abrir um sorriso largo com a cantada.
— Hmm, você está se saindo bem, Inupi! Eu estou gostando de ver essa evolução. — diz Kokonoi e em seguida deposita um selinho em seu parceiro. — Amei.
Inui abre um sorriso e logo ambos voltam aos afazeres hospitalares com os seus pacientes.
Sanzu se mantém focado nos exames da sua paciente que estava com a Síndrome Mielodisplásica. Ele optou por realizar os mesmos exames para ter certeza que a sua paciente estava com a doença, e ao ver os resultados, ele sabia que tinha que começar o tratamento.
— Olá, como você está hoje? — pergunta o platinado assim que entra no quarto.
— Um pouco preocupada, para ser honesta. Estou nervosa com o tratamento para a Síndrome Mielodisplásica.
— Entendo, é normal se sentir assim. — ele diz com um sorriso amigável. — Vamos conversar sobre o plano de tratamento. Primeiro, vamos focar em entender melhor sua condição e como podemos gerenciá-la.
— Ok, estou pronta para ouvir.
— O tratamento para a Síndrome Mielodisplásica, como eu já te disse, depende do tipo e da gravidade da doença. Geralmente, podemos usar medicações para controlar os sintomas e, em alguns casos, realizar transfusões sanguíneas para ajudar na contagem de células sanguíneas.
— Isso parece razoável. E quanto a terapias mais intensivas?
— Se necessário, podemos considerar opções como quimioterapia ou até mesmo um transplante de células-tronco hematopoéticas. Estas são opções mais agressivas, reservadas para casos mais graves.
— Como saberei qual tratamento é o melhor para mim?
— Vamos trabalhar juntos para avaliar sua condição e discutir as opções disponíveis. Vou explicar os prós e contras de cada tratamento, levando em consideração sua saúde geral e suas preferências. — ele responde calmo. — A melhor opção que eu encontro para você é a quimioterapia. Já que o seu caso não é tão agressivo.
— Eu estou preocupada com os efeitos colaterais. — a paciente diz com receio.
— Entendo a sua preocupação. A quimioterapia é uma opção comum para tratar a Síndrome Mielodisplásica. Ela pode ajudar a controlar o crescimento das células anormais na medula óssea.
— Mas quais são os prós e os contras? Estou um pouco hesitante.
— Bem, os prós incluem a possibilidade de diminuir a progressão da doença, ajudando a prolongar a vida e melhorar a qualidade dela. No entanto, os efeitos colaterais podem ser desafiadores. Isso pode incluir náuseas, fadiga, perda de cabelo e aumento do risco de infecções devido à supressão do sistema imunológico. — ele explica enquanto faz algumas anotações.
— Isso parece difícil de lidar. Existe algo que possa ser feito para reduzir os efeitos colaterais?
— Sim, há várias maneiras de gerenciar os efeitos colaterais da quimioterapia. Podemos prescrever medicamentos para ajudar a controlar as náuseas e outras formas de apoio para ajudá-la a lidar com os desafios emocionais e físicos que podem surgir. A minha intenção é curar a sua doença e te deixar confortável.
— Acho que preciso pensar um pouco mais sobre isso, mas é bom saber que existem opções para ajudar a lidar com os efeitos colaterais. Obrigada.
— Estou aqui para ajudar. Se tiver mais alguma dúvida ou precisar de mais informações, não hesite em me procurar. Estamos juntos nessa jornada de cuidados com a sua saúde.
A paciente sorri. Nunca na vida se sentiu tão amada como agora. Sanzu estava ao lado dela desde o dia que ela entrou no hospital, e a forma carinhosa que ele a tratava a deixava muito feliz e animada para iniciar o tratamento para se curar da doença.
Ran sabia o quanto Rindou se esforçou para salvar aquela criança, mas, apesar de todos os esforços, ele tinha perdido a batalha.
Como irmão mais velho, Ran sentia uma responsabilidade profunda por Rindou. Era como se carregasse consigo não apenas o papel de irmão, mas também de pai, sempre pronto para proteger e confortar, portanto ele continuava abraçando o seu irmão, com todo o seu amor.
Rindou soluçava, as palavras sufocadas pela emoção. Ran não tentou consertar as coisas com palavras vazias. Em vez disso, ele permaneceu ali, segurando seu irmão com firmeza, transmitindo-lhe todo o apoio e amor que podia.
O abraço durou até que Rindou finalmente se acalmasse, com as lágrimas diminuindo aos poucos. Ran sentiu o tremor no corpo de Rindou diminuir gradualmente, substituído por uma sensação de aceitação resignada. Sabia que aquele momento não apagaria a dor da perda, mas esperava que pudesse servir como um lembrete de que eles não estavam sozinhos um no outro.
Quando finalmente se afastaram, Ran olhou nos olhos de Rindou, compartilhando um olhar de compreensão mútua. Não era preciso dizer mais nada. Eles se apoiariam, um ao outro, para sempre.
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